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Ano II • Nº 10 • Abril 2000 • R$ 5,00

www.embalagemmarca.com.br

lata x lata, parte ii • sala limpa, uma tendência • candies dão o troco
Carta do editor
Falando com quem interessa
A circulação de Em­ba­
lag­ em­Mar­ca é de
100 000 exem­pla­res.
cir­cu­la­ção de Em­ba­la­gem­
Mar­ca pas­sa a ser au­di­ta­
da pelo IVC – Ins­ti­tu­to
cen­te seg­men­ta­ção dos veí­
cu­los, a efi­ciên­cia das men­
sa­gens co­mer­ciais ten­de a
Está aí uma afir­ma­ção que Ve­ri­fi­ca­dor de Cir­cu­la­ção. mu­dar. “Cla­ro que pes­qui­
po­de­ría­mos ma­li­cio­sa­men­ A chan­ce­la des­sa ri­go­ro­sa sas se­rão desenvolvidas
te (ou in­fan­til­men­te) fazer. en­ti­da­de avaliza a in­for­ma­ para me­dir os im­pac­tos,
Se­ria di­fí­cil al­guém acre­di­ ção so­bre a ti­ra­gem da mas a ca­rac­te­rís­ti­ca mais
tar nela, pois a di­men­são do revista. Isso in­te­res­sa mui­ im­por­tan­te já não será a da
mercado editorial es­pe­cia­li­ to à cre­di­bi­li­da­de do veí­cu­ quan­ti­da­de, e sim a da qua­
za­do está mui­to aquém lo e tam­bém ao anun­cian­te li­da­de de quem bus­cou a
da­que­le nú­me­ro. preo­cu­pa­do com o fa­mo­so in­for­ma­ção. E es­ta­rá aí a
E se informássemos que a CPM, o Cus­to por Mil. gran­de di­fe­ren­ça: as pes­
ti­ra­gem é de 12 000, 15 000 Com IVC, o cálculo do soas vão bus­car a in­for­ma­
ou 20 000 exem­pla­res? Por CPM, que de­fi­ne a re­la­ção ção, e não ser sub­me­ti­das a
se­rem nú­me­ros “ra­zoá­veis”, cus­to/be­ne­fí­cio en­tre o elas. Pode ha­ver me­lhor
sua acei­ta­ção pro­va­vel­men­ valor pago pelo anún­cio e o pros­pect?”.
te se­ria tran­qüi­la. Já que, nú­me­ro de im­pac­tos que Ain­da TSC: “Va­mos ter de
como se diz, o pa­pel acei­ta cau­sa, torna-se confiável. ques­tio­nar al­guns cri­té­rios
tudo, por que não pas­sar Mas não será um tan­to pri­ exis­ten­tes, ainda lar­ga­men­
uma fal­sa in­for­ma­ção? Por má­rio fazer essa equa­ção te usa­dos. É o caso do
que comunicar nos­sa verda­ ape­nas arit­mé­ti­ca? Se o que fa­mo­so CPM, que pra­ti­ca­
deira ti­ra­gem, de 6 500 im­por­ta é o CPM, não se­ria men­te só mede quan­ti­da­de
exem­pla­res? re­la­ti­va­men­te mais ba­ra­to de gen­te atin­gi­da. Será
In­for­ma­mos ser essa – por anun­ciar, por exem­plo, em subs­ti­tuí­do pelo que es­ta­
enquanto – a cir­cu­la­ção de re­vis­tas de alta ti­ra­gem, ou mos cha­man­do de CPCP –
Emb ­ al
­ ag­ em­Marc ­ a por em pro­gra­mas de au­di­tó­rio Cus­to por Con­su­mi­dor
cons­ti­tuir a ver­da­de, com a na TV? Será que não con­ta Po­ten­cial. Ou seja, va­mos
qual te­mos inar­re­dá­vel mais atingir o pú­bli­co-alvo pa­rar de pre­ten­der que todo
com­pro­mis­so. Ocor­re que que in­te­res­sa ao ne­gó­cio e mun­do com quem se fala é
es­ses 6 500 exem­pla­res são de­ci­de so­bre a es­co­lha do com­pra­dor pro­vá­vel, e
en­via­dos, to­dos os me­ses, a equi­pa­men­to, a de­fi­ni­ção va­mos me­dir a quan­ti­da­de
pro­fis­sio­nais efe­ti­va­men­te do ma­te­rial, o de­sign de de gen­te que pode efe­ti­va­
vin­cu­la­dos à ca­deia da em­ba­la­gem? Re­vis­tas seg­ men­te pa­gar por um pro­du­
em­ba­la­gem, pes­soas que men­ta­das, en­tre as quais to ou ser­vi­ço. O des­per­dí­
nela in­fluem e de­ci­dem. Emb ­ al­ ag
­ em­Marc ­a se cio cai­rá bru­tal­men­te. E o
Seus no­mes e en­de­re­ços si­tua e pro­cu­ra des­ta­car-se di­nhei­ro do anun­cian­te
são con­fe­ri­dos per­ma­nen­te­ pela qua­li­da­de e pela cre­di­ com­pra­rá de ver­da­de aqui­
men­te, por equi­pe pró­pria. bi­li­da­de das in­for­ma­ções, lo pelo que sem­pre ele
Isso ga­ran­te que o mai­ling é são a res­pos­ta. de­ve­ria ter pago: a opor­tu­
qua­li­fi­ca­do, que não se está Em de­fe­sa da efi­cá­cia dos ni­da­de de fa­lar com quem
dan­do tiro com chum­bo anún­cios na mí­dia seg­men­ in­te­res­sa, e só com quem
gros­so para acer­tar pas­sa­ri­ ta­da, tomo em­pres­ta­da tese in­te­res­sa.” No caso de
nho pe­que­no. De qual­quer ex­pos­ta numa pa­les­tra pelo Em­ba­la­gem­Mar­ca, no­mes
forma, desde a pri­mei­ra edi­ vice-pre­si­den­te e di­re­tor se­le­cio­na­dos, con­fe­ri­dos,
ção, a cir­cu­la­ção da revista edi­to­rial da Edi­to­ra Abril, atua­li­za­dos mês a mês. E a
cres-ceu 30% e, em breve, Tho­maz Sou­to Cor­rêa. partir de ago­ra de­vi­da­men­
au-mentará mais 10%. TSC, como se tor­nou te au­di­ta­dos pelo IVC.
Para não fi­car­mos ape­nas co­nhe­ci­do e res­pei­ta­do nos Vol­ta­mos em maio.
em nos­sas pró­prias pa­la­ meios edi­to­rial e pu­bli­ci­tá­
vras, a partir des­ta edi­ção a rio, pre­vê que, com a cres­ Wilson Palhares
abr 2000 • embalagemmarca – 3
Espaço aberto
gran­de con­tri­bui­ção so­cial pois (março de 2000). As co­tas de­mons­
mos­tram as so­lu­ções para o des­per­ tran­do a pro­je­ção dos ei­xos do
dí­cio e a me­lho­ria da com­pe­ti­ti­vi­da­ pla­no car­te­sia­no es­tão in­ver­ti­das
de da fru­ti­cul­tu­ra bra­si­lei­ra. Pa­ra­ (ei­xos X com o Z).
béns pela edi­ção. Ro­dri­go Bri­gat­ti Fer­rei­ra
Má­rio Hen­ri­que San­tos Bec­ton Dic­kin­son
Ge­ren­te de Marketing e Ven­das In­dú­trias Ci­rúr­gi­cas Ltda.
Pa­rai­bu­na Pa­péis S.A. Juiz de Fora – MG

P
Juiz de Fora – MG

ara o mercado me pa­re­ce que


C om mui­to pra­zer di­vul­ga­re­mos
Em­ba­la­gem­Mar­ca jun­to aos nos­

E stá óti­ma a re­por­ta­gem so­bre


fe­cha­men­to em Em­ba­la­gem­Mar­
vo­cês vie­ram preen­cher um gran­de
bu­ra­co no segmento.
Meu pa­ra­béns!
sos clien­tes de seg­men­tos va­ria­dos.
Nes­ta opor­tu­ni­da­de, que­re­mos res­
sal­tar a im­por­tân­cia da re­vis­ta para
ca no 9 (março 2000). So­men­te Ta­deu Cos­ta a nos­sa área de atua­ção.
achei que fal­tou fa­lar so­bre os fe­cha­ Cos­ta­Mo­re­no Comunicação Edé­cio Ron­con
men­tos da per­fu­ma­ria e far­ma­cêu­ti­ São Pau­lo – SP Vera Gra­ça
ca, mesmo sen­do seus sis­te­mas mais
an­ti­gos – porém efi­cien­tes. É a pri­mei­ra vez que en­tro no site
Ron­con e Gra­ça Comunicação
Cam­pi­nas – SP
Ni­zio Ba­ret­ta Ju­nior
Vi­dra­ria An­chie­ta
São Pau­lo – SP
e achei mui­to bom. Es­pe­ro que es­te­
ja sem­pre atua­li­za­da pois a partir de
ago­ra vou es­tar sem­pre en­tran­do.
E s­pe­ra­mos dar nos­sa con­tri­bui­
ção à essa re­vis­ta que, em nos­sa
Ed­son Pau­lo de Car­va­lho Ju­nior opi­nião, não tem pa­ra­le­lo na his­tó­
N.R. – Como está in­for­ma­do na Pa­pel­co Ind. Com. Pa­pel Ltda ria das pu­bli­ca­çãoe bra­si­lei­ras.
pá­gi­na de aber­tu­ra da re­por­ta­gem, Lon­dri­na – PR Tito Cos­ta San­tos
numa pró­xi­ma edi­ção se­rão abor­
da­dos fe­cha­men­tos de per­fu­mes e
cos­mé­ti­cos, me­di­ca­men­tos, vi­nhos
E s­tou re­ce­ben­do a re­vis­ta Em­ba­
la­gem­Mar­ca e es­tou ex­tre­ma­
Exe­cu­ti­vo de Marketing
Bar­ren­ne In­d. Far­ma­cêu­ti­ca Ltda.
Rio de Ja­nei­ro – RJ
e ma­te­riais de lim­pe­za. men­te sa­tis­fei­to.
Re­na­to Wei­gand R e­ce­bi a re­vis­ta Em­ba­la­gem­

J á es­cre­vi di­ver­sas vezes elo­gian­


do a re­vis­ta e pe­din­do au­xí­lio. A
Ita­ti­ba – SP

qua­li­da­de dos tex­tos de Em­ba­


Mar­ca e que­ria agra­de­cê-los. A
re­vis­ta é bem re­chea­da de in­for­
ma­ções e acre­di­to que me aju­da­rá
Como sem­pre, sou su­per bem aten­ la­gem­Mar­ca mui­to irão co­la­bo­rar em mui­tos tra­ba­lhos para fa­cul­da­
di­da. para as au­las de Tec­no­lo­gia da de e me man­te­rá sem­pre bem
Ali­ne Al­ves Em­ba­la­gem no nos­so cur­so. Per­ce­ in­for­ma­da.
Ma­naus – AM be-se uma gran­de preo­cu­pa­ção Li­gia Fon­se­ca.

R e­ce­be­mos com fre­qüên­cia a


re­vis­ta Em­ba­la­gem­Mar­ca e a cada
com o real sen­ti­do da pa­la­vra
“de­sign” de em­ba­la­gem, pro­cu­ran­
do en­glo­bar tan­to as­pec­tos téc­ni­
São Pau­lo – SP

Mensagens para EmbalagemMarca


edi­ção ob­ser­va­mos uma me­lho­ria cos e de pro­du­ção, como tam­bém Redação: Rua Arcílio Martins, 53
na qua­li­da­de e di­ver­si­da­de de in­for­ as­pec­tos de forma e acei­ta­ção no CEP 04718-040 • São Paulo, SP
ma­ções so­bre embalagens e to­dos mercado. Es­pe­ro continuar con­tan­ Tel: (11) 5181-6533
os as­sun­tos cor­re­la­tos. So­mos uma do com o apoio de Emb ­ al­ ag
­ em­ Fax: (11) 5182-9463

empresa do ramo de embalagens de Marc ­ a em mi­nhas au­las. redacao@embalagemmarca.com.br


pa­pe­lão on­du­la­do e gos­ta­ría­mos Re­na­to Bor­de­nousky Fi­lho
As men­sa­gens re­ce­bi­das por car­ta,
que hou­ves­se mais ma­té­rias so­bre Pro­f. de Tec­no­lo­gia da Em­ba­la­gem e-mail ou fax po­de­rão ter tre­chos não
este as­sun­to, como na edi­ção nº 9 PUCPR es­sen­ciais eli­mi­na­dos, em fun­ção do
(“Atra­ção sem des­per­dí­cio”). Cu­ri­ti­ba – PR es­pa­ço dis­po­ní­vel, de modo a dar o

E
Te­mos mui­tos es­tu­dos e pes­qui­sas maior nú­me­ro pos­­sí­vel de opor­­tu­ni­da­
des aos lei­to­res. As men­sa­gens po­de­rão
tam­bém des­te segmento (hor­ti­frú­ti) s­cre­vo-lhes com o in­tui­to de
tam­­bém ser in­se­ri­das no site da revista
e dos de­mais. Es­tas ma­té­rias além fazer uma crí­ti­ca cons­tru­ti­va a (www.embalagemmarca.com.br).
de es­ti­mu­lar a de­man­da são de res­pei­to da capa da re­vis­ta N°9
4 – embalagemmarca • mar 2000
abril 2000
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

3 30
CARTA DO EDITOR ESTRATÉGIA Reportagem
A filiação da revista Como o segmento de redacao@embalagemmarca.com.br
ao IVC e sua balas e chicletes usa Flávio Palhares
importância para o a embalagem para flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
anunciante livrar-se do estigma guma@embalagemmarca.com.br
de “moeda de troco” Leandro Haberli
leandro@embalagemmarca.com.br

Colaboradores

34
TECNOLOGIA Adélia Borges, Fernando Barros,
Há ferramentas Josué Machado, Luiz Antonio Maciel
melhores que “feeling”
e telepatia para Diretor de Arte
Carlos Gustavo Curado

8
EN­TRE­VIS­TA: orientar o design
JOSÉ VELLOSO Administração
DIAS CARDOSO Marcos F. Palhares (Diretor)
Eunice Fruet (Financeiro)
Di­re­tor de integração
mercadológica da Departamento Comercial
Abimaq mostra comercial@embalagemmarca.com.br
vantagens de atuar de Wagner Ferreira
forma sistêmica Circulação e Assinaturas

36
assinaturas@embalagemmarca.com.br
LOGÍSTICA

12
Cesar Torres
CAPA Multiplicam-se as
alternativas aos Público-Alvo
O mercado de Em­ba­la­gem­Mar­ca é di­ri­gi­da a pro­fis­sio­nais que
alimentos paletes e materiais ocu­pam car­gos téc­ni­cos, de di­re­ção, ge­rên­cia
congelados de acolchoamento e su­per­vi­são em em­pre­sas for­ne­ce­do­ras, con­
cresce e eleva ver­te­do­ras e usuá­rias de em­ba­la­gens para ali­
mentos, be­bi­das, cos­mé­ti­cos, me­di­ca­men­tos,
demanda por ma­te­riais de lim­pe­za e home ser­vi­ce, bem
embalagens. como pres­ta­do­res de ser­vi­ços re­la­cio­na­dos
O setor com a ca­deia de em­ba­la­gem. A re­vis­ta é dis­tri­
responde bem buí­da gra­tui­ta­men­te a ór­gãos go­ver­na­men­tais,
uni­ver­si­da­des, cen­tros de pes­qui­sa, as­so­cia­
ções, im­pren­sa e agên­cias de propaganda.

18
LATA x LATA – PARTE II
Embalagem de aço
para cerveja quer ter
46 REGISTRO
Uma nova seção com
notícias breves sobre
Tiragem
6 500 exemplares

Filiada ao
30% do segmento. O fatos de interesse para
alumínio também investe profissionais da área
de embalagens

EmbalagemMarca
E MAIS é uma publicação mensal da
ESPAÇO ABERTO ........................... 4 Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo
MATERIAIS .....................................22
FOTO de capa: andré godoy

Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP


SEMENTES ................................... 26 Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

SISTEMAS ..................................... 28 www.embalagemmarca.com.br


SETOR ........................................... 32 O con­teú­do edi­to­rial de Em­ba­la­gem­Mar­ca é
TENDÊNCIA

24
res­guar­da­do por di­rei­tos au­to­rais. Não é per­
Indústrias de DISPLAY ........................................ 38 mi­ti­da a re­pro­du­ção de ma­té­rias edi­to­riais
embalagem adotam EVENTOS ...................................... 48 pu­bli­ca­das nes­ta re­vis­ta sem au­to­ri­za­ção da
cada vez mais as salas COMO ENCONTRAR .................... 49
Blo­co de Co­mu­ni­ca­ção Ltda. Opi­niões
ex­pres­sas em ma­té­rias as­si­na­das não re­fle­
limpas como diferencial
ALMANAQUE ................................ 50 tem ne­ces­sa­ria­man­te a opi­nião da re­vis­ta.
ENTREVISTA

“O caminho é a integração” con­ta­dos. As em­pre­sas que­rem


so­lu­ções to­tais, e cabe aos for­ne­ce­
do­res en­con­trá-las, alian­do-se com
os pro­ve­do­res de com­ple­men­tos
da­qui­lo que fa­bri­cam.
A fim de fazer a in­ter­li­ga­ção en­tre
for­ne­ce­do­res e clien­tes de di­fe­ren­
tes áreas pro­du­ti­vas, a Abi­maq –
Associação Brasileira da In­dús­tria
de Má­qui­nas e Equi­pa­men­tos man­
tém uma atuan­te Di­re­to­ria de In­te­
gra­ção Mer­ca­do­ló­gi­ca. Para pro­
mo­ver a apro­xi­ma­ção en­tre as par­
tes, esse órgão re­cor­re às câ­ma­ras
se­to­riais que com­põem a en­ti­da­de,
rea­li­zan­do reu­niões, se­mi­ná­rios e
gru­pos de tra­ba­lho. Como o ob­je­ti­
vo, além de am­pliar a efi­cá­cia, é
re­du­zir cus­tos, está em an­da­men­to
na Abi­maq a cria­ção de uma coo­pe­
ra­ti­va de com­pras que fun­cio­na­rá
vir­tual­men­te, através de um por­tal
na in­ter­net com po­ten­cial de ne­gó­
cios es­ti­ma­do em 6 bilhões de reais
por ano. Nes­se por­tal, ob­via­men­te,
ha­ve­rá es­pa­ço para as in­dús­trias
divulgação

li­ga­das à área de em­ba­la­gem.

