Este documento contém uma avaliação em língua portuguesa para o 3o ano do ensino fundamental com 10 questões sobre literatura brasileira. As questões abordam tópicos como a Semana de Arte Moderna, o Modernismo, obras como Fogo Morto e Lucíola, e características da poesia de Gregório de Matos.
Este documento contém uma avaliação em língua portuguesa para o 3o ano do ensino fundamental com 10 questões sobre literatura brasileira. As questões abordam tópicos como a Semana de Arte Moderna, o Modernismo, obras como Fogo Morto e Lucíola, e características da poesia de Gregório de Matos.
Este documento contém uma avaliação em língua portuguesa para o 3o ano do ensino fundamental com 10 questões sobre literatura brasileira. As questões abordam tópicos como a Semana de Arte Moderna, o Modernismo, obras como Fogo Morto e Lucíola, e características da poesia de Gregório de Matos.
Avaliao em lngua portuguesa - 3 ano - Prof JANDERSON
01. (PUCCAMP) Assinale a alternativa em que se encontram
preocupaes estticas da Primeira Gerao Modernista: a) No entrem no verso culto o calo e solecismo, a sintaxe truncada, o metro cambaio, a indigncia das imagens e do vocabulrio do pensar e do dizer. b) Vestir a Ideia de uma forma sensvel que, entretanto, no ter seu fim em si mesma, mas que, servindo para exprimir a Ideia, dela se tornaria submissa. c) Minhas reivindicaes? Liberdade. Uso dela; no abuso. E no quero discpulos. Em arte: escola = imbecilidade de muitos para vaidade dum s. d) Na exausto causada pelo sentimentalismo, a alma ainda tremula e ressoante da febre do sangue, a alma que ama e canta porque sua vida amor e canto, o que pode seno fazer o poema dos amores da vida real? e) O poeta deve ter duas qualidades: engenho e juzo; aquele, subordinado imaginao, este, seu guia, muito mais importante, decorrente da reflexo. Da no haver beleza sem obedincia razo, que aponta o objetivo da arte: a verdade. 02. (PUC-MG) Leia o texto atentamente. Na feira-livre do arrebaldezinho um homem loquaz apregoa balezinhos de cor: - O melhor divertimento para as crianas! Em redor dele h um ajuntamento de menininhos pobres... No caracterstica presente na estrofe acima: a) Valorizao de fatos e elementos do cotidiano. b) Utilizao do verso livre. c) Linguagem despreocupada, sem palavras raras. d) Preocupao social. e) Metalinguagem. 03. A principal caracterstica da prosa modernista da gerao da dcada de 1930 foi: a) o historicismo. b) a pesquisa lingustica. c) a temtica urbana. d) o regionalismo. e) o indianismo 04. Sobre Fogo Morto, correto afirmar que a) o carter estanque de suas partes constitutivas sublinhado pela mudana do foco narrativo em cada uma delas, indo da primeira terceira pessoa narrativas. b) a relativa descontinuidade de sua diviso tripartite contrastada pela recorrncia de temas e motivos internos que atravessam todo o romance. c) o carter descontnuo e inconcluso de seu enredo compensado pelas reflexes do narrador-personagem, que conferem finalizao e acabamento ao romance. d) o carter estanque de sua diviso tripartite , no entanto, convertido unidade pela comunicabilidade e entendimento mtuo das personagens principais. e) a cada uma das classes sociais nele representadas, o romance reserva um estilo de narrar prprio: erudito para os senhores de engenho, oral-popular para as camadas humildes e cangaceiros.
05. A frase que expressa uma relao de semelhana
incorreta (ou falsa) entre as personagens Lula de Holanda e mestre Jos Amaro (Fogo Morto) : a) Os dois tm filhas solteiras, que so profundamente infelizes. b) So homens orgulhosos, com traos de mania de superioridade. c) Um e outro apresentam suscetibilidade e desconfiana exacerbadas. d) Ambos so marcados pela doena, que os expe curiosidade pblica. e) Ambos procuram compensar na religiosidade as infelicidades da vida pessoal. 06. (PUC-RJ) O movimento artstico-literrio que mobilizou parcela significativa da intelectualidade brasileira durante a dcada de 20 e procurou romper com os padres europeus da criao tinha como proposta: I. a tentativa de buscar um contedo mais popular para a problemtica presente nas diferentes formas de manifestao artstica. II. a tentativa de recuperao das idealizaes romnticas ligadas temtica do ndio brasileiro. III. a valorizao do passado colonial, ressaltada a influncia portuguesa sobre a nossa sintaxe. IV. a tentativa de constituio, no campo das artes, da problemtica da nacionalidade, ressaltadas as peculiaridades do povo brasileiro. V. a desvalorizao da problemtica regionalista, contida nas lendas e mitos brasileiros. Assinale: a. se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. b. se somente as afirmativas I e V estiverem corretas. c. se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. d. se somente as afirmativas III e IV estiverem corretas. e. se somente as afirmativas II e V estiverem corretas. 07. (PUCSP) A Semana de Arte Moderna (1922), expresso de um movimento cultural que atingiu todas as nossas manifestaes artsticas, surgiu de uma rejeio ao chamado colonialismo mental, pregava uma maior fidelidade realidade brasileira e valorizava sobretudo o regionalismo. Com isto pode-se dizer que: a. b. c. d. e.
