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F; ALMEIDA, V;
PARKER, R; PIMENTA, C; TERTO JR, V. (orgs.) Homossexualidade: produção
cultural, cidadania e saúde. Rio de Janeiro: ABIA, 2004. (16-33).
Neste texto, o autor apresenta cinco hipóteses para o estudo de como se estrutura a
homossexualidade entre homossexuais, cujas identidades podem ser classificadas
como “discretas”. São elas:
Um indivíduo “identitário” é alguém que considera que ter desejo e/ou relações sexu-
ais e/ou amorosas com alguém do mesmo sexo define, em maior ou menos medida,
sua própria identidade. Tal reconhecimento dá-se perante si mesmo, e pode ou não
ser assumido publicamente, em diferentes níveis.
No que se refere à família, a discriminação sentida aparece mais forte do que a dis-
criminação real. Uma vez superada a discriminação antecipada, ou revelada a identi-
dade homossexual, a atitude da família é geralmente, mas não sempre, de aceitação
ou de tolerância. Porém, na maioria dos casos, se a família sabe, a regra é não falar
disso.
Quanto aos amigos, existem três casos típicos: o dos homossexuais que participam de
um mundo amistoso formado exclusivamente por homossexuais e “mulheres-amigas-
de-gays”; o daqueles que levam uma vida dupla; e o caso minoritário daqueles que se
integram completamente em um mundo de amigos sem distinção de orientação sexu-
al.
Existe uma solidariedade entre homossexuais que os leva a privilegiar os laços sócio-
profissionais com seus pares. Tal solidariedade atravessa vertical e horizontalmente
as clivagens e diferenças sociais.