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www.embalagemmarca.com.br
lata x lata, parte ii • sala limpa, uma tendência • candies dão o troco
Carta do editor
Falando com quem interessa
A circulação de Emba
lag emMarca é de
100 000 exemplares.
circulação de Embalagem
Marca passa a ser audita
da pelo IVC – Instituto
cente segmentação dos veí
culos, a eficiência das men
sagens comerciais tende a
Está aí uma afirmação que Verificador de Circulação. mudar. “Claro que pesqui
poderíamos maliciosamen A chancela dessa rigorosa sas serão desenvolvidas
te (ou infantilmente) fazer. entidade avaliza a informa para medir os impactos,
Seria difícil alguém acredi ção sobre a tiragem da mas a característica mais
tar nela, pois a dimensão do revista. Isso interessa mui importante já não será a da
mercado editorial especiali to à credibilidade do veícu quantidade, e sim a da qua
zado está muito aquém lo e também ao anunciante lidade de quem buscou a
daquele número. preocupado com o famoso informação. E estará aí a
E se informássemos que a CPM, o Custo por Mil. grande diferença: as pes
tiragem é de 12 000, 15 000 Com IVC, o cálculo do soas vão buscar a informa
ou 20 000 exemplares? Por CPM, que define a relação ção, e não ser submetidas a
serem números “razoáveis”, custo/benefício entre o elas. Pode haver melhor
sua aceitação provavelmen valor pago pelo anúncio e o prospect?”.
te seria tranqüila. Já que, número de impactos que Ainda TSC: “Vamos ter de
como se diz, o papel aceita causa, torna-se confiável. questionar alguns critérios
tudo, por que não passar Mas não será um tanto pri existentes, ainda largamen
uma falsa informação? Por mário fazer essa equação te usados. É o caso do
que comunicar nossa verda apenas aritmética? Se o que famoso CPM, que pratica
deira tiragem, de 6 500 importa é o CPM, não seria mente só mede quantidade
exemplares? relativamente mais barato de gente atingida. Será
Informamos ser essa – por anunciar, por exemplo, em substituído pelo que esta
enquanto – a circulação de revistas de alta tiragem, ou mos chamando de CPCP –
Emb al
ag emMarc a por em programas de auditório Custo por Consumidor
constituir a verdade, com a na TV? Será que não conta Potencial. Ou seja, vamos
qual temos inarredável mais atingir o público-alvo parar de pretender que todo
compromisso. Ocorre que que interessa ao negócio e mundo com quem se fala é
esses 6 500 exemplares são decide sobre a escolha do comprador provável, e
enviados, todos os meses, a equipamento, a definição vamos medir a quantidade
profissionais efetivamente do material, o design de de gente que pode efetiva
vinculados à cadeia da embalagem? Revistas seg mente pagar por um produ
embalagem, pessoas que mentadas, entre as quais to ou serviço. O desperdí
nela influem e decidem. Emb al ag
emMarc a se cio cairá brutalmente. E o
Seus nomes e endereços situa e procura destacar-se dinheiro do anunciante
são conferidos permanente pela qualidade e pela credi comprará de verdade aqui
mente, por equipe própria. bilidade das informações, lo pelo que sempre ele
Isso garante que o mailing é são a resposta. deveria ter pago: a oportu
qualificado, que não se está Em defesa da eficácia dos nidade de falar com quem
dando tiro com chumbo anúncios na mídia segmen interessa, e só com quem
grosso para acertar passari tada, tomo emprestada tese interessa.” No caso de
nho pequeno. De qualquer exposta numa palestra pelo EmbalagemMarca, nomes
forma, desde a primeira edi vice-presidente e diretor selecionados, conferidos,
ção, a circulação da revista editorial da Editora Abril, atualizados mês a mês. E a
cres-ceu 30% e, em breve, Thomaz Souto Corrêa. partir de agora devidamen
au-mentará mais 10%. TSC, como se tornou te auditados pelo IVC.
Para não ficarmos apenas conhecido e respeitado nos Voltamos em maio.
em nossas próprias pala meios editorial e publicitá
vras, a partir desta edição a rio, prevê que, com a cres Wilson Palhares
abr 2000 • embalagemmarca – 3
Espaço aberto
grande contribuição social pois (março de 2000). As cotas demons
mostram as soluções para o desper trando a projeção dos eixos do
dício e a melhoria da competitivida plano cartesiano estão invertidas
de da fruticultura brasileira. Para (eixos X com o Z).
béns pela edição. Rodrigo Brigatti Ferreira
Mário Henrique Santos Becton Dickinson
Gerente de Marketing e Vendas Indútrias Cirúrgicas Ltda.
Paraibuna Papéis S.A. Juiz de Fora – MG
P
Juiz de Fora – MG
E
Temos muitos estudos e pesquisas maior número possível de oportunida
des aos leitores. As mensagens poderão
também deste segmento (hortifrúti) screvo-lhes com o intuito de
também ser inseridas no site da revista
e dos demais. Estas matérias além fazer uma crítica construtiva a (www.embalagemmarca.com.br).