romance regional assumiu caractersticas de exaltao,
retratando os aspectos romnticos da vida sertaneja. a escultura e a pintura tiveram seu apogeu com a valorizao dos modelos clssicos. movimento redescobriu o Brasil, revitalizando os temas nacionais e reinterpretando nossa realidade. os modelos arquitetnicos do perodo buscaram sua inspirao na tradio do barroco portugus. a preocupao dominante dos autores foi com o retratar os males da colonizao.
08. (UFMG) Sobre o adjetivo severina, da expresso Morte e
vida severina que intitula a pea de Joo Cabral de Melo Neto, todas as afirmativas esto certas, exceto: a.
b. c.
Refere-se aos migrantes nordestinos que, revoltados,
lutam contra o sistema latifundirio que oprime o campons. Pode ser sinnimo de vida rida, estril, carente de bens materiais e de afetividade. Designa a vida e a morte dos retirantes que a seca escorraa do serto e o latifndio escorraa da terra.
d. e.
Qualifica a existncia negada, a vida daqueles seres
marginalizados determinada pela morte. D nome vida de homens annimos, que se repetem fsica e espiritualmente, sem condies concretas de mudana.
09. (UFOP) Em relao a Lucola, de Jos de Alencar,
assinale a alternativa incorreta. a) A obra apresenta muito adequadamente o tema da prostituta regenerada, bem ao gosto do Romantismo. b) O narrador tem, alm dos leitores da obra, explicitamente uma interlocutora como personagemleitora. c) A narrativa se constri em dois tempos muito bem marcados: o da vivncia e o da narrao da vivncia. d) A apario de Maria da Glria resolve todos os problemas da personagem Lcia, porque aponta o caminho da expiao da culpa, construindo um final feliz para a narrativa. e) A presena de muitos paradoxos romnticos (virtude x vcio, alma x corpo, amor x prazer, ingenuidade x devassido, famlia x prostituio) possvel perceber nesse romance. 10. (UFOP) Assinale a alternativa incorreta a respeito de Lucola, de Jos de Alencar. a) Paulo como protagonista simultaneamente agente da narrao e objeto da narrativa. b) um romance que apresenta uma pluralidade de olhares narrativos, principalmente na caracterizao da personagem Lcia. c) um romance que traz uma viso alienada da sociedade urbana do Rio de Janeiro, por focalizar unicamente o drama individual da protagonista. d) atravs do distanciamento temporal que a narrativa se torna possvel, pois a narrao ativada pela memria. e) a protagonista construda em dualidade, uma vez que, dissociando corpo e alma, ela tambm tem dois nomes, duas casas, dois estilos de vida.
11. (UFPR) Sobre os romances Lucola, de Jos de Alencar,
e Bom-Crioulo, de Adolfo Caminha, considere as seguintes afirmativas: 1. Nos dois romances, os nomes dos protagonistas so significativos: Lcia, pseudnimo adotado pela brilhante cortes, ofusca a pureza perdida de Maria da Glria; j no caso de Amaro, o apelido Bom-Crioulo irnico, salientando o vis negativo adotado na caracterizao dessa personagem. 2. Em Lucola, busca-se legitimar o comportamento sexual da protagonista por meio de uma motivao ajustada moralidade burguesa do sculo XIX: Lcia inicia-se na prostituio por conta de sua ingenuidade e desamparo, tentando salvar a prpria famlia da misria extrema. 3. Bom-Crioulo estabelece paralelos entre o cativeiro da escravido e aquele representado pela atrao de Amaro por Aleixo: seja na cena do castigo fsico a que Amaro submetido no primeiro captulo, seja nas agruras da personagem ttulo quando, transferido de embarcao, se v afastado de Aleixo. 4. A despeito das diferenas entre Romantismo e Naturalismo, no que se refere ao tratamento das cenas de intimidade sexual, ambos os romances adotam um tom sbrio, com vocabulrio discreto que evita expresses grosseiras do modo a ajustar-se s expectativas do pblico de seu tempo. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1 e 4 so verdadeiras. b) Somente as afirmativas 2 e 3 so verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 so verdadeiras. d) Somente as afirmativas 3 e 4 so verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 so verdadeiras.
