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Legislaç

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2009

Legislação
Legislação do turismo de natureza
Neste trabalho irá ser elaborado um resumo sobre a legislação do
turismo de natureza, mostrando todos os passos para abrir uma
casa de natureza

Escola Secundária Sebastião e Silva

Escola Secundária Sebastião e Silva


Professora Joana Costa
Inês Pinheiro nº5 12ºN
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Introdução

Os espaços naturais surgem cada vez mais, no contexto internacional e


nacional, como destinos turísticos. As áreas protegidas são, deste modo,
locais privilegiados como novos destinos turísticos, para responder a outros
tipos de procura, dispondo a prática de actividades ligadas ao recreio, ao
lazer e ao contacto com a natureza e às culturas locais, transmitindo um
sentido e noção de único e de identidade de espaço que vão espalhando por
todo o nosso território.

Sendo assim, o turismo de natureza é uma vertente na actividade turística


no nosso país e temos que assegurar a regulamentação necessária à
compatibilização com a preservação dos valores naturais e com as
premissas do desenvolvimento local sustentável. No entanto, é necessária
uma promoção flexível e adequada, não pondo em causa a rentabilidade e a
preservação da natureza ou construídas no âmbito de um turismo
sustentável.

O desenvolvimento turístico não pode deixar de gerar uma dependência


excessiva do património natural, conduzindo a uma concentração em zonas
sobrecarregadas e um incremento na indústria paralela, travando a
qualidade, desvirtuando preços, aumentado a sazonalidade da oferta e
inviabilizando a sustentabilidade entre a actividade turística e a protecção
ambiental.

Capitulo1
1- Disposições gerais
1.1- Noções

Turismo de natureza é o produto turístico composto por estabelecimentos,


actividades e serviços de alojamento e animação turística e ambiental em
zonas integradas na rede nacional de áreas protegidas. Desenvolve-se
segundo diversas modalidades de hospedagem, de actividades e serviços
complementares de animação ambiental. Este tipo de turismo compreende
os serviços de hospedagem prestados em:
a) Casas e empreendimentos turísticos de turismo no espaço rural;
b) Casas de natureza nas seguintes modalidades:
b.a) Casas – abrigo (serviço de hospedagem prestado a turistas em
casas recuperadas a partir do património do Estado);
b.b) Centros de acolhimento (casas construídas de raiz ou adaptadas a
partir de edifício existente);
b.c) Casas-retiro (casas recuperadas, mantendo o carácter genuíno da
sua arquitectura).
No turismo de natureza as actividades de animação ambiental (entende-se
por animação ambiental a que é desenvolvida tendo como suporte o
conjunto de actividades, serviços e instalações para promover a ocupação
dos tempos livres dos turistas e visitantes através do conhecimento dos
valores naturais e culturais próprios da área protegida) nas modalidades de:
a) Animação (é um conjunto de actividades que se traduzam na
ocupação dos tempos livres dos turistas e visitantes, permitindo a
diversificação da oferta turístico);

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b) Interpretação ambiental (é uma actividade que permite ao visitante o


conhecimento global do património que caracteriza a área protegida);
c) Desporto de natureza (consideram-se actividades de desporto de
natureza todas as que sejam praticadas em contacto directo com a
natureza).

1.2 Instalações

As instalações devem integrar-se de modo adequado nas áreas onde se


situam, de forma a preservar, recuperar e valorizar o património
arquitectónico, histórico, ambiental e paisagístico.

Entende-se por casas de natureza as casas integradas em áreas protegidas,


com destino a proporcionar uma renumeração, hospedagem e que
contribuam para criar um produto integrado de valorização turística e
ambiental das regiões onde se insiram.

Capitulo 2
2- Competências
2.1- Direcção-geral de turismo

Compete à direcção-geral do turismo dar parecer, no âmbito dos pedidos de


informação prévia, sobre a possibilidade da construção de casas de
natureza; dar aparecer sobre os projectos de arquitectura das casas de
natureza; Autorizar as obras a realizar no interior destas; Vistoriar as casas
de natureza, para efeitos da sua classificação, revisão da mesma ou
desclassificação como casas de natureza; e aprovar o nome e a
classificação destas natureza.

