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Ano I • Nº 7 • Dez 1999/Jan 2000 • R$ 5,00

www.embalagemmarca.com.br

perspectivas
Capa impressa na Gráfica Melhoramentos com papel Metalpel 153g/m2 Metalizado Prata fornecido pela Málaga

setor espera maior


integração no próximo ano

entrevista: graham wallis • documento especial: design


Carta do editor
Parece que será melhor
U m ano atrás, pre­via-se
algo pró­xi­mo ao caos
para o Bra­sil em 1999.
la­gem no ano que co­me­ça.
Du­ran­te qua­ren­ta dias, a
equi­pe de Emb ­ al
­ ag
­ em­
Além des­se ser­vi­ço, a edi­
ção traz a co­ber­tu­ra es­pe­
cial de três even­tos re­la­ti­
Como sem­pre é pos­sí­vel Marc ­ a con­sul­tou de­ze­nas vos à im­por­tân­cia da em­ba­
que as coi­sas se­jam pio­res, de pro­fis­sio­nais de em­pre­ la­gem e de ati­vi­da­des a ela
con­clui-se que o ano não foi sas en­vol­vi­das com a ca­deia ligadas para o bom de­sem­
de todo mau. Isso não se de em­ba­la­gem para co­le­tar pe­nho ge­ral dos pro­du­tos.
deu por mi­la­gre, mas gra­ças da­dos, opi­niões e su­ges­tões Es­ses even­tos, rea­li­za­dos
a mui­to tra­ba­lho da so­cie­ que pu­des­sem ser trans­for­ em Por­to Ale­gre, São Pau­lo
da­de – em­pre­sas, tra­ba­lha­ ma­dos em ma­te­rial de e Belo Ho­ri­zon­te, fo­ram
do­res em ge­ral e até os apoio ao se­tor em seu pla­ apoia­dos ofi­cial­men­te por
mi­lhões de de­sem­pre­ga­dos ne­ja­men­to e no dia-a-dia Emb ­ al
­ ag
­ em­Marc ­ a.
for­mais. Es­tes, ao en­con­tra­ do pró­xi­mo ano. Ao en­cer­rar-se o ano, re­gis­
rem for­mas al­ter­na­ti­vas de Não pre­ten­demos fa­zer tro os agra­de­ci­men­tos da
pro­ver o seu sus­ten­to, con­ pre­vi­sões in­fa­lí­veis. Se equi­pe ao apoio re­ce­bi­do
so­mem e, as­sim, aju­dam a con­se­guir­mos dar al­gu­mas do se­tor, nas mais va­ria­das
gi­rar a roda da pro­du­ção. di­cas úteis fi­ca­re­mos sa­tis­ for­mas, de­se­jan­do a to­dos
É com base numa das pon­ fei­tos. E alegra-nos dizer um 2000 re­ple­to de bons
tas des­se tri­pé – a das que, segundo a opinião da ne­gó­cios e de ale­gria na
em­pre­sas – que ten­ta­mos maioria dos entrevistados, vida pes­soal.
nes­ta edi­ção traçar pers­pec­ apa­ren­te­men­te 2000 vai ser
ti­vas para a ca­deia de em­ba­ me­lhor que 1999. Wilson Palhares
Ano I • Nº 6 • Novembro 1999 • R$ 5,00

Espaço aberto
w w w.embalagemmarca.com.br

Mar­ca é a prin­ci­pal fon­te de in­for­


ma­ção em ní­vel na­cio­nal para o
E m nome da As­so­cia­ção dos Pro­
fis­sio­nais em De­sign do Rio Gran­
nos­so de­par­ta­men­to de cria­ção e de do Sul, vi­mos agra­de­cer pelo
de­sign. Apro­vei­tan­do, gos­ta­ria de apoio ao I Se­mi­ná­rio de Em­ba­la­
in­for­mar que na re­por­ta­gem “As gem Apde­sign, rea­li­za­do no dia 18
for­mas do per­fu­me bra­si­lei­ro” de no­vem­bro em Por­to Ale­gre.
(Emb ­ al
­ ag
­ em­Marc­ a nº 4), as tam­ Lu­cia­no Deos
pas da deo-co­lô­nia Mu­lher, feitas Pre­si­den­te
para Água de Chei­ro, são de mi­nha Apde­sign
cria­ção. Por­to Ale­gre – RS
Mar­cos Eu­gê­nio Vega
R
REFRESCOS EM PÓ AVANÇAM • GERENCIAMENTO LOGÍSTICO EM TRANSPORTES

De­sig­ner e­cen­te­men­te, tive a opor­tu­ni­


TME Plás­ti­cos da­de de co­nhe­cer Em­ba­la­gem­

T ra­ba­lho na área de mar­ke­ting


fa­zen­do aná­li­ses de mer­ca­do. São T
São Pau­lo – SP

ra­ba­lho com de­sign há seis anos


Mar­ca. Fi­quei mui­to sur­pre­so
com a qua­li­da­de, com o con­teú­do e
com a dia­gra­ma­ção bas­tan­te agra­
tra­ba­lhos para uso in­ter­no e que nos e gos­to mui­to do site de vo­cês. Leio dá­vel. Per­ce­bo que a re­vis­ta me
aju­dam a acom­pa­nhar as mo­vi­men­ to­das as re­por­ta­gens. man­te­rá atua­li­za­do quan­to às ten­
ta­ções e ten­dên­cias que ocor­rem Ali­ne Bit­ten­court dên­cias de mer­ca­do e ino­va­ções
nos di­ver­sos se­to­res da nos­sa eco­ Di­re­to­ra de arte téc­ni­cas.
no­mia. Para isso, pre­ci­sa­mos ler Pro>Tar­get Co­mu­ni­ca­ção e Dou­glas Ale­xan­der Fer­ro
mui­to e es­tar cons­tan­te­men­te atua­ Mar­ke­ting Di­re­tor téc­ni­co
li­za­dos e su­pri­dos com in­for­ma­ Por­to Ale­gre – RS La­bo­ra­tó­rio Na­cio­nal
ções. Na­ve­gan­do pela in­ter­net, des­
co­bri a re­vis­ta Emb ­ al
­ ag
­ em­Marc ­ a, É ex­tre­ma­men­te gra­ti­fi­can­te para
Cos­me­cêu­ti­co
Goiâ­nia – GO
e não foi pre­ci­so mui­to para sa­ber
que esta pu­bli­ca­ção será uma ex­ce­
len­te fon­te de in­for­ma­ções que
nós, pro­fis­sio­nais do ramo de em­ba­
la­gem, de­pa­rar­mos com uma re­vis­
ta que, além de abor­dar ma­té­rias
E mbalagemMarca é realmente
muito interessante. Acho impor­
mui­to aju­da­rão no de­sen­vol­vi­men­ atuais com um en­fo­que mer­ca­do­ló­ tante para um profissional da área
to de nos­sos tra­ba­lhos. gi­co mo­der­no, nos cau­sa pra­zer, de marketing como eu.
Pau­lo Nul­li pois sua lin­gua­gem é sim­ples, mas Deise Lopes Corrêa
As­sis­ten­te de mar­ke­ting com con­teú­do den­so. Pro­fis­sio­nais Consultora de Marketing
TV Glo­bo Ltda como vo­cês fa­zem a di­fe­ren­ça. Telefônica Celular
São Pau­lo – SP Mi­guel As­co­li Neto São Paulo – SP

R e­ce­bi mais uma edi­ção de


Em­ba­la­gem­Mar­ca. É lin­da. Pa­ra­
Di­re­tor In­dus­trial
La­bel­tech Ró­tu­los
Ja­gua­riú­na – SP
Q ue vo­cês con­ti­nuem sem­pre
as­sim. As ma­té­rias são óti­mas, não
béns.
Bia Ban­sen
Diretora
N ós, que fa­ze­mos a rc Me­ne­ses,
es­ta­mos fe­li­zes em po­der re­ce­ber
têm que mu­dar em nada. Eu ado­ro
a re­vis­ta Emb
­ al
­ a­gem­Mar­ca.
Aglais Ca­ti­ni
Bansen & Associados Em­ba­la­gem­Mar­ca com to­das as Só­cia-pro­prie­tá­ria
São Pau­lo – SP in­for­ma­ções pre­cio­sas para o nos­so Ca­ti­ni & Ca­ti­ni

P a­ra­béns pela pu­bli­ca­ção, mui­to


bem ela­bo­ra­da e de bom gos­to.
cres­ci­men­to.
Rob­ney Cos­ta Me­ne­ses
Di­re­tor ge­ral A
Ma­rí­lia - SP

do­rei a re­vis­ta e o site de


Ubi­ra­tan Cas­ta­nha rc Me­ne­ses Em­ba­la­gem­Mar­ca. Vo­cês es­tão de
Cas­ta­nha Pho­to De­sign For­ta­le­za – CE pa­ra­béns.

P
São Pau­lo – SP

a­ra­béns à Em­ba­la­gem­Mar­ca
F oi com mui­ta sa­tis­fa­ção que
re­ce­bi a edi­ção de no­vem­bro da
Cris­tia­ne Ara­ka­ki
De­sig­ner grá­fi­ca
NTI
pelo ex­ce­len­te con­teú­do edi­to­rial e re­vis­ta Em­ba­la­gem­Mar­ca. Fi­quei Bra­sí­lia – DF
vi­sual. É fá­cil per­ce­ber que se tra­ta
de uma re­vis­ta sé­ria, com a pro­pos­
ta de in­for­mar com qua­li­da­de e res­
mui­to im­pres­sio­na­do com a qua­li­
da­de e va­rie­da­de das ma­té­rias con­
tidas nessa edição.
M ais uma vez elo­gio Em­ba­la­
gem­Mar­ca, pois como pa­re­ce ela
pon­sa­bi­li­da­de seus lei­to­res so­bre Ro­ber­to Cal­das está se tor­nan­do um exem­plo em
tudo o que se re­fe­re a em­ba­la­gem, HAQQ De­sign ma­té­ria de as­sun­tos re­la­ti­vos a
mar­ca e de­sign. Hoje, Emb ­ al
­ ag
­ em­ Rio de Ja­nei­ro – RJ em­ba­la­gem e de­sign. Na edi­ção de

4 – embalagemmarca • dez 1999/jan 2000


no­vem­bro (nº6) a ma­té­ria de ró­tu­los da gar­ra­fa de 600ml co­me­mo­ra­ti­va
Brahma do ano 2000
foi gra­ti­fi­can­te. Os ró­tu­los per­so­ni­ da pas­sa­gem do ano 2000. A Isa­
fi­cam os pro­du­tos e agem como
in­du­to­res de ações de es­co­lha.
Mau­ri­cio Ca­mim Fi­lho
A Lu­mi­pack re­pre­sen­ta fa­bri­
can­tes de ma­te­riais de em­ba­la­gens
mar ga­nhou essa con­cor­rên­cia e
ini­ciou o for­ne­ci­men­to de 4
mi­lhões de uni­da­des na me­ta­de de
Téc­ni­co de Em­ba­la­gem Se­nior para as in­dús­trias ali­men­tí­cia, cos­ no­vem­bro, jun­ta­men­te com três
Na­tu­ra mé­ti­ca e far­ma­cêu­ti­ca. Den­tre equi­pa­men­tos com­pos­tos de tú­nel
São Pau­lo – SP es­sas em­pre­sas, re­pre­sen­ta­mos a e es­tei­ra para apli­ca­ção, na uni­da­

H á tem­pos es­pe­ro uma re­vis­ta


como esta, uma vez que sei o quan­
Isa­mar Shrink Films & Systems,
da Ar­gen­ti­na, que pro­duz fil­mes
de de La­ges (SC) da cer­ve­ja­ria.
Para nos­sa sur­pre­sa en­con­tra­mos
po­lio­le­fí­ni­cos, PVC fle­xí­vel e na edi­ção nº 6 da re­vis­ta uma
to ain­da es­ta­mos ca­mi­nhan­do na
tam­bém slee­ves, além de equi­pa­ reportagem men­cio­nan­do a Slee­
di­fu­são de em­ba­la­gens mais for­tes.
Pa­ra­béns pelo ex­ce­len­te tra­ba­lho. men­tos para apli­ca­ção des­ses ver In­ter­na­tio­nal como for­ne­ce­do­
Es­pe­ro que con­ti­nuem man­ten­do a ma­te­riais. Es­ses slee­ves são co­nhe­ ra des­ses slee­ves para a Brah­ma, o
qua­li­da­de. ci­dos hoje no Bra­sil em fun­ção de que efe­ti­va­men­te não ocor­reu.
Pery P. Pe­dro um tra­ba­lho ár­duo de di­vul­ga­ção, Gos­ta­ría­mos que hou­ves­se um
Es­tu­dan­te in­cluin­do a par­ti­ci­pa­ção em gran­ es­cla­re­ci­men­to na pró­xi­ma edi­ção,
Esalq – USP des con­cor­rên­cias. com o mes­mo des­ta­que que foi
Pi­ra­ci­ca­ba – SP Uma des­sas con­cor­rên­cias foi na dado à ma­té­ria do nº 6. Caso não

S e­nhor edi­tor: Foi uma agra­dá­vel


sur­pre­sa re­ce­ber­mos Em­ba­la­gem­
Brah­ma, para for­ne­cer o slee­ver haja es­pa­ço su­fi­cien­te, quem ti­ver
dú­vi­das por es­cla­re­cê-las no te­le­
fo­ne (11) 885-7406. Apro­vei­to
Marc ­ a, já no seu 6º nú­me­ro. Ex­ce­
para trans­mi­tir mi­nha ad­mi­ra­ção
len­te qua­li­da­de edi­to­rial, com vi­sual
por sua co­ra­gem em ini­ciar uma
e lei­tu­ra bas­tan­te agra­dá­veis, ma­té­
rias atuais e de gran­de in­te­res­se em­prei­ta­da, bem su­ce­di­da, do por­
prá­ti­co – cer­ta­men­te será de gran­de te de Emb ­ al
­ ag
­ em­Marc ­ a, que traz
va­lia para mui­tas em­pre­sas. Vo­tos ma­té­rias ex­ce­len­tes e uma apre­
de su­ces­so, vei­cu­lan­do esse seg­ sen­ta­ção pri­mo­ro­sa.
men­to que tem mui­to ain­da a cres­ Ed­ward Ber­gel
cer no Bra­sil. Pa­ra­béns! Lu­mi­pack Re­pre­sen­ta­ções
José Car­los Riz­zie­ri São Pau­lo, SP
Di­re­tor
Grá­fi­ca Rami A in­for­ma­ção di­vul­ga­da na edi­
São Paulo – SP
ção nº 6 foi dada pela Slee­ver
G os­ta­ria de pa­ra­be­ni­zar a re­vis­ta
Em­ba­la­gem­Mar­ca, que tan­to aju­
In­ter­na­tio­nal, se­gun­do ele num
mo­men­to em que a con­cor­rên­cia
da os es­tu­dan­tes de de­sign. es­ta­va em an­da­men­to.
Ali­ne Al­ves
Mensagens para EmbalagemMarca
Estudante
Ma­naus – AM Redação: Rua Arcílio Martins, 53

C
Chácara Santo Antonio
om mui­ta sa­tis­fa­ção to­ma­mos CEP 04718-040
São Paulo, SP
co­n he­c i­m en­t o des­t a ex­c e­l en­t e
Fax: (011) 5181-6533
pu­bli­ca­ção. Nossa empresa repre­
E-mail:
senta alguns fabricantes de equi­ redacao@embalagemmarca.com.br
pamentos, como, por exemplo,
máquinas enchedoras, enxaguado­ As men­sa­gens re­ce­bi­das por car­ta,
ras, tampadoras, mixers, carbon­ e-mail ou fax po­de­rão ter tre­chos não
atadores, paletizadoras e transpor­ es­sen­ciais eli­mi­na­dos, em fun­ção do
tadores pneumáticos. es­pa­ço dis­po­ní­vel, de modo a dar o
Décio Vital maior nú­me­ro pos­­sí­vel de opor­­tu­ni­da­
Sócio Gerente des aos lei­to­res. As men­sa­gens po­de­
Vital Engenharia e Representação rão tam­­bém ser in­se­ri­das na home
page de Em­ba­la­gem­Mar­ca
São Bernardo do Campo – SP

dez 1999/jan 2000 • embalagemmarca – 5


dez 1999/jan 2000
Diretor de Redação
Wilson Palhares
palhares@embalagemmarca.com.br

6
Reportagem ENTREVISTA:
redacao@embalagemmarca.com.br GRAHAM WALLIS
Diretor da Datamark
Flávio Palhares, Guilherme Kamio, aponta as principais
Leandro Haberli,Thays Freitas
tendências de uso
Colaboradores de embalagens
Adélia Borges, Fernando Barros,

13 36
Josué Machado, Liliam Benzi, PERSPECTIVAS 2000
Luiz Antonio Maciel, Maria Clara de Maio LOGÍSTICA
Um serviço que mostra Uso de satélites de
Diretor de Arte possíveis caminhos do rastreamento e novas
Carlos Gustavo Curado setor e as expectativas tecnologias de
dos profissionais da informação fazem uma
Administração
Marcos F. Palhares (Diretor) cadeia de embalagens revolução no setor de
Eunice Fruet (Financeiro) para o ano que começa transporte de cargas

48
Departamento Comercial
comercial@embalagemmarca.com.br EVENTOS 2000
José Carlos Pinheiro, Sílvia Sala, Calendário com os
Wagner Ferreira principais congressos,
Circulação e Assinaturas
feiras e seminários que
assinaturas@embalagemmarca.com.br ocorrerão no Brasil e no
Cesar Torres exterior no próximo ano
Público-Alvo

50
Em­ba­la­gem­Mar­ca é di­ri­gi­da a pro­fis­sio­nais que
ALMANAQUE
ocu­pam car­gos téc­ni­cos, de di­re­ção, ge­rên­cia Fatos curiosos do
e su­per­vi­são em em­pre­sas for­ne­ce­do­ras, con­ mundo da embalagem
ver­te­do­ras e usuá­rias de em­ba­la­gens para
alimentos, be­bi­das, cos­mé­ti­cos, me­di­ca­men­
tos, ma­te­riais de lim­pe­za e home ser­vi­ce, bem
como pres­ta­do­res de ser­vi­ços re­la­cio­na­dos
com a ca­deia de em­ba­la­gem. A re­vis­ta é dis­
tri­buí­da gra­tui­ta­men­te a ór­gãos go­ver­na­men­
tais, uni­ver­si­da­des, cen­tros de pes­qui­sa, as­so­ DOCUMENTO
cia­ções, im­pren­sa e agên­cias de propaganda.