12. Considere o soneto a seguir, de Gregrio de Matos:
Descreve com galharda propriedade o labirinto confuso de suas desconfianas caos confuso, labirinto horrendo, Onde no topo luz, nem fio achando; Lugar de glria, aonde estou penando; Casa da morte, aonde estou vivendo! Oh voz sem distino, Babel* tremendo; Pesada fantasia, sono brando; Onde o mesmo que toco, estou sonhando; Onde o prprio que escuto, no o entendo; Sempre s certeza, nunca desengano; E a ambas pretenses com igualdade, No bem te no penetro, nem no dano. s cime martrio da vontade; Verdadeiro tormento para engano; E cega presuno para verdade. *Babel: bblico, torre inacabada por castigo divino; quando de sua construo os homens viram seus idiomas se confundirem, gerando o desentendimento que os obrigou a se dispersarem. Por extenso, desentendimento, confuso. (MATOS, Gregrio de. Poemas escolhidos. Seleo e organizao: Jos Miguel Wisnik. So Paulo: Companhia das Letras, 2010. p. 219.) O soneto transcrito apresenta caractersticas recorrentes da poesia de Gregrio de Matos e do perodo literrio em que ele o escreveu, o Barroco. Acerca desse soneto, correto afirmar: a) O poema descreve um labirinto e, de modo semelhante imagem descrita, utiliza uma linguagem em que a ideia central s se apresenta no fim do texto. b) O poema se apropria de duas imagens, Babel e labirinto, com a inteno de tematizar um sentimento conturbado: a presuno. c) O poema se estrutura como um soneto tpico, em que a ideia central est apresentada no primeiro quarteto. d) As figuras de linguagem utilizadas associam ideias contrrias, o que se contrape s imagens do labirinto e de Babel. e) O poema apresenta nos quartetos duas imagens concretas, dissociadas das abstraes apresentadas nos tercetos 13. Os captulos do romance Inocncia, de Visconde de Taunay, so introduzidos por epgrafes de autores variados, dentre as quais citamos: 1. Semeai promessas; a ningum causam desfalque, e o mundo rico de palavras. / A esperana quando outros nela creem faz ganhar muito tempo. Ovdio, A arte de amar. (Captulo 3) 2. Sganarelo De toda a parte vem gente procurar-me, e, se as coisas continuarem assim, sou de parecer que de uma vez devo dedicar-me Medicina. Acho que de todos os ofcios este o prefervel, porque, ou se faa bem ou mal, sempre no fim h dinheiro. Molire, O mdico fora. (Captulo 3) 3. Onde h mulheres, a se congregam todos os males a um tempo. Menandro. (Captulo 5) 4. Considerai a arte da composio das asas da borboleta: a regularidade das escamas, cobrindo-as, como se fossem penas; a variedade das cambiantes cores; a tromba enrolada, com que suga o alimento no seio das flores; as antenas, rgos delicados do tato, que lhe coroam a cabea cercada de uma rede admirvel de mais de mil e duzentos olhos... Bernardin de SaintPierre, Harmonias da Natureza. (Captulo 21) 5. Eis que vi um cavalo amarelo, e quem o montava era a morte. So Joo, Apocalipse. (Captulo 30) A respeito da relao entre as epgrafes e o texto de Taunay, correto afirmar:
a) As ideias apresentadas pelas epgrafes no so
ensinamentos morais preconizados pelo romance, j que o narrador e a trama romanesca desautorizam ideias como as das epgrafes 2 e 3, que expressam pensamentos de personagens. b) Por causa do dilogo construdo entre a trama romanesca e as epgrafes de autores estrangeiros, o romance de Taunay assume um carter universalizante, o que o distingue dos romances regionalistas, que tratam de questes nacionais. c) As epgrafes trazem para o romance ideias alheias que so discutidas pelos personagens, ao modo dos romances de ideias, nos quais so debatidos fragmentos de discursos de renomados poetas, ficcionistas e filsofos. d) O texto ficcional desenvolve as ideias sugeridas pelas epgrafes: a epgrafe 1 serve de comentrio ao episdio no qual Cirino ilude os padres do Colgio do Caraa, estimulandoos a acreditarem que ele mdico formado. e) O romance dissemina ideias estrangeiras por meio das epgrafes oriundas de diferentes culturas e tambm pelos ensinamentos de Meyer, o naturalista alemo cujas ideias so responsveis por civilizar os personagens sertanejos. 