2.2- Órgãos municipais

Compete aos órgãos municipais prestar informação prévia sobre a


possibilidade de instalação de casas de natureza; Licenciar a construção das
casas de natureza; Promover a vistoria das casas, já equipadas em
condições de iniciar a sua actividade, para efeitos da emissão da licença de
utilização turística para turismo de natureza; Aprender o alvará e
determinar o consequente encerramento destas casas turísticas, visto que a
licença esteja caducada.

2.3- Instituto da conservação da natureza

Compete ao instituto da conservação da natureza acompanhar e assegurar


a uniformidade do processo de implementação do turismo de natureza; Dar
parecer, no âmbito dos pedidos de informação prévia, sobre as iniciativas
da instalação das casas de natureza e das actividades de animação
ambiental.

Capitulo 3
3- Da instalação das casas de natureza
 Instalação

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Considera-se instalação de casas de natureza o licenciamento da


construção e ou da utilização de edifícios destinados ao funcionamento
daquelas casas.

 Regime aplicável

Quando se prevê obras de urbanização, aplica-se o regime de licenciamento


previsto na lei geral para essa realidade.

Os pedidos de informação prévia e de licenciamento relativos à instalação


de casas de natureza devem ser instruídos com os elementos constantes:
As plantas à escala de 1:25000 ou de 1:1000, referentes è localização da
casa; Fotografias, no formato 20 cm * 25 cm do interior e exterior da espaço
em si; Documentos respeitantes às características históricas,
arquitectónicas, ambientais e paisagísticas da região; Plantas da edificação
ou edificações existentes.
Este requerimento deve constar os seguintes elementos:
a) O nome e o domicílio do requerente, a indicação da qualidade de
proprietário, usufrutuário, locatário, titular do direito de uso e
habitação, cessionário de exploração ou comodatário;
b) A escritura de constituição da sociedade;
c) A denominação a atribuir à casa ou ao empreendimento;
d) A localização e a descrição das casas e seus logradouros e das
propriedades;
e) A descrição sumária dos acessos rodoviários, dos transportes
públicos, dos serviços médicos e de primeiros socorros e dos
estabelecimentos de restauração;
f) A enumeração e a descrição dos quartos e das restantes divisões;
g) A indicação do número de telefone da casa, quando exigível;
h) A enumeração dos serviços a prestar, quando exigível;
i) O período ou períodos de abertura anual;
j) A indicação das línguas estrangeiras faladas pelo requerente;
k) A identificação dos equipamentos de animação e desportivos ou
outros de interesse cultural e recreativo.
Os estudos e projectos das casas de natureza devem ser subscritos por
arquitecto ou por arquitecto em colaboração com engenheiro civil.

3.2- Pedido da informação prévia

Qualquer interessado pode requerer à câmara municipal informação prévia


sobre a possibilidade de instalar uma casa de natureza e quais os
respectivos condicionamentos urbanísticos.

 Consulta à direcção-geral do turismo

Quando esta deve parecer sobre o licenciamento da construção das casas


de natureza, a câmara deve consultar a entidade do pedido prévio,
remetendo-lhe a documentação necessária no prazo de 8 dias após a
recepção. Sendo assim, a direcção-geral tem que verificar os seguintes
aspectos:

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a) A adequação das casas de natureza projectada para o uso


pretendido;
b) O cumprimento das normas estabelecidas;
c) A apreciação da localização das casas de natureza;
Após estas verificações a direcção-geral do turismo deve pronunciar-se no
prazo de 30 dias a contar da data de recepção da documentação, enquanto
que, o prazo para a deliberação da câmara municipal sobre esse pedido
conta-se a partir da data da recepção do parecer.

 Consulta ao instituto da conservação da natureza

Quando o instituto da conservação da natureza emitir o parecer sobre o


licenciamento da construção das casas de natureza, a câmara municipal
deve consultar a entidade para apreciação do pedido de informação prévia,
remetendo-lhe no prazo de oito dias após a recepção do suposto
requerimento. Este parecer destina-se: Verificar se as casas de natureza
localizam-se em áreas protegidas e apreciar se os serviços de hospedagem
contribuem para a criação de um produto integrado.