de estimular a demanda são de respeito da capa da revista N°9
4 – embalagemmarca • mar 2000
abril 2000
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br
3 30
CARTA DO EDITOR ESTRATÉGIA Reportagem
A filiação da revista Como o segmento de redacao@embalagemmarca.com.br
ao IVC e sua balas e chicletes usa Flávio Palhares
importância para o a embalagem para flavio@embalagemmarca.com.br
Guilherme Kamio
anunciante livrar-se do estigma guma@embalagemmarca.com.br
de “moeda de troco” Leandro Haberli
leandro@embalagemmarca.com.br
Colaboradores
34
TECNOLOGIA Adélia Borges, Fernando Barros,
Há ferramentas Josué Machado, Luiz Antonio Maciel
melhores que “feeling”
e telepatia para Diretor de Arte
Carlos Gustavo Curado
8
ENTREVISTA: orientar o design
JOSÉ VELLOSO Administração
DIAS CARDOSO Marcos F. Palhares (Diretor)
Eunice Fruet (Financeiro)
Diretor de integração
mercadológica da Departamento Comercial
Abimaq mostra comercial@embalagemmarca.com.br
vantagens de atuar de Wagner Ferreira
forma sistêmica Circulação e Assinaturas
36
assinaturas@embalagemmarca.com.br
LOGÍSTICA
12
Cesar Torres
CAPA Multiplicam-se as
alternativas aos Público-Alvo
O mercado de EmbalagemMarca é dirigida a profissionais que
alimentos paletes e materiais ocupam cargos técnicos, de direção, gerência
congelados de acolchoamento e supervisão em empresas fornecedoras, con
cresce e eleva vertedoras e usuárias de embalagens para ali
mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,
demanda por materiais de limpeza e home service, bem
embalagens. como prestadores de serviços relacionados
O setor com a cadeia de embalagem. A revista é distri
responde bem buída gratuitamente a órgãos governamentais,
universidades, centros de pesquisa, associa
ções, imprensa e agências de propaganda.
18
LATA x LATA – PARTE II
Embalagem de aço
para cerveja quer ter
46 REGISTRO
Uma nova seção com
notícias breves sobre
Tiragem
6 500 exemplares
Filiada ao
30% do segmento. O fatos de interesse para
alumínio também investe profissionais da área
de embalagens
EmbalagemMarca
E MAIS é uma publicação mensal da
ESPAÇO ABERTO ........................... 4 Bloco de Comunicação Ltda.
Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo
MATERIAIS .....................................22
FOTO de capa: andré godoy
24
resguardado por direitos autorais. Não é per
Indústrias de DISPLAY ........................................ 38 mitida a reprodução de matérias editoriais
embalagem adotam EVENTOS ...................................... 48 publicadas nesta revista sem autorização da
cada vez mais as salas COMO ENCONTRAR .................... 49
Bloco de Comunicação Ltda. Opiniões
expressas em matérias assinadas não refle
limpas como diferencial
ALMANAQUE ................................ 50 tem necessariamante a opinião da revista.
ENTREVISTA
N
Para falar desses temas e, variando
um pouco, para afirmar que não é
o mundo globalizado, de verdadeira a propalada moderniza
JOSÉ VELLOSO competição cada vez ção do parque industrial brasileiro,
DIAS CARDOSO, mais acirrada, a competi o diretor de integração mercadoló
tividade – vale dizer, a gica da Abimaq, José Velloso Dias
diretor de Integração sobrevivência – subordi Cardoso, que é também gerente
Mercadológica da na-se crescentemente à comercial da PTI – Power
necessidade de integração. Definiti Transmission Industries do Brasil,
Abimaq, diz que as vamente, as cadeias produtivas não deu esta entrevista a Emb al
ag
em
cadeias produtivas se podem dar ao luxo de não funcio Marc a. “Com a abertura da econo
nar como sistemas integrados e efi mia importou-se muita máquina
precisam funcionar cazes. Não pode haver elos que usada”, ele diz.
como sistemas prejudiquem a harmonia ou contri
buam para inviabilizar a corrente. Como atua a Diretoria de Integra
eficazes. E afirma que Fornecedores e clientes precisam ção Mercadológica?
as importações de ser, cada vez mais, cúmplices, no De duas formas. Uma delas é con
bom sentido dessa palavra. O fabri vidar um fornecedor dos nossos
máquinas somente cante que imagina poder limitar-se a associados, um fabricante de máqui
fornecer a um cliente a sua máqui nas, para falar de assuntos específi
modernizaram os
na, sem que ela esteja integrada cos de interesse de determinadas
países exportadores num sistema completo, tem os dias áreas. Agimos também quando as
“
cedor é porque está havendo proble Trouxemos um parceiro para a exe cadastradas, mas o potencial é
mas com algum tipo de insumo do cução do trabalho, no caso a Sco maior. Quem vencer as concorrên
setor, como aumento de preço, cias, quem der as melhores opções,
escassez, políticas mal definidas. automaticamente vai estar no com
Há casos também em que o convite Vamos criar putador dentro das empresas. Quem
não é feito para resolver problemas, uma cooperativa de estiver fora vai perder mercado.
mas para desenvolver técnicas para Além desse dado comercial, outro
a utilização de determinado insumo, compras via internet, aspecto importante é o da escala. O
treinar funcionários para obter a que contribuirá para objetivo é aumentá-la, sempre
máxima produtividade daquele visando baixar custos. E uma tercei
insumo. Nossa função é fazer o link reduzir custos. O for- ra característica é eliminar o inter
entre os fornecedores e os clientes. mediário. Queremos que participem
necedor que entrar
do portal somente fornecedores
Como é feita essa ligação? nesse portal poderá diretos. Hoje mesmo conversei com
Está em andamento um trabalho o presidente da Petrobrás, que topou
vender para 4 000
que vai ser muito importante para a entrar no portal para fornecer lubri
Abimaq. É a criação de uma coope fabricantes de bens ficante. Lógico que ele vai concor
”
rativa de compras, que já foi testada rer com todos os fornecedores de
em várias associações e empresas,
de capital sob lubrificantes. Também hoje convi
nem sempre com êxito. Porém, com encomenda dei para fazer parte do portal o pre
o advento da internet, do e-business, sidente da Ford. Discutimos a possi
do business-to-business, isso ficou bilidade de a Ford entrar no progra
mais fácil. Vamos criar um portal pus, que está desenvolvendo o por ma fornecendo automóveis para
para isso. Um dos objetivos é deso tal. Trouxemos também um agente empresas que têm suas frotas de
nerar ao máximo o associado das financeiro, que é o Bradesco. O automóveis, mas também para os
contribuições associativas. Hoje, Bradesco tem um grande interesse funcionários das empresas.