Fotolito
Novo Fotolito
23 Cobertura especial de
três eventos ligados a
design de embalagem e
sua função vendedora
Impressão Porto Alegre
Novo Fotolito
Caminhos para evitar
Tiragem atritos entre as partes
6 000 exemplares envolvidas em projetos
São Paulo
EmbalagemMarca
é uma publicação mensal da Um debate sobre como E MAIS
Bloco de Comunicação Ltda. dinamizar o mercado Carta do Editor ......................... 3
Rua Arcílio Martins, 53 – Chácara Santo Belo Horizonte ESPAÇO ABERTO ........................... 4
Antonio - CEP 04718-040 - São Paulo, SP
Além do visual, projetos
Tel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463 DISPLAY ........................................ 40
de embalagem devem
COMO ENCONTRAR .................... 49
www.embalagemmarca.com.br levar em conta a função
ilustração de capa: editoria de arte
O con­teú­do edi­to­rial de Em­ba­la­gem­Mar­ca é
res­guar­da­do por di­rei­tos au­to­rais. Não é per­
mi­ti­da a re­pro­du­ção de ma­té­rias edi­to­riais
pu­bli­ca­das nes­ta re­vis­ta sem au­to­ri­za­ção da
Blo­co de Co­mu­ni­ca­ção Ltda. Opi­niões ex­pres­
sas em ma­té­rias as­si­na­das não re­fle­tem
ne­ces­sa­ria­man­te a opi­nião da re­vis­ta.
ENTREVISTA

Mudanças a caminho sa de em­ba­la­gens. Gran­de par­te


do tra­ba­lho foi gas­to para aten­der
a um exi­gên­cia já co­mum, na épo­
ca, em em­pre­sas es­tran­gei­ras:
in­for­ma­ções de mer­ca­do, sua
di­men­são, quem com­pra, quem
for­ne­ce, qual o po­ten­cial de cres­
ci­men­to, qual o ta­ma­nho da con­
cor­rên­cia – en­fim, da­dos ca­pa­zes
de orien­tar a ação. Es­pe­cial­men­te,
fal­ta­vam da­dos so­bre o mun­do da
em­ba­la­gem. Ao ter­mi­nar seu con­
tra­to, em 1969, Wal­lis não vol­tou
para a In­gla­ter­ra. Per­ce­beu que o
su­pri­men­to de in­for­ma­ções des­se
tipo num mer­ca­do com o po­ten­
cial do bra­si­lei­ro po­de­ria ser um
ex­ce­len­te ne­gó­cio.
O pri­mei­ro tra­ba­lho que de­sen­
vol­veu, como pres­ta­dor de ser­vi­
ço, foi para a Gessy Le­ver e cen­
trou-se prin­ci­pal­men­te em dis­tri­
bui­ção. Mais tar­de, de­sen­vol­veu
ou­tro, para a BAT – Bri­tish Ame­
foto: andré godoy

ri­can To­bac­co, da qual a Sou­za


Cruz é sub­si­diá­ria no Bra­sil.
Fo­ram duas opor­tu­ni­da­des de

H
co­nhe­cer o país in­tei­ro e ca­rac­te­
rís­ti­cas de mui­tos de seus mer­ca­
oje, quan­do uma em­pre­ dos re­gio­nais. Em 1982, já com
GRA­HAM WAL­LIS, sa es­tran­gei­ra quer se ex­pe­riên­cia acu­mu­la­da de no­vos
di­re­tor da Da­ta­mark, ins­ta­lar no Bra­sil, tem à tra­ba­lhos que iam sen­do en­co­
dis­po­si­ção uma quan­ti­ men­da­dos, Wal­lis re­sol­veu fun­dar
es­pe­cia­li­za­da em da­de ex­pres­si­va de a Da­ta­mark In­tel­li­gen­ce Bra­zil.
es­tu­dos de mer­ca­do da­dos con­fiá­veis so­bre De uma pe­que­no es­cri­tó­rio que no
as di­men­sões dos mais va­ria­dos pri­mei­ro ano se lan­çou ao tra­ba­
so­bre pro­du­tos de seg­men­tos de mer­ca­do, so­bre lho de co­le­tar, ta­bu­lar, com­pa­rar
con­su­mo, faz pre­vi­ há­bi­tos de con­su­mo e so­bre vo­lu­ – ma­nual­men­te – as re­la­ções en­tre
mes de pro­du­ção e de uso de for­ne­ce­do­res e usuá­rios de em­ba­
sões so­bre ten­dên­ em­ba­la­gens. Prin­ci­pal­men­te nes­ta la­gem no Bra­sil, a Da­ta­mark se
cias de uso de em­ba­ úl­ti­ma área, a exis­tên­cia de in­for­ trans­for­mou numa em­pre­sa es­pe­
ma­ções far­tas e boas se deve em cia­li­za­da em in­for­ma­ções e edi­
la­gem às vés­pe­ras do boa par­te à ini­cia­ti­va de Gra­ham ção de es­tu­dos de mer­ca­do so­bre
pró­xi­mo mi­lê­nio. Em Wal­lis, um es­co­cês for­ma­do em em­ba­la­gens e pro­du­tos de con­su­
Ciên­cias Na­tu­rais na Uni­ver­si­da­ mo. Hoje to­tal­men­te in­for­ma­ti­za­
al­gu­mas áreas, como de de Edim­bur­go. da, a em­pre­sa está pre­sen­te na
Em 1966, ele veio ao Bra­sil com a In­ter­net, onde aca­ba de lan­çar um
a de dis­tri­bui­ção, ele
mis­são de ins­ta­lar no país uma ser­vi­ço de in­for­ma­ções on-line, o
an­te­vê uma re­vo­lu­ção sub­si­diá­ria de uma em­pre­sa in­gle­ Bra­z il Fo­c us, em seu web­si­te.

8 – embalagemmarca • dez 1999/jan 2000


Os se­to­res ana­li­sa­dos pela em­pre­ não con­si­ga cum­prir pra­zos, como vo­lu­mes em que o vi­dro pre­do­mi­
sa abran­gem des­de o au­to­mo­ti­vo e no caso de pa­ga­men­tos de pen­sões na, que é o de cer­ve­ja. O ano
o ele­troe­le­trô­ni­co até os de ali­ de apo­sen­ta­dos. Mas não será 2000 po­de­rá ser o ano em que se
men­tos, be­bi­das e cos­mé­ti­cos, nada como pos­si­vel­men­te ocor­re­ con­so­li­da­rá o uso de em­ba­la­gens
pas­san­do por li­nha bran­ca e ou­tros. rá em paí­ses da Áfri­ca ou na Rús­ de PET para cer­ve­ja?
Sua abran­gên­cia ex­tra­po­lou o ter­ sia. O Bra­sil, de modo ge­ral, está Acho que ain­da é cedo. Esse es­for­
ri­tó­rio na­cio­nal, pas­san­do a atin­gir relativamente bem pre­pa­ra­do para ço é mui­to gran­de nos Es­ta­dos
ou­tros mer­ca­dos da Amé­ri­ca do en­fren­tar essa si­tua­ção. Na minha Uni­dos. Lá, como aqui, exis­tem
Sul. É apoia­do nes­se ban­co de previsão, a maio­ria das gran­des mui­tas em­pre­sas com ca­pa­ci­da­de
da­dos cons­truí­do em qua­se duas em­pre­sas não de­ve­rá en­fren­tar para pro­du­zir esse va­si­lha­me.


dé­ca­das que Gra­ham Wal­lis faz, pro­ble­mas. Mas, tam­bém lá como aqui, um
nes­ta en­tre­vis­ta, al­gu­mas pre­vi­ dos en­tra­ves à ado­ção do PET
sões so­bre as prin­ci­pais ten­dên­ para cer­ve­ja é a preo­cu­pa­ção com
cias de uso de em­ba­la­gem às vés­ a re­ci­cla­gem, que é di­fí­cil por­que
pe­ras do novo mi­lê­nio. Há notícias em ge­ral as em­ba­la­gens são mul­ti­
de que mais de ca­ma­das, fei­tas de ma­te­riais di­fe­
O que uma em­pre­sa for­ne­ce­do­ra, ren­tes e até de cores diferentes. Os
trans­for­ma­do­ra ou usuá­ria de uma vidraria estaria materiais ne­ces­si­tam ser se­pa­ra­
em­ba­la­gens deve con­si­de­rar como interessada em dos para poderem ser reciclados.
prin­ci­pais ten­dên­cias no ano – ou
sé­cu­lo, ou mi­lê­nio, como mui­tos produzir PET, Pro­gra­mas efi­ca­zes de re­ci­cla­gem
pre­fe­rem – que se ini­cia? po­de­rão tra­zer be­ne­fí­cios con­cre­
como forma de
Num pri­mei­ro mo­men­to, acho que tos para al­guns ma­te­riais ou pro­
es­sas em­pre­sas já de­vem es­tar recuperar mercados du­tos? Por exem­plo: se os fa­bri­
sen­do atin­gi­das pela con­jun­tu­ra can­tes de um de­ter­mi­na­do ma­te­
que o vidro perdeu,
re­la­cio­na­da com esse mo­men­to rial re­ci­cla­rem a maior par­te das
meio es­pe­cial do ca­len­dá­rio. Acre­ sobretudo em em­ba­la­gens des­car­ta­das isso


di­to que os pe­di­dos de cer­tos se­to­ po­de­rá re­fle­tir-se em con­quis­ta de
res au­men­ta­ram, tal­vez de­vi­do à
produtos bem ima­gem que se tra­du­za em mais
preo­cu­pa­ção com pos­sí­veis di­fi­ populares ven­das?
cul­da­des de iní­cio de ano. Isso Teo­ri­ca­men­te, sim. Mas, no fi­nal
po­de­rá tor­nar um pou­co ne­ga­ti­vo das con­tas, o que man­da nes­sas
o co­me­ço do ano, por­que as com­ Com base no es­trei­to con­ta­to que coi­sas é o es­for­ço de mar­ke­ting
pras já fo­ram fei­tas an­te­ci­pa­da­ o se­nhor e sua equi­pe têm com das em­pre­sas de cer­ve­jas e re­fri­ge­
men­te, em 1999. em­pre­sas dos mais va­ria­dos seg­ ran­tes e o cus­to do pro­du­to fi­nal. É
men­tos, foi pos­sí­vel de­tec­tar al­gu­ pre­ci­so de­fi­nir se o cus­to da em­ba­
Uma das pos­sí­veis di­fi­cul­da­des a ma ten­dên­cia de uso de em­ba­la­ la­gem pesa ou não. En­tão, é uma
que o se­nhor se re­fe­re se­ria o bug gens no ano ano que vem? de­ci­são das em­pre­sas de be­bi­das,
do mi­lê­nio? Ten­dên­cias de uso de em­ba­la­gem mui­to mais do que das em­pre­sas
No meu en­ten­di­men­to, a che­ga­da não ocor­rem de um dia para o de em­ba­la­gens. Va­mos ima­gi­nar o
do mi­lê­nio re­pre­sen­ta aci­ma de ou­tro. É uma coi­sa que vem de se­guin­te: se um for­ne­ce­dor ven­de
tudo um ex­ce­len­te mar­ke­ting. lon­ge, vem cres­cen­do. Mas ou­vi­ uma lata de cer­ve­ja por 13 cen­ta­
Nada vai mu­dar tan­to. O pró­prio mos de mais de uma em­pre­sa de vos de dó­lar e re­duz o pre­ço para
bug do mi­lê­nio não é nada de vi­dro que há in­te­res­se em pro­du­zir 9 cen­ta­vos de dó­lar, isso fará gran­
mais. A maio­ria das pes­soas, in­di­ PET, como for­ma de re­cu­pe­rar de di­fe­ren­ça para o con­su­mi­dor
vi­dual­men­te, não vai ser atin­gi­da mer­ca­dos que o vi­dro per­deu, fi­nal? O que faz di­fe­ren­ça para ele
por ele. Tal­vez um ou ou­tro ban­co, so­bre­tu­do em pro­du­tos bem po­pu­ é se a cer­ve­ja­ria vai fa­zer um
em­pre­sas de ele­tri­ci­da­de e abas­te­ la­res. es­for­ço de mar­ke­ting para este ou
ci­men­to de água que não con­se­ aque­le pro­du­to, ou se está dis­pos­ta
gui­rem co­lo­car as coi­sas em or­dem Foi o caso de re­fri­ge­ran­tes. Ago­ra a re­ver a ta­be­la de pre­ços, como
para o mo­men­to da pas­sa­gem dos há um es­for­ço mui­to gran­de dos for­ma de in­cen­ti­var um pro­du­to
dí­gi­tos 99 para 00 sin­tam o pro­ fa­bri­can­tes de PET para en­trar em vez de ou­tro. Isso tem mui­to
ble­ma. Pode ser que o go­ver­no em ou­tro mer­ca­do de gran­des mais for­ça do que uma re­du­ção

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mí­ni­ma no pre­ço da em­ba­la­gem. A cer­ve­jas é prin­ci­pal­men­te o mo­de­ ge­ran­tes não é su­fi­cien­te a pon­to
em­ba­la­gem é o pre­sun­to no meio lo ame­ri­ca­no. Não vejo mui­to de jus­ti­fi­car sua ado­ção de for­ma
do san­duí­che, fica prensada. Mas in­te­res­se por aço. mais am­pla.
ela tem peso re­la­ti­va­men­te pe­que­
no no custo final dos produtos, Mes­mo ape­sar do pre­ço me­nor? O que se tem no­ta­do é o cres­ci­
ex­ce­to no caso do alu­mí­nio. O in­ves­ti­men­to em in­fra-es­tru­tu­ra men­to acen­tua­do do uso de em­ba­
é maior para o aço. Essa é uma la­gens fle­xí­veis. Essa ten­dên­cia
Mas o que se ouve di­zer mui­to é ati­vi­da­de que exi­ge ca­pi­tal. O aço vai pros­se­guir no pró­xi­mo ano?
que os pre­ços so­bem por cau­sa tem um com­po­nen­te mui­to in­te­ Esse é o mer­ca­do! As em­ba­la­gens
dos cus­tos das em­ba­la­gens. res­san­te: as apa­ras e o re­fil pra­ti­ fle­xí­veis vão ser cada vez mais
Isso aca­ba acon­te­cen­do com ca­men­te não têm va­lor, ao pas­so do­mi­nan­tes. Só para dar idéia: em


em­pre­sas pe­que­nas, que têm di­fi­ que o re­fil do alu­mí­nio tem va­lor 1998 o con­su­mo de fle­xí­veis no
cul­da­des maio­res para ajus­tar as mui­to alto para a re­ci­cla­gem. Bra­sil foi de 340 000 to­ne­la­das,
coi­sas. Elas são for­ça­das a acei­tar in­cluin­do to­das as em­ba­la­gens
au­men­tos de pre­ços de um lado e As embalagens com mais de um com­po­nen­te,
rea­jus­tes ne­ga­ti­vos de ou­tro em como la­mi­na­dos, co-ex­tru­da­dos e
flexíveis vão ser domi-
ter­mos de em­ba­la­gem fi­nal. Essa é pro­du­tos tipo Te­tra Pak, que tam­
uma di­fi­cul­da­de. Mas, em com­pa­ nantes. O sopro do bém são es­tru­tu­ras fle­xí­veis e se
ra­ção com o es­for­ço representado com­pa­ram, por exem­plo, com
filme vem sendo sub-
pelo ato de jo­gar 200 mi­lhões de plás­ti­cos em ge­ral, cujo con­su­mo
dó­la­res em mar­ke­ting de um pro­ stituído pela calandra- foi de 1 mi­lhão de to­ne­la­das. Com­
du­to, isso não é nada. Acho que pa­ran­do os va­lo­res: o va­lor des­sas
são duas coi­sas di­fe­ren­tes e que é
gem, que dá um 340 000 to­ne­la­das é qua­se 2,3
um ab­sur­do com­pa­rá-las. É cla­ro produto mais bi­lhões de dó­la­res, en­quan­to o
que todo mun­do quer em­ba­la­gem va­lor de 1 mi­lhão de to­ne­la­das de
mais eco­nô­mi­ca, mais efi­cien­te, regular. Alguns micra plás­ti­co é 2,7 bi­lhões de dó­la­res.
mais pro­du­ti­va. Mas, no fim das a mais na espessura


con­tas, ela tem efei­to li­mi­ta­do no Isso pa­re­ce in­di­car ape­nas que os
cus­to to­tal. significam jogar fle­xí­veis são mais ca­ros.
dinheiro fora Em ter­mos de va­lor é evi­den­te que
O se­nhor se re­fe­riu ao pre­ço da é um va­lor mais alto. Acon­te­ce que
em­ba­la­gem de alu­mí­nio. Em For­ eu posso, por exem­plo, re­du­zir a
ta­le­za, a Me­ta­lic, do gru­po Vi­cu­ es­pes­su­ra de uma lâ­mi­na de alu­mí­
nha, está for­ne­cen­do la­tas de aço Quem pro­duz as la­tas é um trans­ nio numa em­ba­la­gem com­pos­ta.
para re­fri­ge­ran­tes e cer­ve­jas, for­ma­dor. Ele con­si­de­ra es­ses Com uma es­tru­tu­ra mais fina, mais
prin­ci­pal­men­te para em­pre­sas do fa­tos. Além dis­so, nas li­nhas de leve, o pre­ço cai. Os com­po­nen­tes
Nor­des­te do país, como al­ter­na­ti­ en­chi­men­to todo lote de la­tas que da em­ba­la­gem fle­xí­vel são com­
va ao alu­mí­nio. Essa em­ba­la­gem che­ga pre­ci­sa de ajus­tes nas pra­dos por qui­lo, mas o ren­di­men­
tem con­di­ções de se con­so­li­dar no má­qui­nas. Isso com­pli­ca, di­fi­cul­ta to se dá por me­tro. Tor­nan­do os
Bra­sil? as ven­das. O fa­bri­can­te pode pro­ com­po­nen­tes mais fi­nos e mais
O vo­lu­me for­ne­ci­do é re­la­ti­va­ du­zir mais ba­ra­to, mas cada vez le­ves ob­tem-se mais ren­di­men­to.
men­te pe­que­no, cer­ca de 5% no que en­tra um lote na fá­bri­ca é pre­ Que­ro lem­brar que vem se re­gis­
to­tal do mer­ca­do de la­tas. A lata de ci­so reor­ga­ni­zá-la toda, ajus­tar tran­do no Bra­sil uma ten­dên­cia de
aço aten­de mui­to bem o mer­ca­do to­das as má­qui­nas. Se for se ajus­ subs­ti­tui­ção do sis­te­ma de so­pro
da re­gião, mas vai ser mui­to di­fí­cil tar to­das as má­qui­nas a cada cin­co do fil­me para o sis­te­ma de ca­lan­
jus­ti­fi­car o trans­por­te de uma lata mi­nu­tos, vão se per­der tan­tas ho­ras dra­gem. Nes­te se ob­tém um fil­me
de For­ta­le­za para São Pau­lo. de pro­du­ção que qual­quer van­ta­ mui­to mais re­gu­lar, de estrutura
gem de pre­ço es­ta­rá per­di­da. mais con­sis­ten­te. Al­guns mi­cra a
Não se pode, em vez de transpor­ Ge­ral­men­te, as em­pre­sas têm mais na es­pes­su­ra do fil­me, por
tar as embalagens, mon­tar uma li­nhas de­di­ca­das: uma li­nha só tra­ pou­cos que se­jam, sig­ni­fi­cam jo­gar
fá­bri­ca? ba­lha com aço, outra, só com alu­ di­nhei­ro fora. A ca­lan­dra­gem per­
Sim, mas o mo­de­lo que es­ta­mos mí­nio. No Bra­sil o vo­lu­me de uso mi­te pro­du­zir o fil­me no li­mi­te da
se­guin­do aqui para re­fri­ge­ran­tes e da lata de aço para cer­ve­ja e re­fri­ es­pes­su­ra ne­ces­sá­ria, sem ex­ces­so

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de ma­te­rial, ob­ten­do-se uma por cau­sa de re­sis­tên­cia dos pro­ mas in­fe­liz­men­te o sis­te­ma de
im­pres­são sem pro­ble­mas. fis­sio­nais de mar­ke­ting ou de­vi­do dis­tri­bui­ção man­da 100 to­ne­la­das
à re­sis­tên­cia do con­su­mi­dor. O para o Rio toda se­ma­na, quan­do
Isso pode ser in­ter­pre­ta­do como stand-up pouch é uma em­ba­la­ eu ne­ces­si­to de 70 to­ne­la­das. Isso
uma ten­dên­cia fa­vo­rá­vel à im­pres­ gem su­pe­re­co­nô­mi­ca, mui­to in­di­ vai mu­dar ra­di­cal­men­te.
são fle­xo­grá­fi­ca em pre­juí­zo da ca­da para um país como o nos­so.
ro­to­gra­vu­ra? Ha­via até uma em­pre­sa pron­ta Como vai mu­dar?
Sem dú­vi­da. Va­mos mu­dar gra­ para lan­çar má­qui­nas para stand- O con­su­mo pas­sa­rá a ser mui­to
dual­men­te da ro­to­gra­vu­ra para up pou­ches no Brasil, mas de­vi­do mais rá­pi­do. Hoje, quan­do se en­tra
fle­xo­gra­fia. A qua­li­da­de é ba­si­ca­ ao in­su­ces­so da em­ba­la­gem ela num su­per­mer­ca­do, 10% a 20%


men­te a mes­ma. O lei­go não vai pra­ti­ca­men­te pa­rou. Mas o stand- dos pro­du­tos não es­tão dis­po­ní­
no­tar di­fe­ren­ças. up pouch é uma al­ter­na­ti­va dis­po­ veis, prin­ci­pal­men­te no fi­nal da
tar­de. Gôn­do­las va­zias sig­ni­fi­cam
Há di­fe­ren­ças sig­ni­fi­ca­ti­vas de per­da to­tal de efi­ciên­cia, sig­ni­fi­
cus­tos en­tre os dois pro­ces­sos? Devemos nos pre- cam per­da para o su­per­mer­ca­do e
O be­ne­fí­cio do cus­to em fle­xo­gra­ parar para assistir a para o fa­bri­can­te do pro­du­to. É
fia é ex­traor­di­ná­rio, por­que o set- im­por­tan­te que a gôn­do­la es­te­ja
up pas­sa de dias para ho­ras, ou de uma revolução sem­pre abas­te­ci­da, na me­di­da
ho­ras para mi­nu­tos. Isso é mui­to nos sistemas de ne­ces­sá­ria. Se um pro­du­to ven­de
im­por­tan­te, es­pe­cial­men­te hoje de­ter­mi­na­do vo­lu­me num su­per­
em dia, quan­do a ten­dên­cia de distribuição. Não pode mer­ca­do e um vo­lu­me di­fe­ren­te
seg­men­ta­ção de mer­ca­do se acen­ existir mais essa coisa em ou­tro, não tem sen­ti­do ter o
tua sem pa­rar. Dez anos atrás mes­mo vo­lu­me nos dois. É uma
OMO era um só pro­du­to. Hoje de pedidos pendentes, ques­tão de rea­na­li­sar as ven­das, de
são cin­co ou seis, para di­fe­ren­tes uti­li­zar as in­for­ma­ções que es­tão
que são uma conse-
fins. Isso ex­pli­ca por que, em vez além do có­di­go de bar­ras, coi­sa
de ter ti­ra­gens enor­mes, como qüência que pra­ti­ca­men­te nin­guém faz.


