Você está na página 1de 3

2ª parte da 2ª tarefa – Comentário fundamentado à análise crítica

da colega Isabel Alves

Resolvi comentar o trabalho da Isabel, visto que ambas ainda


não aplicámos o Modelo de Auto-Avaliação, estamos, assim, no
mesmo “barco” e considero que a análise crítica que a Isabel fez
sobre este modelo foi bem estruturada, fazendo uma alusão clara,
realista e com muito sentido do mesmo, focando os pontos principais.

Julgo ser consensual a ideia que todos temos necessidade de


aplicar o Modelo de Auto-Avaliação nas nossas Bibliotecas Escolares.
A Isabel refere que o documento constitui «um recurso fundamental
para o ensino e as aprendizagens, que a BE pode contribuir para o
sucesso educativo se o trabalho nela e com ela desenvolvido for de
qualidade» e eu acrescentaria que, para além de um recurso, o
modelo é um real contributo para a melhoria do desempenho da BE,
pois como refere a colega, «o processo de auto-avaliação da BEs é
não só pertinente como fundamental e de particular importância».

No desenvolvimento do seu trabalho crítico foi relevante o seu


contributo ao explicar ao pormenor os «factores considerados
decisivos», relativamente à organização estrutural do modelo,
destacando os domínios, os subdomínios e ainda os indicadores,
fazendo referência a um dos domínios que eu também considero
deveras importante, «o apoio ao desenvolvimento curricular» e os
dois subdomínios que nos falam da necessidade de articulação, quer
com os órgãos de gestão quer com os docentes, pois considero, tal
como a Isabel que é aqui que está o “cerne” de todo o trabalho
desenvolvido na BE – «a articulação com departamentos, professores
e alunos na planificação e desenvolvimento de actividades educativas
e de aprendizagem», como é referido no texto da sessão, pois espera-
se que os professores tomem consciência de que o trabalho
colaborativo com a BE tenha influência positiva na aprendizagem dos
alunos. Neste campo, penso que ainda muito há a “batalhar”. Fazer
valer o nosso trabalho, junto de e com a colaboração de todos é
crucial e, como diz Ross Todd, «As práticas devem fazer a diferença
na escola que servem e provar o impacto que têm na aprendizagem».

Li e pensei nas questões que a Isabel destacou relativamente à


recolha de evidências, sobre a qual assenta também este processo,
evidências essas, fundamentais para a implementação do processo.
Também a mim me preocupa o modo como iremos recolher,
interpretar e realizar as mudanças necessárias, é que há situações e
serviços que são um pouco mais difíceis de avaliar, com base em
evidências. Creio que a experiência destes quatro anos “no terreno”
nos irá ajudar a ultrapassar as angústias e reforçará o nosso papel
como professores bibliotecários. Creio, firmemente, que a inter-ajuda
e a partilha entre nós, professores bibliotecários, poderá ser uma
mais valia para as inseguranças e incertezas que por vezes temos em
relação a esta nossa nova actividade. Tenho noção de que não é fácil
e, tal como a Isabel destacou, «a aplicação deste modelo, implica um
trabalho articulado entre todos os elementos da comunidade
educativa…» e, por isso, é que aqui o papel do Professor Bibliotecário
é extremamente importante.

A Isabel fez referência e, muito bem, destacando a


importância/relevância do papel de PB. O espírito de liderança será a
característica principal que este “actor” terá de “representar”, para
além de outras, das quais eu sublinhava: - ser comunicador,
estratégico, exercendo influência junto dos professores e órgão de
gestão e, essencialmente, ser enérgico, optimista e apaixonado pelo
trabalho que realiza.

Sei que é difícil, ainda, reconhecer o papel fulcral da BE e da


Equipa da Biblioteca e «dificilmente os professores compreenderão a
importância da auto-avaliação…» e, por isso, «…será um grande
desafio sensibilizar os docentes para essa realidade, sobretudo, para
a importância de se envolverem neste processo» como a Isabel
registou.
Mas, penso que só depois de cumprida essa etapa, só depois de
alunos e professores estarem conquistados para a causa das
bibliotecas escolares (que é a mesma da escola, dos professores, dos
alunos, dos funcionários e dos encarregados de educação, ou seja, a
formação de cidadãos competentes) poderemos passar à fase da
afirmação. Por essa razão é que a avaliação é um contributo
fundamental para a biblioteca escolar e para toda a escola.

A Formanda, Ana Paula Sião Martins

Você também pode gostar