aproximadamente 40% das nossas em entrar nesse negócio. Primeiro
receitas não vêm de contribuição por vocação, porque sempre finan Isso não incompatibiliza a Ford
associativa, mas de outras fontes, ciou máquinas no Brasil. Mas tam com sua rede de distribuição?
como realização de feiras, aluguel bém tem interesse em estar no siste Tudo que estamos fazendo vai criar
de salas, promoção de cursos dentro ma para vender serviços, como problema para todos os fornecedo
da Abimaq e outras atividades. seguros e outros produtos, não só res com suas redes de distribuição.
para as empresas, mas também para A diretoria de uma fábrica de lubri
O portal que está sendo criado visa os funcionários das empresas, com ficante que contatamos teve de pedir
principalmente a que? as mesmas condições para os dois. autorização à sede, que é fora do
Aumentar a escala de compras de país, pois para fazer esse trabalho
insumos, de bens e serviços que Em linhas gerais, qual será o con estaria tirando o distribuidor do
sejam comuns à maioria dos asso teúdo do portal? negócio. É lógico que existem
ciados, a fim de reduzir custos. Na Vão compor esse portal várias lojas alguns produtos, como rolamentos e
área de bens, por exemplo, cito aço, virtuais, uma loja de lubrificantes, lubrificantes, em que o fabricante
lubrificantes, rolamentos, parafusos uma loja de rolamentos, uma loja de vai ter de disponibilizar ou indicar
etc. Na área de serviços, locação de aço e assim por diante. Para entrar um distribuidor, aquele que vai fazer
automóveis, seguro, hotel, passa no portal as empresas vão passar a entrega. Mas o faturamento será
“
eliminação de intermediários e mais maq, para permitir a entrada de res de sistemas, que não têm necessa
competitividade, vamos criar um sócios diferenciados. O mercado riamente de fabricar o equipamento.
sistema de milhagem: quanto mais o Hoje o cliente quer comprar o recebi
associado se utilizar do meio para Não podemos mento, o transporte, o beneficiamen
fazer suas compras, mais terá dimi to, a expedição – quer comprar tudo
querer que cada
nuída sua contribuição associativa à num pacote. No passado as empresas
Abimaq, até chegar a zero. fabricante produza mantinham aquele corpo técnico
enorme, só acrescentando custos.
um pouquinho de
Parece ser um sistema bem fechado. Quando vinham os pacotes elas não
Numa segunda etapa do projeto, cada coisa, porque tinham competitividade, porque esta
vamos disponibilizar nesse portal vam carregando um custo enorme
também acessórios. A Abimaq tem,
assim ele não será paradas esperando serviço. O que
por exemplo, associados fabricantes especialista, não terá aconteceu? Nós mudamos, para per
de engrenagens, que fornecem para mitir a entrada na Abimaq de empre
fabricantes de máquinas. Haverá escala, vai só agre- sas “pacoteiras”, que compram as
também o comércio de associado gar custo à produção, máquinas, ou às vezes fabricam parte
”
para associado. Numa terceira etapa, delas, compram outra parte e forne
que também já está sendo trabalha e o resultado não cem uma solução integrada para o
da, vamos vender por internet. Aí, será o cliente final. Mas essa empresa tem
vamos disponibilizar todos os nos de ser responsável pela tecnologia,
sos associados na internet para fazer melhor possível pela assistência técnica e ser contri
a venda através do nosso portal. A buinte do IPI, isto é vai faturar a
casa está montando um grande ban estava exigindo um outro tipo de máquina. É uma evolução no setor,
co de dados sobre a indústria de fabricante de máquinas, que é o que está cada vez mais buscando
máquinas e equipamentos no Brasil, fabricante de sistemas. O primeiro ganhos de produtividade, com os
que será disponibilizado para o mun setor que sentiu isso foi o de cimen fabricantes se concentrando naquilo
do todo, via internet. Esse banco de to e mineração. Aquelas grandes em que são especialistas.
dados, que vai divulgar os produtos companhias do passado, que tinham
dos nossos associados, estará dispo um corpo técnico ultrapesado, deze A responsabilidade do desempenho
nível em várias homepages no Brasil nas, centenas de engenheiros, ope do sistema é toda desse, chamemos
e no exterior. Por exemplo, uma radores de máquinas etc, um ativo assim, fornecedor integrado?
associação de fabricantes de papel e enorme, e que padeciam de forte Sim, a responsabilidade, a garantia
celulose vai ter em seu site um link sazonalidade, tornavam-se cada vez de performance, é de um fornecedor
para entrar na Abimaq. Uma asso menos ágeis e competitivas. Era só. Vamos pegar o exemplo de um
ciação de indústrias de determinados preciso do apoio do fabricante de fornecedor para a área de embala
produtos vai ter em seu site um link sistemas, mas pelo estatuto da época gens, digamos um grande fabricante
para entrar em nosso banco de dados, não era possível esse fabricante de extrusoras, mas que dentro da
no qual haverá levantamentos esta entrar na casa. Ora, não podemos cadeia não seja especialista em
tísticos, prospecção de mercados, querer que cada fabricante produza outras máquinas que completam a
estatísticas de vendas. Essa associa um pouquinho de cada coisa, por linha. É para casos assim que foi fei
ção sinalizará para seus associados que assim ele não será especialista, ta a mudança de estatuto da Abimaq.