an­tes, OMO di­vi­de as ti­ra­gens em
vá­rios lo­tes de va­rie­da­des es­pe­cí­
de distribuição Como isso pode aju­dar em ter­mos
fi­cas. A efi­cá­cia e a fle­xi­bi­li­da­de ineficiente de lo­gís­ti­ca?
de pro­du­ção têm de au­men­tar, e a Hoje, mui­tos su­per­mer­ca­dos re­ce­
fle­xo­gra­fia pode aju­dar mui­to bem N ca­mi­nhões de en­tre­ga por
nes­se sen­ti­do. Cada vez mais as dia. Se um de­les per­de o ho­rá­rio,
pes­soas que­rem coi­sas per­so­na­li­ ní­vel de embalagem. É pre­ci­so tem de vol­tar no dia se­guin­te.
za­das. A di­fe­ren­cia­ção im­pli­ca que al­guém apro­vei­te a opor­tu­ni­ Nes­se meio tem­po o pro­du­to pode
pro­ble­mas de ti­ra­gem. Quan­do se da­de que isso re­pre­sen­ta. ter aca­ba­do nas gôn­do­las. As­sim,
re­duz a ti­ra­gem, o cus­to uni­tá­rio o su­per­mer­ca­do e o fa­bri­can­te
de pro­du­ção sobe. Com­pa­ra­ti­va­ Não é a úni­ca opor­tu­ni­da­de ina­ per­dem ven­das. Com in­for­ma­ções
men­te, sobe me­nos em fle­xo­gra­ pro­vei­ta­da no Bra­sil. No caso de mais pre­ci­sas, se­rão uti­li­za­dos
fia do que em ro­to­gra­vu­ra. dis­tri­bui­ção e lo­gís­ti­ca não es­ta­ me­nos ca­mi­nhões, que te­rão pro­
ria tam­bém ocor­ren­do dis­tra­ção? du­tos des­ti­na­dos ex­clu­si­va­men­te
Em fle­xí­veis uma ten­dên­cia mui­to De­ve­mos nos pre­pa­rar para as­sis­ a um su­per­mer­ca­do. Vai mu­dar
for­te no ex­te­rior são os stand-up tir a uma re­vo­lu­ção nes­se cam­po. ra­di­cal­men­te o atual pin­ga-pin­ga,
pou­ches. Essa em­ba­la­gem tem A dis­tra­ção é me­nor do que pa­re­ um pou­co aqui, um pou­co ali,
fu­tu­ro a cur­to pra­zo no Bra­sil? ce, e co­me­ça a ha­ver uma gran­de mais um pou­co na pró­xi­ma loja.
Surpreende-me ­que até ago­ra não mu­dan­ça no atual sis­te­ma de dis­ As ven­das au­men­ta­rão sem in­ves­
tenha pe­gado. Não sei exa­ta­men­te tri­bui­ção. Está fi­can­do cla­ro que ti­men­to, por­que o su­per­mer­ca­do
qual é o pro­ble­ma. Es­ti­ve no Chi­ não pode exis­tir essa coi­sa de vai ven­der mais, sem au­men­tar o
le cin­co ou seis anos atrás, e o pe­di­dos pen­den­tes, que são uma es­pa­ço. Sim­ples­men­te vai gi­rar
stand-up pouch es­ta­va lá, nos con­se­qüên­cia de dis­tri­bui­ção ine­ mais. O úni­co in­con­ve­nien­te é que
mais va­ria­dos pro­du­tos. Ima­gi­nei: fi­cien­te. Veja só: o meu pro­du­to esse trans­por­te vai ter cus­to, mas
“Isso vai es­tar no ano que vem no está todo em Cu­ri­ti­ba e o meu acre­di­to que o au­men­to das ven­
Bra­sil”. Mas não veio, não sei se mer­ca­do está no Rio de Ja­nei­ro – das com­pen­sa­rá.

12 – embalagemmarca • dez 1999/jan 2000


CAPA

perspectivas
No fim das contas, 1999 foi menos ruim do que se previa. Com
base nisso, em investimentos e na modernização da indústria, o
setor espera um 2000 mais ameno, enquanto busca a integração

u m sentimento qua­se unâ­ni­me


en­tre os pro­fis­sio­nais li­ga­dos
à ca­deia de em­ba­la­gem é a
apos­ta no cres­ci­men­to da eco­
no­mia em ín­di­ces en­tre 3% e 4%, na
con­ten­ção da in­fla­ção em níveis ci­vi­li­za­
dos e no equi­lí­brio cambial, com o valor
do dó­lar li­mi­ta­do a cer­ca de R$ 1,85,
como quer o go­ver­no. Esse con­jun­to,
que se tra­du­z em al­gu­ma tran­qüi­li­da­de
ma­te­rial e em cer­to equi­lí­brio psi­co­ló­gi­
co das pes­soas, re­sul­ta em úl­ti­ma aná­li­
se em mais con­su­mo de produtos e, por­
tan­to, de em­ba­la­gens.
Tais ex­pec­ta­ti­vas ga­nham res­pal­do
no de­sem­pe­nho de 1999, con­si­de­ra­do, se
não bom, pelo me­nos ra­zoá­vel ante o
qua­dro real e os prog­nós­ti­cos ter­rí­veis
tra­ça­dos no iní­cio do ano. O país vi­via a
ma­xi­des­va­lo­ri­za­ção da moe­da, e o ce­ná­
rio pin­ta­do pe­los mais res­pei­tá­veis
no­mes era de que­da do PIB, o que não
ocor­reu. É isso que faz acre­di­tar que
2000 tem tudo para ser me­lhor, ape­sar
de a ren­da do gros­so da po­pu­la­ção per­
ma­ne­cer bai­xa. E unâ­ni­me mes­mo no
se­tor é a bus­ca de in­te­gra­ção. Veja nas
pró­xi­mas pá­gi­nas.

Agra­de­ci­men­tos
Esta reportagem especial só se concretizou por causa do apoio dos seguintes profissionais:
Adria­na Stec­ca (CSN), Ale­xan­dre Mar­tins (Vo­to­ran­tim), Ali­ne San­tos e Ale­xan­dre Mel­lo (Eli­da Gibbs), Chris­tian Klein
(No­vel­print), Cláu­dia Pe­rei­ra (Ima­je), De­nis Ri­bei­ro (Abia), Do­ra­ci Gui­ma­rães (Phi­lip Mor­ris), Fá­bio Fon­se­ca (Mo­bil), Fer­
nan­do Mo­raes (Be­kum do Bra­sil), Fer­nan­do Sil­vei­ra (Mead), Flá­vio Má­la­ga (Má­la­ga), Gra­ham Wal­lis (Da­ta­mark), Her­mes
Con­te­si­ni (Abe­pet), Jean Pe­ter (Si­resp), Joa­quim Vi­le­la (Wil­lett), José Eduar­do Fran­ces­chet­ti (O Bo­ti­cá­rio), Jú­lio Bar­be­do
(Cis­per), Lean­dro Fra­ga (Rho­dia-ster), Luis Fer­nan­do Cas­si­ne­li (OPP Pe­tro­quí­mi­ca), Luís Madi (Ce­tea), Már­cia Mo­rei­ra
(Sunny­va­le), Ma­ri­na Gal­vão (Po­li­te­no), Me­rheg Ca­chum (Abi­plast/Sin­di­plast), Nel­son Ga­lhar­do e Wal­mir Sol­ler (Du Pont),
Nil­son Cruz Jr. (Fa­bri­ma), Ní­veo José Ma­luf (Iga­ras), Pau­lo Au­gus­to Go­mes (Me­ta­lic), Pau­lo Sér­gio Pe­res (ABPO), Pe­dro
Luiz Pas­sos (Abih­pec), Ri­car­do Vaz (Al­coa), Ro­ber­ta Gre­gó­rio de Oli­vei­ra (Al­can), Ro­nald Sa­si­ne (Ri­ge­sa), Sa­lo­mão Qua­
dros (FGV), Val­dir Lima (3M).

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USUÁRIOS

Alimentos – O Pla­no Real ele­geu pro­du­tos do cio­nais e in­for­ma­ções


seg­men­to de ali­men­tos como in­di­ca­do­res de me­lho­ra de re­ci­cla­bi­li­da­de, exi­
da si­tua­ção só­cio-eco­nô­mi­ca nos úl­ti­mos cin­co anos. gên­cias do con­su­mi­dor
Para mui­tos essa me­lho­ra é in­con­sis­ten­te, mas dá a mo­d er­n o, en­q uan­t o
me­di­da de como são sig­ni­fi­ca­ti­vas as os­ci­la­ções de que em em­ba­la­gens
mer­ca­do do se­tor. Para os pró­xi­mos anos, a afir­ma­ se­cun­dá­rias os dis­plays
ção de ten­dên­cias com­por­ta­men­tais, como a in­di­vi­ de­ve­rão ser cada vez
dua­li­za­ção das por­ções e o cres­ci­men­to do mer­ca­do mais tra­ba­lha­dos e prá­
de con­ve­niên­cia, bem como o acir­ra­men­to da con­cor­ ti­cos nas aber­tu­ras – os
rên­cia em seg­men­tos cada vez mais es­pe­cí­fi­cos, pro­ de car­tão po­de­rão ser
me­tem ele­var ao má­xi­mo a im­por­tân­cia da boa apre­ subs­ti­tuí­dos gra­da­ti­va­men­te por cai­xas de pa­pe­lão
sen­ta­ção e da efi­ciên­cia da ca­deia pro­du­ti­va – com a cor­ru­ga­do ou fil­mes de po­lie­ti­le­no en­co­lhí­vel.
re­le­vân­cia cres­cen­te do Para to­dos os par­ti­ci­pan­
Ef­fi­cient Con­su­mer Res­ tes da pes­qui­sa a maior
pon­se, ou ECR. Ma­nei­ras amea­ça para o se­tor é cla­ra:
de ga­ran­tir uma em­ba­la­gem o au­men­to de cus­tos dos
di­fe­ren­cia­da e im­pac­tan­te A meta comum é in­su­mos (in­clu­si­ve o pe­tró­
in­clu­si­ve a pro­du­tos com­ leo, que ele­va­ria gas­tos com
mo­di­ties, mas que não ele­ em­ba­la­gem) e a con­se­qüen­
vem cus­tos de for­ma com­ encontrar maneiras de te di­fi­cul­da­de em re­pas­sá-lo
pro­me­te­do­ra, pa­re­ce ser a para o pre­ço fi­nal do pro­du­
meta co­mum. Nes­se pon­to,
a dú­vi­da per­sis­te, pois os
garantir embalagens to. De qual­quer for­ma, o
se­tor se mos­tra oti­mis­ta
ru­mos da eco­no­mia ain­da quan­to a cres­ci­men­to de
são enig­má­ti­cos. diferenciadas, inclusive mer­ca­do, in­clu­si­ve em
ex­por­ta­ções – a ex­pec­ta­ti­va
Mes­mo as­sim, há for­tes
ten­dên­cias ve­ri­fi­ca­das nos é de cres­ci­men­to em tor­no
úl­ti­mos anos que de­vem se em commodities, mas de 8 a 10%. Se­gun­do De­nis
afir­mar ain­da mais em Ri­bei­ro, do de­par­ta­men­to
2000. No cam­po dos ma­te­
riais, o pa­pel-car­tão, lar­ga­
sem comprometer eco­nô­mi­co da As­so­cia­ção
Bra­si­lei­ra das In­dús­trias da
men­te uti­li­za­do pelo se­tor, Ali­men­ta­ção, as em­pre­sas
ten­de a ofe­re­cer re­sis­tên­cia
maior em gra­ma­tu­ras mais
muito os custos. po­de­rão tra­ba­lhar em 2000
sem tan­ta pres­são, cau­sa­da
bai­xas e vis­lum­bra pos­si­bi­ pela alta cam­bial do iní­cio
li­da­des enor­mes com os O problema é que os de 1999.
pro­du­tos hor­ti­gran­jei­ros, e
o pa­pel em ge­ral con­ti­nua
como ma­te­rial mais uti­li­za­ rumos da economia Cos­mé­ti­cos – Mais do
que puro neo­lo­gis­mo, o ter­
do, ape­sar de per­der al­guns mo cos­me­cêu­ti­co de­sig­na
ni­chos; as re­si­nas plás­ti­cas
ga­nham for­ça, prin­ci­pal­
ainda são enigmáticos uma efe­ti­va e aus­pi­cio­sa
pers­pec­ti­va para o fu­tu­ro do
men­te por­que ofe­re­cem mer­ca­do de cos­mé­ti­cos. Os
so­lu­ções para apre­sen­ta­ções pro­du­tos de be­le­za se va­lem
por­cio­na­das de pro­du­tos; e cada vez mais da far­ma­co­
a maior evo­lu­ção cer­ta­men­te se dará no cam­po dos lo­gia e da bio­tec­no­lo­gia para de­sen­vol­ver no­vos e
fil­mes fle­xí­veis, que de­ve­rão de­sen­vol­ver cada vez mais efi­cien­tes tra­ta­men­tos. Além do cres­ci­men­to de
mais as­pec­tos de bar­rei­ra, apre­sen­ta­ção vi­sual (opa­ mer­ca­do em si, essa ten­dên­cia pro­me­te abrir am­plo
ci­da­de em fil­mes me­ta­li­za­dos) e es­tru­tu­ras easy- le­que para o de­sen­vol­vi­men­to de em­ba­la­gens des­ti­
open. O vi­dro e o aço ain­da de­ve­rão se ocu­par de na­das a esta nova ge­ra­ção de cos­mé­ti­cos. En­tre os
seg­men­tos já iden­ti­fi­ca­dos for­te­men­te com seu uso. vá­rios exem­plos de ti­pos de em­ba­la­gens com enor­me
Em ro­tu­la­gem, ga­nha­rão im­por­tân­cia ta­be­las nu­tri­ po­ten­cial de de­sen­vol­vi­men­to, des­ta­cam-se os fras­

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USUÁRIOS

cos com vál­vu­las pump, do­ta­dos de di­vi­são in­ter­na. já que po­dem re­ver­ter
Ne­les, os pro­du­tos po­dem ser acon­di­cio­na­dos em em no­vas opor­tu­ni­da­des
com­par­ti­men­tos dis­tin­tos, para ga­ran­tir que o con­ de ne­gó­cio para em­ba­la­
teú­do não se mis­tu­re, sal­vo na hora da apli­ca­ção. gens.
Ape­sar de bas­tan­te di­fun­di­do no ex­te­rior, o sis­te­ma é Con­tu­do, o se­tor não
fa­bri­ca­do no Bra­sil por pou­quís­si­mas em­pre­sas. vive ape­nas de ex­pec­ta­
Ape­sar de en­ca­ra­dos com res­sal­vas por ins­ti­tui­ ti­va de cres­ci­men­to. A
ções como a FDA – Food and Drugs Ad­mi­nis­tra­tion, nova Lei de In­for­má­ti­ca,
dos Es­ta­dos Uni­dos, os cos­me­cêu­ti­cos de­vem real­ que pre­vê isen­ção fis­cal
men­te abrir no­vas e ex­ce­len­tes opor­tu­ni­da­des de para em­pre­sas que se ins­
ne­gó­cio no mer­ca­do de pro­du­tos de be­le­za. O cres­ ta­la­rem na Zona Fran­ca de Ma­naus, é uma das preo­
cen­te nú­me­ro de fa­bri­can­tes que teve su­ces­so de cu­pa­ções. A Lei, que isen­ta­ria tam­bém a in­dús­tria de
ven­das de pro­du­tos com com­bi­na­ção cien­tí­fi­ca e cos­mé­ti­cos e hi­gie­ne pes­soal, é, de acor­do com a
me­di­ci­nal com­pro­va isso. A Ya­kult Cos­me­tics, que já Abih­pec – As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra das In­dús­trias de
em 1961 lan­çou a pri­mei­ra li­nha de cos­me­cêu­ti­cos, é Hi­gie­ne Pes­soal, Per­fu­ma­ria e Cos­mé­ti­cos, uma
pre­cur­so­ra de uma ten­dên­cia que deve se efe­ti­var amea­ça de de­ses­tru­tu­ra­ção do se­tor. A en­ti­da­de pre­vê
ain­da mais da­qui para a fren­te. Da­que­le lan­ça­men­to que, se apro­va­da, a Lei in­du­zi­rá a in­dús­tria cos­mé­ti­ca
até hoje, o mer­ca­do tem ab­sor­vi­do o con­cei­to ace­le­ ins­ta­la­da em ou­tros Es­ta­dos a trans­fe­rir-se para a
ra­da­men­te. Isso se re­fle­te em pro­mis­sor boom no re­gião da Zona Fran­ca. Des­sa for­ma, a re­nún­cia fis­
de­sen­vol­vi­men­to de em­ba­la­gens es­pe­cial­men­te adap­ cal pre­ju­di­ca­ria o se­tor, que já tem fá­bri­cas ins­ta­la­das
ta­das. As­sim, o maior tem­po de pra­te­lei­ra e ou­tras em to­das as re­giões do país. Pior: como o in­cen­ti­vo é
ne­ces­si­da­des es­pe­cí­fi­cas dos cos­me­cêu­ti­cos, como a con­ce­di­do por até dez anos, as em­pre­sas pro­va­vel­
imis­ci­bi­li­da­de, de­vem ser ob­ser­va­dos com aten­ção, men­te aca­ba­riam aban­do­na­do a Zona Fran­ca após
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esse pe­río­do, o que oca­sio­na­ria inú­me­ras de­mis­sões. dú­vi­da em re­la­ção ao


Por tudo isso, os em­pre­sá­rios do se­tor es­pe­ram que des­ti­no das em­ba­la­
o Se­na­do, onde o pro­je­to de Lei será vo­ta­do, man­ gens se­cun­dá­rias de
te­nha o tex­to em que as em­pre­sas de pro­du­tos de pa­pel – em­bo­ra seja
hi­gie­ne pes­soal e cos­mé­ti­cos não têm isen­ção fis­cal pre­co­ce uma ava­lia­ção
para ins­ta­la­ção na Zona Fran­ca de Ma­naus. ra­di­cal, pois em mui­
tos ca­sos ela ser­ve
Far­ma­cêu­ti­cos – Com a mes­ma ve­lo­ci­da­de do para fa­ci­li­tar ques­tões
se­tor de cos­mé­ti­ca, a in­dús­tria far­ma­cêu­ti­ca está em pro­ de es­to­que e trans­por­
ces­so de mu­dan­ça. Cer­ta­men­te ha­ve­rá trans­for­ma­ções te.
sig­ni­fi­ca­ti­vas no mer­ca­do com a prá­ti­ca da lei dos ge­né­ri­ Ao lado de uma es­pe­ra­da pro­li­fe­ra­ção em em­ba­
cos, o prin­ci­pal as­sun­to que toma con­ta do se­tor. En­quan­ la­gens e mais ca­pri­cho em as­pec­tos vi­suais, de­cor­
to al­guns en­xer­gam na im­po­ rên­cia di­re­ta do ad­ven­to da
si­ção go­ver­na­men­tal um cam­ lei dos ge­né­ri­cos, ma­te­riais
po de opor­tu­ni­da­des, ou­tros a tam­bém po­dem con­quis­tar
vêem como um pro­ble­ma, por
mo­ti­vo ób­vio. Quem de­tém as A lei dos genéricos es­pa­ço em 2000. O vi­dro e
o PET con­ti­nuam a dis­pu­tar
mar­cas fa­mo­sas não quer per­ es­pa­ço, com o úl­ti­mo abrin­
der mar­ket sha­re para mar­cas
al­ter­na­ti­vas. O cer­to é que só
é vista como ameaça do fren­te em di­ver­sos ni­chos
e o pri­mei­ro fi­can­do gra­da­
na prá­ti­ca po­de­rá se ve­ri­fi­car a ti­va­men­te mais leve e re­sis­
fun­cio­na­li­da­de da lei e os reais por uns e como ten­te e des­fru­tan­do das van­
des­do­bra­men­tos no mer­ca­do. ta­gens com­pe­ti­ti­vas tra­zi­
O se­tor, aliás, so­fre for­te
vi­gi­lân­cia por par­te do oportunidade por das pela des­va­lo­ri­za­ção do
real. Ou­tro lan­ça­men­to de
go­ver­no, por ser es­tra­té­gi­ im­pac­to em 1999, os blis­
co. Epi­só­dios que de­mons­
tra­ram a li­nha tê­nue en­tre o
outros. Mas já influi ters de alu­mí­nio (Alu-Alu),
po­d em de­f i­n i­t i­v a­m en­t e
acer­to e o erro na em­ba­la­ cres­cer no mer­ca­do.
gem de pro­du­tos, como o nas embalagens de
fa­mo­so caso dos an­ti­con­ Bebidas – A ale­gria dos
cep­cio­nais, le­vou o go­ver­ usuá­rios é a fes­ta da in­dús­
no a re­do­brar a aten­ção. Por medicamentos. Duas tria de em­ba­la­gens. As
isso, a in­dús­tria está se vol­ em­pre­sas que for­ne­cem
tan­do para so­lu­ções que
me­lho­rem a efi­ciên­cia e a
fortes tendências são para en­gar­ra­fa­do­res de
be­bi­das al­coó­li­cas e não-al­
se­gu­ran­ça na pro­du­ção e coó­li­cas têm su­fi­cien­tes
eli­mi­nem do­res de ca­be­ça rótulos auto-adesivos e mo­ti­vos para ver com bons
even­tuais. Duas de­las: a olhos o ano que se ini­cia. O
ro­tu­la­gem com auto-ade­si­ pa­no­ra­ma, se­gun­do exe­cu­
vos e a subs­ti­tui­ção de linhas de automação ti­vos atuan­tes em di­fe­ren­tes
li­nhas de au­to­ma­ção. Além cam­pos das áreas de vi­nhos,
dis­so, car­tões du­plex, cer­ve­jas, des­ti­la­dos, águas,
im­pres­são de em­ba­la­gens su­cos, re­fri­ge­ran­tes e ener­
com tin­ta rea­ti­va, selo “ras­ gé­ti­cos em ge­ral, é de oti­
pa­di­nha”, la­cres e fe­cha­men­tos de se­gu­ran­ça são mis­mo, ain­da que mo­de­ra­do. Nas in­dús­trias desses
cada vez mais de­sen­vol­vi­dos e dão a me­di­da da preo­ segmentos, as pro­je­ções se ba­seiam prin­ci­pal­men­te
cu­pa­ção do seg­men­to nes­tes tem­pos. Ou­tra no­vi­da­de no de­sem­pe­nho do ano an­te­rior, con­si­de­ra­do me­nos
re­cen­te é o ró­tu­lo mul­ti­pá­gi­na, ou ró­tu­lo-bula, que ruim do que se es­pe­ra­va.
agre­ga ró­tu­lo e bula do pro­du­to em um só cor­po. O Mes­mo as­sim, para al­guns hou­ve que­da, como no
ano 2000 será um bom ter­mô­me­tro para con­fe­rir se caso de cer­ve­jas e re­fri­ge­ran­tes, que amar­ga­ram as
essa ten­dên­cia se acen­tua. Se a moda pe­gar, fi­ca­rá a con­se­qüên­cias de um ve­rão tí­mi­do. Os iso­tô­ni­cos

