Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
554
Vistos.
1058370-58.2014.8.26.0100 - lauda 1
Processo Digital n:
Classe Assunto:
Requerente:
Requerido:
fls. 555
1058370-58.2014.8.26.0100 - lauda 2
escritura definitiva, uma vez que no quitou o valor de R$ 41.815,40. Por fim, impugna a
fls. 556
Processo Civil, haja vista que a questo controvertida nos autos meramente de direito,
mostrando-se, por outro lado, suficiente a prova documental produzida, para dirimir as
questes de fato suscitadas, de modo que despicienda a prova requerida.
Ademais, o E. Supremo Tribunal Federal j de h muito se posicionou no
sentido de que a necessidade de produo de prova em audincia h de ficar evidenciada
1058370-58.2014.8.26.0100 - lauda 3
fls. 557
Conjunto Altos do
fls. 558
objeo de que o dinheiro no pode ser o equivalente da dor, porque se reconhece que,
no caso, exerce outra funo dupla, a de expiao, em relao ao culpado, e a de
satisfao, em relao culpa. (in Obrigaes, 11 ed. Forense, pp. 271/272).
Quanto necessidade de comprovao, importante notar que a
caracterizao do dano moral decorre da prpria conduta lesiva, sendo aferido segundo o
senso comum do homem mdio, conforme leciona Carlos Alberto Bittar:
(...) na concepo moderna da teoria da reparao dos danos morais prevalece,
de incio, a orientao de que a responsabilizao do agente se opera por fora do
simples fato da violao (...) o dano existe no prprio fato violador, impondo a
necessidade de resposta, que na reparao se efetiva. Surge ex facto ao atingir a
esfera do lesado, provocando-lhe as reaes negativas j apontadas. Nesse sentido que
se fala em damnum in re ipsa. Ora, trata-se de presuno absoluta ou iure et de
iure, como a qualifica a doutrina. Dispensa, portanto, prova em contrrio. Com efeito
corolrio da orientao traada o entendimento de que no h que se cogitar de prova
de dano moral. (in Reparao Civil por Danos Morais, Editora Revista dos Tribunais,
2 Ed., pp. 202/204).
Assim, exigvel a outorga da escritura definitiva e havendo a recusa pelas
corrs, entende-se que a indenizao devida.
Resta, por fim, a anlise do quantum indenizatrio.
A dificuldade inerente a tal questo reside no fato da leso a bens
meramente extrapatrimoniais no ser passvel de exata quantificao monetria, vez que
impossvel seria determinar o exato valor da honra, do bem estar, do bom nome ou da dor
suportada pelo ser humano.
No trazendo a legislao ptria critrios objetivos a serem adotados, a
1058370-58.2014.8.26.0100 - lauda 5
fls. 559
BANCOOP e OAS
1058370-58.2014.8.26.0100 - lauda 6
psicolgicas e grau de culpa dos envolvidos o valor deve ser arbitrado de maneira que
fls. 560
1058370-58.2014.8.26.0100 - lauda 7