14. - No artigo Velha praga, publicado em 1914, Monteiro Lobato apresenta uma imagem negativa do caipira, que reforada no artigo Urups, que d nome ao livro: Este funesto parasita da terra o CABOCLO, espcie de homem baldio, inadaptvel civilizao, mas que vive beira dela na penumbra das zonas fronteirias. medida que o progresso vem chegando com a via frrea, o italiano, o arado, a valorizao da propriedade, vai ele refugindo em silncio, com o seu cachorro, o seu pilo, a pica-pau e o isqueiro, de modo a sempre conservar-se fronteirio, mudo e sorna. Encoscorado numa rotina de pedra, recua para no adaptar-se. [...] Acampam. Em trs dias uma choa, que por eufemismo chamam de casa, brota da terra como um urup. Tiram tudo do lugar, os esteios, os caibros, as ripas, os barrotes, o cip que os liga, o barro das paredes e a palha do teto. To ntima a comunho dessas palhoas com a terra local, que dariam ideia de coisa nascida do cho por obra espontnea da natureza se a natureza fosse capaz de criar coisas to feias. Barreada a casa, pendurado o santo, est lavrada a sentena de morte daquela paragem. (LOBATO, Monteiro. Urups. Obras Completas de Monteiro Lobato. Vol. 1. So Paulo: Brasiliense, 1948 A respeito da relao entre os contos e os artigos que compem o livro, correto afirmar: a) Os contos de Urups desenvolvem ficcionalmente os temas dos artigos; as personagens centrais so agregados que exaurem a terra at o limite e depois a abandonam. o caso, por exemplo, de Um suplcio moderno, em que se apresenta a rotina do caboclo e de sua famlia. b) Os caipiras de A vingana da peroba no so agregados, mas proprietrios de terras. A oposio entre as duas famlias nesse conto deixa clara a possibilidade do progresso custa do trabalho com a terra, de maneira diferente daquela representada nos artigos. c) As personagens de O comprador de fazendas praticam a queimada e, por isso, no conseguem tornar produtivas as terras da fazenda. Esse conto desenvolve ficcionalmente o tema dos artigos, sobretudo no que diz respeito s relaes entre fazendeiros e agregados.
d) O mundo iletrado dos caipiras destoa do mundo erudito
dos narradores. Serve de exemplo disso o conto Os faroleiros, em que, apesar da ambientao rural, aparecem referncias a escritores como Shakespeare, Kipling e Ibsen. e) O caipira de O engraado arrependido o Jeca Tatu, personagem ignorante e analfabeto que rendeu fama a Monteiro Lobato. Ao ridicularizar o caipira, Lobato depreciava sua cultura, o que fica claro nas referncias que o conto faz por meio das piadas que nele se contam. 15. Ao longo das dcadas de 1820 e 1830, o Brasil firmou acordos internacionais e promulgou leis que declararam extinto o trfico internacional de escravos e declararam livres os negros que entrassem em territrio nacional. A pea Os dois ou o ingls maquinista, escrita e encenada na dcada de 1840, pe em cena a permanncia do comrcio ilegal de escravos e o tratamento dispensado aos negros naquela sociedade. Nessa pea de Martins Pena: a) Mariquinha recebe de presente de seu pretendente um pajem negro. Nessa cena observa-se o esforo desmedido de Negreiro, que capaz de cometer crimes para agradar a sua amada, postura adequada aos padres romnticos. b) Clemncia conseguiu comprar um escravo por intermdio de pessoas influentes. Preocupada com sua imagem na sociedade, ela mantm segredo quanto ao novo escravo, ocultando-o dos frequentadores de sua casa. c) Felcio refere-se a Negreiro como um negociante de meia-cara. A expresso, hoje em desuso, serve para julgar a falta de carter de Negreiro, que usa de mscaras sociais para sustentar uma boa imagem perante a sociedade fluminense. d) o ingls Gainer ameaa denunciar o comrcio ilegal de escravos. Suas ameaas so movidas pelo desejo de afastar da casa de Mariquinha o traficante de escravos, Negreiro, e no por preocupao com o cumprimento da lei. e) personagens negros desempenham papis secundrios, como o preto dos manus, um preto de ganho e os escravos da casa. Relegando-os aos bastidores da ao, o autor deixa entrever o aspecto secundrio do tema da escravido para sua comdia.