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não des­lan­cha­ram como vi­nha ocor­ren­do em anos gens fle­xí­veis pa-ra pós.
an­te­rio­res, e os des­ti­la­dos man­ti­ve­ram-se es­tá­veis. De qual­quer for­ma, o des­
Os de­mais lí­qui­dos acon­di­cio­na­dos em la­tas, em­ba­ ti­no da Am­Bev po­de­rá
la­gens car­to­na­das e gar­ra­fas – ou seja, águas, su­cos in­fluir for­te­men­te no
e vi­nhos – re­gis­tra­ram cres­ci­men­to de ven­das em pa­no­ra­ma de re­fri­ge­ran­
1999. Os mo­ti­vos são va­ria­dos. tes.
É re­pe­ti­ti­vo, mas é pre­ci­so di­zer que re­fri­ge­ran­ Até o con­su­mo de
tes, um luxo para as clas­ses de bai­xa ren­da an­tes do água mi­ne­ral dei­xou de
pla­no real, acom­pa­nham hoje mui­to mais re­fei­ções ser luxo e con­ti­nua re­gis­
que há cin­co ou seis anos. Sim­ples­men­te, o bra­si­lei­ro tran­do cres­ci­men­to que
ad­qui­riu no­vos há­bi­tos de con­su­mo. Suco de la­ran­ja não pode mais ser cha­ma­do de ex­plo­si­vo por­que é
in­dus­tria­li­za­do, por exem­plo, dei­xou de ser ape­nas cons­tan­te há al­guns anos e ten­de a man­ter-se as­sim,
pro­du­to de ex­por­ta­ção para se­gun­do pre­vi­são da Abi­
tor­nar-se uma pre­sen­ça nam – As­so­cia­ção Bra­si­lei­
co­mum em su­per­mer­ca­dos, ra da In­dús­tria Na­cio­nal de
lo­jas de con­ve­niên­cia e
pa­da­rias. A pró­pria am­plia­ O brasileiro adquiriu Águas Mi­ne­rais. Ain­da
as­sim, o con­su­mo per ca­pi­
ção des­ses ca­nais de dis- ta no país é bai­xo: 13,2
tribuição con­tri­buiu para
ele­var o con­su­mo e se­di­
hábitos de consumo li­tros, pou­co mais da me­ta­
de do que con­so­me, por
men­tar os no­vos há­bi­tos. exem­plo, um ar­gen­ti­no. A
Ilu­de-se quem pen­sa que não abandonará. lei­tu­ra pode ser po­si­ti­va: o
que, por cau­sa de cri­ses ou po­ten­cial do mer­ca­do é
re­du­ção da ren­da, es­ses
há­bi­tos se­rão dei­xa­dos de Quem não tomava enor­me, como, aliás, já per­
ce­be­ram as gi­gan­tes do
lado. Como lem­bra um se­tor. Com essa ex­plo­são
di­re­tor de um dos gran­des
fa­bri­can­tes de be­bi­das car­
refrigerante e se de con­su­mo de água mul­ti­
pli­cam-se as opor­tu­ni­da­des
bo­na­ta­das, “quem an­tes não para a maio­ria das em­ba­la­
to­ma­va re­fri­ge­ran­te e de­pois acostumou a tomar gens al­ter­na­ti­vas ao vi­dro e
se acos­tu­mou a to­mar nun­ ao PVC. Boa par­te do mer­

pode mudar para


ca mais vai dei­xar o há­bi­ ca­do des­ses dois ma­te­riais
to”. Esse exe­cu­ti­vo, cujo aca­bou sen­do to­ma­do pelo
nome, a pe­di­do, não é re­ve­ PET, prin­ci­pal­men­te, e pelo
la­do, diz que “aque­le con­
su­mi­dor po­de­rá mu­dar de
marcas mais baratas po­li­pro­pi­le­no, na for­ma de
gar­ra­fões, para con­su­mo
uma mar­ca pre­mium para nas ca­sas e em em­pre­sas. É
mar­cas mais ba­ra­tas, tu­baí­ ou para refresco em pó. um cam­po onde po­dem ser
na e até re­fres­co em pó, pre­vis­tas gran­des no­vi­da­
mas a seco não fica mais”. des.
Essa mi­gra­ção, que pa­re­ce A seco não fica mais Um ter­re­no onde a pers­
es­tar se es­ta­bi­li­zan­do, be­ne­ pec­ti­va é de guer­ra é o das
fi­cia os fa­bri­can­tes de gar­ra­ cer­ve­jas, com o es­for­ço dos
fas de PET e os de em­ba­la­ fa­bri­can­tes de gar­ra­fas de
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PET para in­va­dir a for­ta­le­za hoje ocu­pa­da pelo vi­dro, Home care – A
com 79% dos 8 bi­lhões de li­tros con­su­mi­dos por ano indústria de materiais
no país, e pela lata de alu­mí­nio (18%). Ocor­re que o para limpeza domésti-
vi­dro foi fa­vo­re­ci­do pela des­va­lo­ri­za­ção do real, que ca trabalha sob um
en­ca­re­ceu os cus­tos de seus dois con­cor­ren­tes, cu­jas paradoxo inerente ao
ma­té­rias-pri­mas bá­si­cas são co­ta­das a pre­ços in­ter­na­ contexto brasileiro. De
cio­nais. Na bre­cha so­brou es­pa­ço para a lata de aço, um lado, cres­ce a preo­
por in­ter­mé­dio da Me­ta­lic, sub­si­diá­ria cea­ren­se da cu­pa­ção das pessoas
CSN – Cia. Si­de­rúr­gi­ca Na­cio­nal, para ga­nhar ter­re­no com hi­gie­ne e con­ser­
da lata de alu­mí­nio. A empresa espera consolidar a va­ção, im­pul­sio­nan­do
tecnologia da lata de duas peças (corpo único de aço e o de­se­jo de con­su­mo de pro­du­tos do seg­men­to. De
tampa de alumínio). A Metalic tem programados para ou­tro, a si­tua­ção eco­nô­mi­ca re­pri­me o po­ten­cial des­
o próximo exercício investi- se mer­ca­do. Des­sa for­ma,
mentos de 10 milhões de ocor­re tam­bém aí o “efei­to
dólares em expansão da tu­baí­na”, como já se de­fi­ne
capacidade de produção.
A preo­cu­pa­ção das pes­
A necessidade de o down tra­ding.
En­tre­tan­to, no ge­ral as
soas com saú­de e com apa­ pers­pec­ti­vas não são ne­ga­ti­
rên­cia po­de­ria ex­pli­car a causar impacto no vas. A es­pe­ran­ça de ru­mos
es­ta­bi­li­za­ção das ven­das de sig­ni­fi­ca­ti­vos nas ques­tões
be­bi­das al­coó­li­cas e o cres­ que en­vol­vem as re­for­mas
ci­men­to em su­cos na­tu­rais, ponto-de-venda leva a go­ver­na­men­tais e me­lhor
que avan­ça em mé­dia 8% dis­tri­bui­ção de ren­da é gran­
ao ano. Já o ma­ras­mo dos
iso­tô­ni­cos, que tam­bém se
incrementar as embala- de e po­ten­cia­li­za o se­tor de
ma­nei­ra fa­vo­rá­vel.
be­ne­fi­cia­ria da­que­la ten­ Nos úl­ti­mos anos, as
dên­cia, pa­de­ce da ne­ces­si­ gens de materiais de em­ba­la­gens de pro­du­tos de
home care têm tido va­lor
da­de de cam­pa­nhas pu­bli­ci­
tá­rias. Quan­do anun­cia, agre­ga­do, sob efei­to da
ven­de bem; quan­do não, limpeza. Novos ne­ces­si­da­de de im­pac­to no
não – e em 1999 a pre­sen­ça pon­to-de-ven­da. Vem cres­
da ca­te­go­ria na mí­dia foi no
mí­ni­mo dis­cre­ta.
formatos surgem, cen­do o uso de cai­xas com
me­ta­li­za­ção (prin­ci­pal­men­
Um se­tor que, mais que te as de sa­bões em pó),
nenhum outro, tem razões
para co­me­mo­rar é o de
rótulos melhoram, o no­vos for­ma­tos, im­por­tân­
cia ao de­sign, ró­tu­los mais
vi­nhos, be­ne­fi­cia­do por ca­pri­cha­dos e de re­si­nas
uma sa­fra ex­cep­cio­nal em design ganha plás­ti­cas. Isso pode ser
qua­li­da­de e em quan­ti­da­de ob­ser­va­do na acen­tua­da
e pela vi­ra­da do ano 2000.
Nes­te caso, a si­tua­ção é importância mi­gra­ção de pro­du­tos que
usam ró­tu­los de pa­pel para
uma fes­ta para os fa­bri­can­ as re­si­nas plás­ti­cas, prin­ci­
tes de es­pu­man­tes, que pal­men­te o po­li­pro­pi­le­no
cres­ce­ram 50% em 1999 bi-orien­ta­do e o po­lie­ti­le­no,
so­bre o ano an­te­rior, quan­ re­sis­ten­tes à umi­da­de. A
do as vi­ní­co­las bra­si­lei­ras pro­du­zi­ram 3,2 mi­lhões de di­fe­ren­cia­ção de for­ma­tos tam­bém ga­nha for­ça
li­tros do pro­du­to. Para eles, o ano 2000 é uma pro­ como arma para atrair o con­su­mi­dor num mer­ca­do
mes­sa de re­pe­ti­ção do far­to 1999. A “pas­sa­gem do al­ta­men­te com­pe­ti­ti­vo, mas ca­rac­te­ri­za­do pela pre­
mi­lê­nio” será fes­te­ja­da de novo no 2000/2001, “des­ pon­de­rân­cia de em­ba­la­gens pa­dro­ni­za­das, mui­to
sa vez para va­ler”. Com as vi­ní­co­las, o vi­dro fes­te­ja pa­re­ci­das en­tre si. Aliás, sob esse as­pec­to, 2000 é
tam­bém, pois o produto praticamente usa só esse um mote ex­ce­len­te para ações de mar­ke­ting vi­san­
material de embalagem. do a edi­ções li­mi­ta­das com no­vas em­ba­la­gens,

18 – embalagemmarca • dez 1999/jan 2000


FORNECEDORES

se­gun­do di­fe­ren­tes con­sul­to­res. do pa­drões de se­gu­ran­ça


Má­qui­nas e Equi­pa­men­tos – Quem fa­bri­ca se­me­lhan­tes aos que já
ou im­por­ta bens de ca­pi­tal para o Bra­sil teve, nos úl­ti­ fo­ram co­lo­ca­dos para as
mos anos, de priorizar a pres­ta­ção de ser­vi­ços, forte in­je­to­ras. Vale di­zer que
tendência não só para o pró­xi­mo ano, mas tam­bém para os fa­bri­can­tes de em­ba­la­
os seguintes. As em­pre­sas usuá­rias que­rem cada vez gens se­rão for­ça­dos a
mais pro­je­tos que fa­ci­li­tem seu tra­ba­lho com em­ba­la­ in­ves­tir em equi­pa­men­tos.
gem, em sis­te­mas com­ple­tos, e não preo­cu­par-se com O custo será será com­pen­
cada ins­tân­cia do pro­ces­so de compra. san­do pelo au­men­to de
As­sim, as pers­pec­ti­vas são re­la­ti­va­men­te boas, ten­ pro­du­ti­vi­da­de das no­vas
do em vis­ta que nos úl­ti­mos anos hou­ve esse pre­pa­ro má­qui­nas e pela re­du­ção do es­pa­ço que ocu­pa­rão.
para o for­ne­ci­men­to de ser­vi­ços e um re­di­re­cio­na­men­to
de po­lí­ti­ca com o clien­te pela maior par­te das in­dús­trias Pa­pel e ce­lu­lo­se – A ten­dên­cia de subs­ti­tui­ção
do se­tor. Na ver­da­de, a vi­são po­si­ti­va para 2000 não tem do pa­pel por plás­ti­cos, prin­ci­pal­men­te em ró­tu­los, as
como in­di­ca­dor o de­sem­pe­nho de 1999, já que o pa­no­ os­ci­la­ções do pre­ço de ma­té­rias-pri­mas e a en­tra­da de
ra­ma eco­nô­mi­co afe­tou for­te­men­te as ven­das do se­tor, no­vos pla­yers no mer­ca­do são fun­da­men­tal­men­te as
se­gun­do as em­pre­sas con­sul­ta­das. A va­ria­ção cam­bial, preo­cu­pa­ções da in­dús­tria do pa­pel para o pró­xi­mo ano.
que ge­rou ta­xas ele­va­das de ju­ros e res­tri­ções de cré­di­ O se­tor, po­rém, não per­de o en­tu­sias­mo, e in­ves­te em
to, e ques­tões de or­dem fis­cal/tri­bu­tá­ria atin­gi­ram dura- no­vas so­lu­ções e em tec­no­lo­gia para fa­zer pa­péis cada
mente as pro­je­ções do se­tor para 1999. vez mais no­bres, re­sis­ten­tes e con­ve­nien­tes a apli­ca­ções
As amea­ças para 2000 ba­si­ca­men­te ope­ram nes­se di­ver­sas. Como cres­ce a idéia de con­quis­tar o con­su­mi­
âm­bi­to eco­nô­mi­co, e re­cla­ma­ções do se­tor são cla­ras. dor não só por as­pec­tos vi­suais, mas pela fun­cio­na­li­da­
“Ne­nhum país taxa bens de ca­pi­tal, só o Bra­sil”, ana­li­sa de da em­ba­la­gem, os ró­tu­los de pa­pel que te­nham bai­xa
Nil­son Cruz Jr., da Fa­bri­ma, rei­vin­di­can­do fi­nan­cia­ re­sis­tên­cia a usos es­pe­cí­fi­cos ten­dem a ser su­pri­mi­dos.
men­tos com pra­zos mais ade­qua­dos e ta­xas de ju­ros Gran­des com­pa­nhias de be­bi­das e hi­gie­ne do­més­ti­ca já
mais rea­lis­tas. De qual­quer ma­nei­ra, o se­tor acre­di­ta em es­tão mi­gran­do para o po­li­pro­pi­le­no bi-orien­ta­do, o
cres­ci­men­to em tor­no de 4% no ano que se ini­cia. po­lie­ti­le­no e ou­tras re­si­nas.
Para 2000, de­ve­rão con­so­li­dar-se má­qui­nas al­ta­ Favorece o pa­pel o fato de ser re­ci­clá­vel, com fon­te
men­te efi­cien­tes e que agre­guem cada vez mais fun­ re­no­vá­vel e bio­lo­gi­ca­men­te sus­ten­tá­vel. Avançará a
ções. Co­di­fi­ca­do­ras la­ser se­rão mais e mais mo­der­nas. im­por­tân­cia que o con­su­mi­dor dá à em­ba­la­gem eco­lo­
Im­pres­so­ras jato de tin­ta de­ve­rão ter o uso po­ten­cia­li­za­ gi­ca­men­te cor­re­ta. A As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Ce­lu­lo­se
do. Fle­xo­grá­fi­cas avan­ça­rão con­ti­nua­men­te em qua­li­ e Pa­pel (Bra­cel­pa) vem procurando des­ta­car isso,
da­de. Vão mul­ti­pli­car-se as ro­tu­la­do­ras de auto-ade­si­ sobretudo com o pa­pel­car­tão.
vos de úl­ti­ma ge­ra­ção e os soft­wa­res de in­te­gra­ção e Na área de pa­pe­lão on­du­la­do, a ex­pec­ta­ti­va em re­la­
ge­ren­cia­men­to. Os fa­bri­can­tes de em­ba­la­gens plás­ti­cas ção a au­men­to de ex­por­ta­ções é gran­de, o que ala­van­
manterão o pro­ces­so de re­no­va­ção de equi­pa­men­tos, ca­ria o mer­ca­do para em­ba­la­gens se­cun­dá­rias. Se­guin­
subs­ti­tuin­do má­qui­nas an­ti­gas, de bai­xa pro­du­ção, por do o mes­mo ra­cio­cí­nio, a im­plan­ta­ção de nor­mas para
ou­tras, mo­der­nas e mais efi­cien­tes. Para os fa­bri­can­tes em­ba­la­gens de hor­ti­fru­ti­gran­jei­ros, o cres­ci­men­to dos
de so­pra­do­ras essa boa no­tí­cia é re­for­ça­da pelo anún­cio ali­men­tos con­ge­la­dos e a si­ner­gia to­tal com gran­des
de um de­cre­to a ser bai­xa­do pelo go­ver­no es­ta­be­le­cen­ re­des de va­re­jo tam­bém me­re­ce­rão aten­ção em 2000.
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Se­gun­do a Bra­cel­pa, ou­tros de­sa­fios para o ano oti­mis­tas apos­tam em


se­rão a via­bi­li­za­ção dos plei­tos do se­tor in­se­ri­dos no cres­ci­men­to de 10%
Pro­gra­ma Es­pe­cial de Ex­por­ta­ção e tra­ba­lhar em con­ em 2000.
jun­to com o BNDES na de­fi­ni­ção de me­ca­nis­mos de Além des­sas pers­
fun­ding que per­mi­tam a am­plia­ção da base flo­res­tal. O pec­ti­vas, al­guns trans­
se­tor aguar­da a es­ta­bi­li­za­ção e a evo­lu­ção da eco­no­mia, for­ma­do­res vêem com
re­to­man­do o que foi per­di­do em cres­ci­men­to no pri­mei­ bons olhos a pos­si­bi­li­
ro se­mes­tre de 1999, pois só as­sim a de­man­da au­men­ da­de de subs­ti­tui­ção de
ta­rá em to­dos os ní­veis – so­bre­tu­do por pa­péis com alto mé­to­dos de ter­mo­for­
grau de so­fis­ti­ca­ção. As boas pre­vi­sões es­tão le­van­do as ma­gem por sis­te­mas
em­pre­sas a desengavetar projetos. que uti­li­zem in­je­ção de ci­clo rá­pi­do. Trata-se de um
processo que economiza tempo e reduz espessuras,
Plás­ti­co – Ape­sar das poupando ma­té­ria-pri­ma e
in­cer­te­zas quan­to ao pre­ço do ener­gia.
barril de pe­tró­leo, o setor de Ex­pec­ta­ti­vas po­si­ti­vas
plás­ti­cos tem pre­vi­sões po­si­
ti­vas para o ano 2000. O oti­
A indústria de vive tam­bém a indústria de
PET. A Abe­pet, as­so­cia­ção
mis­mo baseia-se principal- do setor, pre­vê cres­ci­men­to
mente na ex­pec­ta­ti­va de que
o go­ver­no man­terá o câm­bio
plásticos conta com o de 20% em 2000, com a
ex­plo­ra­ção de no­vos ni­chos
em tor­no de R$ 1,85. de mer­ca­do, como o de ali­
Mesmo que 1999 tenha aumento da produção men­tos. O so­nho maior do
sido considerado um ano atí­pi­ se­tor, po­rém, é con­quis­tar o
co, as expectativas são otimis-
tas para os envolvidos com a petrolífera para mer­ca­do de cer­ve­ja, único de
grande volume em que o
indústria plástica. De­pois de PET não está presente. Nes­se
uma dé­ca­da com cres­ci­men­to
mé­dio anual de 10% a 12%, a
aumentar a produção caso, ain­da há mui­tos obs­tá­
cu­los a ven­cer, des­ta­can­do-
alta do dó­lar e a es­ca­la­da do se en­tre eles a ga­ran­tia de
pre­ço do pe­tró­leo indicavam de resinas. Para isso, bar­rei­ras à en­tra­da de oxi­gê­
que mui­tas in­dús­trias di­mi­ nio e à per­da de gás car­bô­ni­
nuiriam seus ní­veis pro­du­ti­
vos. No entanto, a projeção do em dois anos foram co. Além dis­so, a atual pro­
du­ção bra­si­lei­ra de PET ain­
setor era de crescimento de da não sus­ten­ta o con­su­mo
pelo menos 5% em 1999.
Contudo, o cus­to da ma­té­ria-
investidos mais de 1,5 in­ter­no do ma­te­rial.