N
Para fa­lar des­ses te­mas e, va­rian­do
um pou­co, para afir­mar que não é
o mun­do glo­ba­li­za­do, de ver­da­dei­ra a pro­pa­la­da mo­der­ni­za­
JOSÉ VELLOSO  com­pe­ti­ção cada vez ção do par­que in­dus­trial brasileiro,
DIAS CARDOSO, mais acir­ra­da, a com­pe­ti­ o di­re­tor de in­te­gra­ção mer­ca­do­ló­
ti­vi­da­de – vale di­zer, a gi­ca da Abi­maq, José Ve­llo­so Dias
diretor de Integração so­bre­vi­vên­cia – su­bor­di­ Car­do­so, que é também gerente
Mercadológica da na-se cres­cen­te­men­te à comercial da PTI – Power
ne­ces­si­da­de de in­te­gra­ção. De­fi­ni­ti­ Transmission Industries do Brasil,
Abimaq, diz que as va­men­te, as ca­deias pro­du­ti­vas não deu esta en­tre­vis­ta a Emb ­ al
­ ag
­ em­
cadeias produtivas se po­dem dar ao luxo de não fun­cio­ Marc ­ a. “Com a aber­tu­ra da eco­no­
nar como sis­te­mas in­te­gra­dos e efi­ mia im­por­tou-se mui­ta má­qui­na
precisam funcionar ca­zes. Não pode haver elos que usa­da”, ele diz.
como sistemas pre­ju­di­quem a har­mo­nia ou con­tri­
buam para in­via­bi­lizar a cor­ren­te. Como atua a Di­re­to­ria de In­te­gra­
eficazes. E afirma que For­ne­ce­do­res e clien­tes pre­ci­sam ção Mer­ca­do­ló­gi­ca?
as importações de ser, cada vez mais, cúm­pli­ces, no De duas for­mas. Uma delas é con­
bom sen­ti­do des­sa pa­la­vra. O fa­bri­ vi­dar um for­ne­ce­dor dos nos­sos
máquinas somente can­te que ima­gi­na po­der li­mi­tar-se a as­so­cia­dos, um fa­bri­can­te de má­qui­
for­ne­cer a um clien­te a sua má­qui­ nas, para fa­lar de as­sun­tos es­pe­cí­fi­
modernizaram os
na, sem que ela es­te­ja in­te­gra­da cos de in­te­res­se de de­ter­mi­na­das
países exportadores num sis­te­ma com­ple­to, tem os dias áreas. Agi­mos tam­bém quan­do as

8 – embalagemmarca • abr 2000


câ­ma­ras se­to­riais ou os sin­di­ca­tos gens aé­reas, ser­vi­ços que são por uma con­cor­rên­cia. Ven­ce­rá
pe­dem a nos­sa aju­da, para que co­muns à maio­ria dos as­so­cia­dos. quem ti­ver o me­lhor pre­ço e qua­li­
de­ter­mi­na­das em­pre­sas ou re­pre­ Acre­di­ta­mos que o total que poderá da­de, den­tro de um ní­vel de qua­li­
sen­tan­tes de al­gum se­tor onde ha­ve­ ser co­mer­cia­li­za­do através des­se da­de pre­su­mi­do. O for­ne­ce­dor que
rá in­ves­ti­men­to se­jam tra­zi­dos à por­tal che­ga a 6 bilhões de reais por en­trar no por­tal vai ter a pos­si­bi­li­da­
casa. Da mes­ma forma que tra­ze­ ano. Se che­gar­mos a 3 bilhões já é de de ven­der para 4 000 em­pre­sas,
mos clien­tes, tra­ze­mos for­ne­ce­do­ uma enor­mi­da­de. que é o uni­ver­so total de fa­bri­can­tes
res. In­fe­liz­men­te, a maio­ria das de bens de ca­pi­tal me­câ­ni­cos sob
vezes em que al­gum as­so­cia­do se Como se­rão via­bi­li­za­das as tran­ en­co­men­da no Bra­sil. Hoje a Abi­
sen­te im­pe­li­do a con­vi­dar um for­ne­ sa­ções? maq tem cer­ca de 1 200 em­pre­sas


ce­dor é por­que está ha­ven­do pro­ble­ Trou­xe­mos um par­cei­ro para a exe­ ca­das­tra­das, mas o po­ten­cial é
mas com al­gum tipo de in­su­mo do cu­ção do tra­ba­lho, no caso a Sco­ maior. Quem ven­cer as con­cor­rên­
se­tor, como au­men­to de pre­ço, cias, quem der as me­lho­res op­ções,
es­cas­sez, po­lí­ti­cas mal de­fi­ni­das. au­to­ma­ti­ca­men­te vai es­tar no com­
Há ca­sos tam­bém em que o con­vi­te Vamos criar pu­ta­dor den­tro das em­pre­sas. Quem
não é fei­to para re­sol­ver pro­ble­mas, uma cooperativa de estiver fora vai per­der mercado.
mas para de­sen­vol­ver téc­ni­cas para Além des­se dado co­mer­cial, ou­tro
a uti­li­za­ção de de­ter­mi­na­do in­su­mo, compras via internet, aspecto im­por­tan­te é o da es­ca­la. O
trei­nar fun­cio­ná­rios para obter a que contribuirá para ob­je­ti­vo é au­men­tá-la, sem­pre
má­xi­ma pro­du­ti­vi­da­de da­que­le visan­do bai­xar cus­tos. E uma ter­cei­
in­su­mo. Nos­sa fun­ção é fazer o link reduzir custos. O for- ra ca­rac­te­rís­ti­ca é eli­mi­nar o in­ter­
en­tre os for­ne­ce­do­res e os clien­tes. me­diá­rio. Que­re­mos que par­ti­ci­pem
necedor que entrar
do por­tal so­men­te for­ne­ce­do­res
Como é fei­ta essa li­ga­ção? nesse portal poderá di­re­tos. Hoje mesmo con­ver­sei com
Está em an­da­men­to um tra­ba­lho o pre­si­den­te da Pe­tro­brás, que to­pou
vender para 4 000
que vai ser mui­to im­por­tan­te para a en­trar no por­tal para for­ne­cer lu­bri­
Abi­maq. É a cria­ção de uma coo­pe­ fabricantes de bens fi­can­te. Ló­gi­co que ele vai con­cor­


ra­ti­va de com­pras, que já foi tes­ta­da rer com to­dos os for­ne­ce­do­res de
em vá­rias as­so­cia­ções e em­pre­sas,
de capital sob lu­bri­fi­can­tes. Tam­bém hoje con­vi­
nem sem­pre com êxi­to. Po­rém, com encomenda dei para fazer parte do por­tal o pre­
o ad­ven­to da in­ter­net, do e-bu­si­ness, si­den­te da Ford. Dis­cu­ti­mos a pos­si­
do bu­si­ness-to-bu­si­ness, isso fi­cou bi­li­da­de de a Ford en­trar no pro­gra­
mais fá­cil. Va­mos criar um por­tal pus, que está de­sen­vol­ven­do o por­ ma for­ne­cen­do au­to­mó­veis para
para isso. Um dos ob­je­ti­vos é de­so­ tal. Trou­xe­mos tam­bém um agen­te em­pre­sas que têm suas fro­tas de
ne­rar ao má­xi­mo o as­so­cia­do das fi­nan­cei­ro, que é o Bra­des­co. O au­to­mó­veis, mas tam­bém para os
con­tri­bui­ções as­so­cia­ti­vas. Hoje, Bra­des­co tem um gran­de in­te­res­se fun­cio­ná­rios das em­pre­sas.
apro­xi­ma­da­men­te 40% das nos­sas em en­trar nes­se ne­gó­cio. Pri­mei­ro
re­cei­tas não vêm de con­tri­bui­ção por vo­ca­ção, por­que sem­pre fi­nan­ Isso não in­com­pa­ti­bi­li­za a Ford
as­so­cia­ti­va, mas de ou­tras fon­tes, ciou má­qui­nas no Bra­sil. Mas tam­ com sua rede de dis­tri­bui­ção?
como rea­li­za­ção de fei­ras, alu­guel bém tem in­te­res­se em es­tar no sis­te­ Tudo que es­ta­mos fa­zen­do vai criar
de sa­las, pro­mo­ção de cur­sos den­tro ma para ven­der ser­vi­ços, como pro­ble­ma para to­dos os for­ne­ce­do­
da Abi­maq e ou­tras ati­vi­da­des. se­gu­ros e ou­tros produtos, não só res com suas re­des de dis­tri­bui­ção.
para as em­pre­sas, mas tam­bém para A di­re­to­ria de uma fá­bri­ca de lu­bri­
O por­tal que está sen­do cria­do visa os fun­cio­ná­rios das em­pre­sas, com fi­can­te que con­ta­ta­mos teve de pe­dir
prin­ci­pal­men­te a que? as mes­mas con­di­ções para os dois. au­to­ri­za­ção à sede, que é fora do
Au­men­tar a es­ca­la de com­pras de país, pois para fazer esse tra­ba­lho
in­su­mos, de bens e ser­vi­ços que Em li­nhas ge­rais, qual será o con­ es­ta­ria ti­ran­do o dis­tri­bui­dor do
se­jam co­muns à maio­ria dos as­so­ teú­do do por­tal? ne­gó­cio. É ló­gi­co que exis­tem
cia­dos, a fim de re­du­zir cus­tos. Na Vão com­por esse por­tal vá­rias lo­jas al­guns produtos, como ro­la­men­tos e
área de bens, por exem­plo, cito aço, vir­tuais, uma loja de lu­bri­fi­can­tes, lu­bri­fi­can­tes, em que o fa­bri­can­te
lu­bri­fi­can­tes, ro­la­men­tos, pa­ra­fu­sos uma loja de ro­la­men­tos, uma loja de vai ter de dis­po­ni­bi­li­zar ou in­di­car
etc. Na área de ser­vi­ços, lo­ca­ção de aço e as­sim por dian­te. Para en­trar um dis­tri­bui­dor, aque­le que vai fazer
au­to­mó­veis, se­gu­ro, ho­tel, pas­sa­ no por­tal as em­pre­sas vão pas­sar a en­tre­ga. Mas o faturamento será

abr 2000 • embalagemmarca – 9


fei­to pelo fa­bri­can­te. O que que­re­ novos mercados. Será uma fer­ra­ à pro­du­ção e o re­sul­ta­do final não
mos fazer é bu­si­ness-to-bu­si­ness, men­ta para bus­car ne­gó­cios para os vai ser o me­lhor pos­sí­vel. Por isso
fa­bri­can­te para fa­bri­can­te. O dis­tri­ nos­sos as­so­cia­dos. so­li­ci­tei a mu­dan­ça ao pre­si­den­te da
bui­dor en­tra­ria como re­pre­sen­tan­te Abi­maq na épo­ca, o Sér­gio Ma­ga­
co­mer­cial, ele fa­ria a en­tre­ga, po­rém O se­nhor fa­la em in­te­gra­ção de lhães. Fui aten­di­do. Mon­ta­mos uma
acer­tan­do uma co­mis­são de ven­da mercados. A di­re­to­ria tra­ba­lha no co­mis­são e, em 1997, mu­da­mos o
com o fa­bri­can­te. A ques­tão é di­mi­ sen­ti­do de in­te­grar sis­te­mas? es­ta­tu­to
nuir o cus­to ao má­xi­mo para o as­so­ Há al­gum tem­po. Quan­do fui pre­si­
cia­do. Além de es­tar dis­po­ni­bi­li­zan­ den­te da câ­ma­ra se­to­rial de ci­men­to Qual a im­por­tân­cia dis­so para o
do bens e ser­vi­ços com con­di­ções e mi­ne­ra­ção, sen­ti uma forte ne­ces­ mercado?
fa­vo­rá­veis, com au­men­to de es­ca­la, si­da­de de mu­dar o es­ta­tu­to da Abi­ O mercado atual de­man­da in­te­gra­do­


eli­mi­na­ção de in­ter­me­diá­rios e mais maq, para per­mi­tir a entrada de res de sis­te­mas, que não têm ne­ces­sa­
com­pe­ti­ti­vi­da­de, va­mos criar um só­cios di­fe­ren­cia­dos. O mercado ria­men­te de fa­bri­car o equi­pa­men­to.
sis­te­ma de mi­lha­gem: quan­to mais o Hoje o clien­te quer com­prar o re­ce­bi­
as­so­cia­do se uti­li­zar do meio para Não podemos men­to, o trans­por­te, o be­ne­fi­cia­men­
fazer suas com­pras, mais terá di­mi­ to, a ex­pe­di­ção – quer com­prar tudo
querer que cada
nuí­da sua con­tri­bui­ção as­so­cia­ti­va à num pa­co­te. No pas­sa­do as em­pre­sas
Abi­maq, até che­gar a zero. fabricante produza man­ti­nham aque­le cor­po téc­ni­co
enor­me, só acres­cen­tan­do cus­tos.
um pouquinho de
Pa­re­ce ser um sis­te­ma bem fe­cha­do. Quan­do vi­nham os pa­co­tes elas não
Numa se­gun­da eta­pa do pro­je­to, cada coisa, porque ti­nham com­pe­ti­ti­vi­da­de, por­que es­ta­
va­mos dis­po­ni­bi­li­zar nes­se por­tal vam car­re­gan­do um cus­to enor­me
tam­bém aces­só­rios. A Abi­maq tem,
assim ele não será pa­ra­das es­pe­ran­do ser­vi­ço. O que
por exem­plo, as­so­cia­dos fa­bri­can­tes especialista, não terá acon­te­ceu? Nós mu­da­mos, para per­
de en­gre­na­gens, que for­ne­cem para mi­tir a entrada na Abi­maq de em­pre­
fa­bri­can­tes de má­qui­nas. Ha­ve­rá escala, vai só agre- sas “pa­co­tei­ras”, que com­pram as
tam­bém o co­mér­cio de as­so­cia­do gar custo à produção, má­qui­nas, ou às vezes fa­bri­cam parte


para as­so­cia­do. Numa ter­cei­ra eta­pa, de­las, com­pram ou­tra parte e for­ne­
que tam­bém já está sen­do tra­ba­lha­ e o resultado não cem uma so­lu­ção in­te­gra­da para o
da, va­mos ven­der por in­ter­net. Aí, será o clien­te final. Mas essa empresa tem
va­mos dis­po­ni­bi­li­zar to­dos os nos­ de ser res­pon­sá­vel pela tec­no­lo­gia,
sos as­so­cia­dos na in­ter­net para fazer melhor possível pela as­sis­tên­cia téc­ni­ca e ser con­tri­
a ven­da através do nos­so por­tal. A buin­te do IPI, isto é vai fa­tu­rar a
casa está mon­tan­do um gran­de ban­ es­ta­va exi­gin­do um ou­tro tipo de má­qui­na. É uma evo­lu­ção no se­tor,
co de da­dos so­bre a in­dús­tria de fa­bri­can­te de má­qui­nas, que é o que está cada vez mais bus­can­do
má­qui­nas e equi­pa­men­tos no Bra­sil, fa­bri­can­te de sis­te­mas. O pri­mei­ro ga­nhos de pro­du­ti­vi­da­de, com os
que será dis­po­ni­bi­li­za­do para o mun­ se­tor que sen­tiu isso foi o de ci­men­ fa­bri­can­tes se con­cen­tran­do na­qui­lo
do todo, via in­ter­net. Esse ban­co de to e mi­ne­ra­ção. Aque­las gran­des em que são es­pe­cia­lis­tas.
da­dos, que vai di­vul­gar os produtos com­pa­nhias do pas­sa­do, que ti­nham
dos nos­sos as­so­cia­dos, es­tará dis­po­ um cor­po téc­ni­co ul­tra­pe­sa­do, de­ze­ A res­pon­sa­bi­li­da­de do de­sem­pe­nho
ní­vel em vá­rias ho­me­pa­ges no Bra­sil nas, cen­te­nas de en­ge­nhei­ros, ope­ do sis­te­ma é toda desse, cha­me­mos
e no ex­te­rior. Por exem­plo, uma ra­do­res de má­qui­nas etc, um ati­vo as­sim, for­ne­ce­dor in­te­gra­do?
as­so­cia­ção de fa­bri­can­tes de pa­pel e enor­me, e que pa­de­ciam de forte Sim, a res­pon­sa­bi­li­da­de, a ga­ran­tia
ce­lu­lo­se vai ter em seu site um link sa­zo­na­li­da­de, tor­na­vam-se cada vez de per­for­man­ce, é de um for­ne­ce­dor
para en­trar na Abi­maq. Uma as­so­ me­nos ágeis e com­pe­ti­ti­vas. Era só. Va­mos pe­gar o exem­plo de um
cia­ção de in­dús­trias de de­ter­mi­na­dos pre­ci­so do apoio do fa­bri­can­te de for­ne­ce­dor para a área de embala­
produtos vai ter em seu site um link sis­te­mas, mas pelo es­ta­tu­to da épo­ca gens, di­ga­mos um gran­de fa­bri­can­te
para en­trar em nos­so ban­co de da­dos, não era pos­sí­vel esse fa­bri­can­te de ex­tru­so­ras, mas que den­tro da
no qual ha­ve­rá le­van­ta­men­tos es­ta­ en­trar na casa. Ora, não po­de­mos ca­deia não seja es­pe­cia­lis­ta em
tís­ti­cos, pros­pec­ção de mercados, que­rer que cada fa­bri­can­te pro­du­za ou­tras má­qui­nas que com­ple­tam a
es­ta­tís­ti­cas de ven­das. Essa as­so­cia­ um pou­qui­nho de cada coi­sa, por­ linha. É para ca­sos as­sim que foi fei­
ção si­na­li­zará para seus as­so­cia­dos que as­sim ele não será es­pe­cia­lis­ta, ta a mu­dan­ça de es­ta­tu­to da Abi­maq.
que es­tão sen­do de­sen­vol­vi­dos não terá es­ca­la, vai só agre­gar cus­to Isso pos­si­bi­li­tou in­cen­ti­var a for­ma­

