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ESCOLARES: METODOLOGIAS DE
OPERECIONALIZAÇÃO (Conclusão)
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A Avaliação Externa das escolas, realizada pelo grupo de trabalho da IGE, tem
como objectivos:
Fomentar nas escolas uma interpelação sistemática sobre a qualidade das
suas práticas e dos seus resultados;
Articular os contributos da avaliação externa com a cultura e os dispositivos de
auto-avaliação das escolas;
Reforçar a capacidade das escolas para o desenvolvimento da sua autonomia;
Regular o funcionamento do sistema educativo;
Contribuir para um melhor conhecimento das escolas e do serviço público de
educação, fomentando a participação social na vida das escolas.
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Para o comentário crítico à presença de referências a respeito da BE nos
relatórios da IGE, escolhi e analisei seis amostras. Três pertencem à área da
Delegação Regional do Centro:
- Agrupamento de Escolas Serra da Gardunha (Fundão) – Por sinal, a escola
onde sou PQA (Professora do Quadro de Agrupamento) e PB (Professora Bibliotecária)
– 2006/07;
- Agrupamento de Escolas A Lã e a Neve (Covilhã) – 2007/08;
- Agrupamento de Escolas João Roiz (Castelo Branco) – 2008/09;
duas integram a Direcção Regional de Lisboa e Vale do Tejo:
- Agrupamento de Escolas Francisco Arruda (Lisboa - Ajuda) - 2006/07;
- Agrupamento de Escolas de Telheiras (Lisboa) - 2007/08;
e uma corresponde à área de abrangência da Delegação Regional do Norte:
- Agrupamento de Escolas Sophia de Mello Breyner (Vila Nova de Gaia) -
2008/09.
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ANÁLISE DOS RELATÓRIOS
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“Os horários dos diversos serviços foram definidos por forma a responderem às
necessidades dos utentes, sendo de salientar o funcionamento alargado da biblioteca
(8h30 – 19h00).”
“A biblioteca, integrada na rede nacional de bibliotecas escolares, constitui-se
como um recurso importante do Agrupamento, sendo um espaço onde se organizam
e decorrem, ao longo do ano lectivo, diversas actividades com a participação dos
alunos e da restante comunidade escolar.”
“Nos anos mais recentes, o Agrupamento tem participado em vários projectos
nacionais e internacionais como forma de responder a problemas locais e a
desenvolver nos alunos novas competências: Educação para a Saúde, Rede
Nacional de Bibliotecas Escolares (…).”
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Agrupamento de Escolas de Telheiras (LISBOA): 2 referências à BE
“A EB1 de Telheiras funciona num edifício de tipologia P3, com doze salas de
aulas, uma sala onde funciona a unidade de apoio a alunos com multideficiência, a
Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos (BE/CRE) (…).”
“O Agrupamento, ainda que não tenha participado em projectos ao nível
internacional, tem aderido aos de âmbito nacional: Rede Nacional de Bibliotecas
Escolares (…).”
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Agrupamento de Escolas Sophia de Mello Breyner (PORTO): 2 referências à BE
Embora a amostra seleccionada, pela sua reduzida dimensão, não possa ser
considerada representativa e levar a generalizações, podemos, a partir da abordagem
anteriormente feita e do quadro recapitulativo que a seguir se apresenta, retirar
algumas conclusões:
A avaliação feita pela IGE, e os consequentes relatórios que dela esse
organismo elaborou, não destaca, de forma clara e explícita, as bibliotecas
escolares nem o trabalho que nelas é realizado;
Não há, relativamente às referências feitas às BE, qualquer diferença entre
os agrupamentos avaliados nos diferentes concelhos e Direcções
Regionais – Alias, a serem notadas, as diferenças apontam sempre em
favor dos agrupamentos de escolas integrados na DREC;
Ainda assim, pelo menos se tivermos em conta apenas a Direcção
Regional do Centro, parece haver uma evolução diacrónica positiva dado
que, no relatório elaborado acerca do Agrupamento de Escolas João Roiz,
a BE é, por várias vezes, destacada, assim como o contributo que presta
para o desenvolvimento do trabalho e sucesso educativo dos seus
utilizadores;
O maior número de referências à BE ocorre nos seguintes domínios:
Caracterização do Agrupamento, Gestão dos recursos materiais e
financeiros e Parcerias, protocolos e projectos. É, assim, visível que,
nos parâmetros relacionados com os resultados escolares e o serviço
educativo, em que seria de esperar uma grande intervenção da BE, logo
uma menção por parte dos relatórios da IGE, só em casos pontuais essa
referência é feita.
Em conclusão, a levar em conta os relatórios analisados, as referências às BE
são, ainda, escassas e a IGE parece não valorizar suficientemente o contributo que
esses serviços prestam à comunidade em que se inserem.
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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS
Sophia de
Francisco
Gardunha
João Roiz
Telheiras
Serra da
A Lã e a
Breyner
Arruda
Mello
neve
DOMÍNIOS
Caracterização X X X X X X
Do Agrupamento
Sucesso académico X
RESULTADOS
Participação e
desenvolvimento cívico X
Comportamento e
disciplina
Valorização e impactos na
aprendizagem X
REFERÊNCIAS ÀS BE NOS RELATÓRIOS DA IGE
Articulação e
PRESTAÇÃO DO
sequencialidade
EDUCATIVO
Acompanhamento da prática
SERVIÇO
Diferenciação e apoios
Abrangência do currículo e
valorização dos saberes e da
aprendizagem
Concepção, planeamento e
desenvolvimento da X X
GESTÃO ESCOLAR
actividade
ORGANIZAÇÃO E
Equidade e justiça X
Visão e estratégia
LIDERANÇA
Motivação e empenho
Abertura à inovação
Parcerias, protocolos e
projectos X X X X X
CAPACIDAD
E DE AUTO-
REGULAÇÃ
Auto-avaliação X
Sustentabilidade do
O
progresso X
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