pri­ma evitou que o se­tor regis- Fle­xí­veis – De­pois da


trasse o mesmo crescimento bilhão de dólares em re­vo­lu­ção oca­sio­na­da pela
dos bons tempos do real. Em es­ca­la­da do PET, o cres­ci­
mé­dia as re­si­nas su­bi­ram 70%, men­to de ma­te­riais fle­xí­veis
como re­sul­ta­do ime­dia­to do plantas de petróleo tal­vez re­pre­sen­te uma das
va­lor atin­gi­do pelo bar­ril de maio­res ino­va­ções dos úl­ti­
pe­tró­leo. Bas­ta ci­tar que o mos tem­pos em embalagens.
preço da naf­ta au­men­tou 132% Seu cus­to che­ga a ser cin­co
du­ran­te o ano. ve­zes me­nor que o de em­ba­
Para reverter o otimismo em resultado, o se­tor con­ta la­gens rí­gi­das. Isso se deve à re­du­ção da es­pes­su­ra dos
com o au­men­to da pro­du­ção pe­tro­lí­fe­ra, com base nos fil­mes, sem com­pro­me­ter sua re­sis­tên­cia. Alta bar­rei­ra
in­ves­ti­men­tos de mais de 1,5 bi­lhão de dó­la­res fei­tos e me­lhor de­sem­pe­nho du­ran­te a dis­tri­bui­ção são ou­tros
nos úl­ti­mos dois anos em plan­tas de pe­tró­leo. As pers­ fa­to­res que ga­ran­tem às fle­xí­veis boas pers­pec­ti­vas. A
pec­ti­vas são de que esse mon­tan­te per­mi­ta am­pliar a ex­ce­len­te ma­qui­na­bi­li­da­de re­for­ça es­tas pre­vi­sões.
ca­pa­ci­da­de pro­du­ti­va de re­si­nas plás­ti­cas de 3,3 para Ante tal pa­no­ra­ma, é pre­ci­so fi­car aten­to a opor­tu­ni­da­
4,4 mi­lhões de toneladas. Se isso acon­te­cer, os mais des como os stand-up pou­ches, em­ba­la­gem fle­xí­vel

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con­sa­gra­da lá fora mas ain­da la­ten­te aquil. Uma ten­dên­ Como amea­ças la­ten­
cia que deve cres­ce­r é a do lan­ça­men­to de fil­mes com tes, há as gar­ra­fas de PET
coa­tings acrí­li­cos e vi­ní­li­cos mo­di­fi­ca­dos, vi­san­do para cer­ve­ja e a pre­sen­ça
subs­ti­tuir os la­mi­na­dos. Se­gun­do a Mo­bil, que de­tém a da Me­ta­lic, sub­si­diá­ria da
tec­no­lo­gia de fa­bri­ca­ção, es­ses fil­mes aliam duas van­ta­ CSN, que tenta ocu­par o
gens: a da alta bar­rei­ra com a do bai­xo cus­to. es­pa­ço do alu­mí­nio com
O lan­ça­men­to da nova ge­ra­ção de po­lie­ti­le­nos de la­tas de aço para be­bi­das.
bai­xa den­si­da­de li­near (PBDL) pela OPP Pe­tro­quí­mi­ca Como principal van­ta­gem
é mais uma op­ção. Des­ti­na­do ao seg­men­to de em­ba­la­ o alu­mí­nio tem o alto va­lor
gens fle­xí­veis, es­pe­ci­fi­ca­men­te para fil­mes de uni­ti­za­ da su­ca­ta para re­ci­cla­gem.
ção por com­pres­são, esse novo tipo de fil­me se ca­rac­te­
ri­za pela maior fa­ci­li­da­de de pro­ces­sa­men­to e pela boa Vi­dro – O esforço do PET para entrar no mercado de
re­sis­tên­cia me­câ­ni­ca. Ade­ cer­ve­ja é vis­to como ameaça
mais, uti­li­za em me­nor es­ca­ ainda remota pela in­dús­tria
la oc­te­no e he­xe­no, ma­te­riais vi­drei­ra. O setor tem a seu
ca­ros e im­por­ta­dos, pou­co
dis­po­níveis no mer­ca­do. Tais Na área de flexíveis favor o custo menor e a bar-
reira mais eficaz do ma­te­rial,
van­ta­gens são re­ver­ti­das além de a em­ba­la­gem re­tor­
so­bre­tu­do aos pro­ces­sa­do­res
de fil­mes. Usuá­rios são be­ne­
filmes laminados serão ná­vel ser vis­ta como am­bien­
tal­men­te “mais ami­gá­vel”
fi­cia­dos in­di­re­ta­men­te. que a re­si­na plás­ti­ca. Nesse
Em ter­mos de im­pres­são, substituídos por filmes aspecto o vi­dro é fa­vo­re­ci­do
a gra­dual con­ver­são do off- por ser pro­du­zi­do com ma­té­
set e da ro­to­gra­vu­ra para fle­
xo­gra­fia é tida como cer­ta, com revestimentos acrí- rias-pri­mas não quí­mi­cas e
por ser 100% re­ci­clá­vel.
também devido à re­du­ção de Ade­mais, se­gun­do Jú­lio Bar­
cus­tos. Além dis­so, o cli­chê
de im­pres­são gra­va­do a la­ser
licos e vinílicos modifi- be­do, da Cis­per, o PET –
as­sim como o alu­mí­nio, tam­
é ga­ran­tia de me­lhor ren­ta­bi­ bém con­cor­ren­te da gar­ra­fa
li­da­de, es­pe­cial­men­te para cados. Já está no mer- de vi­dro – é fei­to com ma­té­
mé­dias e pe­que­nas ti­ra­gens. rias-pri­mas co­ta­das a pre­ços
in­ter­na­cio­nais, du­ra­men­te
cado também uma
A de­man­da por fil­mes
me­tá­li­cos de alta bar­rei­ra one­ra­dos pela cri­se cam­bial.
tam­bém de­ve­rá cres­cer Na ex­pec­ta­ti­va do se­tor,
muito. Em ra­zão dis­so, a
in­dús­tria do alu­mí­nio, prin­ci­
nova geração de não ha­ve­rá trans­for­ma­ções
bom­bás­ti­cas no pró­xi­mo
pal­men­te, en­xer­ga de ma­nei­ exer­cí­cio, e o vi­dro con­ti­nua­
ra po­si­ti­va o avan­ço dos fle­ polietilenos de baixa rá, como em 1999, ga­nhan­do
xí­veis. O se­tor prevê cres­ci­ es­pa­ços. O anuá­rio da Abi­vi­
men­to de 5% em 2000. dro, a as­so­cia­ção do se­tor,
densidade pre­vê que a in­dús­tria vi­drei­ra
Lata de alu­mí­nio – A de­ve­rá re­to­mar no ano 2000
des­va­lo­ri­za­ção do real pe­sou o vo­lu­me de in­ves­ti­men­tos
mui­to também para os pro­ fei­to em 1998, na or­dem de
du­to­res e usuá­rios de latas de 213 mi­lhões de dó­la­res, e
alu­mí­nio. O pre­ço das em­ba­la­gens su­biu em mé­dia que se man­te­ve em 1999 em 135 mi­lhões. É uma
20%, au­men­to a que as in­dús­trias de cer­ve­ja e re­fri­ge­ ex­pres­si­va re­to­ma­da de fô­le­go.
ran­te resistiram. A es­pe­ran­ça de fabricantes e usuá­rios Os prin­ci­pais fo­cos de tra­ba­lho em 2000 se­rão o
de la­tas é de que a co­ta­ção do dó­lar se man­te­nha es­tá­vel de­sen­vol­vi­men­to do bi­nô­mio ali­via­men­to de peso com
e abaixo de R$ 2,00. Se isso ocorrer será reiniciada a ma­nu­ten­ção de re­sis­tên­cia e o re­for­ço da co­mu­ni­ca­ção
im­por­ta­ção de cha­pas de alu­mí­nio para pro­du­ção de di­re­ta das van­ta­gens do ma­te­rial jun­to ao con­su­mi­dor
la­tas, o que aque­ce­rá o se­tor. – o que sig­ni­fi­ca ir além do âm­bi­to in­dus­trial e re­for­çar

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par­ce­rias en­tre vi­dra­ria, clien­te e pon­to-de-ven­da, a fim alu­mí­nio. Mas pro­fis­


de au­men­tar o con­cei­to do vi­dro como em­ba­la­gem con­ sio­nais do se­tor de­fen­
fiá­vel e con­ve­nien­te. Pro­gra­mas de re­ci­cla­gem, apoia­ dem que tec­no­lo­gia e
dos tan­to por em­pre­sas usuá­rias do vi­dro quan­to pela mo­der­ni­da­de nem sem­
Abi­vi­dro, se­rão tam­bém pon­to de des­ta­que. Des­sa for­ pre são si­nô­ni­mos de
ma, não se va­lo­ri­za ape­nas mar­cas es­pe­cí­fi­cas, mas o qua­li­da­de, so­bre­tu­do no
ma­te­rial tam­bém. caso de em­ba­la­gens
Com as pre­vi­sões do se­tor apon­tan­do ru­mos po­si­ti­ para ali­men­tos. Por isso,
vos não só para sua área de atua­ção, mas em con­so­nân­ a procura por ali­men­tos
cia com o de­sen­vol­vi­men­to eco­nô­mi­co em ge­ral, o mais sau­dá­veis po­de­rá
ob­je­ti­vo maior que en­glo­ba as ações es­pe­cí­fi­cas lis­ta­das acen­tuar o cres­ci­men­to das em­ba­la­gens de aço.
é o de par­tir para o cres­ci­men­to efe­ti­vo. Ain­da mais No ou­tro lado, o se­tor de quí­mi­cos e tin­tas pa­re­ce
por­que o se­tor fez pe­sa­dos es­tar mais vul­ne­rá­vel à ins­ta­
in­ves­ti­men­tos em au­to­ma­ bi­li­da­de, e aí as pre­vi­sões são
ção nos úl­ti­mos anos, au­men­ cau­te­lo­sas, para não di­zer
tan­do sua com­pe­ti­ti­vi­da­de. ine­xis­ten­tes. O mo­ti­vo é sim­

Aço – Me­nos atre­la­da à


As previsões são ples: a cons­tru­ção ci­vil e a
in­dús­tria au­to­mo­ti­va, onde as
de­pen­dên­cia de in­su­mos im­por­ tin­tas são mui­to em­pre­ga­das,
ta­dos do que ou­tros se­to­res, a altamente positivas so­frem efei­tos mais di­re­tos
in­dús­tria de em­ba­la­gens de aço da si­tua­ção eco­nô­mi­ca do
não so­freu tan­to com a cri­se
cam­bial de 1999. Ao con­trá­rio, para os rótulos país. En­tre­tan­to, o se­tor já
pro­vou ser ca­paz de rea­gir
com ela o aço tor­nou-se mais po­si­ti­va­men­te a ins­ta­bi­li­da­
com­pe­ti­ti­vo fren­te a ou­tras
ma­té­rias-pri­mas, como as re­si­
auto-adesivos. Dentro des. Isso jus­ti­fi­ca a es­ti­ma­ti­va
de que a pro­du­ção de fo­lha-
nas plás­ti­cas e o alu­mí­nio. Além de-flan­dres ul­tra­pas­se as 800
de me­nos su­jei­to às os­ci­la­ções do segmento, os 000 to­ne­la­das em 2000.
do dó­lar, o se­tor de fo­lha-de-
flan­dres con­ta com ou­tro fa­tor
fa­vo­rá­vel para 2000. rótulos de plástico Rotulagem – O mer­ca­
do de de­co­ra­ção de em­ba­la­
Suas prin­ci­pais áreas de gens cres­ce a ple­no va­por. Os
atua­ção, quí­mi­ca e ali­men­tí­
cia, es­pe­ram um pa­no­ra­ma
devem crescer ró­tu­los plás­ti­cos pro­li­fe­ra­ram
for­te­men­te nes­te fim de de­cê­
ma­cro-eco­nô­mi­co po­si­ti­vo nio, pa­no­ra­ma que deve se
para o ano, com cres­ci­men­to principalmente em acen­tuar no ano 2000. Prin­ci­
maior ou igual ao ve­ri­fi­ca­do pal­men­te no cam­po dos ró­tu­

produtos de beleza e
em 1999. Ade­mais, as vá­rias los auto-ade­si­vos as pre­vi­sões
pos­si­bi­li­da­des de en­tra­da em são al­ta­men­te po­si­ti­vas, e há
no­vos seg­men­tos, como o de quem pre­ve­ja cres­ci­men­to de
be­bi­das car­bo­na­ta­das e cer­
ve­jas, atri­bui um po­ten­cial
de higiene pessoal mer­ca­do em tor­no de 30%
para o ano 2000, em­bo­ra a
de cres­ci­men­to aci­ma da mé­dia em 1999 te­nha fi­ca­do
mé­dia ao aço. Os mais oti­ en­tre 12% e 15%.
mis­tas pre­vêem um au­men­to No seg­men­to, os ró­tu­los
de até 20% na pro­du­ção de plás­ti­cos cres­cem 22% ao ano
la­tas em 2000. De fato, elas já es­tão re­to­man­do par­te do e ten­dem a subs­ti­tuir gra­da­ti­va­men­te os de pa­pel, so­bre­tu­
mer­ca­do per­di­do há dez anos para as la­tas de alu­mí­nio. do em pro­du­tos de be­le­za e cui­da­dos pes­soais, seja por sua
Em 1999, es­ti­ma-se que fo­ram pro­du­zi­das 660 mi­lhões maior re­sis­tên­cia à umi­da­de, seja pela preo­cu­pa­ção cada
de uni­da­des, con­tra 8,9 bi­lhões de la­tas de alu­mí­nio. O vez maior com a be­le­za das em­ba­la­gens. Nes­sa in­cli­na­
nú­me­ro é sig­ni­fi­ca­ti­vo, já que se pen­sa­va que o ma­te­rial ção, de­vem con­so­li­dar-se o po­li­pro­pi­le­no e as es­tru­tu­ras
não te­ria como re­sis­tir à tec­no­lo­gia e à mo­der­ni­da­de do com­bi­na­das – mis­tu­ras de re­si­nas que re­sul­tam em ró­tu­los

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com mais re­sis­tên­cia, du­ra­bi­li­da­de e be­le­za. Tam­bém aí a usar atra­ti­vos para a em­ba­
uma no­vi­da­de são os fil­mes com re­ves­ti­men­tos acrí­li­cos e la­gem. Esse fa­tor, na ver­da­de,
vi­ní­li­cos da Mo­bil, uma op­ção aos la­mi­na­dos. po­de­ria es­ten­der-se a to­dos os
O slee­ve e o in-mold, al­ter­na­ti­vas re­cen­tes de de­co­ra­ sis­te­mas de ro­tu­la­gem e de­co­
ção, tam­bém ga­nham for­ça a cada dia, e são amea­ças ra­ção pre­mium, como o hot-
for­tes à di­fu­são ain­da maior dos auto-ade­si­vos. A con­cor­ stam­ping, a ho­lo­gra­fia e téc­
rên­cia deve se acen­tuar na me­di­da em que são anun­cia­das ni­cas de im­pres­são com alta
a ins­ta­la­ção de uma fá­bri­ca da Slee­ver In­ter­na­tio­nal no re­so­lu­ção.
Bra­sil e o ba­ra­tea­men­to de má­qui­nas para se tra­ba­lhar
com es­ses sis­te­mas. Fe­cha­men­tos – No
O se­tor em ge­ral apos­ta em gran­des opor­tu­ni­da­des para ramo dos fe­cha­men­tos, as pre­vi­sões são bem oti­mis­tas.
2000, so­bre­tu­do se hou­ver um es­pe­ra­do in­gres­so de no­vas Dei­xan­do de lado amea­ças eco­nô­mi­cas, como flu­tua­
em­pre­sas, prin­ci­pal­men­te mul­ti­na­cio­nais, nas mais di­fe­ren­tes ções brus­cas de câm­bio e po­lí­ti­ca de ju­ros agres­si­va, o
áreas do mer­ca­do. Nes­se sen­ti­do, há a es­pe­ran­ça de mui­tos pa­no­ra­ma ten­de a ser dos me­lho­res. A Al­coa, por exem­
lan­ça­men­tos de no­vos pro­du­tos, pelo mote do ano es­pe­cial e plo, vis­lum­bra maio­res vo­lu­mes de ex­por­ta­ção e no­vos
o en­tu­sias­mo em­pre­sa­rial ge­ra­do a par­tir de en­tão. Para apro­ mer­ca­dos para o PET – apos­tando no seg­men­to das cer­
vei­tar es­ses fa­to­res, as em­pre­sas do se­tor de com­ple­men­tos ve­jas –, o que fa­ria sua pro­du­ção de tam­pas au­men­tar
pre­pa­ram in­ves­ti­men­tos ma­ci­ços con­si­de­ra­vel­men­te.
O cres­ci­men­to eco­nô­mi­co do país é ob­via­men­te a von­ No seg­men­to de fe­cha­men­tos para be­bi­das fi­nas são
ta­de de to­dos, mas so­bre­tu­do para quem tra­ba­lha com dig­nas de re­gis­tro, pelo que isso sig­ni­fi­ca em tec­no­lo­gia
de­co­ra­ções de alto va­lor agre­ga­do e mer­ca­dos no­vos, de pon­ta, a en­tra­da em ope­ra­ção ple­na da Be­ri­cap e a
como a Má­la­ga, que me­ta­li­za pa­péis para ró­tu­los e ou­tras com­pra da Com­pa­nhia Pra­da de Em­ba­la­gens pelo Gru­
apli­ca­ções. Nes­se caso, o cres­ci­men­to da pro­du­ção de­pen­ po Gua­la Clo­su­res, que pas­sa a ope­rar no país com o
de da eco­no­mia es­tá­vel para que as em­pre­sas se dis­po­nham nome Com­pa­nhia Pro­du­to­ra de Em­ba­la­gens.
T
rês even­tos em que se dis­cu­tiu a fun­ção do A pre­sen­ça de mais de 600 profissionais de mar­ke­ting,
de­sign de em­ba­la­gem como ala­van­ca de ven­das de­sign, pro­du­ção e lo­gís­ti­ca, além de estudantes, nos
de pro­du­tos fo­ram rea­li­za­dos em me­nos de um even­tos re­ve­la o cres­cen­te in­te­res­se pelos múl­ti­plos as­pec­
mês: o I Se­mi­ná­rio de De­sign de Em­ba­la­gem, tos a con­si­de­rar para que a embalagem de­sem­pe­nhe seu
pro­mo­vi­do dia 18 de no­vem­bro em Por­to Ale­gre, prin­ci­pal pa­pel hoje, que é cativar o consumidor e ven­der.
o Pack De­sign Show, em São Paul­o, dia 30 do mes­mo mês, Ao apoiar ofi­cial­men­te os três even­tos, Emb­ al­ ag ­ em­Marc ­a
e o I Se­mi­ná­rio de De­sign, Mar­ke­ting e Lo­gís­ti­ca de rei­te­ra seu com­pro­mis­so de es­tar pre­sen­te em to­das as
Em­ba­la­gem dias 2 e 3 de dezembro, em Belo Horizonte. oca­siões que con­tri­buam para o for­ta­le­ci­men­to do se­tor.