10 – embalagemmarca • abr 2000


ção de em­pre­sas, até de en­ge­nha­ria, quem for­ne­ceu o equi­pa­men­to está As ven­das de má­qui­nas na­cio­nais
mas que fa­tu­ram equi­pa­men­tos, pró­xi­mo, ofe­re­cen­do uma rede de cai­ram nos úl­ti­mos anos. A pre­fe­
não só ser­vi­ços, de forma in­te­gra­da. as­sis­tên­cia e de dis­tri­bui­ção de rên­cia pelo pro­du­to im­por­ta­do
Essa empresa vai bus­car a so­lu­ção pe­ças, tan­to me­lhor. O que acon­te­ se­ria mo­ti­va­da por qua­li­da­de su­pe­
que ofe­re­ça ao clien­te a maior pro­ ce quan­do se tem equi­pa­men­tos rior, tec­no­lo­gia mais avan­ça­da?
du­ti­vi­da­de, ad­mi­nis­tran­do o me­nor im­por­ta­dos, de pro­ce­dên­cia de di­fí­ Exis­tem no mun­do ca­tor­ze paí­ses
con­tra­to pos­sí­vel. Não po­de­mos cil aces­so? Quan­do é pre­ci­so im­por­ que têm uma in­dús­tria de bens de
que­rer ser fa­bri­can­tes de tudo e não tar pe­ças e aces­só­rios, a pes­soa lá ca­pi­tal me­câ­ni­cos, en­tre eles o Bra­
ser es­pe­cia­lis­tas em nada. Hoje, da Re­cei­ta Fe­de­ral não está preo­cu­ sil, e com es­ca­la. Exis­tem mais paí­
te­mos cada vez mais de en­xu­gar as pa­da se há uma má­qui­na pa­ra­da na ses que pro­du­zem bens de ca­pi­tal,


fá­bri­cas, ter­cei­ri­zan­do a pro­du­ção fá­bri­ca, se isso re­sul­ta numa per­da mas com es­ca­la são só ca­tor­ze. É
para quem tem es­ca­la para nos for­ de mi­lha­res ou milhões de dó­la­res. um se­tor al­ta­men­te es­tra­té­gi­co, por­
ne­cer, se não a ti­ver­mos. No pas­sa­ que é fa­bri­can­te de fá­bri­cas. Quem
do, a pri­mei­ra per­gun­ta que se fa­zia com­pra um equi­pa­men­to para fazer
a um pre­si­den­te de empresa era: Quando é uma em­ba­la­gem está preo­cu­pa­do
“Quan­tos me­tros qua­dra­dos tem a preciso importar peças com seu pro­du­to. Para fazer um pro­
sua fá­bri­ca, quan­tos tor­nos, quan­tas du­to com o me­nor cus­to pos­sí­vel,
fu­ra­dei­ras?”. Hoje em dia não é e acessórios, a pessoa com a maior pro­du­ti­vi­da­de e com a
pre­ci­so ter tor­no, fu­ra­dei­ra. É pre­ci­ na Receita Federal con­fiança de que não haverá pa­ra­da
so ter tec­no­lo­gia, res­pon­sa­bi­li­zar-se de pro­du­ção, é pre­ci­so ter um for­ne­
pela as­sis­tên­cia téc­ni­ca e pela não está preocupada ce­dor de equi­pa­men­tos de qua­li­da­
ga­ran­tia do pro­du­to, e fa­tu­rar o con­ se há uma máquina de. Isso o Bra­sil tem, com a mes­ma
jun­to de bens que está in­te­gran­do qua­li­da­de do im­por­ta­do. Es­tar per­to
um sis­te­ma. parada na fábrica. Às das empresas que fize-ram o equipa­
mento e da empresa que fez a in­te­
vezes uma parada de
A in­te­gra­ção con­tri­bui­ria para o gração significa ris­co menor.
au­men­to da com­pe­ti­ti­vi­da­de da máquina por falta de


in­dús­tria na­cio­nal de equi­pa­men­ Se­gun­do o dis­cur­so do go­ver­no, a
tos?
assistência é mais aber­tu­ra à im­por­ta­ção de equi­pa­
Sem dú­vi­da. Sa­be­mos que qual­quer cara men­tos for­çaria a mo­der­ni­za­ção do
mercado no mun­do in­tei­ro tem suas par­que in­dus­trial brasileiro. . .
es­pe­ci­fi­ci­da­des. É mui­to mais pro­
que a máquina Isso não é ver­da­de. Te­mos da­dos na
du­ti­vo tra­tar com um for­ne­ce­dor Abi­maq que re­fu­tam isso.
que co­nhe­ce a es­tru­tu­ra do merca­ Mui­tas vezes uma pa­ra­da de má­qui­
do, os pro­ble­mas do mercado, aqui­ na devido ao não aten­di­men­to da As importações não con­tri­buíram
lo que por­ven­tu­ra pos­sa acon­te­cer, as­sis­tên­cia téc­ni­ca é mais cara do para mo­der­ni­zar?
os fa­to­res cli­má­ti­cos, fa­to­res po­lí­ti­ que a pró­pria má­qui­na. No mí­ni­ Nes­se pe­río­do im­por­tou-se mui­ta
cos ou até de trei­na­men­to que o mo, com cer­te­za a pa­ra­da vai ser má­qui­na usa­da. Al­guns se­to­res se
usuá­rio da má­qui­na vai ter. Quan­to mais cara que a peça que cau­sou o abas­te­ce­ram de má­qui­nas que
mais apro­pria­da para o am­bien­te pro­ble­ma. Exis­tem mui­tos ca­sos de ti­nham sido de­pre­cia­das lá no ex­te­
onde uma má­qui­na vai ser apli­ca­da, em­pre­sas que par­ti­ram para so­lu­ rior, que en­tra­ram no país com va­lo­
mais re­sul­ta­do ela vai tra­zer para ções de bens im­por­ta­dos. É uma res mui­to baixos. Nos lu­ga­res de
quem está com­pran­do. al­ter­na­ti­va, des­de que haja no Bra­ onde es­sas má­qui­nas vie­ram, sim,
sil al­guém que es­te­ja dan­do as­sis­ hou­ve subs­ti­tui­ção mo­der­ni­za­do­ra.
Exis­te tam­bém a ques­tão da as­sis­ tên­cia. Vá­rias em­pre­sas ti­ve­ram
tên­cia téc­ni­ca. au­men­to no cus­to dos seus produ­ Quer di­zer, o Bra­sil co­la­bo­rou,
É um fa­tor ainda mais im­por­tan­te. tos em fun­ção do au­men­to de com­pran­do equi­pa­men­to ob­so­le­to,
Não adian­ta ter numa fá­bri­ca um in­ven­tá­rio, por fal­ta de con­fia­bi­li­ para fi­nan­ciar a mo­der­ni­za­ção de
equi­pa­men­to ul­tra-so­fis­ti­ca­do se da­de em subs­ti­tuir ra­pi­da­men­te con­cor­ren­tes es­tran­gei­ros?
não hou­ver as­sis­tên­cia téc­ni­ca rá­pi­ de­ter­mi­na­da peça ou aces­só­rio. Em parte é ver­da­de. Não acon­te­ceu
da e efi­caz, por­que todo equi­pa­ Ti­ve­ram de man­ter esse aces­só­rio de forma ge­ne­ra­li­za­da, mas em
men­to de­man­da manutenção, está em es­to­que, por fal­ta de dis­tri­bui­ al­guns se­to­res es­pe­cí­fi­cos, como o
su­jei­to a aci­den­tes de tra­ba­lho. Se do­res lo­cais. Isso é cus­to. se­tor de bor­ra­cha e o si­de­rúr­gi­co.

abr 2000 • embalagemmarca – 11


contra lata – o
matERIAIS

lata
Apostando firme na tendência de crescimento do uso de latas de

s
e cerveja, o setor investe 10 milhões de dólares e espera conquistar uma

e, aos olhos do con­su­mi­


dor, uma em­ba­la­gem fei­ta
de de­ter­mi­na­do ma­te­rial
não apre­sen­ta di­fe­ren­ças
evi­den­tes em re­la­ção aos
ma­te­riais con­cor­ren­tes, a não ser o
pre­ço me­nor, que ra­zão te­riam
po­ten­ciais usuá­rios para não ado­
tá-la? Mais ainda, por que não
fazê-lo, se a adap­ta­ção dos equi­pa­
men­tos não im­pli­ca cus­tos com­
pro­me­te­do­res? Com ar­gu­men­tos
como es­ses, a Cia. Me­ta­lic Nor­
des­te (Gru­po Vi­cu­nha), com sede

Divulgação
em Ma­ra­ca­naú, a 60 qui­lô­me­tros
de For­ta­le­za, está detonando novo
capítulo da já antiga guerra em que
Marcas renomadas já usam latas da Metalic, sobretudo no Nordeste
se empenha para re­to­mar para a
lata de aço de duas pe­ças o es­pa­ço al­me­ja­dos 20%, con­ta Car­los Po­le­ de duas pe­ças no Bra­sil é a ne­ces­
per­di­do há pou­co mais de dez anos ti­ni, pre­si­den­te da empresa, es­tão si­da­de de im­por­ta­ção da cha­pa,
para a embalagem de alu­mí­nio sen­do in­ves­ti­dos 10 milhões de pois a úni­ca for­ne­ce­do­ra, a CSN
(ver EmbalagemMarca nº 1). dó­la­res nas li­nhas de fa­bri­ca­ção, o – Cia. Si­de­rúr­gi­ca Na­cio­nal, não
que ele­va­rá já em abril a ca­pa­ci­da­ de­tém a tec­no­lo­gia. No entanto,
Capacidade maior de de pro­du­ção para 75 mi-lhões segundo Adria­na Stec­ca, ge­ren­te
De olho no gi­gan­tes­co mercado de de la­tas/mês (2 200 por mi­nu­to). de mar­ke­ting/em­ba­la­gem da
la­tas para cer­ve­jas, re­fri­ge­ran­tes, Além dis­so, es­tão sen­do fi­na­li­za­ empresa, essa tec­no­lo­gia poderá
su­cos e chás pron­tos para be­ber dos acor­dos de par­ce­ria para aber­ es­tar sen­do dis­po­ni­bi­li­za­da por
(8,7 bilhões de uni­da­des em 1999), tu­ra de uma nova fá­bri­ca no Sul vol­ta do iní­cio do pró­xi­mo ano,
a empresa es­pe­ra con­quis­tar uma do país, pró­xi­mo aos gran­des cen­ gra­ças a acor­do com a ale­mã
fa­tia de 20% des­se bolo den­tro de tros de pro­du­ção. Em suma, a Thyssen Ras­sels­tein Hoescht. De
três anos. Por enquanto, as coi­sas Me­ta­lic apos­ta fir­me na ten­dên­cia sua parte, o pre­si­den­te da Me­ta­lic
não têm sido mui­to di­fí­ceis para a glo­bal de crescimento da lata de in­for­ma que em de­zem­bro úl­ti­mo
Me­ta­lic. Úni­ca fa­bri­can­te bra­si­lei­ aço para be­bi­das, que se re­fle­te a empresa fez um tes­te com 60
ra de la­tas de aço de duas pe­ças, numa par­ti­ci­pa­ção mé­dia de 54% to­ne­la­das de cha­pas for­ne­ci­das
to­das as 50 milhões de uni­da­des na Eu­ro­pa e 60% na Amé­ri­ca La­ti­ pela CSN, se­gui­do de ou­tro, nos
que pro­duz são co­lo­ca­das, para na (os Es­ta­dos Uni­dos, onde se me­ses de janeiro e fe­ve­rei­ro des­te
mar­cas re­no­ma­das, ba­si­ca­men­te con­so­me me­ta­de das la­tas de be­bi­ ano, com 170 to­ne­la­das. “Isso
no mercado de be­bi­das car­bo­na­ta­ das pro­du­zi­das no mun­do, são a re­pre­sen­ta 30% da nos­sa pro­du­
das do Nor­des­te. Isso lhe ga­ran­te ex­ce­ção: lá, o alu­mí­nio é ab­so­lu­to, ção, de 1 500 to­ne­la­das/mês atual­
4% do mercado total de embala­ com 100%). men­te”, diz Po­le­ti­ni. “Os re­sul­ta­
gens metálicas nesse formato. O prin­ci­pal pro­ble­ma en­fren­ta­ dos fo­ram ex­ce­len­tes”, afir­ma.
Para ca­mi­nhar em di­re­ção aos do para a pro­du­ção de la­tas de aço A pro­je­ção da Me­ta­lic é de que

18 – embalagemmarca • abr 2000


o retorno O que um metal diz de si e do outro

aço para refrigerantes


fatia de 20% do mercado

até o final des­te ano 80% da fo­lha

ilustração: tom b.
que con­so­me se­rão fa­bri­ca­dos no
Bra­sil. Gra­ças à tec­no­lo­gia a ser
in­tro­du­zi­da, a cha­pa na­cio­nal, cuja
es­pes­su­ra é de 0,27mm, de-verá
ser re­du­zi­da aos pa­drões eu­ro­peus, Argumentos do Alumínio Argumentos do Aço
isto é, a 0,22mm. Nos cál­cu­los da
empresa, o re­fle­xo des­se pro­ces­so Inviabiliza qualquer negócio com Em longas distâncias é inviável
no ganho de pre­ço final será de no para os materiais; vai construir uma

FRETE
FRETE

aço em longas distâncias; o frete é


mí­ni­mo 10%. Adria­na Stec­ca, da da ordem de R$ 20,00 por milheiro fábrica no Sul
CSN, ob­ser­va que a di­mi­nui­ção da contra R$ 2,00 por milheiro da
es­pes­su­ra da fo­lha re­sul­ta­rá, no Latasa
pro­ces­so de es­ti­ra­men­to, em

VISUAL MATERIAL
VISUAL MATERIAL

redução do peso da lata de aço dos Aço é uma embalagem mais pesada Alumínio tem menos resistência
atuais 30 gra­mas para algo mais mecânica
pró­xi­mo dos 14 gra­mas de lata de
alu­mí­nio. Assim, ha­ve­rá redução A impressão de certas cores, prin- A base de impressão é branca; o
nos cus­tos de fre­te. cipalmente metálicas, é prejudicada resultado gráfico é melhor
No con­fron­to en­tre os ma­te­
riais, o pre­ço final da lata as­su­me O valor do resíduo da sucata é Aço é 100% reciclável; em contato

