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JUVENTUDE
O Verdadeiro Sentido do Natal
MARIANA
Comemoramos nesta altura a data que deveria ser o maior acontecimento de todos os
VICENTINA tempos: O nascimento de Jesus.
Há, porém, uma tristeza indelével que paira no ar: pessoas que vão e vêm pelas ruas,
DE preocupadas apenas com os presentes que se oferecem aos filhos, pais, parentes ou amigos.
Embora existam outros que sofrem nesse dia a irreparável perda de entes queridos que não
irão estar presentes nas comemorações, esquecendo-se de que a vida é eterna e que só mor-
ALFERRAREDE remos realmente quando deixamos de acreditar nos nossos sonhos. Alguns sofrem por esta-
rem longe dos seus filhos, pais ou irmãos que estão distantes. Há aqueles que sofrem por não
terem condições financeiras de oferecer aos filhos o tão esperado presente do “Pai Natal” e
talvez nem mesmo possuam dinheiro para comprar um alimento para o dia de Natal.
E o verdadeiro sentido desta data, onde entra?
Jesus não veio ao mundo para que o seu nascimento
fosse comemorado com bens materiais. Jesus veio ao
Nesta edição:
mundo para que a nossa visão de vida ganhasse um
novo sentido de esperança. Veio ensinar-nos a deixar
de lado o nosso egoísmo; Veio ensinar-nos o amor ao
A origem das Janeiras 2 próximo, mas não aquele amor que só ama aos que
realmente nos estão próximos; isso é fácil! Jesus veio
ensinar-nos que devemos estender a nossa visão para
Religiosa Agraciada além daquilo que conseguimos ver. E existe muito, mui-
com a Ordem da 3 to mais para além do que se vê. As pessoas preocupam
Instrução Publica -se demais com coisas que, vistas pelo lado espiritual,
perdem a sua importância. Jesus veio pregar o amor, a
Jornadas Missionárias
compreensão, o desapego, a caridade e a solidariedade.
Diocesanas em 4
Amor esse que se deve estender a todos os seres
Abrantes
vivos. O desapego aos bens materiais, porque ao nas-
cer não trazemos nada nas mãos, a não ser o desejo de
Noite de Fados para aprender e crescer espiritualmente, e ao partir levamos
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angariação de fundos apenas as nossas experiências de vida.
Solidariedade e caridade para com o irmão necessitado do pão para seu corpo sim, mas
Encontro Regional muito mais do pão para sua alma. E essa solidariedade e caridade, não devem ser praticadas
Sul da Juventude 5 apenas no decorrer das festividades de Natal. Devem, sim, ser postas em prática a vida inteira,
Mariana Vicentina assim como Jesus nos ensinou.
Pessoas existem que se confraternizam nesta época do ano, perdoam mutuamente as
ofensas trocadas, apertam as mãos, abraçam-se, cantam, bebem e riem juntos, mas no dia
Recolha de alimentos seguinte, quando a vida volta ao normal, todas as promessas são esquecidas e cada qual reto-
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pelo Banco Alimentar ma a sua vida e os seus propósitos dissolvem-se no ar como fumaça. O mesmo egoísmo volta
a dominar as suas vidas.
Comemoração do O Natal é uma data bonita que deve ser comemorada com a alma, com alegria, com
Dia de Santa 6 amor. Jesus nasceu com o objectivo claro e único de dar a vida por nós, para nos salvar.
Catarina de Labouré Vamos procurar mostrar-lhe que o seu sacrifício não foi em vão.
Pense nisto: vamos procurar fazer deste Natal não apenas mais uma data em
Admissão e passagem que trocaremos presentes, abrimos champanhe e brindaremos junto aos nossos mas,
de etapa da JMV de 7 sim, uma data de renovação dos nossos propósitos de vida e de renascimento
Alferrarede interior.
BOAS FESTAS PARA TODOS!
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Pesquisando na net…
ORIGEM DAS JANEIRAS
O “cantar de reis” é uma tradição associada à quadra Belém. A cristandade glosou esta simbologia real (o
natalícia, cujas origens remontam a antiquíssimas cele- encontro de um rei espiritual com reis temporais) atra-
brações universais do solstício de Inverno, tendo em vés de múltiplas representações, como é o caso dos
conta que o sol, enquanto elemento central de todas as “encontros de reis”, das contradanças dos “bailes dos
cosmogonias antigas, foi objecto de inúmeras cerimónias, reis” e das “reisadas”, para além, claro está, dos tão típi-
ritos e cultos. Em pleno séc. IV, a Igreja Católica aprovei- cos e populares presépios.
tou a festa pagã do nascimento do sol invencível e colo- Do mesmo modo, as “janeiras” são cantigas de boas-
cou o nascimento do Salvador nesta data particular do festas e loas ao menino Jesus, com vigência entre o natal
calendário anual, por e os “reis”. Não é fácil
forma a aproveitar uma determinar a origem
época propícia à difusão deste costume, que faz
da boa nova de um natal com que grupos de
cristão. Daí a razão músicos e cantores per-
porque o Natal é uma corram os lugares com
festa que junta ingre- luzernas para assinala-
dientes religiosos e pro- rem a sua presença e a
fanos. A “adoração do sua intenção pacífica.
menino Jesus”, com Ainda não há muitos
missas e presépios, é anos os patrões convi-
acompanhada de lautas davam a tocata para um
consoadas, troca de repasto à base de frutos
prendas, bailes e foguei- secos (nozes, pinhões e
ras. figos) e vinho, frequen-
O epílogo deste ciclo festivo dá-se com a “festa dos temente de grande teor alcoólico (vinho branco, vinho
reis” que, segundo a tradição, seriam Gaspar, Baltasar e fino ou jeropiga), para acudir aos rigores do frio.