Este instituto deve-se pronunciar no prazo de 30 dias a contar da data da


recepção da documentação.

3.3- Licenciamento da construção


 Parecer da direcção-geral do turismo

A câmara municipal aprova o projecto de arquitectura destas casas, caso a


direcção-geral do turismo parecer. Sendo assim, a direcção-geral do turismo
juntamente com o parecer, aprova o nome da casas, fixa a capacidade
máxima e aprova a classificação que pode atingir. Esta direcção deve
pronunciar-se no prazo de 30 dias a contar da data da recepção.

 Parecer desfavorável

A direcção-geral do turismo pode emitir um parecer desfavorável com o


fundamento na inadequação da casa. Caso não as utilize como pretendido:
Se verificarem a existência de industrias, actividades ou locais poluentes,
ruidosos ou incómodos nas proximidades; Quando não forem preservadas
as condições naturais ou paisagísticas; Quando não existirem vias de acesso
acessíveis; quando as estruturas hospitalares ou assistência médica forem
insuficientes ou não existirem; e quando estiverem localizados em
estruturas urbanas degradadas.

Caso a direcção-geral do turismo tiver posse dos elementos que podem


conduzir a um parecer desfavorável, podem comunicar directamente com o
interessado, e este no praxo de 8 dias pode, por escrito, pronunciar-se de
forma fundamentada.

Depois a direcção irá intervir numa comissão composta por todos os


organismos necessários. Onde esta irá pronunciar-se no praxo de 15 dias
após o despacho. Por ultimo, quando a direcção-geral do turismo determinar
enviará o parecer à câmara municipal no praxo de 30 dias.

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Estas alterações devem ser modificadas depois no projecto de arquitectura.

 Parecer do instituto da conservação da natureza

A aprovação pela câmara municipal também carece do parecer do instituto


da conservação da natureza, se este não tiver pronunciado no âmbito do
pedido de informação prévia.

 Obras não sujeitas a licenciamento municipal

Carece de autorização da direcção-geral do turismo as obras (esta


autorização deve ser emitida no prazo de 30 dias a contar da data de
recepção da documentação e a direcção deve dar conhecimento à câmara
municipal para efeito do seu averbamento ao alvará da licença de utilização
turística para casas de natureza) a realizar no interior das casas da
natureza, quando não sujeitas a licenciamento municipal, desde que: se
destinem a alterar a classificação ou a capacidade máxima das casas ou
sejam susceptíveis de prejudicar os requisitos mínimos exigíveis para a
classificação das casas.

3.4- Licenciamento de utilização


 Utilização turística para casas de natureza

O funcionamento das casas de natureza depende apenas da licença de


utilização turística para casas de natureza. Esta licença destina-se a
comprovar a observância das normas relativas às condições sanitárias e de
saúde pública.

 Emissão da licença

Concluída a obra e equipada a casa em condições de iniciar o seu


funcionamento, o interessado pede à câmara a licença de utilização turística
para casas de natureza dos edifícios novos, reparados, reconstruídos,
ampliados ou alterados.

A emissão da licença (no prazo de 15 dias a contar dão aceite da vistoria) é


sempre precedida por uma vistoria, que se deve realizar num prazo de 30
dias a contar da data da apresentação do requerimento. Esta vistoria é
efectuada através de uma comissão composta por vários elementos
necessários. Depois de procederem à vistoria, elaboram um auto,
entregando uma cópia ao requerente; caso a vistoria seja desfavorável, não
pode ser emitida a licença de utilização turística para casas de natureza.

 Deferimento tácito

A falta de notificação no praxo de 23 dias a contar da data da realização da


vistoria ou do termo do prazo para a sua realização vale como deferimento
tácito do pedido de licença de utilização turística para casas de natureza.