que estão sendo desenvolvidos não terá escala, vai só agregar custo Isso possibilitou incentivar a forma
“
fábricas, terceirizando a produção fábrica, se isso resulta numa perda mas com escala são só catorze. É
para quem tem escala para nos for de milhares ou milhões de dólares. um setor altamente estratégico, por
necer, se não a tivermos. No passa que é fabricante de fábricas. Quem
do, a primeira pergunta que se fazia compra um equipamento para fazer
a um presidente de empresa era: Quando é uma embalagem está preocupado
“Quantos metros quadrados tem a preciso importar peças com seu produto. Para fazer um pro
sua fábrica, quantos tornos, quantas duto com o menor custo possível,
furadeiras?”. Hoje em dia não é e acessórios, a pessoa com a maior produtividade e com a
preciso ter torno, furadeira. É preci na Receita Federal confiança de que não haverá parada
so ter tecnologia, responsabilizar-se de produção, é preciso ter um forne
pela assistência técnica e pela não está preocupada cedor de equipamentos de qualida
garantia do produto, e faturar o con se há uma máquina de. Isso o Brasil tem, com a mesma
junto de bens que está integrando qualidade do importado. Estar perto
um sistema. parada na fábrica. Às das empresas que fize-ram o equipa
mento e da empresa que fez a inte
vezes uma parada de
A integração contribuiria para o gração significa risco menor.
aumento da competitividade da máquina por falta de
”
indústria nacional de equipamen Segundo o discurso do governo, a
tos?
assistência é mais abertura à importação de equipa
Sem dúvida. Sabemos que qualquer cara mentos forçaria a modernização do
mercado no mundo inteiro tem suas parque industrial brasileiro. . .
especificidades. É muito mais pro
que a máquina Isso não é verdade. Temos dados na
dutivo tratar com um fornecedor Abimaq que refutam isso.
que conhece a estrutura do merca Muitas vezes uma parada de máqui
do, os problemas do mercado, aqui na devido ao não atendimento da As importações não contribuíram
lo que porventura possa acontecer, assistência técnica é mais cara do para modernizar?
os fatores climáticos, fatores políti que a própria máquina. No míni Nesse período importou-se muita
cos ou até de treinamento que o mo, com certeza a parada vai ser máquina usada. Alguns setores se
usuário da máquina vai ter. Quanto mais cara que a peça que causou o abasteceram de máquinas que
mais apropriada para o ambiente problema. Existem muitos casos de tinham sido depreciadas lá no exte
onde uma máquina vai ser aplicada, empresas que partiram para solu rior, que entraram no país com valo
mais resultado ela vai trazer para ções de bens importados. É uma res muito baixos. Nos lugares de
quem está comprando. alternativa, desde que haja no Bra onde essas máquinas vieram, sim,
sil alguém que esteja dando assis houve substituição modernizadora.
Existe também a questão da assis tência. Várias empresas tiveram
tência técnica. aumento no custo dos seus produ Quer dizer, o Brasil colaborou,
É um fator ainda mais importante. tos em função do aumento de comprando equipamento obsoleto,
Não adianta ter numa fábrica um inventário, por falta de confiabili para financiar a modernização de
equipamento ultra-sofisticado se dade em substituir rapidamente concorrentes estrangeiros?
não houver assistência técnica rápi determinada peça ou acessório. Em parte é verdade. Não aconteceu
da e eficaz, porque todo equipa Tiveram de manter esse acessório de forma generalizada, mas em
mento demanda manutenção, está em estoque, por falta de distribui alguns setores específicos, como o
sujeito a acidentes de trabalho. Se dores locais. Isso é custo. setor de borracha e o siderúrgico.
lata
Apostando firme na tendência de crescimento do uso de latas de
s
e cerveja, o setor investe 10 milhões de dólares e espera conquistar uma
Divulgação
em Maracanaú, a 60 quilômetros
de Fortaleza, está detonando novo
capítulo da já antiga guerra em que
Marcas renomadas já usam latas da Metalic, sobretudo no Nordeste
se empenha para retomar para a
lata de aço de duas peças o espaço almejados 20%, conta Carlos Pole de duas peças no Brasil é a neces
perdido há pouco mais de dez anos tini, presidente da empresa, estão sidade de importação da chapa,
para a embalagem de alumínio sendo investidos 10 milhões de pois a única fornecedora, a CSN
(ver EmbalagemMarca nº 1). dólares nas linhas de fabricação, o – Cia. Siderúrgica Nacional, não
que elevará já em abril a capacida detém a tecnologia. No entanto,
Capacidade maior de de produção para 75 mi-lhões segundo Adriana Stecca, gerente
De olho no gigantesco mercado de de latas/mês (2 200 por minuto). de marketing/embalagem da
latas para cervejas, refrigerantes, Além disso, estão sendo finaliza empresa, essa tecnologia poderá
sucos e chás prontos para beber dos acordos de parceria para aber estar sendo disponibilizada por
(8,7 bilhões de unidades em 1999), tura de uma nova fábrica no Sul volta do início do próximo ano,
a empresa espera conquistar uma do país, próximo aos grandes cen graças a acordo com a alemã
fatia de 20% desse bolo dentro de tros de produção. Em suma, a Thyssen Rasselstein Hoescht. De
três anos. Por enquanto, as coisas Metalic aposta firme na tendência sua parte, o presidente da Metalic
não têm sido muito difíceis para a global de crescimento da lata de informa que em dezembro último
Metalic. Única fabricante brasilei aço para bebidas, que se reflete a empresa fez um teste com 60
ra de latas de aço de duas peças, numa participação média de 54% toneladas de chapas fornecidas
todas as 50 milhões de unidades na Europa e 60% na América Lati pela CSN, seguido de outro, nos
que produz são colocadas, para na (os Estados Unidos, onde se meses de janeiro e fevereiro deste
marcas renomadas, basicamente consome metade das latas de bebi ano, com 170 toneladas. “Isso
no mercado de bebidas carbonata das produzidas no mundo, são a representa 30% da nossa produ
das do Nordeste. Isso lhe garante exceção: lá, o alumínio é absoluto, ção, de 1 500 toneladas/mês atual
4% do mercado total de embala com 100%). mente”, diz Poletini. “Os resulta
gens metálicas nesse formato. O principal problema enfrenta dos foram excelentes”, afirma.