RECICLAGEM
RECICLAGEM

peso especial, prin­ci­pal­men­te ante muito baixo; não estimula os cata- com a natureza, em cinco anos está
a su­pos­ta ten­dên­cia mun­dial – dores a coletar; praticamente não integrado; alumínio leva 400 anos; a
bran­di­da por Po­le­ti­ni – de ele­va­ há reciclagem de aço Metalic está organizando programas
ção do pre­ço do alu­mí­nio. Sem de reciclagem (latas por alimentos)
dú­vi­da, é ou­tro forte ar­gu­men­to,
PRODUÇÃO MATÉRIA PRIMA
PRODUÇÃO MATÉRIA PRIMA

se vier a ser con­fir­ma­do. Como Número de empresas produtoras de CSN está acertando acordo para
van­ta­gem adi­cio­nal nes­se cam­po, aço necessárias para fabricação de obter tecnologia alemã
o pre­si­den­te da Me­ta­lic destaca latas é restrito; CSN não domina
não ser ne­ces­sá­rio in­je­tar ni­tro­gê­ 100% a tecnologia para fornecer a
nio nas la­tas de aço durante o chapa
acon­di­cio­na­men­to de be­bi­das não
ga­sei­fi­ca­das, como chás, su­cos e Aço não tem capacidade suficiente Aço está investindo para ampliar a
água de coco. As de alu­mí­nio exi­ para atender a demanda capacidade
gem essa apli­ca­ção para ob­ter
re­sis­tên­cia me­câ­ni­ca.
Já a afir­ma­ção de que o alu­mí­ paralizado, como pode ser obser­ ne­ce­do­res – a ho­lan­de­sa Hoo­go­
nio te­ria che­ga­do ao li­mi­te de vado na próxima página. vens, a ja­po­ne­sa Su­mi­to­mo e a
redução de es­pes­su­ra da cha­pa – o Fi­nal­men­te, a ques­tão am­bien­ CSN – a empresa está pre­pa­ran­do
que re­sul­ta­ria em fu­ros e amas­sa­ tal, cal­ca­nhar de Aqui­les da lata um pro­gra­ma de re­ci­cla­gem a ser
men­tos nas li­nhas de en­chi­men­to de aço, co­me­ça tam­bém a ser ata­ tes­ta­do em Re­ci­fe e Sal­va­dor.
e no trans­por­te – é re­fu­ta­da pelo ca­da pela Me­ta­lic. Seu pre­si­den­te Nele os ca­ta­do­res tro­ca­rão la­tas
se­tor, que obviamente não está in­for­ma que em par­ce­ria com for­ usa­das por alimentos.

abr 2000 • embalagemmarca – 19


MATERIAIS

alumínio investe
para ganhar 30% já
c om um in­ves­ti­men­to de 1,2
mi­lhão de dó­la­res em seu
Cen­tro de Tec­no­lo­gia de
La­tas na fá­bri­ca de Pin­da­mo­
do Luís Fer­nan­do Ma­del­la, di­re­
tor de co­mu­ni­ca­ção e re­la­ções
ex­ter­nas da Al­can do Brasil, o
ob­je­ti­vo é “estar pró­xi­mo ao
nhan­ga­ba (SP), a Al­can do Bra­sil, clien­te, agre­gan­do valor aos seus
úni­ca for­ne­ce­do­ra de cha­pas de ne­gó­cios”.
alu­mí­nio para latas de bebidas no Para man­ter o es­pa­ço que con­
país, es­pe­ra au­men­tar em 30% quis­tou na área de embalagens no
sua par­ti­ci­pa­ção no mercado des­ país, a Alcan im­plan­tou também
sas embalagens ainda em abril. um novo mo­de­lo de ges­tão, ba­sea­
O cen­tro faz parte de uma rede do na in­te­gra­ção e no ali­nha­men­
glo­bal da empresa, que é lí­der to do pro­ces­so co­mer­cial com as
mun­dial no for­ne­ci­men­to de cha­ de­mais áreas da empresa, bem
pas de alu­mí­nio para embalagens como o pro­ces­so de qua­li­fi­ca­ção
de lata. Coor­de­na­da pelo Ap­plied dos clien­tes, en­vol­ven­do to­das as
Ma­te­rials Cen­ter, lo­ca­li­za­do em fa­ses do for­ne­ci­men­to.
Chi­ca­go, nos Es­ta­dos Uni­dos, a Para isso, durante de­zoi­to
rede atua em con­ta­to per­ma­nen­te me­ses a empresa en­viou lo­tes de
com os de­mais cen­tros de pes­qui­ cha­pas e fo­lhas de alu­mí­nio a
sa e de­sen­vol­vi­men­to da empresa al­guns de seus prin­ci­pais clien­tes
na In­gla­ter­ra e no Ca­na­dá. da área de la­tas para be­bi­das na
Do­ta­do de equi­pa­men­tos de Amé­ri­ca La­ti­na e pas­sou a mo­ni­
úl­ti­ma ge­ra­ção, o cen­tro fun­cio­ to­rar e ajus­tar cada fase do pro­
na­rá como um la­bo­ra­tó­rio de pes­ ces­so. Se­gun­do a Al­can, o re­sul­
qui­sa, de­sen­vol­vi­men­to e trei­na­ ta­do al­can­ça­do foi uma redução
men­to, aber­to não só a clien­tes de 60% nos pra­zos de en­tre­ga,
fa­bri­can­tes de la­tas, mas a toda a cus­tos mais baixos e um sig­ni­fi­
ca­deia pro­du­ti­va, isto é, do envas­ ca­ti­vo es­trei­ta­men­to de re­la­ções
ador ao consumidor final. Se­gun­ com os clien­tes.
Divulgação

Centro de Tecnologia de Latas da Alcan, em Pindamonhangaba (SP)


orgânica
MATERIAIS

caixa

c
Embalagem de açúcar aposta em virtude ecológica

on­su­mir produtos em po­li­pro­pi­le­no, dá um


Embalagem
sau­dá­veis é ga­nhar funciona to­que de so­fis­ti­ca­ção à em­ba­
qua­li­da­de de vida. como uma la­gem, tam­bém im­pe­de que
Esse con­cei­to, que extensão da
filosofia de
ela seja to­tal­men­te re­ci­clá­vel.
cres­ce mun­do afo­ra, abre produto A Usi­na São Fran­cis­co,
cam­po para a mo­vi­men­ta­ção orgânico po­rém, já está rea­li­zan­do
da in­dús­tria ali­men­tí­cia, li­ga­ es­tu­dos para subs­ti­tuir o PP
da nas ten­dên­cias com­por­ta­ por pa­pel ce­lo­fa­ne à base de
men­tais. O má­xi­mo en­tre al­bu­mi­na. “Te­ría­mos, as­sim,
produtos com ape­lo na­tu­ral uma em­ba­la­gem 100% bio­
são os cha­ma­dos or­gâ­ni­cos, de­gra­dá­vel”, con­si­de­ra o
alimentos sem adi­ti­vos quí­mi­ de­sig­ner Bill Mar­ti­nez, vis­
cos, cuja pro­du­ção não agri­de lum­bran­do a for­ça que essa
divulgação

a na­tu­re­za. Re­cen­te­men­te, con­quis­ta tra­ria à mar­ca e à


des­ta­cou-se nes­sa ca­te­go­ria, o ima­gem do pro­du­to or­gâ­ni­co.
açú­car Na­ti­ve, lan­ça­do com a idéia foi sair do pa­ra­dig­ma do bran­ Mais do que re­for­çar a
idéia de que a em­ba­la­gem é de­ci­si­va co, que do­mi­na a cena da ca­te­go­ pro­pos­ta al­ter­na­ti­va do pro­du­to, as
para atingir o con­cei­to de pro­du­to ria”, co­men­ta o de­sig­ner Bill Mar­ti­ ca­rac­te­rís­ti­cas es­pe­ciais da em­ba­la­
eco­lo­gi­ca­men­te cor­re­to. nez, da agên­cia Brand Group, res­ gem con­fe­rem ca­rá­ter no­bre e
Na am­pla cam­pa­nha de mar­ke­ pon­sá­vel pelo visual do pro­du­to. abrem fren­te nas gôn­do­las de açú­
ting que apóia a es­tréia do Na­ti­ve, da ca­res con­ven­cio­nais, onde o Native
Usi­na São Fran­cis­co, so­bres­sai a Esforços conjuntos vem sen­do ex­pos­to. “É di­fí­cil dis­
em­ba­la­gem de pa­pel­ car­tão do pro­ Para sair do pa­pel, o pro­je­to da tin­guir mar­cas de açú­car. Os pro­du­
du­to, com for­ma­to inu­si­ta­do, que em­ba­la­gem con­tou com es­for­ços to­res con­ven­cio­nais, op­tan­do pe­las
foge dos tra­di­cio­nais car­tu­chos. O con­jun­tos da Brand Group, da Cia. al­mo­fa­das fle­xí­veis, não ex­plo­ram
ma­te­rial foi cui­da­do­sa­men­te es­co­ Su­za­no de Pa­pel e Ce­lu­lo­se, for­ne­ a vi­si­bi­li­da­de da em­ba­la­gem e a
lhi­do, tan­to que a cai­xa do pro­du­to ce­do­ra do pa­pel car­tão, da con­ver­ pro­mo­ção da mar­ca, pois os produ­
es­tam­pa, em sua la­te­ral, o selo da te­do­ra Ma­gis­tral Im­pres­sões In­dus­ tos cos­tu­mam fi­car em­pi­lha­dos na
Cam­pa­nha do Pa­pel­car­tão, cria­do triais e da fa­bri­can­te da má­qui­na de ho­ri­zon­tal”, lem­bra Bal­bo Jr.
pela agên­cia The Group para a Bra­ en­va­se, a ar­gen­ti­na Mai­nar. A cai­xa Essa si­tua­ção, no entanto, deve
cel­pa (Associação Brasileira de de car­tão fica em pé, pos­sui vin­cos mu­dar, pois a ten­dên­cia é sur­gi­rem
Ce­lu­lo­se e Pa­pel) com o ob­je­ti­vo de la­te­rais que for­mam uma es­pé­cie de gôn­do­las es­pe­cí­fi­cas para os or­gâ­
di­vul­gar os be­ne­fí­cios do uso de do­sa­dor, tem lin­güe­ta res­se­lá­vel, ni­cos, pre­vê Bill Mar­ti­nez. “Isso
ma­te­riais re­ci­clá­veis em embala­ la­mi­na­ções com ver­ni­zes es­pe­ciais deve es­ti­mu­lar a apa­ri­ção de no­vas
gens. “A cai­xa, que não agri­de o para pro­te­ção con­tra umi­da­de e embalagens ou­sa­das, se­guin­do o
am­bien­te, é a ex­ten­são da fi­lo­so­fia uma ja­ne­la que permite ver o in­te­ con­cei­to na­tu­ral, de apa­rên­cia ar­te­
do pro­du­to or­gâ­ni­co”, sus­ten­ta rior. Esse as­pec­to cau­sa im­pac­to no sa­nal, que qui­se­mos im­pri­mir ao
Leon­ti­no Bal­bo Jr., di­re­tor agrí­co­la pon­to-de-ven­da, ob­ser­va o di­re­tor Na­ti­ve”, diz o de­sig­ner. Ele re­cla­
da Usi­na São Fran­cis­co. O for­ma­to agrí­co­la da Usi­na São Fran­cis­co. ma dos fa­bri­can­tes a ho­mo­lo­ga­ção
da em­ba­la­gem do Na­ti­ve destaca o “A ja­ne­la é fun­da­men­tal; pois trans­ do lado não-ca­lan­dra­do do pa­pel
pro­du­to no pon­to-de-ven­da e res­sal­ for­ma o pro­du­to em si num mi­ni­ car­tão – o que per­mi­ti­ria mais tra­
ta que se tra­ta de um pro­du­to dis­tin­to dis­play”, ele diz. ba­lhos com a apa­rên­cia de rus­ti­ci­
dos açú­ca­res re­fi­na­dos co­muns. “A Mas, se a ja­ne­la, con­fec­cio­na­da da­de, pró­prios aos or­gâ­ni­cos.
22 – embalagemmarca • abr 2000
tendência

jogo limpo, qualidade


controlada
Salas limpas são cada vez mais
normais na indústria de embalagens

a
Guilherme Kamio

im­por­tân­cia de­las é ras, di­vi­só­rias, for­ros es­pe­ciais e men­ta­ção de Her­lin, pode-se even­
ex­tre­ma. Basta di­zer in­con­tá­veis ou­tros equi­pa­men­tos. A tual­men­te eli­mi­nar a ne­ces­si­da­de
que, em inú­me­ros ca­sos, no­vi­da­de é a ins­ta­la­ção pro­gres­si­va de má­qui­nas es­pe­cí­fi­cas – e ca­ras
sem elas não ha­ve­ria das sa­las lim­pas por in­dús­trias de – que mo­ni­to­ram de­fei­tos e pro­ble­
embalagens e produtos ín­te­gros. São embalagens, em­pe­nha­das em ofe­re­ mas com embalagens.
as sa­las lim­pas, am­bien­tes her­mé­ti­ cer di­fe­ren­ciais com­pe­ti­ti­vos. Re­ce­ber embalagens já es­te­ri­li­
cos, as­sép­ti­cos e pres­su­ri­za­dos para za­das e sem de­fei­tos ali­via a cons­
evi­tar pos­sí­veis con­ta­mi­na­ções no “Atrativo poderoso“ ciên­cia e tam­bém o cai­xa, pois a
ma­nu­seio e no en­va­se de produtos. “As sa­las lim­pas in­cor­po­ra­das na sala lim­pa do for­ne­ce­dor não pode
Ne­las é eli­mi­na­do o ris­co de que in­dús­tria de em­ba­la­gem são um ter custos re­pas­sados aos clien­tes.
par­tí­cu­las ae­ro­trans­por­ta­das, pro­ve­ ga­nho, um atra­ti­vo po­de­ro­so”, diz “A sala lim­pa no for­ne­ce­dor re­pro­
nien­tes do am­bien­te ou exa­la­das por Jean-Pier­re Her­lin, ge­ren­te téc­ni­co e duz o am­bien­te que será en­con­tra­
pes­soas atin­jam produtos sen­sí­veis, co­mer­cial da Di­vi­sa, uma das di­ver­ do no la­bo­ra­tó­rio, e isso gera uma
es­pe­cial­men­te me­di­ca­men­tos, cos­ sas em­pre­sas es­pe­cia­li­za­das em pro­ cre­di­bi­li­da­de ím­par”, re­su­me
mé­ti­cos e alimentos. Evita-se tam­ je­tos e cons­tru­ção des­ses am­bien­tes. Ar­min­do Fon­ta­na Jr., di­re­tor da
bém que che­guem ao con­su­mi­dor “O ris­co de embalagens te­rem par­tí­ Ca­rol En­ge­nha­ria, re­pre­sen­tan­te da
de­fei­tos de em­ba­la­gem, já que toda cu­las e im­pu­re­zas logo após seu Cles­tra Clean­rooms, empresa in­ter­
a ins­pe­ção é fei­ta no re­cin­to. pro­ces­so de for­ma­ção é enor­me”, na­cio­nal es­pe­cia­li­za­da no ramo.
Hoje, pra­ti­ca­men­te toda a in­dús­ ele afir­ma. A se­gu­ran­ça de tria­gem e A Ca­rol foi res­pon­sá­vel pelo
fotos: carol engenharia

tria far­ma­cêu­ti­ca pos­sui sa­las lim­ a es­te­ri­li­za­ção de fras­cos e ou­tros pro­je­to da re­cém-inau­gu­ra­da sala
pas, re­sul­ta­do di­re­to de exi­gên­cias ma­te­riais de em­ba­la­gem num es­tá­ lim­pa da uni­da­de de Vi­tó­ria de San­
le­gais e do aces­so mais fá­cil a uma gio que an­te­ce­de os pro­ces­sa­men­tos to An­tão (PE) da CIV – Com­pa­nhia
tec­no­lo­gia que en­vol­ve sis­te­mas de na in­dús­tria usuá­ria é uma vanta­ In­dus­trial de Vi­dros (Emb ­ al­ ag
­ em­
ar con­di­cio­na­do in­trin­ca­dos, es­tei­ gem. Des­sa forma, segundo a ar­gu­ Marc ­ a nº 8). A cons­tru­ção visa

Os fras­ ...onde
cos de são res­
vidro saem fria­dos em
dos for­nos es­tei­ras, já
por eclu­sas em am­bien­te
di­re­ta­men­te con­tro­la­do...
para a sala
lim­pa...