 Alvará
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O alvará de licença deve especificar:


a) A identificação da identidade exploradora da casa de natureza;
b) O nome da casa;
c) A classificação provisoriamente aprovada pela direcção-geral do
turismo;
d) A capacidade máxima da casa provisoriamente fixada pela direcção.
Este alvará é aprovado por portaria conjunta dos membros do governo
responsáveis pelas áreas do planeamento e administração do território e do
turismo.

 Alteração da licença

Caso a licença tiver alguma alteração carece de parecer à direcção-geral do


turismo e do instituto da conservação da natureza com as necessárias
alterações, desde que esta alteração não implique grandes obras.

 Licença caducada

A licença de utilização turística para casas de natureza caduca quando:


a) Se a casa não iniciar o seu funcionamento no prazo de um ano após a
data de emissão da licença;
b) Se a casa se mantiver encerrada por período superior a um ano,
excepto por motivos de obras;
c) Quando seja casa tiver uma utilização diferente da respectiva licença;
d) Se não requerida a aprovação da classificação da casa;
e) Quando, por qualquer motivo, a casa não puder ser classificada ou
manter a classificação de casa de natureza.
Sendo a licença caducada, a casa é seguidamente encerrada.

3.5- Classificação
 Vistoria por efeitos de classificação

A vistoria realizada pela direcção-geral do turismo destina-se a verificar a


observância das normas e dos requisitos relativos à classificação
pretendida. Esta vistoria deve realizar-se no prazo de 45 dias a contar da
data de apresentação do comprovativo do pagamento das taxas e é
efectuada por uma comissão composta por vários elementos importantes
para o efeito.

Depois de proceder à vistoria, a comissão referida no número anterior


elabora o respectivo auto, do qual deve constar a capacidade máxima da
casa, devendo entregar uma cópia ao requerente (participa na vistoria, mas
sem direito a voto).

 Classificação

No prazo de 15 dias a contar da realização da vistoria ou, mesmo não tendo


havido vistoria, a direcção-geral do turismo deve aprovar a classificação da
casa e fixar a respectiva capacidade máxima. Quando não coincidem com a

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classificação ou a capacidade provisórias, a decisão deve ser


fundamentada.

A classificação atribuída a uma casa pode ser revista se se verificar a


alteração dos pressupostos que a determinaram ao abrigo das normas e dos
requisitos ou se o interessado não realizar as obras ou não eliminar as
deficiências.

 Recurso hierárquico facultativo

Quando o interessado não concorde com a classificação ou a capacidade


máxima atribuídas pela direcção-geral do turismo, pode interpor recurso
hierárquico para o membro do governo responsável pela área do turismo.
Logo que o recurso é interposto, o membro do governo determina a
intervenção através de uma comissão.

A comissão emite um parecer sobre o recurso no prazo de 30 dias a contar


da data do despacho da sua constituição.

 Dispensa de requisitos

Os requisitos podem ser dispensados caso a sua estrita observância


comprometer a rendibilidade da casa ou for susceptível de afectar as
características arquitectónicas ou estruturais dos edifícios que sejam
classificados a nível nacional, regional ou local ou possuam reconhecido
valor histórico, arquitectónico, artístico ou cultural. Pode ainda ser
concebida a projectos reconhecidamente inovadores e valorizantes da
oferta turística.

Capitulo 4
4- Exploração e funcionamento
4.1- Regime de exploração das casas de natureza

A exploração de casa de natureza deve ser da responsabilidade de uma


única entidade. As casas-abrigo e as casas-retiro só podem ser exploradas
pelo instituto da conservação da natureza, pelas autarquias locais, por
associações de desenvolvimento local, por pessoas singulares ou por
sociedades familiares. Porém, os centros de acolhimento apenas podem ser
explorados pelo instituto da conservação da natureza e pelas comissões
directivas das áreas protegidas.

4.2- Denominação dos empreendimentos

A denominação das casas de natureza inclui obrigatoriamente a referência à


modalidade a que as mesmas pertencem. Estas não podem funcionar com
denominação diferente da aprovada pela direcção-geral do turismo ou pelo
presidente da câmara municipal, sugerir uma classificação que não lhe
caiba ou características que não possuam, nem usar nomes iguais ou por tal
forma semelhantes a outros já existentes ou requeridos que possam induzir
em erro ou serem susceptíveis de confusão.