Para caminhar em direção aos do para a produção de latas de aço A projeção da Metalic é de que
ilustração: tom b.
que consome serão fabricados no
Brasil. Graças à tecnologia a ser
introduzida, a chapa nacional, cuja
espessura é de 0,27mm, de-verá
ser reduzida aos padrões europeus, Argumentos do Alumínio Argumentos do Aço
isto é, a 0,22mm. Nos cálculos da
empresa, o reflexo desse processo Inviabiliza qualquer negócio com Em longas distâncias é inviável
no ganho de preço final será de no para os materiais; vai construir uma
FRETE
FRETE
VISUAL MATERIAL
VISUAL MATERIAL
redução do peso da lata de aço dos Aço é uma embalagem mais pesada Alumínio tem menos resistência
atuais 30 gramas para algo mais mecânica
próximo dos 14 gramas de lata de
alumínio. Assim, haverá redução A impressão de certas cores, prin- A base de impressão é branca; o
nos custos de frete. cipalmente metálicas, é prejudicada resultado gráfico é melhor
No confronto entre os mate
riais, o preço final da lata assume O valor do resíduo da sucata é Aço é 100% reciclável; em contato
RECICLAGEM
RECICLAGEM
peso especial, principalmente ante muito baixo; não estimula os cata- com a natureza, em cinco anos está
a suposta tendência mundial – dores a coletar; praticamente não integrado; alumínio leva 400 anos; a
brandida por Poletini – de eleva há reciclagem de aço Metalic está organizando programas
ção do preço do alumínio. Sem de reciclagem (latas por alimentos)
dúvida, é outro forte argumento,
PRODUÇÃO MATÉRIA PRIMA
PRODUÇÃO MATÉRIA PRIMA
se vier a ser confirmado. Como Número de empresas produtoras de CSN está acertando acordo para
vantagem adicional nesse campo, aço necessárias para fabricação de obter tecnologia alemã
o presidente da Metalic destaca latas é restrito; CSN não domina
não ser necessário injetar nitrogê 100% a tecnologia para fornecer a
nio nas latas de aço durante o chapa
acondicionamento de bebidas não
gaseificadas, como chás, sucos e Aço não tem capacidade suficiente Aço está investindo para ampliar a
água de coco. As de alumínio exi para atender a demanda capacidade
gem essa aplicação para obter
resistência mecânica.
Já a afirmação de que o alumí paralizado, como pode ser obser necedores – a holandesa Hoogo
nio teria chegado ao limite de vado na próxima página. vens, a japonesa Sumitomo e a
redução de espessura da chapa – o Finalmente, a questão ambien CSN – a empresa está preparando
que resultaria em furos e amassa tal, calcanhar de Aquiles da lata um programa de reciclagem a ser
mentos nas linhas de enchimento de aço, começa também a ser ata testado em Recife e Salvador.
e no transporte – é refutada pelo cada pela Metalic. Seu presidente Nele os catadores trocarão latas
setor, que obviamente não está informa que em parceria com for usadas por alimentos.
alumínio investe
para ganhar 30% já
c om um investimento de 1,2
milhão de dólares em seu
Centro de Tecnologia de
Latas na fábrica de Pindamo
do Luís Fernando Madella, dire
tor de comunicação e relações
externas da Alcan do Brasil, o
objetivo é “estar próximo ao
nhangaba (SP), a Alcan do Brasil, cliente, agregando valor aos seus
única fornecedora de chapas de negócios”.
alumínio para latas de bebidas no Para manter o espaço que con
país, espera aumentar em 30% quistou na área de embalagens no
sua participação no mercado des país, a Alcan implantou também
sas embalagens ainda em abril. um novo modelo de gestão, basea
O centro faz parte de uma rede do na integração e no alinhamen
global da empresa, que é líder to do processo comercial com as
mundial no fornecimento de cha demais áreas da empresa, bem
pas de alumínio para embalagens como o processo de qualificação
de lata. Coordenada pelo Applied dos clientes, envolvendo todas as
Materials Center, localizado em fases do fornecimento.
Chicago, nos Estados Unidos, a Para isso, durante dezoito
rede atua em contato permanente meses a empresa enviou lotes de
com os demais centros de pesqui chapas e folhas de alumínio a
sa e desenvolvimento da empresa alguns de seus principais clientes
na Inglaterra e no Canadá. da área de latas para bebidas na
Dotado de equipamentos de América Latina e passou a moni
última geração, o centro funcio torar e ajustar cada fase do pro
nará como um laboratório de pes cesso. Segundo a Alcan, o resul
quisa, desenvolvimento e treina tado alcançado foi uma redução
mento, aberto não só a clientes de 60% nos prazos de entrega,
fabricantes de latas, mas a toda a custos mais baixos e um signifi
cadeia produtiva, isto é, do envas cativo estreitamento de relações
ador ao consumidor final. Segun com os clientes.
Divulgação
caixa
c
Embalagem de açúcar aposta em virtude ecológica
a
Guilherme Kamio
importância delas é ras, divisórias, forros especiais e mentação de Herlin, pode-se even
extrema. Basta dizer incontáveis outros equipamentos. A tualmente eliminar a necessidade
que, em inúmeros casos, novidade é a instalação progressiva de máquinas específicas – e caras
sem elas não haveria das salas limpas por indústrias de – que monitoram defeitos e proble
embalagens e produtos íntegros. São embalagens, empenhadas em ofere mas com embalagens.
as salas limpas, ambientes herméti cer diferenciais competitivos. Receber embalagens já esterili
cos, assépticos e pressurizados para zadas e sem defeitos alivia a cons
evitar possíveis contaminações no “Atrativo poderoso“ ciência e também o caixa, pois a
manuseio e no envase de produtos. “As salas limpas incorporadas na sala limpa do fornecedor não pode
Nelas é eliminado o risco de que indústria de embalagem são um ter custos repassados aos clientes.
partículas aerotransportadas, prove ganho, um atrativo poderoso”, diz “A sala limpa no fornecedor repro
nientes do ambiente ou exaladas por Jean-Pierre Herlin, gerente técnico e duz o ambiente que será encontra
pessoas atinjam produtos sensíveis, comercial da Divisa, uma das diver do no laboratório, e isso gera uma
especialmente medicamentos, cos sas empresas especializadas em pro credibilidade ímpar”, resume
méticos e alimentos. Evita-se tam jetos e construção desses ambientes. Armindo Fontana Jr., diretor da
bém que cheguem ao consumidor “O risco de embalagens terem partí Carol Engenharia, representante da
defeitos de embalagem, já que toda culas e impurezas logo após seu Clestra Cleanrooms, empresa inter
a inspeção é feita no recinto. processo de formação é enorme”, nacional especializada no ramo.