24 – embalagemmarca • abr 2000


au­men­tar de 10% para 15% do
faturamento total as ven­das de
embalagens da empresa à in­dús­tria
far­ma­cêu­ti­ca. Se­gun­do o ge­ren­te
in­dus­trial da CIV, Car­los Mau­rí­cio
Melo, a sala lim­pa da empresa en­cai­
xa-se na clas­se 100 000 (to­le­rân­cia
de 100 000 par­tí­cu­las sus­pen­sas de
0,5 mí­cron por pé cú­bi­co de ar).
Na in­dús­tria vi­drei­ra, os fras­cos
saem do for­no a uma tem­pe­ra­tu­ra
de 1 200 graus, por­tan­to es­te­ri­li­za­
dos. Se­guem di­re­ta­men­te para um
am­bien­te con­tro­la­do, onde são res­

divulgação
fria­dos para se­rem sub­me­ti­dos a
con­tro­le de qua­li­da­de e a ins­pe­ção
e, en­tão, acon­di­cio­na­dos, ge­ral­men­ Vista geral da sala limpa da CIV
te em shrinks. O pro­ces­so, mi­nu­cio­
so, bus­ca evi­tar ris­cos de con­ta­mi­ sala lim­pa em sua base, no Rio de de po­lie­ti­le­no acon­di­cio­na­dos em
na­ção na fase de res­fria­men­to, es­to­ Ja­nei­ro, para con­quis­tar clien­tes das pa­le­tes des­car­tá­veis, que por sua
ca­gem e trans­por­te dos fras­cos até o áreas far­ma­cêu­ti­ca e ali­men­tí­cia. “A vez são en­vol­vi­dos em shrinks. A
clien­te (ver qua­dro). re­cep­ti­vi­da­de tem sido ex­ce­len­te”, Vul­can é a pri­mei­ra in­dús­tria de
con­ta Eva­ris­to Ce­nat­ti, su­per­vi­sor la­mi­na­ção a for­ne­cer o atra­ti­vo.
La­mi­na­ção con­fiá­vel de pro­du­to da empresa. Se­gun­do Já a empresa pau­lis­ta So­cie­da­de
Na vi­dra­ria San­ta Ma­ri­na, por ele, após a ins­ta­la­ção da sala as Mo­der­na de Em­ba­la­gens Plás­ti­cas
exem­plo, os fras­cos es­te­ri­li­za­dos bo­bi­nas de PVC rí­gi­do que a empre­ (SMEP), es­pe­cia­li­za­da em embala­
são shrin­ka­dos em pe­que­nas quan­ sa for­ne­ce, para la­bo­ra­tó­rios con­ver­ gens injetadas, com ro­tu­la­gem em
ti­da­des. “O la­bo­ra­tó­rio pode usar as te­rem em blis­ters, “pas­sa­ram a ser se­ri­gra­fia, está em fase de con­clu­
embalagens de acor­do com a ve­lo­ vis­tas com ou­tros olhos”. são de es­tu­dos para a cons­tru­ção de
ci­da­de de pro­du­ção”, explica Jor­ge O pro­ces­so de em­bo­bi­na­men­to sua nova sala lim­pa, pois aca­ba de
Si­quei­ra, ge­ren­te de mar­ke­ting da para cor­te das lâ­mi­nas de PVC cria mu­dar de sede. Adria­no Gil­bert
empresa. Além de ga­nhos em lo­gís­ es­tá­ti­ca, o que atrai poei­ra, in­se­tos e Reis de Aqui­no, ge­ren­te co­mer­cial
ti­ca, os clien­tes não pre­ci­sam gas­tar ou­tras par­tí­cu­las, ex­pli­ca Ce­nat­ti. da empresa, tam­bém re­for­ça o time
tem­po. “Com a sala lim­pa a ca­deia Com a sala lim­pa, o tra­ba­lho é hi­giê­ dos que apos­tam no di­fe­ren­cial ofe­
fica rápida e to­tal­men­te se­gu­ra” ni­co ao ex­tre­mo, pois o am­bien­te é re­ci­do pela sala lim­pa e pre­vê que a
ga­ran­te Si­quei­ra. pro­te­gi­do por eclu­sas, aces­so con­ in­dús­tria cos­mé­ti­ca será a nova for­
Esse ser­vi­ço não cres­ce ape­nas tro­la­do, pres­são po­si­ti­va e ou­tros ça exi­gen­te nes­se pa­no­ra­ma, pre­co­
na in­dús­tria vi­drei­ra. Em­ba­la­gens sis­te­mas para evi­tar con­ta­mi­na­ções. ni­zan­do embalagens cada vez mais
plás­ti­cas tam­bém vêm passando Os can­tos ver­ti­cais e ho­ri­zon­tais, con­fiá­veis. Como ele lem­bra, tra­ta-
por pro­ces­sos de am­bien­tes con­tro­ por exem­plo, são ar­re­don­da­dos, de se de um se­tor que lan­ça produtos
la­dos. A Vul­can Ma­te­rial Plás­ti­co, modo a evi­tar o acú­mu­lo de par­tí­cu­ cada vez mais sen­sí­veis e que tem
for­ne­ce­do­ra de fil­mes de PVC com las e fa­ci­li­tar a lim­pe­za. As bo­bi­nas de pas­sar uma ima­gem in­de­lé­vel de
a mar­ca Vi­ni­therm, ins­ta­lou uma saem da Vul­can em­ba­la­das em sa­cos con­fian­ça e hi­gie­ne.

...pas­sam ....e saem,


por aná­li­ já shrin­ka­
ses e tes­tes dos, di­re­ta­
ri­go­ro­sos, men­te para
au­to­má­ti­cos e o clien­te.
ma­nuais, onde
são eli­mi­na­das
im­per­fei­ções...

abr 2000 • embalagemmarca – 25


ESTRATÉGIA

Ba­las e chi­cles

o troco dos apos­tam em


em­ba­la­gem para

candies
su­pe­rar es­tig­ma

Guilherme Kamio

a gre­gar valor por meio

andré godoy
da em­ba­la­gem, ques­tão
cru­cial em qual­quer
segmento in­dus­trial,
ga­nha es­pe­cial de­li­ca­de­za quan­do
re­cai so­bre produtos de baixo cus­to
de pro­du­ção e de giro rá­pi­do. A
in­dús­tria de ba­las e chi­cle­tes, por
exem­plo, vem de­sen­vol­ven­do me­ca­
nis­mos prá­ti­cos para li­dar com o mun­diais no segmento. Nessa linha, em­ba­la­gem deve aten­der. “É um
pro­ble­ma. Os fabrican­tes de can­dies a empresa aca­bou de re­ju­ve­nes­cer pro­du­to sus­ce­tí­vel a umi­da­de e que
bus­cam não só so­fis­ti­car cada vez as embalagens de to­dos os seus não deve per­der seu aro­ma ca­rac­te­
mais suas embalagens para au­men­ produtos, tra­ba­lho que fi­cou a car­go rís­ti­co”, lem­bra Ana Bea­triz. Por
tar ven­das, mas tam­bém para va­lo­ri­ da M Design. “O re­sul­ta­do foi uma cau­sa des­sas bar­rei­ras, as embala­
zar a ima­gem de mar­ca e, as­sim, per­so­na­li­da­de pró­pria”, diz Ta­deu gens plás­ti­cas fle­xí­veis vêm ga­nhan­
afas­tar o es­tig­ma de moe­da de tro­co Mat­su­mo­to, di­re­tor da agên­cia. do es­pa­ço de des­ta­que na ca­te­go­ria.
que seus produtos car­re­gam. Flow-packs e embalagens mul­ti­ca­
Se em­ba­la­gem tem cus­to mais Praticidade e custos ma­da têm fu­tu­ro ga­ran­ti­do nes­se
pe­sa­do em produtos com baixo Na War­ner-Lam­bert, de­ten­to­ra de atraen­te mercado, mas ainda há bas­
valor agre­ga­do, tem também im­por­ mar­cas como Halls, Tri­dent, Bub­ba­ tan­te es­pa­ço para as embalagens de
tân­cia ex­tre­ma em seg­men­tos que loo e Chi­clets, a idéia é a mes­ma. pa­pel, que se iden­ti­fi­ca­ram bas­tan­te
so­bre­vi­vem da com­pra por im­pul­so. Para Ana Bea­triz Borg­hi, do de­par­ com os chi­cles.
Es­ses são os fa­to­res que ba­lan­ceiam ta­men­to de embalagens da empresa, Assim, ten­do de li­dar com li­mi­
a po­lí­ti­ca de embalagens do se­tor, a bus­ca de so­lu­ções deve sem­pre ta­ções e uma gama enor­me de pos­
que pro­cu­ra di­fe­ren­ciar e so­fis­ti­car le­var em con­ta a pra­ti­ci­da­de e a si­bi­li­da­des de tra­ba­lho ao mesmo
com o em­pre­go de me­ca­nis­mos prá­ trans­mis­são da ima­gem da mar­ca ao tem­po, quem ope­ra com embala­
ti­cos, sem fazer da em­ba­la­gem o con­su­mi­dor, mas sem re­pas­sar a ele gens para can­dies mo­vi­men­ta-se
que­si­to mais dis­pen­dio­so no pro­ces­ os cus­tos do up­gra­de. Isso, sim­ples­ para con­se­guir so­fis­ti­ca­ção viá­vel a
so pro­du­ti­vo. Ou seja, a cria­ti­vi­da­de men­te, in­via­bi­li­za­ria a com­pe­ti­ti­vi­ pre­ço com­pen­sa­dor. Pro­fis­sio­nais
con­ta mais que nun­ca. da­de num mercado onde a em­ba­la­ da área in­di­cam a se­guir al­gu­mas
“É pre­ci­so sem­pre ino­var em gem res­pon­de por cer­ca de 20% a re­gras para con­fe­rir mais valor ao
apre­sen­ta­ção no pon­to-de-ven­da, 30% do cus­to total de pro­du­ção. Se, pro­du­to. São cui­da­dos que po­dem
para não cair na ob­so­les­cên­cia”, diz por um lado, a aten­ção re­cai so­bre o ajus­tar-se per­fei­ta­men­te a ou­tros
Ser­gio Guz­zo, ge­ren­te de pro­du­to tra­ba­lho grá­fi­co, por ou­tro há os produtos com ca­rac­te­rís­ti­cas si­mi­la­
da Ar­cor, um dos maio­res pla­yers pro­ble­mas de bar­rei­ras aos quais a res às das ba­las e dos chi­cle­tes.

30 – embalagemmarca • abr 2000


Caixa ao invés de flow-pack
Para Ser­gio Guz­zo, da Ar­cor, é fun­da­ ría­mos sim­ples­men­te acon­di­cio­nar o
men­tal que a em­ba­la­gem leve ao Hue­vi­tos em flow-packs, como em
con­su­mi­dor a ima­gem do pro­du­to. ou­tras li­nhas, mas a em­ba­la­gem
Como as prin­ci­pais mar­cas da di­fe­ren­te atrai”, re­for­ça Guz­zo. A ten­
empresa são voltadas ao pú­bli­co dên­cia, segundo ele, é que a maio­ria
in­fan­til, a so­lu­ção para agre­gar valor dos produtos agre­gue brin­que­dos,
pela em­ba­la­gem foi tra­ba­lhar as­pec­ para ma­xi­mi­zar esse ape­lo in­fan­til.
tos lú­di­cos, dar ên­fa­se à fan­ Im­por­tân­cia
ta­sia da crian­ça, ino­van­do na do dis­play
forma do alimento e na da
pró­pria em­ba­la­gem. Um pro­ “Nin­guém sai de casa para com­
du­to que ilus­tra bem esse prar chi­cle­tes ou ba­las, por­tan­to o
con­cei­to é o chi­cle­te Hue­vi­ dis­play, mui­tas vezes mais que a
tos, que tem for­ma­to oval e em­ba­la­gem, con­ta mui­to como
em­ba­la­gem que acom­pa­nha a atra­ti­vo de ven­da”, as­si­na­la Sér­gio
di­fe­ren­cia­ção. É uma es­pé­cie Guz­zo, da Ar­cor. Na com­pra por
de cai­xa de ovos em mi­nia­tu­ im­pul­so, o dis­play as­su­me pa­pel
ra, de plás­ti­co rí­gi­do. “Po­de­ vi­tal na ala­van­ca­gem de ven­das,
tan­to que vem sen­do tão tra­ba­lha­
do quan­to as pró­prias embalagens.
Para os can­dies, o dis­play é tam­
“Co­fre” para agre­gar valor bém a em­ba­la­gem se­cun­dá­ria, que
fa­ci­li­ta os pro­ces­sos de trans­por­te,
Geralmente mais baratas, ba­las con­ cle­tes. Uma al­ter­na­ti­va para dar ca­rá­ ar­ma­ze­na­gem e ma­nu­seio. Por
vi­vem ainda mais com o es­tig­ma de ter no­bre ao pro­du­to é rea­li­zar ven­das isso, di­ver­sas em­pre­sas vêm
se­rem moe­da de tro­co do que os chi­ em por­ções, acon­di­cio­nan­do-o em en­vol­ven­do os dis­plays com fil­mes
po­tes de­co­ra­dos. Se­gun­do Laís Gou­ plás­ti­cos, para po­ten­cia­li­zar seu
vêa, ge­ren­te de mar­cas da Ar­cor, essa as­pec­to pro­te­tor. Como os dis­
di­fe­ren­cia­ção con­fe­re ape­lo pre­mium plays são ma­ci­ça­men­te fei­tos de
e re­for­ça o valor do pro­du­to. “Com pa­pel car­tão, ou­tra ten­dên­cia cres­

fotos: divulgação
embalagens es­pe­ciais, as ba­las pas­ cen­te é in­cre­men­tá-los cada vez
sam a ser óti­mos pre­sen­tes”, ela diz. mais, com o uso de pi­co­tes e abas,
Enfim, se há mui­tas moe­das, por que que dão mais des­ta­que à mar­ca e
não jun­tá-las num co­fre? agre­gam pra­ti­ci­da­de.

Mo­der­ni­da­de e eco­no­mia
Fa­lar em re­de­se­nho de em­ba­la­gem ce­do­ra do ma­te­rial de su­por­te, a
não im­pli­ca so­men­te em de­sign ou Mo­bil, foi cria­da uma nova em­ba­la­
téc­ni­cas de im­pres­são. É pos­sí­vel gem com la­mi­na­ção de dois fil­mes
tor­nar o pro­du­to mais atraen­te tam­ de po­li­pro­pi­le­no bi-orien­ta­do (BOPP)
bém por meio de mu­dan­ças ra­di­cais, de alta bar­rei­ra. “Isso con­fe­riu ao
como na es­tru­tu­ra. Se­gun­do Ana pro­du­to maior pra­ti­ci­da­de, mo­der­ni­
andré godoy

Bea­triz Borg­hi, do de­par­ta­men­to de da­de e shelf-life, além de a emba-la­


embalagens da War­ner-Lam­bert, o gem ser mais eco­nô­mi­ca e re­ci­clá­
caso das go­mas 5-Stick das mar­cas vel”, diz Ana Beatriz. A efi­cá­cia da
Clo­rets e Sour é exem­plar. A em­ba­la­ nova em­ba­la­gem foi re­co­nhe­ci­da no Re­su­min­do, a in­dús­tria de embala­
gem an­ti­ga era pe­sa­da, com­pos­ta de even­to in­ter­na­cio­nal Mo­bil OP­Pack gens fle­xí­veis ofe­re­ce pro­gres­si­va­
di­ver­sas ca­ma­das – fil­me trans­pa­ren­ Awards de 1999 com o prê­mio de men­te embalagens com me­nos ca­ma­
te, alu­mí­nio, pa­pel e hot-melt. Com bron­ze. “Pela pri­mei­ra vez uma das, mas ao mesmo tem­po com fil­
um de­sen­vol­vi­men­to em con­jun­to em­ba­la­gem pro­du­zi­da e uti­li­za­da fora mes e re­si­nas mais no­bres, que
com a con­ver­te­do­ra Ina­pel e a for­ne­ da Eu­ro­pa foi agra­cia­da”, ela con­ta. ga­ran­tem a pro­te­ção efi­caz.

abr 2000 • embalagemmarca – 31


SETOR

em busca da
integração
s
Comitê de Design quer aproximar indústria dos designers

ua empresa re­sol­veu sa da área de ró­tu­los auto-ade­si­


de­sen­vol­ver para seus vos que se res­pon­sa­bi­li­zou pelo
produtos no­vas embala- works­hop de março. Na sua
gens, mais mo­der­nas, apre­sen­ta­ção, ele dis­cor­reu so­bre
mais co­mu­ni­ca­ti­vas e bem “ven­ sis­te­mas al­ter­na­ti­vos de de­co­ra­
de­do­ras”. Para isso, con­tra­tou ção de embalagens, mos­tran­do
um gran­de es­cri­tó­rio de de­sign van­ta­gens e des­van­ta­gens de
ou um de­sig­ner re­no­ma­do. O cada mé­to­do, e lis­tou al­guns
pro­je­to fi­cou pron­to, os mo­ca­pes as­pec­tos que de­vem ser con­si­de­
fo­ram apro­va­dos, os pro­tó­ti­pos ra­dos na hora de se de­fi­nir por
fi­ze­ram o maior su­ces­so em pes­ um de­les.
qui­sas com consumidores. Só Se­gun­do Pi­rut­ti, a tro­ca de
que, na hora de pro­du­zir as in­for­ma­ções en­tre os for­ne­ce­do­
embalagens de­fi­ni­ti­vas, deu tudo res li­ga­dos ao pro­ces­so de de­sen­
er­ra­do. Sim­ples­men­te nin­guém se preo­cu­pou em apro­ vol­vi­men­to de uma em­ba­la­gem é mui­to po­si­ti­va. “Sen­
xi­mar os res­pon­sá­veis pelo pro­je­to dos res­pon­sá­veis tar com o de­sig­ner e dis­cu­tir a via­bi­li­da­de do pro­je­to
pela pro­du­ção, isto é, o pes­soal téc­ni­co. an­tes da apro­va­ção final pelo clien­te é es­sen­cial para
Com o in­tui­to de ti­rar as dú­vi­das dos de­sig­ners para evi­tar pro­ble­mas fu­tu­ros”, ex­pli­ca. “O segmento de sis­
ga­ran­tir que a con­cep­ção do pro­je­to de uma nova em­ba­ te­mas de de­co­ra­ção ainda en­fren­ta li­mi­ta­ções que nem
la­gem seja to­tal­men­te viá­vel do pon­to de vis­ta téc­ni­co, sem­pre são co­nhe­ci­das pelos de­sig­ners e pelos fa­bri­
o Co­mi­tê de Design da Abre – Associação Brasileira de can­tes de embalagens”, com­ple­ta.
Em­ba­la­gem reali­zou, dia 23 de março, o pri­mei­ro de
uma sé­rie de works­hops téc­ni­cos, na sede da en­ti­da­de
(veja qua­dro). A idéia é que, nes­ses en­con­tros de tra­ba­
Como participar dos workshops
lho, em­pre­sas for­ne­ce­do­ras de sis­te­mas e ma­te­riais de O Co­mi­tê de Design, fun­da­ do o works­hop. De­pois, o
em­ba­la­gem esclareçam dúvidas dos de­sig­ners. do em ou­tu­bro de 1998, reú­ even­to re­to­ma o seu ca­len­
ne atual­men­te de­zoi­to agên­ dá­rio nor­mal.
Trabalho preventivo – “Que­re­mos apro­xi­mar as cias de de­sign de em­ba­la­ As in­dús­trias for­ne­ce­do­ras
agên­cias de de­sign da in­dús­tria, pois acre­di­ta­mos que gem. Se­gun­do Lu­cia­na Pel­ que qui­se­rem mos­trar suas
ilustração: carlos gustavo curado

com uma in­te­gra­ção maior po­de­mos evi­tar que as le­gri­no, coor­de­na­do­ra de no­vi­da­des no work-s­hop
embalagens con­ce­bi­das pelos pro­fis­sio­nais de cria­ção co­mi­tês da Abre, a en­ti­da­de de­vem ser fi­lia­das à Abre.
te­nham in­com­pa­ti­bi­li­da­des téc­ni­cas com os pro­ces­sos pre­ten­de rea­li­zar workshops Para as­sis­tir às apre­sen­ta­
de de­sign men­sal­men­te. Ela ções, é pre­ci­so ser fi­lia­do
pro­du­ti­vos”, diz Fá­bio Mes­tri­ner, coor­de­na­dor do Co­mi­
in­for­ma que, em abril, o ao Co­mi­tê de Design.
tê de Design. “Com o tra­ba­lho con­jun­to é pos­sí­vel evi­tar
Co­mi­tê de Design par­ti­ci­pa­ Maio­res in­for­ma­ções: (11)
pro­ble­mas que apa­re­ce­riam no final do pro­ces­so.”
rá da Bra­sil­pack e, em fun­ 282-9722, com Lu­cia­na
A opi­nião do de­sig­ner é com­par­ti­lha­da por Fer­nan­do ção dis­so, não será rea­li­za­ Pel­le­gri­no.
Pi­rut­ti, su­pe­rin­ten­den­te co­mer­cial da No­vel­print, empre-