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4.3- Referência à classificação e à capacidade

Em toda a publicidade, correspondência, documentação e em toda a


actividade externa da casa de natureza não podem ser sugeridas
características que esta não possua, sendo obrigatória a referência à
classificação aprovada. Nos anúncios ou reclamos instaladas nas próprias
casas de natureza pode constar apenas o seu nome.

4.4- Estado das instalações e do equipamento

As casas de natureza e outras instalações onde se desenvolva o turismo de


natureza devem ser mantidas em boas condições e em perfeito estado de
conservação e higiene, devem estar dotadas dos meios adequados para
preservação dos riscos de incêndio. Visto isso, a direcção-geral do turismo
pode determinar a reparação das deteriorações e avarias verificadas.

4.5- Deveres dos proprietários

Os proprietários da casa de natureza está impedido de:


a) Alterar a estrutura externa ou o aspecto estético exterior;
b) Utilizar para fim diverso do autorizado;
c) Realizar ou permitir a realização de actividades susceptíveis de
perturbar a tranquilidade dos hóspedes ou adulterar as
características do serviço, salvo se os hóspedes participarem nas
mesmas;
d) Praticar quaisquer actos ou realizar obras que afectam a continuidade
e a unidade urbanística da casa ou prejudicar a implantação dos
respectivos acessos;
e) Permitir a hospedagem de um número de pessoas superior à
capacidade autorizada para a casa.

4.6- Deveres dos hóspedes

Os hóspedes devem pautar o seu comportamento pelas regras de cortesia e


urbanidade, pagar pontualmente as facturas relativas aos serviços que
forem prestados e cumprir as normas de funcionamento privativas da casa.
Os hóspedes devem ainda abster-se de:
a) Penetrar as áreas de acesso vedado;
b) Cozinhar nas salas dos quartos, salvo se estes dispuserem de
equipamento eléctrico para o fazer;
c) Fazer lume nos quartos, excepto se os mesmos dispuserem de
lareira;
d) Alojar terceiros sem autorização do responsável pela casa;
e) Fazer-se acompanhar de animais, excepto se para tal estiverem
autorizados.
Os hóspedes são responsáveis pelos danos que casem à casa e ao seu
equipamento e mobiliário.

4.7- Acesso às casas de natureza

O acesso às casas de natureza são livres, no entanto pode ser recusado o


acesso ou a permanência nas casas destinadas ao serviço de hospedagem a
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quem não cumprir os deveres enunciados ou perturbe o ambiente familiar e


a normal prestação do serviço.

4.8– Serviço

A entidade exploradora das casas de natureza pode contratar com terceiros


a prestação de serviços próprios da casa, mantendo-se responsável pelo
seu funcionamento e o cumprimento das normas.

4.9- Facturação e pagamento dos serviços

Todos os serviços prestados nas casas de natureza devem ser facturados


discriminadamente, visto que pode ser exigido o pagamento antecipado.

Capitulo 5
5- Fiscalização e sanções
5.1- Competência de fiscalização

Compete à direcção-geral do turismo:


a) Fiscalizar o cumprimento do disposto no presente diploma e seus
regulamentos relativamente a todas as casas de natureza;
b) Conhecer das reclamações apresentadas sobre o funcionamento e o
serviço das casas de natureza;
c) Proceder à organização e instrução dos processos referentes às
contra-ordenações previstas no presente diploma e seus
regulamentos.

Compete às câmaras municipais fiscalizar o estado das construções e as


condições de segurança de todos os edifícios das casas de natureza.

Compete ao Instituto da conservação da natureza:


a) Fiscalizar o cumprimento do disposto do presente diploma que regula
as actividades de animação ambiental;
b) Proceder à organização e instrução dos processos referentes às
contra-ordenações previstas no diploma que regula as actividades de
animação ambiental.