Hoje, praticamente toda a indús ele afirma. A segurança de triagem e A Carol foi responsável pelo
fotos: carol engenharia
tria farmacêutica possui salas lim a esterilização de frascos e outros projeto da recém-inaugurada sala
pas, resultado direto de exigências materiais de embalagem num está limpa da unidade de Vitória de San
legais e do acesso mais fácil a uma gio que antecede os processamentos to Antão (PE) da CIV – Companhia
tecnologia que envolve sistemas de na indústria usuária é uma vanta Industrial de Vidros (Emb al ag
em
ar condicionado intrincados, estei gem. Dessa forma, segundo a argu Marc a nº 8). A construção visa
Os fras ...onde
cos de são res
vidro saem friados em
dos fornos esteiras, já
por eclusas em ambiente
diretamente controlado...
para a sala
limpa...
divulgação
friados para serem submetidos a
controle de qualidade e a inspeção
e, então, acondicionados, geralmen Vista geral da sala limpa da CIV
te em shrinks. O processo, minucio
so, busca evitar riscos de contami sala limpa em sua base, no Rio de de polietileno acondicionados em
nação na fase de resfriamento, esto Janeiro, para conquistar clientes das paletes descartáveis, que por sua
cagem e transporte dos frascos até o áreas farmacêutica e alimentícia. “A vez são envolvidos em shrinks. A
cliente (ver quadro). receptividade tem sido excelente”, Vulcan é a primeira indústria de
conta Evaristo Cenatti, supervisor laminação a fornecer o atrativo.
Laminação confiável de produto da empresa. Segundo Já a empresa paulista Sociedade
Na vidraria Santa Marina, por ele, após a instalação da sala as Moderna de Embalagens Plásticas
exemplo, os frascos esterilizados bobinas de PVC rígido que a empre (SMEP), especializada em embala
são shrinkados em pequenas quan sa fornece, para laboratórios conver gens injetadas, com rotulagem em
tidades. “O laboratório pode usar as terem em blisters, “passaram a ser serigrafia, está em fase de conclu
embalagens de acordo com a velo vistas com outros olhos”. são de estudos para a construção de
cidade de produção”, explica Jorge O processo de embobinamento sua nova sala limpa, pois acaba de
Siqueira, gerente de marketing da para corte das lâminas de PVC cria mudar de sede. Adriano Gilbert
empresa. Além de ganhos em logís estática, o que atrai poeira, insetos e Reis de Aquino, gerente comercial
tica, os clientes não precisam gastar outras partículas, explica Cenatti. da empresa, também reforça o time
tempo. “Com a sala limpa a cadeia Com a sala limpa, o trabalho é higiê dos que apostam no diferencial ofe
fica rápida e totalmente segura” nico ao extremo, pois o ambiente é recido pela sala limpa e prevê que a
garante Siqueira. protegido por eclusas, acesso con indústria cosmética será a nova for
Esse serviço não cresce apenas trolado, pressão positiva e outros ça exigente nesse panorama, preco
na indústria vidreira. Embalagens sistemas para evitar contaminações. nizando embalagens cada vez mais
plásticas também vêm passando Os cantos verticais e horizontais, confiáveis. Como ele lembra, trata-
por processos de ambientes contro por exemplo, são arredondados, de se de um setor que lança produtos
lados. A Vulcan Material Plástico, modo a evitar o acúmulo de partícu cada vez mais sensíveis e que tem
fornecedora de filmes de PVC com las e facilitar a limpeza. As bobinas de passar uma imagem indelével de
a marca Vinitherm, instalou uma saem da Vulcan embaladas em sacos confiança e higiene.
Balas e chicles
candies
superar estigma
Guilherme Kamio
andré godoy
da embalagem, questão
crucial em qualquer
segmento industrial,
ganha especial delicadeza quando
recai sobre produtos de baixo custo
de produção e de giro rápido. A
indústria de balas e chicletes, por
exemplo, vem desenvolvendo meca
nismos práticos para lidar com o mundiais no segmento. Nessa linha, embalagem deve atender. “É um
problema. Os fabricantes de candies a empresa acabou de rejuvenescer produto suscetível a umidade e que
buscam não só sofisticar cada vez as embalagens de todos os seus não deve perder seu aroma caracte
mais suas embalagens para aumen produtos, trabalho que ficou a cargo rístico”, lembra Ana Beatriz. Por
tar vendas, mas também para valori da M Design. “O resultado foi uma causa dessas barreiras, as embala
zar a imagem de marca e, assim, personalidade própria”, diz Tadeu gens plásticas flexíveis vêm ganhan
afastar o estigma de moeda de troco Matsumoto, diretor da agência. do espaço de destaque na categoria.
que seus produtos carregam. Flow-packs e embalagens multica
Se embalagem tem custo mais Praticidade e custos mada têm futuro garantido nesse
pesado em produtos com baixo Na Warner-Lambert, detentora de atraente mercado, mas ainda há bas
valor agregado, tem também impor marcas como Halls, Trident, Bubba tante espaço para as embalagens de
tância extrema em segmentos que loo e Chiclets, a idéia é a mesma. papel, que se identificaram bastante
sobrevivem da compra por impulso. Para Ana Beatriz Borghi, do depar com os chicles.