Belchior, e que vieram do Oriente adorar o Messias, a Este costume está, contudo, a ser descaracterizado,
quem ofereceram ouro, incenso e mirra. A origem, uma vez que os cantadores de “janeiras” estão a trocar a
número e condição destas figuras é nebulosa, como “ceia das janeiras” por um contributo pecuniário, desa-
nebulosa é a descrição nos textos bíblicos da estrela de parecendo da tradição a sua imensa carga simbólica, isto
Belém. é, o significado da comida natalícia, o canto do renasci-
A astronomia não sabe ainda hoje explicar a natureza mento espiritual e temporal e a razão cosmogónica da
do astro que guiou estes reis magos até à gruta de festa solsticial.
As Janeiras em Alferrarede
Também em Alferrarede são cantadas as Janeiras. Já há alguns anos que
vários grupos as vêm cantando, lutando para que esta tradição não desapa-
reça.
A Juventude Mariana Vicentina é um desses grupos que teimosamente
bate às portas das pessoas da nossa terra, em noites bastante geladas, para
levar o quentinho da tradição e do que é ser comunidade.
Este ano, mais uma vez, esperem por nós que nós apareceremos!
Percurso
António Clemente
– Presidente
No dia 27 de Novembro
de 1830, Nossa Senhora apa-
receu a Santa Catarina de Labouré na Capela da Rue du Bac em Paris, susci-
tando a devoção da Medalha Milagrosa: “Fazei cunhar uma medalha com este
modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças”.
Durante as aparições de 1830, Nossa Senhora também disse a Santa Cata-
rina que queria que se fundasse uma associação de jovens, à qual concederia
muitas graças. Jovens de Maria! Denominação bonita para os milhares de
jovens que, em todo o mundo, formam pequenas comunidades de fé.
Em 1847, o Papa Pio IX aprovou, com carácter universal, esta Associação que se encontra espalhada por quase
todo o mundo.
Com o seu pedido, Maria pretende que os jovens a imitem, conheçam melhor o seu Filho e não sintam
vergonha de se mostrarem cristãos, mesmo em ambientes difíceis.
Com Maria, a JMV aprende a evangelizar, a servir o pobre, a formar uma comunidade cristã, a viver na
pureza de coração e a ser testemunha valente da Sua Fé. Com Maria, caminha-se sempre em segurança.
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Receita de Natal
AZEVIAS
Para a massa:
• 1000g de farinha sem fermento;
• 300g de banha;
• 500g de água;
• 10g de sal;
• Aguardente q.b.;
• 1 gema de ovo.
Para o recheio:
• 1000g de grão cozido;
• 1000g de açúcar;
• 1 pau de canela;
• 1 casca de limão;
• 4 gemas mais cerca de 200g de amêndoa moída (opcional).
Preparação:
Retire a casca ao grão o mais que puder, juntar com o açúcar, pau de canela e casca de limão, leve ao lume e ferva
mais ou menos 1 hora, mexendo sempre para não pegar. Retire do lume, junte as gemas e a amêndoa, e leve nova-
mente ao lume para cozer as gemas. Deixar arrefecer.
Entretanto, prepare a massa: amasse a banha com a farinha até estarem bem misturadas, junte a água aos poucos e
os restantes ingredientes até obter uma massa homogénea (tempo de amassar: cerca de 45 minuto).
Estique a massa, coloque porções de recheio separadas (tipo rissol), dobre e, com a carretilha, corte tipo almofada.
Frite em óleo bem quente e passe por açúcar e canela.
PROPRIEDADE
DA
JUVENTUDE Oração de Natal
MARIANA
VICENTINA
DE
ALFERRAREDE Deus, fiel,
tu enviaste ao mundo o Salvador
como tinhas prometido ao teu povo,
FICHA TÉCNICA e encarregaste-O de reunir na unidade
todos os teus filhos dispersos.
REDACÇÃO
Vogais de Imprensa:
Ele é a tua Palavra viva,
Sofia Aparício
e o que Ele diz é a paz.
Jacinta Mendes
A paz que Tu nos dás através d'Ele,
João Paulo Pedro
Luís Albino e que nos cabe também a nós construir.
Mariana Amaro
Mónica Gaspar Como no tempo de Isaías,
como na época de João Baptista,
COORDENAÇÃO E a voz dos teus profetas
COMPOSIÇÃO insiste connosco para traçar para Ele,
António Clemente nas terras áridas da humanidade de hoje,
um caminho plano: endireitar com a verdade
COLABORADORES as vias tortuosas da mentira,
Restantes elementos do encher com amor os fossos de ódio
grupo JMV de que separam a família humana,
Alferrarede aplanar as montanhas de injustiça
que opõem os homens, dar de novo
a liberdade aos nossos irmãos que defrontam obstáculos
que lhes parecem intransponíveis.
Então a Tua glória revelar-se-á e todos verão
que a boca do Senhor falou.
A justiça caminha à sua frente
e a paz na senda dos seus passos.