5.2- Serviços de inspecção

No âmbito da sua actividade de inspecção, a direcção-geral do turismo pode


recorrer a entidades públicas ou a entidades privadas acreditadas junto
desta nas áreas dos serviços, equipamentos e infra-estruturas existentes
nas casas de natureza.

5.3- Livro de reclamações

Em todas as casas de natureza deve existir um livro destinado aos utentes


para que estes possam formular observações e reclamações. Esta deve ser
obrigatória e imediatamente facultado ao utente que o solicite.

5.4- Período de funcionamento

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As casas devem estar abertas ao público durante, pelo menos, seis meses
por ano.

5.5- Contra-ordenações

Existem contra-ordenações e caso o proprietário não cumpra com as


normas e os regulamentos terá de pagar, como punição, coimas com um
determinado valor (dependendo da gravidade da negligência).

5.6- Sanções acessórias

Em função da gravidade podem ser aplicadas as seguintes sanções


acessórias:
a) Apreensão do material através do qual se praticou a infracção;
b) Suspensão, por um período ate dois anos, do exercício da actividade
directamente relacionada com a infracção praticada;
c) Encerramento da casa de natureza.
Quando for aplicada a sanção acessória de encerramento da casa de
natureza, o presidente da câmara municipal deve apreender o respectivo
alvará de licença de utilização para casas de natureza pelo período de
duração daquela sanção.

A aplicação das coimas e das sanções acessórias previstas no presente


diploma e nos regulamentos da competência da direcção-geral do turismo,
é exercida pela mesma; se for da competência do instituto da conservação
da natureza, é exercida pela mesma; e se for da competência da câmara
municipal, é exercida pela mesma.

5.7- Embargo, demolição ou interdição de utilização

Os presidentes das câmaras municipais são competentes para embargar e


ordenar a demolição das obras realizadas em violação do disposto diploma
e nos regulamentos, por sua iniciativa ou mediante comunicação da
direcção-geral do turismo, consoante o caso, sem prejuízo das
competências atribuídas por lei a outras entidades.

No caso de interdição de utilização, a direcção-geral do turismo é


competente para determinar a interdição temporária da utilização de partes
individualizadas, instalações ou equipamentos das casas de natureza, pelo
seu deficiente estado de conservação ou pela falta de cumprimento, sejam
susceptíveis de pôr em perigo a saúde pública ou a segurança dos utentes.

Capitulo 6
6-Disposições finais e transitórias
6.1- Registo

É organizado o registo central de todas as casas de natureza nos termos a


estabelecer em portaria do membro do governo responsável pela área do
turismo. As entidades exploradoras das casas de natureza devem
comunicar à direcção-geral do turismo a alteração de qualquer dos
elementos do registo.
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Sendo assim, a direcção-geral do turismo, em colaboração com o instituto


da conservação da natureza, providenciará no sentido de garantir um
sistema de informações eficaz.

6.2- Placa identificadora

O modelo da placa identificadora do turismo de natureza e das modalidades


de alojamento e animação ambiental é aprovado por portaria conjunta dos
membros do governo responsáveis pelas áreas do turismo e do ambiente.
Sendo obrigatório a afixação desta.

6.3- Dinamização e apoio

Os ministérios da economia e do ambiente, nomeadamente através dos


seus serviços regionais e dos órgãos regionais ou locais de turismo,
Bibliografia
dinamizarão acções de divulgação do turismo de natureza e prestarão
apoio técnico à formulação e apresentação do requerimento, como os
necessários ao licenciamento da construção e da utilização, bem como das
actividades de animaçãoImagens:
ambiental do presente diploma.
www.google.com
6.4- Regiões Autónomas
Informação
O regime previsto no presente diploma é aplicável à Regiões Autónomas
dos Açores e da Madeira.
http://www.turismodeportugal.pt/P
Conclusão ortugu
%c3%aas/conhecimento/legislaca
o/Pages/Legislacao.aspx
Nas informações de carácter geral relativas às casas de natureza e aos
serviços que nelas são oferecidas devem ser usados os sinais normalizados
constantes de tabela a aprovar por portaria do membro do governo
responsável pela área do turismo.

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