Trabalho elaborado para a disciplina de Literatura e Religião do curso de pós-graduação em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Trabalho elaborado para a disciplina de Literatura e Religião do curso de pós-graduação em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Trabalho elaborado para a disciplina de Literatura e Religião do curso de pós-graduação em Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Filosofia. 3. ed. Rio de Janeiro, Agir, 1973. Mendona diz que o homem moderno, atravs de uma conscincia coletiva da noo do que til como critrio de excelncia, est viciado na produtividade e se tornou o que o prprio autor chama de gerao da maquina, este processo se deu por algumas razes. A primeira razo de ordem terica, ao invs de verdades absolutas e estveis, o agnosticismo fundamental do pragmatismo doutrinrio, criou suas prprias verdades em funo da atividade, no se mais possvel distinguir as verdades e suas aplicaes, o homem torna-se criador de suas prprias verdades por suas aes. Uma outra razo de ordem prtica surge quando o advento da mquina trouxe a tona o utilitarismo, o til se tornou critrio por excelncia. O que a primeira vista positivo e traz a ideia de criao e de mudanas constantes se analisado mais de perto se torna um problema pois, segundo o autor, desaparece a ideia de um fim a atingir, porque o meio se tona o fim, o fim se identifica com o meio isso resulta na produo pela produo sem um objetivo concreto a no ser o de produzir, pois produzir bom e til, mas sem uma finalidade especifica o homem moderno se angstia, pois ele no alcana o resultado final dessa produo. Por fim e no menos importantes temos as razes de ordem moral, partindo do principio que a vida se renova e o homem se cria em busca da perfeio, a moral se passa fora do til, pois til a produo e no a perfeio. Isto posto se torna impossvel compreender e aceitar Deus pelo conceito da utilidade, da perspectiva pratica Ele existira apenas para uma questo de sobrevivncia, mas o homem no se resume a isso, ele possui necessidades oriundas de suas relaes externas, a sua existncia ultrapassa a barreira da utilidade, sendo assim preciso compreender as necessidades inteis da vida ldica, esttica, moral, religiosa dentro dessa vida til. Sendo o conceito de til tudo aquilo que tem um fim noutro, e no em si mesmo (Mendona) como ele pode ser o mais importante nessa relao de modernidade se ele necessita do outro para existir ao ponto que o conceito de inutilidade mal interpretado no significa o que no tem finalidade alguma, mas sim que tem a finalidade em si mesmo, o homem tem durante sua existncia atos teis e inteis, a forma como ele vai lidar com esses conceitos que vai determinam se sua existncia autntica ou no. Esse processo fez com que o homem fosse reduzido somente ao critrio do plano til, porm no plano intil necessrio encarar essas esferas do no prtico na vida humana como, por exemplo, o artista, sua arte no tem um para qu uma forma de o artista externar o no rotineiro ou pratico da vida comum, uma possibilidade de despertar os homens automatizados, outro exemplo a Filosofia movido pelo desejo de encontrar uma resposta, que satisfaa a sua disposio inata de perguntar. (Mendona)