32 – embalagemmarca • abr 2000


tecnologia

n
Feeling não basta para saber o que o consumidor quer

ão obs­tan­te as evi­dên­cias cio­na em três ba­ses. Na pri­mei­ra, em­ba­la­gem tem um pro­ces­so co­mu­
de que a cria­ção de uma um con­su­mi­dor é con­vi­da­do a ni­ca­ti­vo efi­cien­te, se trans­mi­te a
em­ba­la­gem deve aten­der ob­ser­var sli­des com ima­gens de ima­gem de­se­ja­da do pro­du­to e se
a inú­me­ros com­po­nen­tes gôn­do­las ocu­pa­das por di­ver­sos atrai o con­su­mi­dor”, ex­pli­ca Anna
téc­ni­cos, ar­tís­ti­cos e até so­cio­ló­gi­ produtos. Em seguida, uma câ­me­ra Wied­mann, di­re­to­ra de mar­ke­ting
cos, exis­tem ainda pro­fis­sio­nais que ocul­ta do­ta­da de luz com fil­tro da No­vac­tion. “Além dis­so, o Eye
apos­tam tudo em seu fee­ling – e in­fra­ver­me­lho foca o olho da pes­soa Trac­king per­mi­te iden­ti­fi­car os ele­
ge­ral­men­te er­ram. Afi­nal, que pres­ e re­gis­tra vá­rias in­for­ma­ções, como men­tos vi­suais que de­vem ser man­
sen­ti­men­to, feeling ou dom te­le­pá­ti­ o tem­po de ob­ser­va­ção e o nú­me­ro ti­dos numa em­ba­la­gem”, ela diz.
co será ca­paz de in­fluir nas de­ci­sões de vezes que olhou para cada pro­du­
de com­pra das pessoas? to. Finalmente, com es­ses da­dos é O case da Frescarini
Se fos­se fá­cil não es­ta­riam sen­ fei­ta a ava­lia­ção. No caso da Fres­ca­ri­ni, fa­bri­can­te de
do con­ti­nua­men­te de­sen­vol­vi­dos “Ob­ser­van­do a mo­vi­men­ta­ção mas­sas ad­qui­ri­da em 1996 pela
ins­tru­men­tos de pes­qui­sa para des­ da pu­pi­la, é pos­sí­vel ava­liar se a nor­te-ame­ri­ca­na Pils­bury, por
ven­dar o sem­pre ver­sá­til com­por­ta­ exem­plo, as pes­qui­sas fei­tas pela
men­to do con­su­mi­dor. O cer­to é que No­vac­tion de­ter­mi­na­ram o pon­to
cres­cem sem pa­rar a de­man­da por de par­ti­da do re­de­sign das embala­
in­for­ma­ções con­fiá­veis e, em con­ gens. Atra­vés do Eye Trac­king e de
se­qüên­cia, os me­ca­nis­mos de ava­ ou­tras ava­lia­ções com­por­ta­men­tais,
lia­ção, de modo a ofe­re­cer ex­pres­si­ fo­ram de­tec­ta­das as pro­prie­da­des
va con­tri­bui­ção a pro­je­tos de re­de­ que mais iden­ti­fi­ca­vam o con­su­mi­
sign de em­ba­la­gem. dor com a mar­ca. Por exemplo, a
Hoje, além de ava­lia­ções cen­tra­ cor la­ran­ja e as lis­tras ho­ri­zon­tais
das em fo­cus groups e pes­qui­sas de so­fre­ram poucas al­te­ra­ções nas
cam­po, são em­pre­ga­dos sis­te­mas no­vas embalagens. Já a lo­go­mar­ca
ele­trô­ni­cos para de­ci­frar o que mais foi to­tal­men­te re­for­mu­la­da, re­ce­
atrai o con­su­mi­dor fren­te a uma ben­do novo let­te­ring e fun­do ver­de.
gôn­do­la re­ple­ta de mer­ca­do­rias. Um “Fi­cou mais atraen­te e pas­sou a
exem­plo é o Eye Trac­king, cria­do lembrar produtos na­tu­rais”, destaca
nos anos 70 pela NASA, a agên­cia O antigo e o novo: An­to­nio Mu­niz Si­mas, di­re­tor da
aposta na mudança do visual
es­pa­cial nor­te-ame­ri­ca­na, para tes­ Dil Design, agên­cia responsável
tar es­tí­mu­los vi­suais nos as­tro­nau­ pelo re­de­sign.
tas. Adap­ta­do para fins de pes­qui­sa As ava­lia­ções in­di­ca­ram tam­
de mercado pela No­vac­tion, empre­ bém que, por ser um pro­du­to fres­
sa de ori­gem fran­ce­sa, em par­ce­ria co, a trans­pa­rên­cia das embalagens
com a Per­cep­tion Re­search Ser­vi­ce, de­ve­ria ser man­ti­da. “Os consumi­
dos Es­ta­dos Uni­dos, hoje o Eye dores dei­xa­ram cla­ro que per­mi­tir a
Trac­king está ga­nhan­do for­ça en­tre vi­sua­li­za­ção é uma ca­rac­te­rís­ti­ca
fotos: divulgação

designers, fa­bri­can­tes e usuá­rios de im­por­tan­te para embalagens de


em­ba­la­gem. mas­sas fres­cas”, ex­pli­ca a di­re­to­ra
Re­su­mi­da­men­te, o sis­te­ma fun­ de mar­ke­ting da No­vac­tion.

34 – embalagemmarca • abr 2000


logística

mais alternativas de
paletes
Ante a crescente busca de soluções para a movimentação de
materiais, fabricantes buscam saídas na criatividade

p
Leandro Haberli

ara o de­par­ta­men­to ma já vem sen­do em­pre­ga­do no


lo­gís­ti­co das em­pre­sas, Bra­sil para trans­por­te de pe­ças de
a bus­ca de agi­li­da­de no au­to­mó­veis, ele­tro­do­més­ti­cos e
pró­prio su­pri­men­to e produtos ele­trô­ni­cos. En­tre­tan­to, a
na ex­pe­di­ção das mer­ empresa destaca que a tec­no­lo­gia
ca­do­rias é qua­se sem­pre si­nô­ni­mo tem in­fi­ni­tas uti­li­za­ções. Para cada
de novos investimentos. Já para os tipo de mer­ca­do­ria a ser trans­por­ta­
fa­bri­can­tes de dis­po­si­ti­vos de trans­ da, é de­sen­vol­vi­do um pro­je­to es­pe­
por­te, essa ne­ces­si­da­de in­di­ca no­vas cí­fi­co. A úni­ca res­tri­ção fica por
pos­si­bi­li­da­des de ne­gó­cio, pois di­fi­ con­ta do con­ta­to com água, que
cil­men­te em­pre­sas or­ga­ni­za­das dei­ pode dis­sol­ver o pa­pe­lão.
xa­riam de in­ves­tir para trans­por os K-Parts,
Além do sis­te­ma de acol­choa­
ex­ces­si­vos níveis de ava­ria oca­sio­ solução mais men­to de produtos, a Kpack de­sen­
na­dos pela mo­vi­men­ta­ção dos barata que vol­veu um pa­le­te, tam­bém de pa­pe­
espumas à
lo­tes. lão on­du­la­do. “Só uti­li­za­mos
base de
Aten­tos a isso, os fa­bri­can­tes de petróleo ma­dei­ra se o clien­te pre­fe­rir”, avi­sa
com­ple­men­tos e al­ter­na­ti­vas aos Bu­la­ra. “A re­sis­tên­cia de com­pres­
pa­le­tes de ma­dei­ra – como racks, gra­ças ao ma­te­rial, o K-Parts é bem são des­se pa­le­te é se­me­lhan­te à dos
con­têi­ne­res e sis­te­mas de acol­choa­ mais ba­ra­to do que seus prin­ci­pais fei­tos de ma­dei­ra”, ele afir­ma.
men­to, além de pa­le­tes plás­ti­cos e con­cor­ren­tes, a es­pu­ma e o iso­por,
me­tá­li­cos – vêm se va­len­do da cria- de­ri­va­dos de pe­tró­leo. A redução de Block Palete
tividade para so­lu­cio­nar en­tra­ves cus­tos, po­rém, não é o úni­co ar­gu­ Tam­bém preo­cu­pa­da em ofe­re­cer
lo­gís­ti­cos. Multiplicam-se os sis­te­ men­to fa­vo­rá­vel. O K-Parts é tam­ no­vas al­ter­na­ti­vas de trans­por­te, a
mas de trans­por­te fei­tos a partir de bém uma apos­ta na cres­cen­te pre­fe­ Par­ma­tec, ou­tro fa­bri­can­te na­cio­
ma­te­riais e for­ma­tos ino­va­do­res, rên­cia por sis­te­mas elaborados a nal, dis­po­ni­bi­li­za o Block Pa­le­te,
num mo­vi­men­to cu­jos ei­xos são a partir de ma­te­riais que não agri­dam ­uma es­tru­tu­ra plás­ti­ca mo­du­lar que
redução de per­das e de cus­tos. o am­bien­te. “Fei­to ape­nas com pa­pe­ fun­cio­na como um por­ta-pa­le­te.
São exa­ta­men­te es­ses os ape­los lão on­du­la­do e cola bio­de­gra­dá­vel, o Fei­to sob me­di­da e de acor­do com
do K-Parts, es­pé­cie de can­to­nei­ra de pro­du­to é fa­cil­men­te re­ci­clá­vel”, as ne­ces­si­da­des de mo­vi­men­ta­ção,
fotos: divulgação

pa­pe­lão on­du­la­do pro­je­ta­da para res­sal­ta Aryl­ton Bu­la­ra, da área de o Block Pa­le­te su­por­ta até 2 to­ne­la­
mi­ni­mi­zar os im­pac­tos do trans­por­te mar­ke­ting da Kpack. das. Se­gun­do a Par­ma­tec, o sis­te­ma
e pro­te­ger os produtos. O fa­bri­can­te, De­sen­vol­vi­do nos Es­ta­dos Uni­ tem apre­sen­ta­do bom de­sem­pe­nho
a Kpack, de São Pau­lo, ga­ran­te que, dos há cer­ca de cin­co anos, o sis­te­ nas li­nhas de pré-mon­ta­gem e tam­

36 – embalagemmarca • abr 2000


Aliás, a for­ça dos pa­le­tes de dis­so, a hi­gie­ni­za­ção do sis­te­ma,
ma­dei­ra pôde ser cons­ta­ta­da re­cen­ ne­ces­sá­ria toda vez que o RPC é
te­men­te, com o fe­cha­men­to de um reu­ti­li­za­do, fica por con­ta da pró­
vul­to­so con­tra­to de for­ne­ci­men­to de pria Chep.
pa­le­tes de ma­dei­ra en­tre a Chep
Bra­sil e a uni­da­de na­cio­nal da Cuidado ambiental
gi­gan­te ame­ri­ca­na Proc­ter & Gam­ Ou­tra de­mons­tra­ção da im­por­tân­cia
ble. “To­dos os clien­tes nossos que dos pa­le­tes de ma­dei­ra parte da Flo­
com­pram mer­ca­do­rias pa­le­ti­za­das res­tal Me­lho­ra­men­tos, empresa que
se­rão aten­di­dos pelo pool da Chep”, vem in­ves­tin­do em li­nhas de mon­
es­cla­re­ce Leo­pol­do Co­ro­na­do, di­re­ ta­gem au­to­ma­ti­za­das para a fa­bri­
tor de lo­gís­ti­ca da Proc­ter & Gam­ ca­ção desses equipamentos. Tam­
ble. Vale dizer que 85% do volume bém atuan­do na pro­du­ção de pas­ta
Block Palete, de plástico mo­vi­men­ta­do pela empresa pas­sa­ me­câ­ni­ca, ma­té­ria-pri­ma usa­da para
(acima) e palete de aço: rão pelos pa­le­tes da Chep Bra­sil. a pro­du­ção de pa­pel, a empresa
apelo à higiene A Chep é uma gi­gan­te mun­dial ex­trai men­sal­men­te, de re­ser­vas
no for­ne­ci­men­to de dis­po­si­ti­vos de flo­res­tais pró­prias, cer­ca de 10 000
trans­por­te para as mais di­ver­sas uti­ me­tros cú­bi­cos de ma­dei­ra. Des­te
li­za­ções. Por isso mesmo, vem total, 4 000 são des­ti­na­dos à pro­du­
desenvolvendo no­vas al­ter­na­ti­vas, ção de pa­le­tes.
ape­sar de os pa­le­tes de ma­dei­ra “Com o pri­mei­ro vi­vei­ro de
ainda se­rem seu car­ro-che­fe. “Para mu­das, plan­ta­do em 1912, tra­ba­lha­
bém nos su­per­mer­ca­dos, na re­po­si­ dar uma idéia, cer­ca de 90% de nos­ mos sob o prin­cí­pio de cau­sar o
ção de produtos com maior giro. sos ne­gó­cios no Brasil es­tão vin­cu­ mí­ni­mo pre­juí­zo am­bien­tal pos­sí­
A Par­ma­tec fa­bri­ca também la­dos a eles”, con­ta Pe­dro Mo­rei­ra, vel”, res­sal­ta Ri­car­do Man­zi­ni,
pa­le­tes de aço. Com cres­cen­te di­re­tor ge­ral da Chep Bra­sil. “En­tre­ ge­ren­te co­mer­cial da empresa. Por
em­pre­go pela in­dús­tria ali­men­tí­cia, tan­to, em al­guns mercados es­pe­cí­fi­ mo­ti­vos ób­vios, mas tam­bém por
essa mo­da­li­da­de de pa­le­tes vem se cos, com des­ta­que para o ali­men­tí­ de­fen­der a efi­ciên­cia e a com­pe­ti­ti­
di­fun­din­do ainda mais ra­pi­da­men­te cio e o far­ma­cêu­ti­co, es­ta­mos no­tan­ vi­da­de dos pa­le­tes de ma­dei­ra, ele
em câ­ma­ras fri­go­rí­fi­cas. “Ele subs­ do gran­de pro­pen­são ao em­pre­go de apos­ta na lon­ge­vi­da­de do sis­te­ma.
ti­tui os pa­le­tes de ma­dei­ra com dis­po­si­ti­vos de trans­por­te fei­tos de “Os mercados ame­ri­ca­no e eu­ro­peu
al­gu­mas van­ta­gens in­con­tes­tá­veis, plás­ti­co”, ava­lia Mo­rei­ra. mos­tram que há fu­tu­ro para os pa­le­
como maior durabilidade”, de­fen­de Em res­pos­ta a essa ten­dên­cia, a tes de ma­dei­ra”, ob­ser­va. “Afi­nal,
Lí­gia Duar­te Guer­ra, con­sul­to­ra Chep re­cen­te­men­te lan­çou cai­xas as al­ter­na­ti­vas fei­tas de plás­ti­co, por
téc­ni­ca da empresa. E, como o plás­ plás­ti­cas re­tor­ná­veis, cha­ma­das de exem­plo, che­gam a cus­tar cin­co
ti­co, o pa­le­te de aço não ab­sor­ve RPC (si­gla para Re­tur­na­ble Pro­du­ vezes mais”, ele com­pa­ra.
subs­tân­cias con­ta­mi­na­das, evi­tan­do ce Con­tai­ner, em inglês). Pro­du­zi­
as­sim que o pro­ble­ma se es­pa­lhe das para acon­di­cio­nar fru­tas, hor­ta­
para ou­tras car­gas pa­le­ti­za­das. li­ças e le­gu­mes, elas tam­bém po­dem
ser­vir de dis­play, ex­pon­do os ali-
Ma­dei­ra so­be­ra­na mentos no pon­to-de-ven­da. O prin­
Apesar dessa mo­vi­men­tação toda, ci­pal ape­lo de ven­da é a redução de
não há amea­ça di­re­ta aos pa­le­tes de per­das en­tre os produtos trans­por­ta­
ma­dei­ra, mas sim de­man­da para dos por duas ra­zões: pro­te­ção total
to­dos os sis­te­mas. Mais do que isso, durante o em­pi­lha­men­to e ga­ran­tia
a maio­ria dos pro­fis­sio­nais en­vol­vi­ de que os alimentos são ma­nu­sea­
dos com trans­por­te de car­ga apos­ta dos ape­nas duas vezes até che­gar ao
que os pa­le­tes de ma­dei­ra con­ti­nua­ con­su­mi­dor final (na co­lhei­ta e na
rão, por mui­to tem­po, so­be­ra­nos na hora da com­pra). En­tre as van­ta­
ca­deia de dis­tri­bui­ção. Mo­ti­vo: As gens lo­gís­ti­cas dessa alternativa,
cha­pas de pi­nus e eu­ca­lip­to têm vale res­sal­tar que as cai­xas, além de
cus­tos mais com­pe­ti­ti­vos que as des­mon­tá­veis, são mo­du­la­res aos
me­tá­li­cas e plás­ti­cas. pa­le­tes de for­ma­to pa­drão. Além Madeira: espaço garantido

