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A primeira década do novo milenio está se encerrando.

Para o mundo da música uma década marcante com


certeza. Estamos em uma fase de transição do velho para
um novo formato de comercialização de músicas ainda
incerto.

Afinal, o formato "físico" (cd, dvd, vinil, etc ) ira


sobreviver ? Qual a forma mais correta de se vender
música hoje? digitalmente? Agregá-las a outros produtos
como jogos e celulares, distribuí-las gratuitamente e obter
retorno apenas com os shows ?

No momento são perguntas difíceis de responder. A


indústria fonográfica como um todo, tenta se reinventar
dentro desta nova realidade, além do fato, de constatar,
que também agora não é mais tão fundamental ou
indispensável como foi em décadas
passadas, as gravadoras, publicações especializas, TV e
radio que representavam o elo de ligação entre artista e
público sendo que aos primeiros, salvo os "pré-
fabricados" restavam convencer que seria rentável um
investimento para colocá-los no Showbussiness com uma
serie de qualidades para nós admirá-los, idolatrá-los e
lógico enriquecê-los.

Isto gerava um conforto e muita segurança para se ditar


tendências, artistas, bandas, enfim, formar opiniões a cerca
do que é bom ou ruim em termos de música. Não que isso
não seja possível mais, esta mesma industria de
outrora, assiste hoje uma transformação que parecia
improvável pra não dizer impossível, com o salto dos
avanços tecnológicos e da comunicação das últimas
décadas criaram-se ferramentas que proporcionaram uma
liberdade de expressão artística e acessibilidade sem
precedentes e irreversível, o que antes podia se obter por
meio de um bom marketing ( leia-se jabá ) hoje está a um
clique do público de forma independente através de blogs,
twitter, site hospedeiros, trocas de arquivo, etc, dando
maior liberdade e opção ao público para escolha do seu
artista preferido sem que lhe preestabeleçam isto, podemos
citar uma dezena de casos de artista que saíram do
anonimato ao estrelato de forma independente, sem passar
pelo filtro da industria nesta útima década, esta relação
direta e democrática entre artista e público é o que há de
mais revolucionário e marcante na música nesta década
pois, este cenário onde a industria é coadjuvante seria algo
inimaginável, ou utópico melhor dizendo, até bem pouco
tempo atrás.

Vejo isto com bons olhos pois esta liberdade traz uma
maior pluralidade, identidade e criatividade artística ao
meio, cabendo ao fã da boa musica a luz do seu senso
crítico destacar aquilo que lhe agrada mais.

Assim como também é inocência hoje imaginar que


futuramente irá acabar a industria, e nem poderia pois ela
também é parte do todo que faz da música um espetáculo
único e enquanto houver o Show heverá o Bussiness mas
não resta duvida de que se transformará em algo mais
dinâmico, flexível, capaz de acompanhar a velocidade das
mudanças contemporâneas, bem longe da zona de conforto
e privilégios do passado... vida longa ao mundo da
musica, The Show Most Go on !!!

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