Em busca de caminhos
Em seminário no sul, setor debate como eliminar atritos ao criar

A
ad­mi­nis­tra­ção dos ção de De­sig­ners do Rio Gran­de em­ba­la­gem de qua­li­da­de. É
pon­tos an­ta­gô­ni­cos do Sul. Fi­cou evi­den­te a ne­ces­si­
no re­la­cio­na­men­to da­de de en­con­trar ca­mi­nhos
um as­pec­to prio­ri­tá­rio, que
ope­ra­cio­nal en­tre a co­muns en­tre a cria­ção e a pro­ an­te­ce­de a dis­cus­são téc­ni­ca
agên­cia que cria a du­ção, para evi­tar pro­je­tos que com o for­ne­ce­dor e deve es­tar
em­ba­la­gem, o clien­te que a apro­ não pos­sam ser pro­du­zi­dos,
no âm­bi­to do pla­ne­ja­men­to
va e o for­ne­ce­dor que a pro­duz dado o de­sa­jus­te téc­ni­co en­tre a
foi a tô­ni­ca do I Se­mi­ná­rio do cria­ção e a tec­no­lo­gia do for­ne­ en­tre a agên­cia e o clien­te.
De­sign de Em­ba­la­gem, pro­mo­vi­ ce­dor. Em se­gun­do lu­gar Mül­ler
do dia 18 de no­vem­bro em Por­to acen­tuou que a fun­ção do
Ale­gre pela Ap­de­sign – As­so­cia­ Três aspectos que se com- de­sig­ner é uma com­po­si­ção
plementam en­tre o de­sign grá­fi­co, a en­ge­
Manoel Müller, di­re­tor da nha­ria de em­ba­la­gem e a
Mül­ler As­so­cia­dos, apre­sen­ ge­rên­cia de pro­je­to. “É impos­
tou sua vi­são do pro­ble­ma em sível de­sen­vol­ver um pro­je­to
três as­pec­tos dis­tin­tos e com­ de de­sign de em­ba­la­gem sem
ple­men­ta­res. essa com­po­si­ção”, ele afir­
Pri­mei­ro, lem­brou que sem mou. É por isso que gran­des
uma cla­ra de­fi­ni­ção da es­tra­té­ em­pre­sas evi­tam con­tra­tar tra­
gia de pro­du­to e mer­ca­do, não ba­lhos de free-lan­cers, pois só
há como criar um de­sign de pou­cas e boas agên­cias dis­
põem de pro­fis­sio­nais e es­pe­ vi­são de que as ven­das em ca­ses de de­sign de em­ba­la­
cia­lis­tas vol­ta­dos para o de­sign por­ções subs­ti­tui­riam de vez gem mais pre­miado no Bra­sil
de em­ba­la­gem. o sis­te­ma a gra­nel. e no ex­te­rior, o da deo-co­lô­
Por úl­ti­mo, Mül­ler ob­ser­ No prin­cí­pio, para di­fe­ nia Ma Ché­rie, di­ri­gi­do a
vou que, para ob­ter-se maior ren­ciar-se, co­lo­ca­vam ima­ me­ni­nas de 8 a 12 anos. É um
efi­ciên­cia no de­sen­vol­vi­men­ gens da fá­bri­ca nos ró­tu­los case de subs­ti­tui­ção da em­ba­
to de em­ba­la­gem, for­ne­ce­dor das em­ba­la­gens, pois isso la­gem no tra­di­cio­nal for­ma­to
e clien­te devem ajus­tar ex­pec­ in­di­ca­va avan­ço tec­no­ló­gi­ ân­fo­ra, de 50ml, usa­do nas
ta­ti­vas quan­to ao cus­to do co. Ou­tro di­fe­ren­cial era o deo-co­lô­nias da mar­ca em
de­sen­vol­vi­men­to. Mui­tas uso de in­di­ca­ti­vos da pre­fe­ ge­ral, pela atual. Ou me­lhor,
ve­zes, dis­se, a bus­ca por ino­ rên­cia de go­ver­nan­tes pelo em sua trans­for­ma­ção numa
va­ção de em­ba­la­gem acar­re­ta pro­du­to, como, no Rei­no li­nha.
cus­tos de pes­qui­sa e tes­tes que Uni­do, a fra­se “by apoint­ Pro­fis­sio­nais da em­pre­sa
são ab­sor­vi­dos pelo for­ne­ce­ ment of His Ma­jesty”. Mais en­vol­vi­dos com o pro­ces­so
dor e não re­co­nhe­ci­dos pelo tar­de, no­mes e fo­tos dos che­garam a uma pro­pos­ta de
clien­te. fa­bri­can­tes pas­sa­ram a in­te­ em­ba­la­gem que tra­du­zis­se
grar os ró­tu­los, dan­do ori­ essa fase da vida da me­ni­na,
Design, o grande diferen- gem ao con­cei­to de cons­tru­ que os­ci­la en­tre o lado crian­
cial ção de mar­ca. ça e o adul­to. Por isso, o for­
Ao fa­lar so­bre a em­ba­la­ Na ver­da­de, se­gun­do ma­to lem­bra o do an­ti­go brin­
gem como di­fe­ren­cial para Pan­ta­ni, o di­fe­ren­cial de que­do joão-bobo. Na des­cri­
con­quis­tar o con­su­mi­dor, mar­ca sem­pre exis­tiu. “Se ção da pa­les­tran­te: “Uma
Adria­no Pan­ta­ni, di­re­tor da an­tes se usa­va uma lata ou ca­no­pla de po­li­pro­pi­le­no foi
agên­cia Pan­ta­ni De­sign, um pote de vi­dro com um ade­qua­da ao fun­do do fras­co
re­cor­dou que des­de os pri­ ró­tu­lo, hoje faz-se o mes­mo, de po­lie­ti­le­no (PE), per­mi­tin­
mór­dios da Re­vo­lu­ção com es­ses e com ou­tros do um me­lhor ba­lan­ço da
In­dus­trial ele teve essa fun­ ma­te­riais”, afir­mou. Na opi­ em­ba­la­gem. O ró­tu­lo slee­ve
ção. “Em­ba­la­gem sem­pre foi nião do pa­les­tran­te, hoje o de pro­ces­so auto-re­trá­til foi
algo ex­tra, um plus para gran­de di­fe­ren­cial de uma apli­ca­do às em­ba­la­gens, e os
atrair o con­su­mi­dor”, ele em­ba­la­gem é o de­sign, já de­se­nhos e tex­tos fo­ram
afir­mou. Be­ne­fi­ciou-se das que as mar­cas e a qua­li­da­de ex­pan­di­dos, para fi­car da for­
mu­dan­ças acar­re­ta­das pela dos pro­du­tos quase se equi­ ma de­se­ja­da na hora de re­tra­
in­dus­tria­li­za­ção quem teve a pa­ram. O fun­da­men­tal, diz, é ção. “A li­nha se trans­for­mou
que o de­sig­ner co­nhe­ça a lin­ num gran­de su­ces­so de ven­
gua­gem do con­su­mi­dor – no das, com ní­vel de acei­ta­ção e
Bra­sil, ob­via­men­te, a do cres­ci­men­to fan­tás­ti­co”, afir­
con­su­mi­dor bra­si­lei­ro. ma Ma­ria Te­re­za.

Um case
de sucesso
Ma­ria Te­re­za Za­go­nel,
de­sig­ner de cria­ção de O Ma Chérie,
Bo­ti­cá­rio, apre­sen­tou um dos de O Boticário.
a meta É a SINERGIA
Em São Paulo, debate é sobre formas de dinamizar o mercado

S
i­ner­gia to­tal en­tre os dos pro­du­tos será me­nor, ao
par­ti­ci­pan­tes da
ca­deia pro­du­ti­va é pas­so que no­vas tec­no­lo­gias
de­fi­ni­ti­va­men­te o re­sul­ta­rão em em­ba­la­gens
ob­je­ti­vo a ser al­can­ cada vez mais re­sis­ten­tes, e
ça­do, para ge­rar
maior di­nâ­mi­ca de mer­ca­do. É o
isso mu­da­rá a di­vi­são e dis­pu­
que fi­cou cla­ro a par­tir do Pack ta en­tre ma­te­riais. Os mul­ti­
De­sign Show’99, realização da packs, ma­te­riais e equi­pa­men­
PS Carneiro em São Pau­lo. O tos que se ade­qüem a pro­du­tos
even­to pro­cu­rou re­for­çar a idéia
da em­ba­la­gem como fer­ra­men­ta
dis­tin­tos, sis­te­mas mo­du­la­res,
es­tra­té­gi­ca e fun­da­men­tal para ti­ra­gens sob de­man­da e pro­du­
con­quis­tar o mer­ca­do, e al­gu­ ção mais fle­xí­vel são ten­dên­
mas for­tes ten­dên­cias e no­vi­da­ cias ir­re­ver­sí­veis. Fi­nal­men­te,
des em de­sign que po­dem ca­mi­
nhar ao lado de suas ações para “com o e-com­mer­ce, a pre­fe­
ge­rar su­ces­so. Nas pa­les­tras, a rên­cia do con­su­mi­dor será
tô­ni­ca foi a apre­sen­ta­ção de pal­men­te o rea­li­za­do pela de­fi­ni­da pela dis­po­ni­bi­li­da­de
ca­ses re­pre­sen­ta­ti­vos e a bus­ca
de so­lu­ções in­te­gra­das, pois
In­ter­net (e-com­mer­ce), so­bre de pro­du­tos, a me­no­res cus­tos
cada vez mais as in­dús­trias dos a em­ba­la­gem e seu de­sign? de aqui­si­ção e me­lhor pres­ta­
mais va­ria­dos se­to­res pro­cu­ram Como o con­su­mi­dor do ção de ser­vi­ços”, pre­viu o
por ser­vi­ços que aglu­ti­nem fu­tu­ro es­ta­rá on line, par­ti­ci­ pa­les­tran­te. A em­ba­la­gem terá
to­das as ins­tân­cias do pro­ces­so
de em­ba­la­gem. Elas bus­cam, em pan­do de to­dos os pro­ces­sos, de re­la­cio­nar-se for­te­men­te
suma, so­lu­ções que, sem dei­xar da ven­da até o iní­cio da ca­deia com a dis­tri­bui­ção e a lo­gís­ti­
de aten­der às com­ple­xas exi­gên­ pro­du­ti­va, as em­pre­sas te­rão ca, sain­do do âm­bi­to es­tri­to do
cias de mer­ca­do atuais, fa­ci­li­tem
de ace­nar com me­di­das que mar­ke­ting. “Dian­te do co­mér­
ao má­xi­mo o ca­mi­nho do pro­du­
to às gôn­do­las – e, de­las, até os prio­ri­zem a lo­gís­ti­ca. Com cio ele­trô­ni­co, a em­ba­la­gem
cai­xas dos pon­tos-de-ven­da. cer­te­za ha­ve­rá a ne­ces­si­da­de ga­nha­rá ou­tras fun­ções es­tra­
de se re­pen­sar for­mas de es­to­ té­gi­cas que vão além do seu
O e-commerce ca­gem e de re­la­ção com o pa­pel de ven­de­dor si­len­cio­
e a embalagem tem­po de pro­du­ção; a par­ti­ci­ so”, sen­ten­ciou Mül­ler.
Ma­noel Mül­ler, da Mül­ler pa­ção do for­ne­ce­dor de em­ba­
As­so­cia­dos, ini­ciou a jor­na­da la­gem na ca­deia de su­pri­men­ Ir além dos limites da
de pa­les­tras de­bru­çan­do-se tos do va­re­jo será im­pres­cin­ embalagem
so­bre uma ques­tão que deve dí­vel, e as opor­tu­ni­da­des para O di­re­tor de cria­ção da M
ga­nhar cres­cen­te im­por­tân­cia a in­dús­tria de em­ba­la­gens De­sign, Ruy Ta­deu Mat­su­mo­
no fu­tu­ro ime­dia­to: qual o se­cun­dá­rias e de trans­por­te to, apre­sen­tou tra­ba­lhos de sua
im­pac­to da as­cen­são do se­rão in­fi­ni­tas. Se­gun­do Mül­ em­pre­sa para clien­tes como
co­mér­cio ele­trô­ni­co, prin­ci­ ler, a ne­ces­si­da­de de vida útil Aris­co e Nes­tlé-Yopa. Os
ca­ses do cho­co­la­te Sur­pre­sa mar­ke­ting pla­ne­ja­da, com o
Bi­chos, da Nes­tlé, e do novo ca­rá­ter es­pe­cial do mul­ti­pack”,
pi­co­lé da Yopa, o Co­mics Sapo co­men­tou Pi­rut­ti. Tam­bém
Sa­pe­ca, fo­ram en­fa­ti­za­dos fo­ram des­ta­ca­dos os ró­tu­los
como si­nais de cres­ci­men­to da mul­ti­pá­gi­nas, que vêm sen­do
cons­ciên­cia da im­por­tân­cia de cada vez mais usa­dos, en­tre
pro­je­to em que a cria­ti­vi­da­de ou­tras ações, para in­cor­po­rar
não se li­mi­te à em­ba­la­gem do bu­las de pro­du­tos far­ma­cêu­ti­
pro­du­to. A ten­dên­cia é o cos e como mí­dia ino­va­do­ra
au­men­to da res­pon­sa­bi­li­da­de para pro­mo­ções on-pack.
do de­sig­ner, à me­di­da que a
di­fe­ren­cia­ção se fir­ma como Ferramenta
prin­ci­pal arma de atra­ção do estratégica
con­su­mi­dor. Para fu­gir da Fá­bio Mes­tri­ner, di­re­tor da
pa­dro­ni­za­ção é pre­ci­so, por­ for­ma­do­ra No­vel­print, fa­lou Pac­king De­sign, re­for­çou a
tan­to, uma con­cei­tua­ção de das van­ta­gens e des­van­ta­gens im­por­tân­cia da em­ba­la­gem
pro­du­to des­de o iní­cio. de cada tipo de de­co­ra­ção de como fer­ra­men­ta es­tra­té­gi­ca
Mat­su­mo­to des­ta­cou ain­da em­ba­la­gem, lem­bran­do os de mar­ke­ting, e apre­sen­tou
mu­dan­ças es­tru­tu­rais que es­tão es­tu­dos que mos­tram que 85% di­ver­sos ca­ses para re­for­çar a
sen­do fei­tas em sua agên­cia, das de­ci­sões de com­pra ocor­ idéia da ação de mar­ke­ting
ten­do em vis­ta a ne­ces­si­da­de rem nos pon­tos-de-ven­da – daí pro­mo­cio­nal fei­ta de ma­nei­ra
cada vez maior de in­te­gra­ção a im­por­tân­cia do de­sign que cla­ra e efi­cien­te. No mer­ca­do,
com o clien­te e com os de­mais cau­se im­pac­to, sen­sa­ção de pou­cas pro­mo­ções têm di­re­
elos da pro­du­ção da em­ba­la­ con­fian­ça e que opte pelo ró­tu­ cio­na­men­to efe­ti­vo, que ca­ti­
gem. En­tre lo mais ade­qua­do. vam o con­su­mi­dor atra­vés de
ou­tras no­vi­da­ Pi­rut­ti si­tuou de for­ma cla­ me­ca­nis­mos prá­ti­cos, dis­se.
des, ha­ve­rá um ra os sis­te­mas de ro­tu­la­gem De acor­do com Mes­tri­ner,
de­p ar­t a­m en­t o exis­ten­tes, e quais as jo­ga­das a ação de mar­ke­ting “re­don­da”
es­pe­cí­fi­co que pos­sí­veis para a for­ma­ção da deve unir dois as­pec­tos: dei­xar
bus­ca­rá in­te­ra­ “em­ba­la­gem cam­peã”. O des­ cla­ra a in­for­ma­ção de que é
Surpresa
gir com for­ne­ce­do­res de ma­te­ ta­que foi para as úl­ti­mas ino­ pro­mo­cio­nal, atra­vés do tra­ba­
Bichos, projeto
riais para so­lu­ções em per­fis da MDesign va­ções no uso dos auto-ade­si­ lho grá­fi­co na em­ba­la­gem e,
ex­clu­si­vos. “A di­nâ­mi­ca das para a Nestlé vos como meio de di­vul­ga­ção no caso da união de pro­du­tos,
ações de mar­ke­ting exi­ge mais de ações de mar­ke­ting. En­tre sen­do um gra­tui­to, dis­por pro­
ra­pi­dez e or­ga­ni­za­ção das elas, des­ta­ca-se o ró­tu­lo mul­ti­ du­tos com­ple­men­ta­res. Exem­
agên­cias de de­sign”, as­si­nalou pack, que agru­pa pro­du­tos e plos: os ca­ses do pano de lim­
Mat­su­mo­to. “É pre­ci­so po­ten­ ga­ran­te des­ta­que e in­for­ma­ção pe­za com um lim­pa­dor mul­tiu­
cia­li­zar os be­ne­fí­cios do de­sign im­pres­sa. Eles se­riam so­lu­ção so grá­tis e do es­pa­gue­te acom­
como fer­ra­men­ta de ven­das.” para evi­tar pro­ble­mas como o pa­nha­do de um li­vro de re­cei­
de su­per­mer­ca­dos que, em tas. O pa­les­tran­te re­for­çou o
Vantagem do bom rótulo ca­sos de pro­mo­ções, ras­gam ca­rá­ter es­pe­cial da ven­da em
no PDV os shrinks sim­ples e ven­dem mul­ti­packs, afir­man­do que
José Fer­nan­do Pi­rut­ti, su­pe­ uni­da­des se­pa­ra­das de pro­du­ to­dos os pro­du­tos que po­dem
rin­ten­den­te co­mer­cial da trans­ tos. “Isso aca­ba com a ação de de­vem ado­tá-las. As ações de
mar­ke­ting de­vem ser cons­tan­ sen­ta­ção de ca­ses de clien­tes da
tes, para di­fe­ren­ciar per­ma­ Car­ré Noir no ex­te­rior.
nen­te­men­te o pro­du­to. “Se não Diferenciação e
há da­tas es­pe­ciais ou prê­mios custos reduzidos
que a em­pre­sa te­nha re­ce­bi­do Nel­son Fur­quim, ge­ren­te de
para im­pul­sio­nar uma pro­mo­ mar­ke­ting da Te­tra Pak, pro­cu­
ção, é pre­ci­so in­ven­tar algo”, rou apre­sen­tar, com pro­du­tos
afir­mou. Uma so­lu­ção são as que uti­li­zam em­ba­la­gens as­sép­
edi­ções li­mi­ta­das, que criam ti­cas pro­du­zi­das pela em­pre­sa,
um cha­ma­riz es­pe­cial. as pos­si­bi­li­da­des de de­sign e
Ou­tro pon­to im­por­tan­te sua im­por­tân­cia mer­ca­do­ló­gi­
to­ca­do pelo de­sig­ner foi a ca. Há 42 anos no Bra­sil, a
ne­ces­si­da­de de cons­cien­ti­za­ em­pre­sa vem di­ver­si­fi­can­do
ção das em­pre­sas para um pro­ sua atua­ção e acom­pa­nhan­do a
gra­ma per­ma­nen­te de em­ba­la­ Para o de­sen­vol­vi­men­to de evo­lu­ção na ma­nei­ra de pro­je­
gens, dei­xan­do de en­ca­rá-las um pro­je­to, a Car­ré Noir re­cru­ tar em­ba­la­gens.
como pro­je­tos even­tuais. “Isso ta es­pe­cia­lis­tas em so­cio­lo­gia e Se­gun­do ele, fren­te às múl­
não deve se li­mi­tar a pro­du­tos se­mió­ti­ca para es­tu­dos pre­li­mi­ ti­plas pos­si­bi­li­da­des de cria­ção
com alto va­lor agre­ga­do, mas na­res en­vol­ven­do as­pec­tos cul­ atuais, é im­pres­cin­dí­vel aten­tar
abran­ger tam­bém pro­du­tos tu­rais e lin­güís­ti­cos, pois cada para um po­si­cio­na­men­to ade­
po­pu­la­res”, co­men­tou o de­sig­ vez mais o de­sign tem o pa­pel qua­do da em­ba­la­gem. “Com a
ner. de tor­nar a mar­ca re­co­nhe­cí­vel afir­ma­ção dos di­rei­tos do con­
no con­tex­to de glo­ba­li­za­ção. su­mi­dor e da con­cor­rên­cia mais
Embalagem tem de ser “O pro­je­to de de­sign tem de que acir­ra­da, as em­pre­sas
multicultural ser mul­ti­cul­tu­ral, por isso há de­vem le­var em con­ta a éti­ca e
A agên­cia de ori­gem fran­ exi­gên­cia de atua­li­za­ção do a cla­re­za na in­for­ma­ção, além
cesa Car­ré Noir, há me­nos de con­cei­to de inú­me­ras mar­cas”, da cre­di­bi­li­da­de que suas em­ba­
um ano ins­ta­la­da no país, dis­se Gre­go. Foi mos­tra­do o la­gens trans­mi­tem.”
mostrou por meio de ca­ses a con­cei­to de ‘La­bo­ra­tó­rio do Ou­tras di­re­tri­zes ine­vi­tá­veis
me­to­do­lo­gia FDD (Fu­tu­re Fu­tu­ro’, fase em que o de­sig­ para o de­sign são a di­fe­ren­cia­
De­sign De­ve­lop­ment), que ner bus­ca sig­nos, ce­ná­rios, tri­ ção cons­tan­te e as gran­des
usa para a cria­ção em mar­cas bos so­ciais, com­por­ta­men­tos e so­lu­ções com cus­to re­du­zi­do,
e em em­ba­la­gens. Mas­si­mi­ mer­ca­dos em ima­gens que sir­ que sin­te­ti­zam a preo­cu­pa­ção
lia­no Gre­go, re­pre­sen­tan­te da
Embalagem vam de re­fe­rên­cia ao con­cei­to das em­pre­sas em ge­ral. Nes­se
desenvolvida
agên­cia no Bra­sil, ex­pôs os utilizando a que se de­se­ja im­pri­mir a de­ter­ sen­ti­do, ele aler­tou para a
prin­ci­pais pon­tos des­sa fi­lo­so­ metodologia mi­na­da mar­ca ou em­ba­la­gem, necessidade de le­var em con­ta
FDD res­tri­ções cada vez maio­res em
fia. co­lan­do-as em um qua­dro. A
par­tir de um tra­ba­lho pos­te­rior re­la­ção à for­ma da em­ba­la­gem,
de re­fi­na­men­to de idéias, che­ para fa­ci­li­tar as­pec­tos lo­gís­ti­
ga-se a um es­tu­do de co­res e ao cos, mas ao mes­mo tem­po ino­
de­sign pro­pria­men­te dito, que var cons­tan­te­men­te, den­tro do
irá sus­ci­tar ações de mar­ke­ting possível. Ou seja, o de­sig­ner
es­pe­cí­fi­cas. A me­to­do­lo­gia deve inovar den­tro de li­mi­ta­
FDD foi ilus­tra­da com a apre­ ções – de cus­to, de tem­po, de
cul­tu­ra, de mer­ca­do etc. É uma
ta­re­fa de fô­le­go, sem dú­vi­da.
Ultrapassar o visual
Em Belo Horizonte, entram em pauta as funções da embalagem

