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SUPERINTENDÊNCIA DE SAÚDE COLETIVA

COORDENAÇÃO DE PROGRAMAS DE DOENÇAS CRÔNICAS


GERÊNCIA DO PROGRAMA DE DIABETES

PROTOCOLO PARA ACOMPANHAMENTO DO PÉ DIABÉTICO

1 – Paciente com Pé de Risco


• Aspectos educativos para o paciente e familiares.
• Revisão freqüente do pé.
• Controle de P.A, glicemia, abandono do tabagismo.
• Acesso garantido em caso de lesão.
• Encaminhamento para a terapia ocupacional em caso de calosidades importantes ou
deformidades ou história de lesão prévia.

2 - Em caso de úlc era, encaminhar para sala de curativo e/ou desbridamento, preencher
ficha própria (Sala de Curativo – Seguimento de Lesões Crônicas dos Membros Inferiores)
e, indicar medidas de alívio de pressão (repouso, uso de bengalas).

2.1 Proposta de Curativo


♦ Anti-sepsia da pele : Clorexidina Tópica
♦ Ação desbridante : Ácidos Graxos + Colagenase
• 1ª cobertura - Ácidos Graxos
• 2ª cobertura – Colagenase
♦ Ação cicatrizante : Ácidos Graxos (manter até a cicatrização plena).

Obs.: A clorexidina deve ser usada somente com a finalidade de reduzir a microbiota da
pele (prevenção de colonização). Não deve ser usada em ferida aberta.
2.2 Sugerimos abolir gradativamente o uso de PVPi Tópico e da Sulfadiazina de Prata no
tratamento de lesões em pé diabético.

3 – Indicações de encaminhamento ao ambulatório de cirurgia vascular


A marcação deverá ser feita por telefone na CAIPE.
3.1 Evidência de isquemia grave (dor em repouso ou claudicação limitante), mesmo na
ausência de úlcera.
3.2 Úlceras em pés com sinais de isquemia.
3.3 Úlceras profundas com sinais de gravidade menor (área de celulite menor que 2cm).
3.4 Necrose seca localizada em pododátilo (Wagner 4).
3.5 Úlceras que não cicatrizam com mais de 4 semanas de acompanhamento em unidade
básica.

4 – Indicações para internação


4.1 Úlceras com sinais de gravidade maior (celulite extensa, abscesso profundo, tendinite,
sinovite, osteomielite – Wagner 3) ou pacientes com sinais de infecção sistêmica.
4.2 Gangrena.
4.3 Necrose seca extensa (Wagner 5).

5 – Rotina de Antibióticos para Infecções em Pé Diabético


(Revisão da S/SSS/CCIH – maio / 2001)

5.1 Lesões superficiais infectadas (Wagner 1)

Cefalexina 500mg via oral de 6/6 horas durante 7 a 14 dias

♦ Disponível nas unidades básicas

5.2 Lesões mais proundas (Wagner 2) com infecção, sem indicação de internação (sem
sinais sistêmicos ou suspeita de osteomielite)

Amoxacilina + Clavulanato de Potássio 500 mg via oral de 8/8 horas durante 14 dias

• Disponível nas unidades, porém preconiza-se um controle do fornecimento na farmácia


( só liberar para uso em infecção em pé diabético )
5.3 Infecções recorrentes em pacientes com internação prévia

Ciprofloxacin 750mg de 12/12 horas durante 14 dias

Atenção: Apenas em infecções recorrentes em pacientes que tenham tido internação


recente.

♦ Este paciente deverá ser agendado em caráter de urgência pela Coordenação de Área de
Planejamento para o ambulatório de cirurgia vascular.
♦ A Ciprofloxacina ficará disponível nas farmácias dos Hospitais, sendo liberada
mediante apresentação da ficha de justificativa de uso de antimicrobianos especiais.

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