Esses são os fatores que balanceiam tamento de embalagens da empresa, Assim, tendo de lidar com limi
a política de embalagens do setor, a busca de soluções deve sempre tações e uma gama enorme de pos
que procura diferenciar e sofisticar levar em conta a praticidade e a sibilidades de trabalho ao mesmo
com o emprego de mecanismos prá transmissão da imagem da marca ao tempo, quem opera com embala
ticos, sem fazer da embalagem o consumidor, mas sem repassar a ele gens para candies movimenta-se
quesito mais dispendioso no proces os custos do upgrade. Isso, simples para conseguir sofisticação viável a
so produtivo. Ou seja, a criatividade mente, inviabilizaria a competitivi preço compensador. Profissionais
conta mais que nunca. dade num mercado onde a embala da área indicam a seguir algumas
“É preciso sempre inovar em gem responde por cerca de 20% a regras para conferir mais valor ao
apresentação no ponto-de-venda, 30% do custo total de produção. Se, produto. São cuidados que podem
para não cair na obsolescência”, diz por um lado, a atenção recai sobre o ajustar-se perfeitamente a outros
Sergio Guzzo, gerente de produto trabalho gráfico, por outro há os produtos com características simila
da Arcor, um dos maiores players problemas de barreiras aos quais a res às das balas e dos chicletes.
fotos: divulgação
embalagens especiais, as balas pas cente é incrementá-los cada vez
sam a ser ótimos presentes”, ela diz. mais, com o uso de picotes e abas,
Enfim, se há muitas moedas, por que que dão mais destaque à marca e
não juntá-las num cofre? agregam praticidade.
Modernidade e economia
Falar em redesenho de embalagem cedora do material de suporte, a
não implica somente em design ou Mobil, foi criada uma nova embala
técnicas de impressão. É possível gem com laminação de dois filmes
tornar o produto mais atraente tam de polipropileno bi-orientado (BOPP)
bém por meio de mudanças radicais, de alta barreira. “Isso conferiu ao
como na estrutura. Segundo Ana produto maior praticidade, moderni
andré godoy
em busca da
integração
s
Comitê de Design quer aproximar indústria dos designers
com uma integração maior podemos evitar que as legrino, coordenadora de novidades no work-shop
embalagens concebidas pelos profissionais de criação comitês da Abre, a entidade devem ser filiadas à Abre.
tenham incompatibilidades técnicas com os processos pretende realizar workshops Para assistir às apresenta
de design mensalmente. Ela ções, é preciso ser filiado
produtivos”, diz Fábio Mestriner, coordenador do Comi
informa que, em abril, o ao Comitê de Design.
tê de Design. “Com o trabalho conjunto é possível evitar
Comitê de Design participa Maiores informações: (11)
problemas que apareceriam no final do processo.”
rá da Brasilpack e, em fun 282-9722, com Luciana
A opinião do designer é compartilhada por Fernando ção disso, não será realiza Pellegrino.
Pirutti, superintendente comercial da Novelprint, empre-
n
Feeling não basta para saber o que o consumidor quer
ão obstante as evidências ciona em três bases. Na primeira, embalagem tem um processo comu
de que a criação de uma um consumidor é convidado a nicativo eficiente, se transmite a
embalagem deve atender observar slides com imagens de imagem desejada do produto e se
a inúmeros componentes gôndolas ocupadas por diversos atrai o consumidor”, explica Anna
técnicos, artísticos e até sociológi produtos. Em seguida, uma câmera Wiedmann, diretora de marketing
cos, existem ainda profissionais que oculta dotada de luz com filtro da Novaction. “Além disso, o Eye
apostam tudo em seu feeling – e infravermelho foca o olho da pessoa Tracking permite identificar os ele
geralmente erram. Afinal, que pres e registra várias informações, como mentos visuais que devem ser man
sentimento, feeling ou dom telepáti o tempo de observação e o número tidos numa embalagem”, ela diz.
co será capaz de influir nas decisões de vezes que olhou para cada produ
de compra das pessoas? to. Finalmente, com esses dados é O case da Frescarini
Se fosse fácil não estariam sen feita a avaliação. No caso da Frescarini, fabricante de
do continuamente desenvolvidos “Observando a movimentação massas adquirida em 1996 pela
instrumentos de pesquisa para des da pupila, é possível avaliar se a norte-americana Pilsbury, por
vendar o sempre versátil comporta exemplo, as pesquisas feitas pela
mento do consumidor. O certo é que Novaction determinaram o ponto
crescem sem parar a demanda por de partida do redesign das embala
informações confiáveis e, em con gens. Através do Eye Tracking e de
seqüência, os mecanismos de ava outras avaliações comportamentais,
liação, de modo a oferecer expressi foram detectadas as propriedades
va contribuição a projetos de rede que mais identificavam o consumi
sign de embalagem. dor com a marca. Por exemplo, a
Hoje, além de avaliações centra cor laranja e as listras horizontais
das em focus groups e pesquisas de sofreram poucas alterações nas
campo, são empregados sistemas novas embalagens. Já a logomarca
eletrônicos para decifrar o que mais foi totalmente reformulada, rece
atrai o consumidor frente a uma bendo novo lettering e fundo verde.
gôndola repleta de mercadorias. Um “Ficou mais atraente e passou a
exemplo é o Eye Tracking, criado lembrar produtos naturais”, destaca
nos anos 70 pela NASA, a agência O antigo e o novo: Antonio Muniz Simas, diretor da
aposta na mudança do visual
espacial norte-americana, para tes Dil Design, agência responsável
tar estímulos visuais nos astronau pelo redesign.