O
I Se­m i­n á­r io não para tor­nar rom­pi­men­to das al­ças.”
Re­gio­nal de De­sign, o con­su­mo e o Planejar para
Mar­ke­ting e Lo­gís­ti­
ca de Em­ba­la­gens, trans­por­te mais distribuir
or­ga­ni­za­do pelo prá­ti­cos ou efi­ As ne­ces­si­da­des de pla­ne­
Ibra­log – Ins­ti­tu­to cien­tes. Ba­sea­ ja­men­to ade­qua­do para a dis­
Bra­si­lei­ro de Lo­gís­ti­ca em Belo
Ho­ri­zon­te, re­pre­sen­tou uma boa
do nes­se re­sul­ tri­bui­ção de um pro­du­to aos
opor­tu­ni­da­de para a dis­cus­são ta­do, Madi afir­ re­ven­de­do­res fo­ram o tema
de pro­je­tos vol­ta­dos não só ao mou que as cen­tral da pa­les­tra de As­sis
vi­sual e ao ape­lo de ven­da das
em­ba­la­gens, mas tam­bém às
ca­r ac­t e­r ís­t i­c as Gar­cia, di­re­tor do Ce­tea/ITAL.
suas ca­rac­te­rís­ti­cas fun­cio­nais. téc­ni­cas po­dem Ele res­sal­tou a im­por­tân­cia da
As­sim, a dis­tri­bui­ção e o trans­ es­tar sen­do dei­ boa lo­ca­li­za­ção de um cen­tro
por­te dos pro­du­tos fo­ram alvo
das aten­ções na maio­ria das
xa­das de lado de dis­tri­bui­ção, para a ob­ten­
pa­les­tras. em fa­vor ape­nas ção de re­sul­ta­dos lo­gís­ti­cos
da for­ça de mar­ke­ting pre­sen­ sa­tis­fa­tó­rios. “O ata­ca­dis­ta
Maximizar resultados com te no vi­sual das em­ba­la­gens. Mar­tins, maior da Amé­ri­ca
tecnologia Se­gun­do o di­re­tor do La­ti­na, tem uma po­si­ção es­tra­
O coor­de­na­dor do Ce­tea Ce­tea, al­gu­mas al­te­ra­ções nas té­gi­ca, em Uber­lân­dia (MG).
– Cen­tro de Tec­no­lo­gia de em­ba­la­gens de ali­men­tos Isso fa­ci­li­ta a dis­tri­bui­ção em
Em­ba­la­gem do ITAL de po­dem in­fluir ne­ga­ti­va­men­te todo o país.”
Cam­pi­nas, Luís Madi, ini­ no sa­bor ou na apa­rên­cia dos Em lo­gís­ti­ca, As­sis ci­tou a
ciou sua pa­les­tra anun­cian­do pro­du­tos. “O de­sign de em­ba­ ne­ces­si­da­de de de­sen­vol­vi­
a ofi­cia­li­za­ção do con­vê­nio la­gens tem de ser cada vez men­to de pro­je­tos mo­du­la­res,
de coo­pe­ra­ção téc­ni­ca en­tre mais tec­no­ló­gi­co”, pon­de­rou. com em­ba­la­gens de des­pa­cho
a en­ti­da­de e o Ibra­log, com Como exem­plo de mu­dan­ças que se adap­tem às for­mas
beneficios às em­pre­sas que em que não te­ria ha­vi­do preo­ geo­mé­tri­cas dos pa­le­tes. Ele
ne­ces­si­tem con­sul­to­ria tec­ cu­pa­ção com o con­su­mi­dor, apro­vei­tou para in­for­mar que
no­ló­gi­ca. Madi ci­tou o au­men­to do o Ital pos­sui equi­pa­men­tos de
Em se­gui­da, Madi re­ve­lou bo­cal das la­tas de alu­mí­nio tes­tes de re­sis­tên­cia a que­das,
os re­sul­ta­dos de pes­qui­sa fei­ta para re­fri­ge­ran­tes e cer­ve­jas. com­pres­são e vi­bra­ção, im­por­
pela en­ti­da­de a res­pei­to de “Acha­ram que as­sim o con­su­ tan­tes para di­mi­nuir o ín­di­ce
em­ba­la­gens de ali­men­tos. A mo se­ria maior” , afir­mou. de per­das no trans­por­te ro­do­
maio­ria dos en­tre­vis­ta­dos “Mas mui­tos con­su­mi­do­res viá­rio, de até 15% no Bra­sil.
acre­di­ta­va que as mu­dan­ças re­jei­ta­ram a no­vi­da­de, já que “É hu­mi­lhan­te, se com­pa­ra­do
nas em­ba­la­gens só são fei­tas ela di­fi­cul­ta­va o con­su­mo das ao dos Es­ta­dos Uni­dos, onde
para en­ca­re­cer os pro­du­tos, be­bi­das, além de com­pli­car o as per­das não ul­tra­pas­sam
3%.” preo­cu­pa­ção da to­das as ta­re­fas de trans­por­te,
Pa­dro­ni­za­ção e JIT, camin- Wal Mart, que já in­cluin­do o em­ba­la­men­to dos
ho em au­to­pe­ças abriu um cen­tro pro­du­tos. “Clien­tes já nos pro­
A ten­dên­cia no trans­por­te de de­sen­vol­vi­ cu­ram até para dei­xar a ne­go­
de au­to­pe­ças é o au­men­to do men­to de em­ba­ cia­ção do pa­pe­lão on­du­la­do a
nú­me­ro de em­ba­la­gens de la­gens no país. nos­so en­car­go”, re­ve­lou.
des­pa­cho com for­ma­to pa­drão N o r t­ e a d­ o Es­sas mu­dan­ças se­guem o
e a prá­ti­ca do just-in-time, pelo prin­cí­pio con­cei­to de core bu­si­ness, isto
se­gun­do Eduar­do Tar­cí­sio de que su­per­ é, as em­pre­sas te­rão de preo­
Fer­rei­ra, es­pe­cia­lis­ta em mer­ca­do hoje é cu­par-se ape­nas com ati­vi­da­
Lo­gís­ti­ca na Fiat. No JIT, os área de la­zer, a des que fa­çam par­te de seu
mo­to­ris­tas, pré-ca­das­tra­dos, que o con­su­mi­ ramo es­pe­cí­fi­co de atua­ção. A
têm aces­so li­vre às fá­bri­cas da dor vai mes­mo re­du­ção do tem­po de acon­di­
mon­ta­do­ra. Isso agi­li­za a sem in­ten­ção de com­pra, cio­na­men­to em em­ba­la­gens
emis­são de do­cu­men­tos e per­ Klein reiterou a im­por­tân­cia de des­pa­cho é ou­tra vertente.
mi­te ope­rar com es­to­ques da fun­ção se­du­to­ra do vi­sual “Hoje o clien­te quer em­ba­lar à
mí­ni­mos. das em­ba­la­gens. noi­te e ven­der no su­per­mer­ca­
Atual­men­te, a Fiat tra­ba­lha Não me­nos im­por­tan­tes, na do pela ma­nhã”, ele diz. Por
com três di­men­sões bá­si­cas de opi­nião do ge­ren­te de mar­ke­ isso, a va­li­da­de das fi­tas ade­si­
em­ba­la­gens. “Só usa­mos ting da No­vel­print, são as lo­jas vas pro­du­zi­das pela 3M está
em­ba­la­gens es­pe­cí­fi­cas em de con­ve­niên­cia, que por suas cada vez me­nor.
ca­sos ex­tre­mos”, diz Fer­rei­ra. ca­rac­te­rís­ti­cas pe­cu­lia­res
Em­ba­la­gens ge­né­ri­cas, ele de­vem re­ce­ber aten­ção es­pe­ A embalagem na logística
lem­bra, re­sul­tam em me­lhor cial no pla­ne­ja­men­to das do frio
re­la­ção cus­to be­ne­fí­cio. em­ba­la­gens. “São as qui­tan­das O mau acon­di­cio­na­men­to
do sé­cu­lo XXI”, com­pa­rou. dos pro­du­tos nos pon­tos-de-
“As qui­tan­das ven­da é res­pon­sá­vel pela maio­
do sé­cu­lo XXI” Rastrear, o futuro nos ria dos pro­ble­mas apon­ta­dos
Chris­tian Klein, ge­ren­te de transportes pe­los con­su­mi­do­res da For­no
mar­ke­ting da No­vel­print, des­ Val­dir Lima, ge­ren­te de de Mi­nas, se­gun­do José Ro­nal­
ta­cou a im­por­tân­cia do vi­sual de­sen­vol­vi­men­to de ne­gó­cios do Tei­xei­ra da Sil­va, ge­ren­te
dos pro­du­tos como ins­tru­men­ da 3M do Bra­sil, afir­mou que de su­pri­men­tos da em­pre­sa.
to para ca­ti­var a aten­ção do a prin­ci­pal fun­ção da em­ba­la­ “Mui­tos re­ven­de­do­res não
con­su­mi­dor no pon­to-de-ven­ gem de des­pa­cho no fu­tu­ro pos­suem re­fri­ge­ra­do­res ade­
da. Ba­sea­do em pes­qui­sa do será per­mi­tir a ras­trea­bi­li­da­de qua­dos”, dis­se. Ele apon­tou
ins­ti­tu­to Po­pai, res­sal­tou que dos pro­du­tos. Para isso, os sis­ tam­bém as de­fi­ciên­cias do pro­
60% dos lan­ça­mentos saem do te­mas de có­di­gos de bar­ra e os ces­so de dis­tri­bui­ção, já que
mer­ca­do em até três anos. pro­ces­sos de iden­ti­fi­ca­ção mui­tas ve­zes o pro­du­to não é
Se­gun­do Klein, o de­sign da al­fa­nu­mé­ri­ca se­rão cada vez man­ti­do sob tem­pe­ra­tu­ra ideal.
em­ba­la­gem é es­sen­cial para mais em­pre­ga­dos em em­ba­la­ O ca­mi­nhão deve ser re­fri­ge­ra­
evi­tar isso e para es­ta­be­le­cer gens se­cun­dá­rias, em ink-jet do per­ma­nen­te­men­te, lem­brou.
es­tra­té­gias efi­cien­tes de mer­ ou em eti­que­tas. Se não, além de poder de­te­rio­
ca­do. Como exem­plo ci­tou a Ou­tra ten­dên­cia apon­ta­da rar, o pão de quei­jo pode não
por Lima é a ter­cei­ri­za­ção de
cres­cer sa­tis­fa­to­ria­men­te. Ou­tra ten­ do baú do ca­mi­nhão”, ele
Referindo-se à associação do dên­c ia: o ga­ran­te. “Com em­ba­la­gens de
gru­po mi­nei­ro Bris­co, dono da au­men­to das vi­dro, o apro­vei­ta­men­to cai
mar­ca For­no de Mi­nas, à Pills­ mar­cas pró­prias. para 60%.” De acor­do com
bury, gi­gan­te ame­ri­ca­na do “Bas­ta ob­ser­ esse ra­cio­cí­nio, as em­ba­la­gens
se­tor de ali­men­tos, Teixeira da var­mos o cres­ da Te­tra Pak ocu­pam ape­nas
Silva brincou: “Nem por isso o ci­men­to das 5% do es­pa­ço do ca­mi­nhão.
pão de quei­jo terá gos­to de ven­das do de­ter­ Chas­les res­sal­tou tam­bém que
ham­búr­guer”. A Pillsbury, gen­te do Car­re­ uma ten­dên­cia para o pró­xi­mo
co­nhe­ci­da no Bra­sil pe­las mar­ four”, ele exem­ ano é a do au­men­to da preo­cu­
cas Haä­gen-Dazs, de sor­ve­tes, pli­fi­ca. “O con­ pa­ção am­bien­tal na pro­du­ção
e Fres­ca­ri­ni, de mas­sas re­fri­ge­ su­mi­dor está de em­ba­la­gens car­to­na­das. A
ra­das, pas­sou a con­tro­lar o op­tan­do tam­ Te­tra Pak já vem uti­li­zan­do
ne­gó­cio de pão de quei­jo da bém pelo va­lor”. pro­ces­sos e ma­te­riais de pro­du­
Bris­co. Para ilus­trar as ne­ces­si­da­ ção que não agri­dem o am­bien­
des de mu­dan­ça de em­ba­la­ te, como tin­tas à base de água e
Preço e qualidade super- gens, Co­hen ci­tou o case da o des­mem­bra­men­to dos ma­te­
arão lealdade? Ra­yo­vac. Foi fei­ta uma pes­ riais que com­põem as em­ba­la­
Pier­re Co­hen, di­re­tor qui­sa de pré-de­sign, para apu­ gens. Este úl­ti­mo pro­ce­di­men­
co­mer­cial da No­vac­tion Ser­ rar o que as pes­soas ti­nham to ga­ran­te a re­ci­cla­gem do
vi­ços Mer­ca­do­ló­gi­cos, dis­se em men­te quan­do pen­sa­vam pa­pel car­tão, li­vre do po­lie­ti­le­
acre­di­tar que em bre­ve a leal­ na mar­ca. A maio­ria apon­tou a no e do alu­mí­nio, que tam­bém
da­de à mar­ca so­fre­rá um gol­ exis­tên­cia de um raio im­pres­ en­tram na com­po­si­ção das
pe fa­tal. Se­gun­do ele, cada so nas em­ba­la­gens dos pro­du­ em­ba­la­gens car­to­na­das.
vez mais o con­su­mi­dor com­ tos Ra­yo­vac. O sím­bo­lo não
pra de acor­do com o pre­ço e a exis­tia nas pi­lhas, nem nas
qua­li­da­de do ser­vi­ço ofe­re­ci­ em­ba­la­gens. Re­sul­ta­do: a cor
do. Essa será a nova hie­rar­ que ca­rac­te­ri­za os pro­du­tos
quia de es­co­lha de pro­du­tos. foi man­ti­da, mas a lo­go­ti­pia
Ou­tra cons­ta­ta­ção é a de foi mu­da­da, com a in­ser­ção de
que quan­to maior a im­pul­si­vi­ um raio nas em­ba­la­gens.
Embalagem
da­de da com­pra, me­nor ain­da com tampa
será a leal­da­de de mar­ca. “O Evolução das Spin Cap, da
se­tor de cos­mé­ti­cos é uma das cartonadas Tetra Pak
pou­cas ex­ce­ções”, ava­lia. Se­gun­do o ge­ren­te de mar­
“Nele, como a im­pul­si­vi­da­de ke­ting da Te­tra Pak, Mar­co
é bai­xa, a leal­da­de irá re­sis­tir Chas­les, a gran­de van­ta­gem
por al­gum tem­po”, pre­vê. Em ve­ri­fi­ca­da no trans­por­te de
ou­tras ca­te­go­rias, como a de lí­qui­dos e pro­du­tos vis­co­sos Uma embalagem vence-
cho­co­la­tes, onde a maio­ria das em em­ba­la­gens car­to­na­das é a dora
com­pras é fei­ta por im­pul­so, a eco­no­mia de es­pa­ço. “Com Alaís Fon­se­ca, ge­ren­te de
em­ba­la­gem pre­ci­sa­rá ter es­sas em­ba­la­gens, o pro­du­to mar­ke­ting da Cho­co­la­tes
im­pac­to vi­sual mais for­te. ocu­pa cer­ca de 95% do es­pa­ço Ga­ro­to, re­su­miu a his­tó­ria das
em­ba­la­gens do pro­du­to mais
tra­di­cio­nal da em­pre­sa, a cai­ sa­bão em pó Aço como diferencial com-
xa de Bom­bons Sor­ti­dos. Até lí­der no mer­ca­ petitivo
1991, o de­sign des­sa em­ba­la­ do bra­si­lei­ro. Va­lo­ri­zar um pro­du­to
gem, cria­do na dé­ca­da de 50, Se­gun­do ela, as atra­vés de uma em­ba­la­gem
não so­fre­ra gran­des al­te­ra­ vir­tu­des do pro­ di­fe­ren­cia­da. Res­sal­tar o
ções. Ao lon­go da dé­ca­da 90, du­to, como a as­pec­to reu­ti­li­zá­vel des­sa
en­tre­tan­to, a cai­xa teve a lo­go­ alta per­for­man­ em­ba­la­gem. Criar em­pa­tia
ti­pia e a dis­po­si­ção de ima­ ce e o ren­di­ com o con­su­mi­dor e re­po­si­
gens al­te­ra­das. Mas não hou­ men­to, es­tão cio­nar uma mar­ca no mer­
ve mu­dan­ça em uma de suas re­p re­s en­t a­d as ca­do. Es­sas são, se­gun­do
ca­rac­te­rís­ti­cas mais mar­can­ na em­ba­la­gem. Adria­na Stec­ca, ge­ren­te de
tes: a cor ama­re­la. Hoje, o “O va­lor de mar­ke­ting da CSN, as prin­
peso lí­qui­do da cai­xa de bom­ fa­mí­lia tam­bém ci­pais vir­tu­des das em­ba­la­
bons é de 400g, em subs­ti­tui­ está pre­sen­te na ti­po­gra­fia”, gens de aço. Para pro­var a
ção aos 500g an­te­rio­res. Em ela dis­se. So­bre a con­cor­rên­ efi­cá­cia des­se dis­cur­so, ela
1995, foi de­fi­ni­do o mix de cia do Ariel, da Proc­ter & ci­tou ca­ses so­bre o em­pre­go
pro­du­tos da Cai­xa de Bom­ Gam­ble, Pa­trí­cia fez uso de des­se tipo de em­ba­la­gem.
bons. Até en­tão, as em­ba­la­ uma ana­lo­gia: “A Proc­ter Um de­les foi o do Pa­ne­to­ne
gens eram preen­chi­das alea­to­ veio ao Bra­sil para lu­tar con­ Bau­duc­co, uma das pri­mei­
ria­men­te. Ago­ra, ela con­tém tra o Go­lias, mas até ago­ra o ras mar­cas a uti­li­zar em­ba­
26 bom­bons, to­dos des­cri­tos Da­vid nem có­ce­gas fez nele”. la­gem de aço em sua ca­te­
no ver­so das no­vas em­ba­la­ A Gessy, em suma, ain­da está go­ria – que re­ce­beu ape­lo
gens. As mu­dan­ças fo­ram fei­ tran­qui­la com seus 53% de pre­mium e trans­mi­tiu aos
tas para au­men­tar o des­ta­que mar­ket sha­re no seg­men­to con­su­mi­do­res a per­cep­ção
do pro­du­to no pon­to-de-ven­da de sa­bões em pó. Se­gun­do de que a lata não era des­car­
e aten­der às ex­pec­ta­ti­vas Pa­trí­cia, o su­ces­so da tá­vel. Re­sul­ta­do: as ven­das
vi­suais do pú­bli­co fe­mi­ni­no. mar­ca pode ser ex­pli­ca­do ti­ve­ram sen­sí­vel acrés­ci­mo.
“As mães, que le­vam os bom­ pela preo­cu­pa­ção de aten­ Ou­tro case apre­sen­ta­do
bons para suas fa­mí­lias, com­ der mer­ca­dos es­pe­cí­fi­ foi o das pí­lu­las an­ti­con­cep­
põem nos­so gran­de fi­lão de cos. “Hoje as mu­lhe­ cio­nais do la­bo­ra­tó­rio Aché.
con­su­mi­do­res”, re­ve­lou a res têm ne­ces­si­da­des Nes­te caso, fo­ram fa­bri­ca­
ge­ren­te de mar­ke­ting da Ga­ro­ dis­tin­tas”, acre­di­ta. das 1mi­lhão de la­tas para
to. “Por isso, nos preo­ acon­di­cio­nar as car­te­las do
cu­pa­mos com pro­du­ me­di­ca­men­to. Elas fo­ram
Como é gerida a marca tos di­fe­ren­cia­dos”. O dis­tri­buí­das a gi­ne­co­lo­gis­
mais lembrada exem­plo mais re­cen­ tas para que pre­sen­teas­sem
Ani­ma­da pela re­cen­te te é o OMO lí­qui­do. suas pa­cien­tes. Se­gun­do
con­quis­ta do prê­mio Top of Sua tam­pa plás­ti­ca, a Adria­na, a re­cep­ti­vi­da­de foi
Mind por OMO, Pa­tri­cia Sal­ Flex­ball, ser­ve de mui­to po­si­ti­va, por isso o
va­de­go, ge­ren­te na­cio­nal de do­sa­dor. Além dis­so, la­bo­ra­tó­rio já ava­lia a pos­si­
mar­ke­ting da mar­ca, cen­trou pode ser co­lo­ca­da bi­li­da­de de co­mer­cia­li­zar as
sua pa­les­tra nas ca­rac­te­rís­ti­ jun­to às rou­pas, den­ la­tas jun­to com o me­di­ca­
cas vi­suais da em­ba­la­gem do tro da pró­pria má­qui­ men­to.
na de la­var.
Café em lata ti­va apa­ren­te­ mais de 4 000 lo­jas e em cer­ca
decorada men­te eco­nô­mi­ de 100 paí­ses. “Ape­sar de não
O ge­ren­te de pro­du­to do ca. Mas, ape­sar ha­ver le­gis­la­ção que obri­gue o
Café 3 Co­ra­ções, Ro­dri­go de ba­ra­tas, elas uso do có­di­go de bar­ras, a
Quin­ti­no, e a ge­ren­te de cria­ a p r e ­s e n ­t a m maio­ria dos mer­ca­dos já per­
ção da agên­cia New De­sign, gran­des de­fi­ ce­beu que esta é, aci­ma de
Ca­ro­li­na Tei­xei­ra, ci­ta­ram ciên­cias. O alto tudo, uma ne­ces­si­da­de co­mer­
ca­ses de re­po­si­cio­na­men­to de ín­di­ce de des­ cial”, ela acre­di­ta. Atual­men­
pro­du­tos atra­vés de em­ba­la­ per­dí­cio de fru­ te, os pon­tos co­mer­ciais es­tão
gens di­fe­ren­cia­das. O Café do tas, le­gu­mes e pas­san­do por um pro­ces­so
Cer­ra­do, en­va­sa­do a vá­cuo e ver­du­ras é uma pe­cu­liar de im­plan­ta­ção de lei­
co­mer­cia­li­za­do numa lata de­las. “Ade­ to­res de có­di­go de bar­ras.
de­co­ra­da com o mapa dessa mais, não apre­ “De­pois de au­to­ma­ti­zar suas
re­gião, é um exem­plo. A nova sen­tam con­di­ções ade­qua­das saí­das de mer­ca­do­rias, hoje as
em­ba­la­gem, ao agre­gar va­lor de hi­gie­ni­za­ção”, afir­mou. lo­jas es­tão se es­for­çan­do para
ao pro­du­to, di­re­cio­nou esse O pa­les­tran­te aler­tou tam­ im­plan­tar lei­to­res de có­di­go
café a clas­ses com maior bém para a ne­ces­si­da­de de de bar­ras tam­bém nos lo­cais
po­der de com­pra. Assim, a clas­si­fi­ca­ção dos pro­du­tos. de en­tra­da”, con­tou Mi­chel­la.
mu­dan­ça foi sa­tis­fa­tó­ria. “Não te­mos nem iden­ti­fi­ca­ção
do peso dos pro­du­tos, ape­sar Perfis de carga definidos
“Hortigranjeiros, mercado de ha­ver le­gis­la­ção que obri­ga Írio Ro­gé­rio de Fi­guei­re­
bagunçado” a isso”, ele diz. De­pois de do, ge­ren­te de lo­gís­ti­ca do
A mo­der­ni­za­ção do se­tor ci­tar os es­for­ços para im­plan­ Gru­po Águia Bran­ca (R$
agrí­co­la de­pen­de di­re­ta­men­te tação de ró­tu­los nas em­ba­la­ 291 mi­lhões de fa­tu­ra­men­to
do uso de em­ba­la­gens ade­ gens que pas­sam pela Cea­ em 1999), do Es­pí­ri­to San­to,
qua­das. Essa tese foi de­fen­di­ gesp, Wa­ta­na­be ob­ser­vou que cen­trou sua pa­les­tra nas exi­
da pelo en­ge­nhei­ro agrô­no­mo “esse ain­da é um mer­ca­do gên­cias de pa­dro­ni­za­ção fei­
Hé­lio Sa­tos­hi Wa­ta­na­be, da mui­to ba­gun­ça­do”. tas ao se­tor de trans­por­te
Com­pa­nhia de En­tre­pos­tos e ro­do­viá­rio de car­gas. Uma
Ar­ma­zéns Ge­rais de São Pau­ Código de barras pode evi- ten­dên­cia pro­mis­so­ra para
lo (Cea­gesp). Para que isso tar fracasso esse mer­ca­do é o au­men­to
acon­te­ça, se­gun­do ele, a subs­ Com nú­me­ros e es­ta­tís­ti­ do nú­me­ro de trans­por­ta­do­
ti­tui­ção das cai­xas K é im­pres­ cas, Mi­chel­la Re­nan dos San­ ras es­pe­cia­li­za­das. Com isso,
cin­dí­vel. tos, téc­ni­ca de apli­ca­ções da as in­dús­trias pas­sa­rão a uti­li­
Pro­du­zi­das com ma­dei­ra, EAN Bra­sil, mos­trou em sua zar ser­vi­ços de em­pre­sas
elas são a em­ba­la­gem mais pa­les­tra que a au­sên­cia de que só tra­ba­lham com per­fis
usa­da no Bra­sil para o trans­ có­di­gos de bar­ras em em­ba­la­ de car­gas de­fi­ni­dos, o que
por­te de fru­tas e hor­ta­li­ças. gens pri­má­rias ou de des­pa­ fa­ci­li­ta­rá a uni­ti­za­ção e a
Ori­gi­nal­men­te fei­tas para o cho pode le­var pro­du­tos ao pa­le­ti­za­ção, além de di­mi­
trans­por­te de que­ro­se­ne (daí o fra­cas­so co­mer­cial. Exis­ten­te nuir ín­di­ces de ava­rias. “A
K, de ke­ro­se­ne, em in­glês), as no Bra­sil há cer­ca de trinta pa­dro­ni­za­ção é si­nô­ni­mo de
cai­xas K fo­ram ado­ta­das por anos, a tec­no­lo­gia do có­di­go be­ne­fí­cios lo­gís­ti­cos”, con­
hor­ti­gran­jei­ros como al­ter­na­ de bar­ras já está pre­sen­te em si­de­ra Írio.

