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Actividade 2

Sessão 6

ANÁLISE E COMENTÁRIO CRÍTICO

1. A consulta dos relatórios da IGE, relativos à Delegação Regional do


Norte, permitiu-nos constatar um critério fortemente predominante nestes
relatórios oficiais, sobre o papel atribuído às Bibliotecas Escolares:
- limitam-se na maior parte dos casos a simples referências de espaços,
sem atribuição de qualquer função na actividade ensino-aprendizagem
dos alunos;
- desconhecem completamente o papel central que a Biblioteca Escolar
deve desempenhar na Escola.

2. Indicamos, a nível de exemplo, o relatório sobre o Agrupamento de


Escolas de Mogadouro, de 2009.
Durante a leitura do relatório parecia-nos que não existia BE neste
Agrupamento. Só no capítulo da “Gestão dos Recursos Materiais e
Financeiros”, depois de referenciados vários espaços, como o refeitório, o
espaço de convívio e o bufete, faz a seguinte e única menção da BE:
“A actual Biblioteca Escolar, fruto de um trabalho de adequação bem
estruturado, embora ainda não inaugurada, veio substituir um anterior
espaço exíguo e pouco convidativo.”
Será que a BE é só um espaço no Agrupamento?

3. É mencionado que o espaço ficou bem adaptado. O que possui esse


espaço? Que planos existem, relativamente a esse “trabalho de adequação
bem estruturado”?
Interroga-se e pensa-se que não existe um plano de actividades da BE,
uma vez que o plano existente na Escola não tem transversalidade entre as
disciplinas.
4. Se há insucesso escolar no 3º ciclo e secundário, como não indicar a BE
um dos pontos centrais de referência para uma melhoria do aproveitamento
escolar e do desenvolvimento humano em geral do aluno?

5. “Não ficou muito clara a organização e o contributo das estratégias no


âmbito do Plano Nacional de Leitura (…) para a melhoria dos resultados
escolares nestes domínios”, refere o relatório.
- É evidente que não poderia ficar clara a organização deste Plano, uma
vez que se desconhece o papel da BE!

6. O 1º ciclo já possui quadros interactivos, o que é muito bom. Mas como


estão de BE…? - Não sabemos…

• Se os próprios responsáveis da IGE não levantam nenhum destes


problemas no relatório, como podem fazer uma avaliação “correcta” da
escola?
• Nestas equipas não deveria existir alguém com alguma formação em
BEs, e com o contributo que estas podem dar a uma comunidade
educativa?
• Se os próprios responsáveis da IGE tratam a BE apenas como um
espaço, que exemplo darão aos Directores das Escolas para
considerarem a BE como centro fulcral da escola no processo de
ensino-aprendizagem?
• Na maioria dos relatórios, a BE ainda não é considerada um ponto forte
e dinamizador de toda a actividade escolar, como oportunidade para
levar a escola a melhorar a sua avaliação.

Manuela Gama

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