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Práticas e Modelos de Autoavaliação das BE – DREC

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COMENTÁRIO AO CONTRIBUTO DA COLEGA ISABEL ALVES

A escolha do trabalho da colega foi em grande parte devida ao facto de, quanto a
mim, ter alguns pontos de contacto com o que eu realizei, não só no conteúdo, como na
forma. Quando comecei o meu trabalho, nos “Aspectos Críticos…” pôs-se-me a
questão: terei que descrever a informação contida na bibliografia? Resolvi, perante a
necessidade de preencher um espaço reduzido da grelha, proceder à selecção de tópicos
contidos na bibliografia. Penso que a colega optou por uma descrição mais exaustiva
dos temas em estudo tornando a sua leitura pouco menos apelativa.

No domínio “Competências do professor bibliotecário”, concordo com o que ela


referiu em todos os pontos mas fiquei surpreendida no que diz respeito às “Ameaças”,
“falta de reconhecimento por parte dos Encarregados de Educação”. Penso que
embora sendo inegavelmente um aspecto negativo, demonstra que os Encarregados de
Educação (EE) conhecem a acção da professora bibliotecária o que, por sua vez, indica
que esta os contactou mostrando o trabalho feito. Eu penso que a articulação com os EE
é importantíssima mas muito difícil de fazer nas EB2,3 e Secundárias porque não há
disponibilidade para, a maior parte deles, comparecer na Escola. Há também a ideia que
os filhos, a partir desses níveis de ensino, não necessitam de tanto apoio o que não é
verdade. Se a Escola conseguisse envolver mais as nossas comunidades educativas,
teria, certamente, mais sucesso. Quanto a este ponto, ocorre-me ainda acrescentar que
considero que a colega referiu os pontos essenciais, nomeadamente o perfil do professor
bibliotecário, a boa relação com a Direcção e a importância do trabalho colaborativo
com os docentes. Estranhei que não referisse a Equipa da BE. Penso que sem uma boa
equipa o professor bibliotecário também não tem todas as condições para um bom
desempenho.

No domínio “Organização e gestão da BE” penso que é importante referir que a


BE está contemplada no PEA, PCA e no RI da Escola/Agrupamento e a colega fê-lo a
propósito dos “Desafios e acções a implementar”, pois só assim é que é dado o primeiro
passo para a BE se integrar na Escola. As condições de espaço, a existência do

Formanda: Maria de Lurdes Andrade Gonçalves Ferreira

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programa informático de tratamento documental, o horário alargado da BE também são


essenciais, por isso, penso que, no caso da colega, só falta conquistar os alunos e os EE,
o que, com a continuação das actividades de animação que está a desenvolver, será
certamente conseguido.

Quanto à “Gestão da colecção” a colega referiu a importância das avaliações


periódicas da colecção e do envolvimento dos professores na utilização da
documentação e na selecção das novas aquisições. A meu ver a Direcção tem também
de estar implicada no processo e dar-lhe aval, caso contrário o processo está condenado
ao fracasso.

“A BE como espaço de conhecimento e aprendizagem. Trabalho colaborativo e


articulado com departamentos e docentes” exige muito da professora bibliotecária
porque os entraves são enormes (condições da escola portuguesa, professores e alunos)
sendo necessário alterar o “estado de coisas”, o “clima de escola” e, tudo isso, é muito
mal recebido pelos diversos intervenientes. A tutela aponta para o trabalho colaborativo,
mas não me parece que lhe atribua ainda essa dimensão. Cabe à BE esse papel e temos
que o assumir pois a “Sociedade da informação” assim o exige.

A “Formação para a leitura e as literacias” é também um mundo imenso,


assumindo uma dimensão importantíssima na aprendizagem dos alunos. A colega
referiu isso muito bem realçando a diferença entre informação e conhecimento e a
necessidade do desenvolvimento de competências literácicas dos alunos. Em relação a
muitos deles, temos a sensação de estar a construir uma casa pelo telhado, pois não
desenvolveram, ainda, essas competências, e estão com dificuldades. No entanto, alguns
deles, ainda vão usufruir dos benefícios resultantes da acção das BE’s e alcançar boas
performances.

Para uma parte das BE’s que eu conheço, o panorama tem sido sombrio no que
diz respeito à “BE e os novos ambientes digitais”. A situação está alterar-se com o PTE,
por isso, agora há que fazer formação para os professores (e tem havido bastante) para
depois podermos tornar os nossos alunos muito competentes no uso das tecnologias de

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informação. A receptividade dos alunos e dos professores nesta área é boa. Tal como a
colega refere, há que fazer com que as novas tecnologias introduzam alterações nas
nossas práticas, caso contrário, o livro desempenha melhor o seu “velho”, mas
importante, papel de veicular a informação.

A avaliação não é difícil de fazer porque o professor bibliotecário tem


disponibilidade suficiente para a fazer, mas a prova de que isso não é suficiente, está na
necessidade de frequentar a presente acção de formação que, certamente, nos irá guiar
no futuro.

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