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Tempo do Advento – 18 de Dezembro

Segunda Leitura
Da Carta a Diogneto
(Cap. 8, 5-9, 5: Funk 1, 325-327) (Séc. II)
Por Seu Filho, Deus nos revela Seu amor

Nenhum homem viu a Deus nem o conheceu, mas Ele


mesmo se manifestou. Manifestou-se pela fé, pois só a ela é
concedida a visão de Deus. O Senhor e Criador do universo,
Deus, que fez todas as coisas e as dispôs em ordem, não só
amou os homens, mas também foi paciente com eles. Deus
sempre foi, é e será o mesmo: Benigno e Bom, isento de ira,
veraz; só Ele é Bom. E quando concebeu Seu grande e inefável
desígnio, só o comunicou a Seu Filho. Enquanto mantinha
oculto e em reserva Seu plano de sabedoria, parecia abandonar-
nos e esquecer-se de nós. Mas, quando revelou por Seu Filho
amado e manifestou o que havia preparado desde o princípio,
ofereceu-nos tudo ao mesmo tempo: participar de Seus
benefícios, ver e compreender. Quem de nós poderia jamais
esperar tamanha generosidade?
Tendo Deus, portanto, tudo disposto em Si mesmo com o
Seu Filho, deixou-nos, até estes últimos tempos, seguir nossos
impulsos desordenados, desviados do caminho reto pelos maus
prazeres e paixões. Não que Ele tivesse algum gosto com
nossos pecados; tolerando-os, não aprovava aquele tempo de
iniquidade, mas preparava este tempo de justiça. Assim,
convencidos de termos sido, naquele período, indignos da vida
em razão de nossas obras, tornemo-nos agora dignos da vida
em razão de nossas obras, tornemo-nos agora dignos dela pela
bondade de Deus. E depois de mostrar nossa incapacidade de
entrar pelas próprias forças no Reino de Deus, nos tornemos
capazes disso pelo poder divino.
Quando, pois, a nossa iniquidade atingiu o auge e se tornou
manifesto que a paga merecida do castigo e da morte estava
iminente, chegou o tempo estabelecido por Deus para revelar
Sua bondade e poder. Ó imensa benignidade e amor de Deus!
Tempo do Advento – 18 de Dezembro

Ele não nos odiou, não nos rejeitou nem se vingou de nós, mas
nos suportou com paciência. Cheio de compaixão, assumiu
nossos pecados, entregou Seu próprio Filho como preço de
nossa redenção: o Santo pelos pecadores, o Inocente pelos
maus, o Justo pelos injustos, o Incorruptível pelos corruptíveis,
o Imortal pelos mortais. O que poderia apagar nossos pecados a
não ser Sua justiça? Por quem poderíamos ser justificados, nós,
ímpios e maus, senão pelo Filho de Deus?
Ó doce intercâmbio, ó misteriosa iniciativa, ó surpreendente
benefício, ser a iniquidade de muitos vencida por um só Justo e
a justiça de um só justificar muitos ímpios!
Responsório At 4,12; Is 9,6

R. Não existe salvação em nenhum outro;


* Não foi dado outro nome sob o céu, pelo qual o mundo possa
se salvar.
V. Será seu nome, admirável Conselheiro Deus forte, Pai do
século futuro, e Príncipe da paz será chamado.
* Não foi dado outro nome sob o céu, pelo qual o mundo possa
se salvar.

Oração
Ó Deus todo-poderoso, concedei aos que gememos na antiga
escravidão, sob o jugo do pecado, a graça de ser libertados pelo
novo natal de vosso Filho, que tão ansiosamente esperamos.
Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do
Espírito Santo.

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