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Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares – DREC T.

BREVE APRECIAÇÃO FINAL

Começo esta breve reflexão sobre o decorrer da formação por


afirmar que agora sim, estou pronta para começar. Ao reler e rever
alguns textos e trabalhos que fiz, o faço com outros olhos, estou mais
e desperta e atenta a e para pormenores e aspectos que da primeira
vez não captaram a minha atenção. Mea culpa? Provavelmente.

Ao longo da nossa vida profissional não fomos formados para a


auto-avaliação e nem a cultivámos, é por isso que talvez seja um
conceitomque carrega consigo receio e responsabilidade acrescida.
Pergunta-se: o que significa auto-avaliação da BE? Ir-se-á a avaliar o
professor bibliotecário? Avaliação não é fácil de perceber nem simples
de executar, sobretudo para quem está pela primeira vez nesta
função e que ainda procura conhecer o espaço em que se está a
movimentar.

Foi a medo que dei os primeiros passos… no entanto, dei por


mim a entusiasmar-me pelas tarefas propostas e pelo desafio que
representou levar acabo cada uma delas. Assim, posso indicar como:

 Aspectos positivos desta formação:

 O conhecimento do modelo de auto-avaliação da biblioteca


escolar. A leitura simples não seria suficiente para aprofundar o
nível de conhecimento necessário para se poder aplicar o
modelo. Os trabalhos práticos que se foram fazendo ao longo
de toda a formação e todos eles com uma sequência lógica:
desde o descobrir dos conceitos e das problemáticas da BE,
passando pelo plano de avaliação de um domínio/subdomínio
até à referência dos elementos que devem constar do relatório
final, deram-me ferramentas de trabalho fundamentais para a
auto-avaliação do domínio escolhido para o presente ano lectivo
– B. Leitura e Literacias.

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Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares – DREC T. 3

 A aquisição de competências para a elaboração de um plano de


avaliação, a partir do conhecimento prévio da BE,
transformando os pontos fracos em pontos fortes, já que aquele
(plano) deverá apontar as melhorias a ter em conta para que a
BE se transforme num espaço de construção de conhecimento.

 A recolha de evidências: prática pouco pensada e quase


inexistente. A avaliação da BE baseava-se na recolha de dados
estatísticos (requisições domiciliárias, número de alunos que
frequentavam a biblioteca, número de alunos que utilizavam os
computadores, etc) e não se ia muito além. As informações
eram meramente estatísticas e as conclusões que se tiravam
pouco diziam das acções futuras de melhoria. Há, no entanto,
muitos instrumentos e métodos de recolha de evidências, tal
como ficou patente durante to a formação. A presença activa da
BE nos órgãos da escola e a sua consequente referência nos
documentos orientadores da mesma permitem aferir a eficácia
dos serviços prestados, “(…) identificando sucessos e
insucessos – gaps que condicionam a qualidade e eficiência do
serviço.” (Texto da sessão 2).

 A participação da comunidade educativa: direcção, professores,


alunos e encarregados de educação/pais no processo de auto-
avaliação da BE. Dá uma perspectiva nova quanto aos
utilizadores e como desenhamos o plano de acção (in)formação
para aqueles que ensinam/educam.

 Hoje parece-me mais evidente e clara a necessidade de auto-


avaliar a Biblioteca tendo em conta as linhas definidoras da
biblioteca escolar actual. Parafraseando Ross Todd esta é um
espaço de conhecimento, de conexões, de acções e de
evidências que têm implicações nos resultados escolares dos
alunos, isto é, a BE tem um papel preponderante no processo
ensino/aprendizagem.

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 A imperiosa presença da BE nos órgãos de gestão da escola,


nos departamentos, nas salas de aula com os
professores/alunos.

 O trabalho colaborativo/cooperativo entre o professor da sala de


aula e o professor bibliotecário na planificação de actividades
do currículo será uma prática fundamental para o ensino e para
a aprendizagem.

 O enquadramento do relatório de avaliação da BE na auto-


avaliação da escola e do impacto que deve ter na mesma.

 A partilha de saberes, de ideias e de práticas.

 O trabalho em ambientes digitais: apesar do receio inicial é um


exemplo a seguir em actividades da BE.

 Aspectos menos valorativos:

 Não ter tido oportunidade de planear a avaliação do domínio


B., uma vez que este, como já referi, foi o escolhido pela
equipa da biblioteca para ser avaliado.

Avaliar é valorizar: os pontos fortes, que devem continuar a ser


potenciados, e os pontos fracos, que devem ser alvo de acções de
melhoria. A avaliação potencia a excelência a partir de uma gestão
eficaz e de uma melhoria constante da BE.

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