abr 2000 • embalagemmarca – 37


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NABISCO LANÇÅ
PACOTE DE BISCOITO
COM TRÊS UNIDADES

A Fleis­chmann Ro­yal Na­bis­co


in­ves­tiu R$ 4 milhões no lança­
mento do bis­coi­to sal­ga­do Club
So­cial, que vem em em­ba­la­gem
in­di­vi­dual, com três uni­da­des. A
empresa apos­ta na pra­ti­ci­da­de da
em­ba­la­gem para ala­van­car as ven­ Mul­ti­packs
das do pro­du­to, que já foi lan­ça­do com ade­si­vos
na Ve­ne­zue­la, onde é lí­der de mer­
O acho­co­la­ta­do Cho­co Milk, da
Fon­te Ijuí além do RS cado en­tre to­dos os bis­coi­tos,
Ba­ta­vo, está tra­zen­do ade­si­vos pro­
com 86% de sha­re en­tre os sal­ga­
Com gar­ra­fa des­car­tá­vel de vi­dro mo­cio­nais, voltados ao público infan­
dos. O con­su­mo men­sal no país
de 300ml, está no mercado a til, em seus con­jun­tos de três embal­
che­ga a 79 milhões de pa­co­ti­nhos
água mi­ne­ral com gás Fon­te Ijuí, agens assépticas de 200ml. Em cada
numa po­pu­la­ção de 23 milhões de
da gaú­cha Em­pre­sa Mi­ne­ra­do­ra mul­ti­pack há três ade­si­vos: um com
ha­bi­tan­tes. O Club So­cial tam­bém
Ijuí S.A. Por ser um pro­du­to es­pa­ço para a iden­ti­fi­ca­ção de li­vros
é ven­di­do em packs com nove
no­bre, a água é ven­di­da em pon­ e ca­der­nos e ou­tros dois com fra­ses
embalagens in­di­vi­duais.
tos-de-ven­da eli­ti­za­dos, como su­ges­ti­vas para man­dar re­ca­dos. O
res­tau­ran­tes, e por enquanto é design das etiquetas foi desenvolvido
en­con­tra­da ape­nas no Rio Gran­ pela Cia. de Produção, e a confecção
de do Sul, mas a ex­pec­ta­ti­va da
ficou a cargo da Mack Color. A pre­vi­
empresa é ex­pan­dir as ven­das
são da empresa é de que a ação
para o res­tan­te do país. A gar­ra­fi­
gere um au­men­to de cer­ca de 15%
nha, em forma de gota, é fa­bri­ca­
nas ven­das do conjunto.
da pela vidraria Cis­per.

Raro pra­zer na expressão de cinco escolas artísticas


A mar­ca de ci­gar­ros Carl­ton, da Sou­ ção”, traz im­pres­sa nos packs flip- in­for­ma­ção, sem ne­nhum tom di­dá­ti­
za Cruz, está lan­çan­do uma edi­ção top ilus­tra­ções que re­pre­sen­tam cin­ co”, co­men­ta Car­los Sil­vé­rio, di­re­tor
li­mi­ta­da de embalagens ex­clu­si­vas. co es­co­las ar­tís­ti­cas: Da­daís­mo, Pop de cria­ção da DPZ. Os packs es­pe­
fotos: divulgação

De­sen­vol­vi­das pela DPZ, che­gam ao Art, Op Art, Cons­tru­ti­vis­mo Rus­so e ciais se­rão ven­di­dos em pon­tos
mercado em abril, re­for­çan­do a Ex­pres­sio­nis­mo Ale­mão. “Mais que es­tra­té­gi­cos da ci­da­de de São Pau­lo,
apro­xi­ma­ção da mar­ca com a arte. A tra­zer embalagens bo­ni­tas, nos­so com o mesmo pre­ço da em­ba­la­gem
sé­rie, in­ti­tu­la­da “Arte da Con­tes­ta­ com­pro­me­ti­men­to foi o de agre­gar con­ven­cio­nal, 1,80 reais.

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Fidelidade nas co­res para Me­tais sa­ni­tá­rios azuis no
fotos: divulgação

ajudar o comércio eletrônico banheiro, vinho na cozinha


A Ima­tion anunciou nos trô­ni­co, ga­ran­tin­do a A Fa­bri­mar, um dos prin­ to-de-ven­da, foram desen­
Es­ta­dos Uni­dos o Ve­ri­fi, exa­ti­dão dos tons para ci­pais fa­bri­can­tes de volvidas pela H & K
uma tec­no­lo­gia de o usuá­rio final. Os com­ me­tais sa­ni­tá­rios no Design. Para melhor iden­
co­res exa­tas que pro­ pra­do­res on-line que Bra­sil, está gra­da­ti­va­ tificação, foram usadas
por­cio­na aos com­pra­ vi­si­ta­rem um site ha­bi­li­ men­te subs­ti­tuin­do as duas co­res: azul para os
do­res via in­ter­net maior ta­do com o pro­gra­ma embalagens an­ti­gas. As me­tais de ba­nhei­ro e
se­gu­ran­ça so­bre as po­de­rão ob­ter ra­pi­da­ novas, que têm como vi­nho para os de co­zi­nha.
co­res dos produtos. O men­te co­res exa­tas em di­fe­ren­cial a fun­cio­na­li­
soft­wa­re é ins­ta­la­do no seus mo­ni­to­res. da­de e uma janela por
site de co­mér­cio ele­ O ob­je­ti­vo prin­ci­pal é onde é pos­sí­vel visual­
re­du­zir o nú­me­ro de izar os produtos no pon­
de­vo­lu­ções de
produtos com­pra­
dos via web que
che­gam com co­res
que de­sa­gra­dam os
com­pra­do­res. A
nova tec­no­lo­gia
es­ta­rá dis­po­ní­vel no
segundo se­mes­tre.
In­for­ma­ções adi­cio­
nais no site:
www.ima­tion.com Juliana ganha prêmio
De­pois de mo­der­ni­zar Em­ba­la­gens. Os produ­
Ce­pa­col moderno e ROBUSTO toda sua linha de emba- tos ven­ce­do­res fo­ram os
lagens, a Ju­lia­na Pa­ni­fi­ bo­los na­tu­rais nos sa­bo­
ca­ção re­ce­beu o prê­mio res coco e la­ran­ja em
Qua­li­da­de Fle­xo, pro­mo­ embalagens de 250 gra­
vi­do pela Associação mas, com im­pres­são em
Brasileira de Indústrias de fle­xo­gra­fia.

O an­tis­sép­ti­co bu­cal ver­sões de Ce­pa­col (tra­


Ce­pa­col, da Aven­tis di­cio­nal, men­ta, flúor e
Phar­ma, ga­nhou no­vas tut­ti-frut­ti) continuam
embalagens, desenvolvi­ sendo acon­di­cio­na­das
das pela pró­pria empre­ em fras­cos de PVC.
sa. O con­teú­do pas­sa Contudo, a Aven­tis Phar­
de 240ml para 300ml e o ma já anunciou que em
de­sign é mais mo­der­no bre­ve pretende substituí-
e ro­bus­to. Mes­mo com las por embalagens de
a mu­dan­ça as qua­tro PET, no mesmo for­ma­to.

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No­vel­print na
Scan­tech 2000
Du­ran­te a 7ª edi­ção da Scan­tech
Bra­sil, even­to de au­to­ma­ção, iden­ti­
fi­ca­ção, entrada de da­dos e có­di­go
de bar­ras, a No­vel­print, fa­bri­can­te
de ró­tu­los auto-ade­si­vos, vai apre­
sen­tar a Print Apply, equi­pa­men­to da
ita­lia­na Arca. A má­qui­na para mar­ Pa­lo­ma Duar­te é
ca­ção, que está sen­do uti­li­za­da pela es­tre­la da Lux Luxo
empresa, já é con­sa­gra­da nos Es­ta­
Lí­der do mercado de sa­bo­ne­tes,
dos Uni­dos, na Eu­ro­pa e no Ja­pão, e
tan­to em bar­ra quan­to lí­qui­dos, a
co­me­ça a ga­nhar for­ça no Bra­sil. O
linha Lux Luxo está lan­çan­do
equi­pa­men­to au­to­ma­ti­za a mar­ca­
sa­bo­ne­tes com a atriz Pa­lo­ma
ção da eti­que­ta e a apli­ca­ção na
Duar­te ilus­tran­do as embalagens.
em­ba­la­gem, que pas­sa a ser fei­ta
Em três ver­sões, Ro­man­tic e Dyna­
em tem­po real, au­men­tan­do a pro­
mic, em bar­ra, e Fit­ness, líquido, a
du­ti­vi­da­de e mi­ni­mi­zan­do os cus­tos.
Edi­ção Li­mi­ta­da Pa­lo­ma Duar­te
vai fi­car no mercado ape­nas até o
Bo­tany & Tree padroniza linha mês de ju­nho des­te ano.

A linha de co­lô­nias da
Bo­tany & Tree está com Del Val­le ino­va
no­vas embalagens. An­te­
com produtos light
fotos: divulgação

rior­men­te apre­sen­ta­das em
fras­cos re­tan­gu­la­res de A Su­cos Del Val­le, sub­si­diá­ria da
60ml, as co­lô­nias pas­sam a me­xi­ca­na Ju­gos Del Val­le, sai na
ser co­mer­cia­li­za­das em fren­te de con­cor­ren­tes como a Par­
embalagens de vi­dro fos­ ma­lat e a Ma­guary, lan­çan­do o pri­
co de 100ml, pa­dro­ni­za­ mei­ro suco light pron­to para be­ber
das com as da co­lô­nia da no mercado brasileiro. A empresa
linha Bebê, no mercado apos­ta nos sa­bo­res maçã, goia­ba,
des­de o ano pas­sa­do. As man­ga e pês­se­go para au­men­tar
co­lô­nias da Bo­tany & em 25% o faturamento nes­te ano.
Tree têm as es­sên­cias Em 1999, o faturamento da empre­
de rosa, gi­ras­sol e vio­le­ta. sa foi de 30 milhões de reais. Os
su­cos vêm acon­di­cio­na­dos em
Café do Ponto: nova identidade visual la­tas de alu­mí­nio de 335ml, fa­bri­
O Café do Pon­to está ga­nhan­do uma ca­das pela Crown Cork, e em cai­
nova iden­ti­da­de visual, de­sen­vol­vi­da xas Te­tra Pak lon­ga-vida de um
pela Oz Design. O ob­je­ti­vo foi mo­der­ li­tro, com sis­te­ma de fe­cha­men­to
ni­zar a ima­gem do pro­du­to sem Spin­Cap, e de­sign cria­do pela Pac­
per­der os prin­ci­pais ele­men­tos de king Em­ba­la­gem, de São Paulo.
re­co­nhe­ci­men­to pelos consumi­
dores. A em­ba­la­gem do Café Ex­tra­
for­te ga­nhou fun­do ver­me­lho,
enquanto a do Tradicional ficou com
fundo laranja. Para o tipo Ex­por­ta­ção
foi de­se­nha­do um mapa. To­das
ga­nha­ram um selo de qua­li­da­de. O
lo­go­ti­po tam­bém foi re­de­se­nha­do.

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como enviar informações
Quando a sua empresa embalagem (se for uma
tiver algum lançamento mudança de material,
que se encaixe no perfil informar qual era o ante­
desta seção, é impor­ rior), quem é o fornece­
Mu­dan­ça de ima­gem da Cuno
tante que no material dor da embalagem e
Ver­sa­ti­li­da­de, de­sign da­des com as apli­ca­ções
enviado para a redaçao quem é o responsável
mo­der­no, maior ape­lo visu­ es­pe­cí­fi­cas de cada fil­tro.
de EmbalagemMarca pelo design. Assim, a sua
al e des­cri­ção mais ob­je­ti­va A em­ba­la­gem mostra ao
constem informações informação ganha em
do pro­du­to. Es­sas são con­su­mi­dor to­dos os pas­
referentes ao material da conteúdo.
al­gu­mas das ca­rac­te­rís­ti­ sos para o uso ade­qua­do
cas da nova linha de do pro­du­to, fa­ci­li­tan­do a
embalagens cria­da para os sua de­ci­são na hora da
fil­tros Aqua­lar, Aqua­lar com­pra. A nova pa­dro­ni­za­
Clas­sic, Aqua Lympa e ção objetiva tam­bém aju­
Aqua To­tal, da Cuno. dar o con­su­mi­dor a identi­
Segundo o fabricante, o ficar a ima­gem da mar­ca
objetivo da mudança é Cuno, lí­der mun­dial em
criar uma nova pa­dro­ni­za­ tec­no­lo­gia de fil­tra­ção. O
ção visual, mais eficaz, que res­pon­sá­vel pela mu­dan­ça
ser­vi­rá para edu­car o con­ no de­sign das embalagens
su­mi­dor, fa­ci­li­tan­do sua é Fla­vio Au­gus­to Can­to­ni,
es­co­lha no pon­to-de-ven­da ge­ren­te de mar­ke­ting e
e vin­cu­lan­do suas ne­ces­si­ ven­das da empresa.

Mulher exaltada em promoção

Companhia para a moça


A jo­vem cam­po­ne­sa em embalagens – tu­bos fle­xí­
tra­jes tí­pi­cos de lei­tei­ra veis apoia­dos no con­cei­to
não é mais a úni­ca per­so­ stick­pack. Se­gun­do a B+G
na­gem humana es­tam­pa­ De­sig­ners, agên­cia res­pon­ Para pro­mo­ver o ab­sor­ Ci­da­de Ne­gra e Skank.
da nas embalagens do sá­vel pelo visual da linha, ven­te Al­ways e os xam­ grupos O ob­je­ti­vo da
Lei­te Moça, da Nes­tlé, pelo tra­du­zir o con­cei­to do pro­ pus e con­di­cio­na­do­res pro­mo­ção é in­cre­men­tar
me­nos na nova ver­são do du­to ao pú­bli­co in­fan­til foi Pan­te­ne, a Proc­ter & as ven­das e ho­me­na­gear
pro­du­to, ba­ti­za­da de Mo­ci­ um gran­de de­sa­fio. Por Gam­ble re­for­mu­lou as a mu­lher bra­si­lei­ra.
nha. Vol­ta­do ao pú­bli­co isso, além da ima­gem das embalagens dos produ­ Se­gun­do a di­re­to­ra de
in­fan­til, o lançamento traz crian­ças, a agên­cia abu­sou tos, que ago­ra vêm com re­la­ções ex­ter­nas da P &
em sua em­ba­la­gem a ima­ de co­res vi­vas e ele­men­tos um CD com mú­si­cas G, Nei­va Car­mo, fo­ram
gem de dois mo­de­los vi­suais que iden­ti­fi­cas­sem
fotos: divulgação

exal­tando a mu­lher bra­si­ in­ves­ti­dos 2 milhões de


in­fan­tis, o “ca­sal mo­ci­ as embalagens com os lei­ra, can­ta­das por vá­rios reais na pro­du­ção dos
nha”. Não é a úni­ca no­vi­ três sa­bo­res do pro­du­to: dois kits, que têm de­sign
ar­tis­tas, como Mar­ti­nho
da­de. A empresa ino­vou cho­co­la­te, mo­ran­go e tra­
da Vila, Da­nie­la Mer­cury, cria­do pela Pro­mo­bra­sil.
tam­bém no for­ma­to das di­cio­nal.

