Este documento discute a estabilidade no emprego garantida às gestantes brasileiras de acordo com a Constituição. A estabilidade é assegurada desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, e se aplica independentemente do conhecimento do empregador sobre a gravidez. A dispensa sem justa causa durante esse período implica na reintegração ou indenização, com exceções como incompatibilidade entre as partes. O direito à estabilidade não pode ser renunciado pela gestante.
Este documento discute a estabilidade no emprego garantida às gestantes brasileiras de acordo com a Constituição. A estabilidade é assegurada desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, e se aplica independentemente do conhecimento do empregador sobre a gravidez. A dispensa sem justa causa durante esse período implica na reintegração ou indenização, com exceções como incompatibilidade entre as partes. O direito à estabilidade não pode ser renunciado pela gestante.
Este documento discute a estabilidade no emprego garantida às gestantes brasileiras de acordo com a Constituição. A estabilidade é assegurada desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto, e se aplica independentemente do conhecimento do empregador sobre a gravidez. A dispensa sem justa causa durante esse período implica na reintegração ou indenização, com exceções como incompatibilidade entre as partes. O direito à estabilidade não pode ser renunciado pela gestante.
Uma das medidas de proteo gestante a estabilidade no emprego a que tem
direito por fora do disposto no art. 10, II, b, do ADCT, que declara que fica vedada a dispensa arbitrria ou sem justa causa da gestante, desde a confirmao da gravidez at cinco meses aps o parto. A estabilidade no emprego garantidas s gestantes urbanas e rurais e, nos termos do art. 4-A da Lei n. 5.859/72, tambm s empregadas domsticas. Em relao ao termo final do perodo de estabilidade assegurada empregada gestante, o constituinte adotou um critrio objetivo que no gera dvida, bastando que se contem cinco meses aps a ocorrncia do parto. No entanto, em relao ao termo inicial da perodo estabilitrio, a previso de confirmao da gravidez gerou muita discusso e divergncia tanto doutrinrio como jurisprudencial. De um lado, a corrente que sustenta ser a confirmao da gravidez um ato formal a ser praticado pela empregada gestante, que deve comunicar e comprovar ao empregador que est grvida; no cumprindo essa formalidade, inexistiria o direito estabilidade. De outro lado, outra corrente sustenta a desnecessidade de qualquer comunicao da gravidez ao empregador, tendo em vista que o direito estabilidade fundamenta-se na teoria do risco objetivo, na teoria do risco social e, principalmente, na proteo maternidade. A jurisprudncia, porm, foi se pacificando, adotando o entendimento no sentido de que o desconhecimento do estado de gravdico pelo empregador no afasta o direito ao pagamento da indenizao decorrente da estabilidade (Smula 244, TST). O TST assumiu posio convergente com a corrente doutrinria que afirma que a reparao proveniente da dispensa imotivada da empregada gestante se impe, independentemente do conhecimento pelo empregador, do estado de gravides da trabalhadora. A responsabilidade patronal, no caso, parte de um dado objetivo, constituindo a gravidez um risco empresarial assumido pelo empregador ao firmar contrato de trabalho com uma mulher. O desconhecimento da gravidez pela prpria empregada no momento da dispensa tambm no impede o reconhecimento do direito estabilidade. O que importa que a empregada esteja grvida no momento da extino do contrato de trabalho. A dispensa sem justa causa da empregada gestante implica, em princpio, na sua reintegrao ao emprego. No entanto, a garantia de emprego gestante s autoriza a reintegrao se esta se der durante o perodo da estabilidade. Do contrrio, a garantia restringe-se aos salrios e demais direitos correspondentes ao perodo da estabilidade (Smula 244, II, TST). Mesmo durante o perodo da estabilidade, pode o juiz converter a reintegrao em indenizao correspondente, nas seguintes hipteses: a) Quando o empregador se recusar a reintegrar a empregada; b) Quando haja comprovada incompatibilidade entre as partes; c) Quando haja outro motivo justificvel.
A estabilidade assegurada empregada gestante admitida mediante contrato de
trabalho tempo indeterminado (Smula 244, III, TST). Em relao ao incio da gravidez no curso do aviso prvio, a jurisprudncia do TST vem se sedimentando na sentido de que a estabilidade ser assegurada gestante. No caso de aborto espontneo, o entendimento do TST tem sido no sentido de que, tendo sido interrompida a gravidez por aborto no criminoso, a empregada faz jus ao reconhecimento do direito estabilidade somente em relao ao perodo em que esteve grvida, com o limite do art. 395 da CLT, ou seja, at o trmino do perodo de licena de duas semanas assegurado por tal dispositivo legal. Na hiptese de morte da criana aps o parto, o direito estabilidade garantido at o quinto ms aps o parto. No h nessa hiptese antecipao do termo ad quem da estabilidade. Com a previso do art. 10, II, b, do ADCT, a estabilidade da gestante, como um dos aspectos da proteo maternidade, foi erigida condio garantia constitucional, tornando-se irrenuncivel pela trabalhadora. Nem mesmo clusula de conveno ou acordo coletivo de trabalho pode conter previso de renncia ao direito da gestante estabilidade no emprego, sendo nula a previso nesse sentido em clusula normativa. (OJ SDC 30, TST).