tas. Adaptado para fins de pesquisa As avaliações indicaram tam
de mercado pela Novaction, empre bém que, por ser um produto fres
sa de origem francesa, em parceria co, a transparência das embalagens
com a Perception Research Service, deveria ser mantida. “Os consumi
dos Estados Unidos, hoje o Eye dores deixaram claro que permitir a
Tracking está ganhando força entre visualização é uma característica
fotos: divulgação
mais alternativas de
paletes
Ante a crescente busca de soluções para a movimentação de
materiais, fabricantes buscam saídas na criatividade
p
Leandro Haberli
papelão ondulado projetada para ressalta Arylton Bulara, da área de o Block Palete suporta até 2 tonela
minimizar os impactos do transporte marketing da Kpack. das. Segundo a Parmatec, o sistema
e proteger os produtos. O fabricante, Desenvolvido nos Estados Uni tem apresentado bom desempenho
a Kpack, de São Paulo, garante que, dos há cerca de cinco anos, o siste nas linhas de pré-montagem e tam
Desenvolvidas pela DPZ, chegam ao Art, Op Art, Construtivismo Russo e ciais serão vendidos em pontos
mercado em abril, reforçando a Expressionismo Alemão. “Mais que estratégicos da cidade de São Paulo,
aproximação da marca com a arte. A trazer embalagens bonitas, nosso com o mesmo preço da embalagem
série, intitulada “Arte da Contesta comprometimento foi o de agregar convencional, 1,80 reais.
A linha de colônias da
Botany & Tree está com Del Valle inova
novas embalagens. Ante
com produtos light
fotos: divulgação
riormente apresentadas em
frascos retangulares de A Sucos Del Valle, subsidiária da
60ml, as colônias passam a mexicana Jugos Del Valle, sai na
ser comercializadas em frente de concorrentes como a Par
embalagens de vidro fos malat e a Maguary, lançando o pri
co de 100ml, padroniza meiro suco light pronto para beber
das com as da colônia da no mercado brasileiro. A empresa
linha Bebê, no mercado aposta nos sabores maçã, goiaba,
desde o ano passado. As manga e pêssego para aumentar
colônias da Botany & em 25% o faturamento neste ano.
Tree têm as essências Em 1999, o faturamento da empre
de rosa, girassol e violeta. sa foi de 30 milhões de reais. Os
sucos vêm acondicionados em
Café do Ponto: nova identidade visual latas de alumínio de 335ml, fabri
O Café do Ponto está ganhando uma cadas pela Crown Cork, e em cai
nova identidade visual, desenvolvida xas Tetra Pak longa-vida de um
pela Oz Design. O objetivo foi moder litro, com sistema de fechamento
nizar a imagem do produto sem SpinCap, e design criado pela Pac
perder os principais elementos de king Embalagem, de São Paulo.
reconhecimento pelos consumi
dores. A embalagem do Café Extra
forte ganhou fundo vermelho,
enquanto a do Tradicional ficou com
fundo laranja. Para o tipo Exportação
foi desenhado um mapa. Todas
ganharam um selo de qualidade. O
logotipo também foi redesenhado.
Distribuidora paulista de resinas ciar suas atividades em 1o de tivida. Através do site www.
WHUPRSO®VWLFDV HVSHFLDLV D 3LUD RXWXEUR SU£[LPR abiquim.org.br, é disponibiliza-
midal lançou uma loja virtual. O da uma lista de potenciais reci-
site (www.piramidal.com.br) é $ 2SWLPD GR %UDVLO 0®TXLQDV GH cladores.
anunciado como o primeiro ven- Embalagem inaugurou nova
dedor 24 horas de matéria-pri- I®EULFD HP 9LQKHGR 63 TXH Em abril, a Avery Dennison do
PD SDUD D LQG¡VWULD FRQYHUWH amplia sua capacidade de for- Brasil começou a operar em
GRUD GH SO®VWLFR necimento de equipamentos. O escala industrial, na unidade de
investimento, segundo Elfi 9LQKHGR 63 XP FRDWHU GH ¡OWL
'RZ 4X§PLFD 'X 3RQW %D\HU $* Schaffitzel, diretora administra- PD JHUDo¬R DPSOLDQGR DVVLP HP
%DVI $* H &HODQHVH $* HVW¬R tiva da empresa, foi de cerca de mais de 100% sua capacidade
unindo forças para levantar um PLOKHV GH UHDLV SURGXWLYD GH U£WXORV DXWR-DGH
empreendimento promissor: VLYRV 1D H[SDQV¬R IRUDP LQYHV
serviços e vendas relacionados $ $VVRFLDo¬R %UDVLOHLUD GD WLGRV PLOKHV GH G£ODUHV
Á UHVLQDV H HVSHFLDULDV SO®VWLFDV ,QG¡VWULD 4X§PLFD $%,48,0 LQFOXLQGR D FRPSUD H D LQVWDODo¬R
na Internet. A nova companhia, FULRX XPD GLYLV¬R HVSHFLDO SDUD do equipamento. O coater é o
TXH DLQGD Q¬R WHP QRPH LU® LQL promover a reciclagem, a Plas- mais moderno da América Latina.
O Brasil possui o maior acervo de Você sabia? A garrafa térmica foi criada no
garrafas retornáveis de vidro do A cerveja foi trazida ao Brasil pela século XIX, pelo inglês James
mundo. São 5 bilhões de unida família real portuguesa em 1808. Dewar. O objetivo era conservar
des, com vida útil de sete anos, Logo começou a ser produzida aqui soluções em laboratório, mas
reutilizadas pelo menos quatro e hoje é uma das bebidas mais con Dewar nunca patenteou a invenção.
vezes por ano., nas indústrias de sumidas do país. Com 8 bilhões de Um fabricante de vidros, o alemão
cerveja, água mineral, refrige- litros anuais, o Brasil é hoje o quar Reinhold Burger, ficou rico ao dimi
rantes e “outros”. As tubaínas to produtor mundial, depois dos nuir o tamanho da garrafa e lançá-
migraram totalmente para o PET. EUA, da China e da Alemanha. la para uso doméstico, em 1903.