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Display

Azeite da Vale Fértil tem tampa retrátil da Tecplas Visual novo


A Tecplas, de Colombo produtos envasados nas A Na­tu­ren­ne lançou os bis­
(PR), fornecedora de tam­ indústrias química, de tin­ coi­tos Fi­bro­crac Cho­co­la­te
pas retráteis para o Brasil tas e solventes, de lubrifi­ Light e Fi­bro­crac Ce­bo­la em
e o Mercosul, investiu 1,5 cantes e alimentícia. embalagens com novo
milhão de dólares para Pensando em praticidade pa­drão visual. Se­gun­do Tito
desenvolver uma matéria- e segurança, a Vale Fértil Cos­ta San­tos, exe­cu­ti­vo de
prima que, associada ao escolheu a tampa retrátil mar­ke­ting da empresa, o
tratamento por raios de 24mm para o seu ob­je­ti­vo foi “evi­den­ciar o
gama, obtem boa resistên­ Azeite de Oliva em lata, sabor do pro­du­to e ade­quar
cia ao ataque químico em lançado recentemente a lin­gua­gem visual ao que o
pú­bli­co exi­ge”. As embala­
gens, idealizadas pela agên­
Al­ter­na­ti­va ori­gi­nal aos ovos de pás­coa
cia Pac­ka­ging Design, do
Apos­tan­do em consumi­ Ba­ti­za­da de Pás­coa Nutty Rio de Janeiro, são de papel
dores que bus­cam uma Gift, a em­ba­la­gem foi cria­da cartão im­pres­so em off-set
op­ção de pre­sen­te cria­ti­va pela agên­cia Gra­phic De­sig­ e contêm qua­tro sa­chês
para a Pás­coa, a The Ma­gic ners, que uti­li­zou co­res sua­ alu­mi­ni­za­dos no in­te­rior.
Nuts Co­mer­cial, fran­quea­do­ ves e a ilus­tra­ção de um
ra da mar­ca The Nutty Ba­va­ coe­lho para re­for­çar o con­
rian, lançou uma em­ba­la­gem cei­to de em­ba­la­gem para
pro­mo­cio­nal para acon­di­cio­ pre­sen­te. A em­ba­la­gem pro­
nar seu prin­ci­pal pro­du­to: mo­cio­nal com­por­ta 100 gra­
amên­doas ame­ri­ca­nas gla­ mas, é do­brá­vel e fei­ta em
cea­das, ven­di­das em car­ri­ pa­pel car­tão. Normalmente,
nhos es­pa­lha­dos por shop­ o produto vem em co­nes de
ping cen­ters e ae­ro­por­tos. papel.

Aqui estão resumos de algumas A S.E.E. Sis­te­ma de En­ge­nha­ria e For­ne­ce­do­res e as­so­cia­ções


das notas publicadas em òltimas Em­ba­la­gem foi no­mea­da Mas­ter apon­tam acrés­ci­mo nas ven­das
Notícias, seção atualizada diaria- System Buil­der no Bra­sil pela sue- de embalagens nes­te iní­cio de
mente no site da revista. ca Flex Link, es­pe­cia­li­za­da em ano. A Al­can anunciou que suas
www.embalagemmarca.com.br mo­vi­men­ta­ção e sis­te­mas de ven­das do pri­mei­ro tri­mes­tre
in­ter­li­ga­ções. Com isso, ela atin­ge deste ano fo­ram 20% maio­res do
A Ame­ri­can Na­tio­nal Can (ANC), RP®­[L­PRHPWHUPRVGHUH­SUH­VHQ que no mesmo pe­río­do do ano
uma das maio­res for­ne­ce­do­ras ta­ção da Flex Link no país. pas­sa­do. A Associação Brasileira
de la­tas para be­bi­das no mun­do, do Pa­pe­lão On­du­la­do diz que o
foi ad­qui­ri­da pelo gru­po Re­xam. A Kla­bin anunciou que pre­ten­de pri­mei­ro bi­mes­tre de 2000
Isso faz da empresa a pri­mei­ra in­ves­tir 280 milhões de reais em re­gis­trou volume de ne­gó­cios
en­tre os for­ne­ce­do­res glo­bais 2000. A dis­tri­bui­ção de re­cur­sos 20% maior do que em 1999. A
de la­tas para re­fri­ge­ran­tes e deve se­guir a di­vi­são fei­ta em re­cei­ta dos fa­bri­can­tes de
bebidas al­coóli­cas, e a situa em 1999, em que 5% dos 165 milhões embalagens semi-rígi­das de car-
quin­to lugar en­tre os maio­res de reais in­ves­ti­dos fo­ram para tão tam­bém au­men­tou (27,29%)
for­ne­ce­do­res de em­ba­la­gem do FH­OX­OR­VHSDUDGHV­FDU­W®­YHLVH em re­la­ção ao pri­mei­ro bi­mes­tre
mun­do. 69% para embalagens. do ano pas­sa­do.

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EVENTOS

JUNHO AGOSTO SETEMBRO


Fis­pal 2000 – 16ª edi­ção da Tec­no­Be­bi­da 2000 – Ex­po­si­ Pack Expo Bra­sil 2000 – Fei­ra
maior fei­ra de alimentos da ção e con­fe­rên­cias in­ter­na­cio­ In­ter­na­cio­nal de Em­ba­la­gem,
Amé­ri­ca La­ti­na, com as úl­ti­mas nais so­bre tec­no­lo­gia para a irá apre­sen­tar os avan­ços em
ten­dên­cias em tec­no­lo­gia, in­dús­tria de be­bi­das da Amé­ri­ equi­pa­men­tos para em­ba­la­
in­su­mos, au­to­ma­ção, equi­pa­ ca La­ti­na. Cer­ca de 8 000 pro­ gem, para pro­ces­sos, ma­te­
men­tos e ser­vi­ços. De 13 a 16 fis­sio­nais são es­pe­ra­dos na fei­ riais, embalagens e com­po­
de ju­nho no Pa­vi­lhão de Ex­po­ ra, que des­tacará embalagens, nen­tes. De 12 a 15 de se­tem­
si­ções do Anhem­bi, em São equi­pa­men­tos, má­qui­nas e bro de 2000, no In­ter­na­tio­nal
Pau­lo. In­for­ma­ções: (11) 3758- ma­té­rias-pri­mas. De 2 a 4 de Tra­de Mart, em São Pau­lo.
0996 e (21) 493-5856. agos­to no Expo Cen­ter Nor­te, In­for­ma­ções: (11) 3758 0996, r.
em São Pau­lo. (11) 3873-0081. 213 e (21) 493 5856.
JULHO
HBA South Ame­ri­ca – 5ª edi­ NOVEMBRO será a Ín­dia. Se­rão rea­li­za­
ção da ex­po­si­ção in­ter­na­cio­ Em­bal­la­ge 2000 – Pon­to das ro­da­das de ne­gó­cios,
nal de for­ne­ce­do­res para a de en­con­tro mun­dial do en­con­tros per­so­na­li­za­dos e
in­dús­tria de cos­mé­ti­cos, com se­tor de embalagens, a con­fe­rên­cias com em­pre­sá­
ên­fa­se em ma­té­rias-pri­mas, fei­ra reú­ne mais de 2 rios do país, onde o se­tor de
embalagens, equi­pa­men­tos e 500 ex­po­si­to­res e são em­ba­la­gem está cres­cen­do
ser­vi­ços. Pa­ra­le­la­men­te à fei­ es­pe­ra­dos 105 000 vi­si­ a todo va­por. Pa­ra­le­la­men­te
ra, será rea­li­za­do o 14º Con­ tan­tes do mun­do in­tei­ro. A 34ª à fei­ra será rea­li­za­do even­to de
gres­so Anual de Cos­me­to­lo­ edi­ção da Em­bal­la­ge re­ce­be­rá tec­no­lo­gia e pro­ces­sos de ali­
gia. De 5 a 7 de ju­lho, no ex­po­si­to­res de áreas como mentos. De 20 a 24 de no­vem­bro
Expo Cen­ter Nor­te, em São ma­té­rias-pri­mas, mar­ca­ção, eti­ em Pa­ris, Fran­ça. In­for­ma­ções
Pau­lo. In­for­ma­ções: (11) que­ta­gem e embalagens de luxo. na Pro­mo­sa­lons Bra­sil, pelo te­le­
3873-0081, ra­mal 111. Nes­te ano o país ho­me­na­gea­do fo­ne (11) 881-1255.

Dis­tri­bui­do­ra pau­lis­ta de re­si­nas ciar suas ati­vi­da­des em 1o de ti­vi­da. Atra­vés do site www.
WHUPRSO®VWLFDV HVSHFLDLV D 3LUD RXWXEUR SU£[LPR abi­quim.org.br, é dis­po­ni­bi­li­za-
mi­dal lan­çou uma loja vir­tual. O da uma lis­ta de po­ten­ciais re­ci-
site (www.pi­ra­mi­dal.com.br) é $ 2SWLPD GR %UDVLO 0®TXLQDV GH cla­do­res.
anun­cia­do como o pri­mei­ro ven- Em­ba­la­gem inau­gu­rou nova
de­dor 24 ho­ras de ma­té­ria-pri- I®EULFD HP 9LQKHGR 63  TXH Em abril, a Avery Den­ni­son do
PD SDUD D LQG¡VWULD FRQYHUWH am­plia sua ca­pa­ci­da­de de for- Bra­sil co­me­çou a ope­rar em
GRUD GH SO®VWLFR ne­ci­men­to de equi­pa­men­tos. O es­ca­la in­dus­trial, na uni­da­de de
in­ves­ti­men­to, segundo Elfi 9LQKHGR 63  XP FRDWHU GH ¡OWL
'RZ 4X§PLFD 'X 3RQW %D\HU $* Schaf­fit­zel, di­re­to­ra ad­mi­nis­tra- PD JHUDo¬R DPSOLDQGR DVVLP HP
%DVI $* H &HODQHVH $* HVW¬R ti­va da empresa, foi de cer­ca de mais de 100% sua ca­pa­ci­da­de
unin­do for­ças para le­van­tar um  PLOK­HV GH UHDLV SURGXWLYD GH U£WXORV DXWR-DGH
em­preen­di­men­to promissor: VLYRV 1D H[SDQV¬R IRUDP LQYHV
ser­vi­ços e ven­das re­la­cio­na­dos $ $VVRFLDo¬R %UDVLOHLUD GD WLGRV  PLOK­HV GH G£ODUHV
Á UHVLQDV H HVSHFLDULDV SO®VWLFDV ,QG¡VWULD 4X§PLFD $%,48,0  LQFOXLQGR D FRPSUD H D LQVWDODo¬R
na In­ter­net. A nova com­pa­nhia, FULRX XPD GLYLV¬R HVSHFLDO SDUD do equi­pa­men­to. O coa­ter é o
TXH DLQGD Q¬R WHP QRPH LU® LQL pro­mo­ver a re­ci­cla­gem, a Plas- mais mo­der­no da Amé­ri­ca La­ti­na.

48 – embalagemmarca • abr 2000


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N esta se­ção en­con­tram-se, em


or­dem al­fa­bé­ti­ca, os nú­me­ros
de te­le­fo­ne das em­pre­sas ci­ta­
Cia. Suzano de Papel e Celulose
(11) 817-0265
Cia. Vidraria Santa Marina
Novaction
Papirus
Parmatec
(11) 3061-1513
(11) 5090-3909
(11) 6958-7353
das nas re­por­ta­gens da pre­sen­te edi­ (11) 3874-7988 Perdigão (11) 868-5300
ção. Emb ­ al
­ ag
­ em­Marc ­ a fica à dis­ CSN Embalagens (11) 3049-7219 Pratigel (11) 835-8000
po­si­ção para outras in­for­ma­ções. Dil Consultores em Design Procter & Gamble (11) 848-0138
e Comunicação de Marketing Power Transmission Industries
3M - Adesivos (19) 3864-7016 (11) 3086-2466 (PTI) (11) 5613-1111
ABIA (11) 816-5733 Divisa (11) 7081-8969 Rigesa Westvaco do Brasil
ABRE (11) 282-9722 Dow Química (11) 5188-9244 (19) 3869-9000
Agaprint Embalagens Florestal Melhoramentos Ripasa (11) 3315-5000
(11) 6947-9200 (11) 431-3066 Sociedade Moderna de
Agristar (24) 222-3080 Horticeres (19) 254-7466 Embalagens Plásticas (SMEP)
Alcan Alumínio do Brasil Inapel (11) 6480-3055 (12) 242-9250
(11) 5503-0761 Isla (51) 371-3122 Sipa (11) 3021-5438
Arcor (11) 3046-6800 Kentinha (11) 4057-6099 Sunnyvale (11) 3872-9300
Artecola (11) 5051-3835 Kpack (11) 7967-7373 Usina São Francisco (Native)
Assoc. Brasileira de Comércio de M Design (11) 833-0969 (16) 645-2077
Sementes e Mudas (ABCSEM) Magistral Impressões Industriais Vulcan (21) 362-2336
(11) 3105-2437 (11) 816-2533 Warner-Lambert (11) 3059-1000
Bracelpa (11) 885-1845 Metalic (85) 297-2526
Brand Group Design Mobil Films do Brasil
CORREÇÃO: Na última edição,
(11) 3049-3340 (11) 3049-3400 o telefone da Cia. Metalúrgica
Carol Engenharia (11) 3771-3935 Nestlé (11) 5508-9300 Prada saiu errado. O correto é:
Chep Brasil (11) 7087-8711 Nissei ASB Sudamérica (11) 524-4222
CIV (81) 271-0122 (11) 3641-1012
Almanaque
A insuspeita relação entre chapéus e embalagens
O que têm a ver cha­péus com é a Cia. Pra­da Ind. e Com., fun­da­
in­dús­trias de em­ba­la­gem? Fora o da por Agos­ti­nho Pra­da e da qual
even­tual uso de cai­xas para guar­ nas­ce­ram mais tar­de a Cia. Me­ta­
dá-los, cer­ta­men­te nada. No Bra­ lúr­gi­ca Pra­da e a Cia. Pra­da de
sil, po­rém, há o fato cu­rio­so de Em­ba­la­gens, que se es­pe­cia­li­zou
que pelo me­nos duas fá­bri­cas de em fe­cha­men­tos de alta qua­li­da­de
cha­péus de­ram ori­gem a in­dús­trias e re­cen­te­men­te foi ven­di­da para o
de em­ba­la­gem, am­bas no Es­ta­do gru­po ita­lia­no Gua­la. Fun­da­da em
de São Pau­lo e am­bas pe­las mãos 1876 e ba­fe­ja­da em anos re­cen­tes
de imi­gran­tes ita­lia­nos. Uma foi a pe­lo a­van­ço da onda country, a
hoje ex­tin­ta Fá­bri­ca de Cha­péos fá­bri­ca de cha­péus Pra­da fun­cio­na
Dan­te Ra­men­zo­ni Ltda. (1894). até hoje em Li­mei­ra (ou­tra coin­ci­
Seus fun­da­do­res, Dan­te e Lam­ber­ dên­cia), abas­te­cen­do o mercado
to Ra­men­zo­ni, mi­gra­ram mais tar­ na­cio­nal e ex­por­tan­do para vá­rios
de para o ramo de pa­péis, onde os paí­ses. En­tre estes es­tão os Es­ta­
des­cen­den­tes man­têm até hoje a dos Uni­dos, onde mui­to brasileiro
Pa­pi­rus, de Li­mei­ra (SP), pio­nei­ra adep­to da moda dos cha­pe­lões
no de­sen­vol­vi­men­to de tec­no­lo­ com­pra sem sa­ber cha­péus “ame­
gias para car­tões re­ci­cla­dos. Ou­tra ri­ca­nos”. São da Prada. . .

O Bra­sil pos­sui o maior acer­vo de Você sa­bia? A gar­ra­fa tér­mi­ca foi cria­da no
gar­ra­fas re­tor­ná­veis de vi­dro do A cer­ve­ja foi tra­zi­da ao Bra­sil pela sé­cu­lo XIX, pelo in­glês Ja­mes
mun­do. São 5 bilhões de uni­da­ fa­mí­lia real por­tu­gue­sa em 1808. De­war. O ob­je­ti­vo era con­ser­var
des, com vida útil de sete anos, Logo co­me­çou a ser pro­du­zi­da aqui so­lu­ções em la­bo­ra­tó­rio, mas
reu­ti­li­za­das pelo me­nos qua­tro e hoje é uma das be­bi­das mais con­ De­war nun­ca pa­ten­teou a in­ven­ção.
vezes por ano., nas indústrias de su­mi­das do país. Com 8 bilhões de Um fa­bri­can­te de vi­dros, o ale­mão
cerveja, água mineral, refrige- litros anuais, o Brasil é hoje o quar­ Rei­nhold Bur­ger, fi­cou rico ao di­mi­
rantes e “outros”. As tubaínas to produtor mundial, depois dos nuir o ta­ma­nho da gar­ra­fa e lan­çá-
migraram totalmente para o PET. EUA, da China e da Alemanha. la para uso doméstico, em 1903.

Glo­ba­li­za­ção len­ta, gra­dual e im­pla­cá­vel


Sím­bo­lo da mar­ca por sua lo­go­mar­ca mun­
durante mais de um dial, formada por três
sé­cu­lo (mais exa­ta­men­ fo­lhas de fumo es­ti­li­za­
te, des­de 1885), a es­tre­ das, em ama­re­lo.
la da Companhia de Por enquanto não há
Cigarros Sou­za Cruz sai pre­vi­sões, mas como a
de­fi­ni­ti­va­men­te de cena. BAT vem uni­for­mi­zan­do
A Bri­tish Ame­ri­can a identidade de suas
To­bac­co (BAT), que des­ ope­ra­ções in­ter­na­cio­
de 1914 con­tro­la a nais, pode-se pre­ver
empresa, de­ci­diu subs­ti­ que, cedo ou tar­de, o
tuir a es­tre­la azul de nome Sou­za Cruz tam­
cinco pon­tas, que nos bém irá para o es­pa­ço,
úl­ti­mos vin­te anos foi para fazer companhia à
um dos íco­nes da mar­ca, estrela.
50 – embalagemmarca • abr 2000

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