Os even­tos co­ber­tos nes­te Do­cu­men­to Es­pe­cial, apoia­dos ofi­cial­men­te por Em­ba­la­gem­Mar­ca, ti­ve­ram os se­guin­tes pa­tro­cí­nios
e apoios: I Se­mi­ná­rio do De­sign de Em­ba­la­gem, em Por­to Ale­gre – pa­tro­cí­nio: Box Print, Can­gu­ru Em­ba­la­gens, Trin­da­de Grá­
fi­ca, Me­ga­print Fo­to­li­tos; apoio: AGAS (As­so­cia­ção Gaú­cha de Su­per­mer­ca­dos), Pro­gra­ma Gaú­cho de De­sign, Pro­pa­gan­da
S/A, ARP (As­so­cia­ção Rio­gran­den­se de Pro­pa­gan­da), ABRE (As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Em­ba­la­gem), AJE, Ga­ze­ta Mer­can­til;
Pack De­sign Show, em São Pau­lo – pa­tro­cí­nio: No­vel­print, Te­tra Pak; apoio: ABRE, a10 De­sign, Car­ré Noir, Le Pera Mar­ke­ting
So­lu­tion, M De­sign, Mül­ler As­so­cia­dos, Pac­king De­sign; I Se­mi­ná­rio Re­gio­nal de De­sign, Mar­ke­ting e Lo­gís­ti­ca de Em­ba­la­gens,
em Belo Ho­ri­zon­te – pa­tro­cí­nio: Águia Bran­ca Trans­por­tes, 3M, Ga­ro­to, Te­tra Pak, No­vel­print, Fe­nix, Pa­rai­bu­na Em­ba­la­gens e
DHL World­wi­de Ex­press; apoio: ABRE, ABM (As­so­cia­ção Bra­si­lei­ra de Mar­ke­ting/Mi­nas Ge­rais), EAN Bra­sil, Se­nai/Ce­co­teg
(Cen­tro de Co­mu­ni­ca­ção, De­sign e Tec­no­lo­gia Grá­fi­ca), Ital/Ce­tea, Re­vis­ta Tec­no­lo­gís­ti­ca, FIEMG (Fe­de­ra­ção das In­dús­trias do
Es­ta­do de Mi­nas Ge­rais), Sin­pa­cemg (Sin­di­ca­to das Ind. de Pa­pel, Pa­pe­lão e Cor­ti­ça do Es­ta­do de Mi­nas Ge­rais).
LOGÍSTICA

tecnologia em
cargas
De sofisticados softwares à monitoração
por satélites, o setor de transportes investe
pesado para modernizar-se cada vez mais

a
Leandro Haberli

ges­tão in­te­gra­da da de com­pu­ta­dor ca­pa­zes de es­ta­be­


ca­deia de su­pri­men­tos le­cer as me­lho­res ro­tas. Tra­ta­dos
e a seg­men­ta­ção de pelo nome ge­né­ri­co de ro­tei­ri­za­
for­ne­ce­do­res e re­ven­ do­res, es­ses soft­wa­res pro­ces­sam
de­do­res vêm in­ten­si­fi­can­do um in­for­ma­ções de trân­si­to em tem­po
rá­pi­do pro­ces­so de evo­lu­ção tec­ real e in­di­cam ao mo­to­ris­ta o
no­ló­gi­ca vol­ta­do ao ge­ren­cia­men­to me­lhor ca­mi­nho para chegar ao
lo­gís­ti­co. Além dos sis­te­mas de des­ti­no. Hoje, em gran­des cen­tros
ras­trea­men­to de car­gas via sa­té­li­te, ur­ba­nos, tra­çar iti­ne­rá­rios onde o
es­pé­cie de ve­de­te da área, uma trá­fe­go flua é es­sen­cial. Nas en­tre­
in­fi­ni­da­de de tec­no­lo­gias de in­for­ gas com ho­rá­rio pro­gra­ma­do, a
ma­ção está se di­fun­din­do en­tre as ne­ces­si­da­de cres­ce e os be­ne­fí­cios
em­pre­sas do se­tor. lo­gís­ti­cos dos ro­tei­ri­za­do­res tor­
A preo­cu­pa­ção com se­gu­ran­ça nam-se cru­ciais. “Mas na maior
é uma das razões de tan­tas no­vi­da­ parte, os roteirizadores ainda são
des. Porém, mui­to mais do que os motoristas”, afir­ma Írio de
pro­te­ger car­gas da ação dos la­drões, Fi­guei­re­do, ge­ren­te de lo­gís­ti­ca do
os di­ver­sos soft­wa­res e sis­te­mas de Gru­po Águia Bran­ca, trans­por­ta­
au­to­ma­ção são em­pre­ga­dos para do­ra se­dia­da no Es­pí­ri­to San­to,
oti­mi­zar o tem­po das en­tre­gas e com fro­ta de 502 ca­mi­nhões.
di­mi­nuir ín­di­ces de ex­tra­vio – e
isso só se tor­na pos­sí­vel a par­tir da Cronograma cumprido
in­te­gra­ção de to­dos os en­vol­vi­dos O cer­to é que as ope­ra­do­ras lo­gís­ti­
na ca­deia de dis­tri­bui­ção. Na ver­ cas se mu­nem de equi­pa­men­tos que
da­de, a in­te­gra­ção sur­ge como contribuem para tor­nar a ope­ra­ção
im­po­si­ção de um mer­ca­do em que cada vez mais pre­ci­sa. Gran­de par­
fotos e ilustrações: divulgação

a ado­ção de no­vas tec­no­lo­gias te de­las uti­li­za, por exem­plo, o


ca­mi­nha de mãos da­das com a soft­wa­re WMS (wa­re­hou­se ma­na­
cres­cen­te com­pe­ti­ti­vi­da­de. ge­ment system), sis­te­ma de ge­ren­
Para en­tre­gas em gran­des cen­ cia­men­to de es­to­ques que per­mi­te o
tros ur­ba­nos, por exem­plo, há dis­ cum­pri­men­to de cro­no­gra­mas à ris­
po­si­ti­vos tão es­sen­ciais quan­to os ca. O WMS in­di­ca os itens que
pró­prios veí­cu­los. São pro­gra­mas es­tão em fal­ta, a mer­ca­do­ria com

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maior giro, o cus­to de ma­nu­ten­ção reio ele­trô­ni­co. Po­den­do ser usa­do de For­mu­la-1 Nel­son Pi­quet, a
e, é cla­ro, os níveis de es­to­que. como pro­to­co­lo ele­trô­ni­co, o EDI Au­to­trac atua em so­cie­da­de com
Tra­ta-se de um soft­wa­re tão via­bi­li­za o en­vio de pe­di­dos de a nor­te-ame­ri­ca­na Qual­comm, o
es­sen­cial que es­pe­cia­lis­tas não com­pra e no­tas fis­cais atra­vés da BNDES­Par e o BCN/Bra­des­co, e
re­co­men­dam, para ge­ren­cia­men­to rede, com cus­tos cada vez me­no­ con­ta com par­ce­ria tec­no­ló­gi­ca da
e dis­tri­bui­ção de mer­ca­do­rias, a res. O pre­si­den­te do Ibra­log pre­vê Em­bra­tel, que per­mi­te o uso do
con­tra­ta­ção de ope­ra­do­ras que que o e-com­mer­ce vai ace­le­rar o sa­té­li­te Bra­sil­Sat. No en­tan­to, o
não dis­po­nham dele. “Uma em­pre­ uso des­sa e de ou­tras fer­ra­men­tas. sis­te­ma mais usa­do pela Au­to­trac
sa que quei­ra ter­cei­ri­zar sua área é o Om­ni­Sat, de­sen­vol­vi­do nos
de lo­gís­ti­ca deve pro­cu­rar ope­ra­ Segurança quase total Es­ta­dos Uni­dos em 1986, para
do­ras do­ta­das de tec­no­lo­gias de É o que já ocorre com os sis­te­mas uso mi­li­tar. Dispõe de 24 sa­té­li­tes
in­for­ma­ção su­fi­cien­tes para pro­ de ge­ren­cia­men­to via sa­té­li­te. de alta ór­bi­ta, o que o di­fe­ren­cia
ver ní­veis de ser­vi­ço cada vez Ca­pa­zes de vi­giar car­gas, ca­mi­ dos sis­te­mas que ope­ram em dis­
mais pre­ci­sos”, pre­vi­ne Nyssio nhões e mo­to­ris­tas dia e noi­te, sua tân­cias mais pró­xi­mas da Ter­ra.
Fer­rei­ra, di­re­tor do Ibra­log – Ins­ efi­ciên­cia está pró­xi­ma do ideal. Uma das van­ta­gens dos sa­té­li­
ti­tu­to Bra­si­lei­ro de Lo­gís­ti­ca. “Atin­gi­mos ín­di­ces de se­gu­ran­ça tes do sis­te­ma Om­ni­Sat é que
Uma des­sas tec­no­lo­gias é o de 99%”, ga­ran­te Ro­dri­go Cos­ta, po­dem ser em­pre­ga­dos no mo­ni­to­
EDI, ini­ciais da ex­pres­são em ge­ren­te de mar­ke­ting da Au­to­trac ra­men­to dos mo­dais ro­do­viá­rio,
in­glês cor­res­pon­den­te a tro­ca ele­ para a Amé­ri­ca do Sul. A em­pre­sa fer­ro­viá­rio e hi­dro­viá­rio. No trans­
trô­ni­ca de in­for­ma­ções. Como o é lí­der no mer­ca­do de mo­ni­to­ra­ por­te ro­do­viá­rio, um ter­mi­nal de
nome su­ge­re, esse pro­ces­so per­ men­to de car­gas por sa­té­li­te no co­mu­ni­ca­ção é ins­ta­la­do den­tro da
mi­te a co­mu­ni­ca­ção en­tre toda a Bra­sil, com 85% de mar­ket sha­re. ca­bi­ne do mo­to­ris­ta e uma an­te­na é
ca­deia de abas­te­ci­men­to por cor­ Cria­da em 1994 pelo ex-pi­lo­to fi­xa­da no lado ex­ter­no do teto. A

Para racionalizar espaços e custos Forma e Força de


dimensões empilhamento
Para oti­mi­zar o tem­po de en­tre­ga, cál­cu­los exa­tos e, as­sim, do produto Carregamento
mul­ti­pli­cam-se os soft­wa­res es­pe­ im­pe­de que as em­pre­sas misto

cí­fi­cos de pla­ne­ja­men­to da dis­po­ trans­p or­t em ar”, re­for­ç a


si­ção da car­ga. O Ca­peS­ystem, Pau­li­no. Ele afir­ma que o
por exem­plo, de­ter­mi­na a me­lhor pro­gra­ma pode se pa­gar
ma­ne­ira de or­ga­ni­zar as em­ba­la­ em até duas se­m a­n as,
gens de des­pa­cho em pa­le­tes, pois “os re­sul­ta­dos lo­gís­
con­têi­ne­res e ca­mi­nhões, le­van­ ti­cos são ex­cep­cio­nais”. Embalagem Carregamento
do em con­si­de­ra­ção os as­pec­tos Ou­t ro dis­p o­s i­t i­vo que de
geo­mé­tri­cos dos vo­lu­mes. “Sem or­ga­ni­za a dis­po­si­ção de despacho
esse soft­w a­r e, preen­c her um mer­ca­do­rias nos pa­le­tes é
Paletização
pa­le­te pode se tor­nar um jogo de o Tops (to­tal op­ti­mi­za­tion
Disposições de cargas
xa­drez”, res­sal­ta Er­na­ni Pau­li­no, pac­ka­ging soft­wa­re). Cria­
pelos programas da Tops
re­pre­sen­tan­te da em­pre­sa Ca­peS­ do em 1985, nos EUA, é en­con­tra­do (acima) e da CapeSystem
ystem, gru­p o an­g lo-ame­r i­c a­n o. hoje no Bra­sil em ver­são atua­li­za­da.
Se­gun­do ele, como as em­ba­la­ Uma de suas van­ta­gens é o
gens de des­pa­cho são pla­ne­ja­das cál­cu­lo da dis­po­si­ção de
para evi­tar ava­rias, os cál­cu­los em­ba­la­gens pri­má­rias ou mul­
aca­bam se tor­nan­do com­pli­ca­dos ti­packs em uni­da­des de des­
e nem sem­pre exa­tos. “Esse soft­ pa­cho.
wa­re per­mi­te, jus­ta­men­te, fa­z er

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base de ope­ra­ções da trans­por­ta­do­ Cen­tro-Oes­te do país à re­gião os mo­dais com ape­nas um do­cu­
ra é equi­pa­da com soft­wa­re de Su­des­te – pro­fis­sio­nais do se­tor men­to e uma in­ci­dên­cia tri­bu­tá­
ge­ren­cia­men­to, que permite de­fi­nir du­vi­dam de que isso ocor­ra em ria.
onde se en­con­tra o ca­mi­nhão, atra­ cur­to pra­zo. Os nú­me­ros apóiam a ne­ces­si­
vés de um lo­ca­li­za­dor, o GPS (Glo­ “A in­te­gra­ção en­tre ro­do­vias, da­de de mu­dan­ças. O Bra­sil trans­
bal Po­si­tion System). A co­mu­ni­ca­ fer­ro­vias e hi­dro­vias é di­fi­cul­ta­da por­ta cer­ca de 60% de suas car­gas
ção é bi­di­re­cio­nal. Da base para o por fa­lhas de le­gis­la­ção”, con­si­ por ro­do­vias. Aos mo­dais fer­ro­
ter­mi­nal, uma in­for­ma­ção de­mo­ra de­ra Ma­rio Ja­cob Yu­nes, ge­ren­te viá­rio e hi­dro­viá­rio são des­ti­na­
ape­nas qua­tro se­gun­dos para ser co­mer­cial da Mar­bo Lo­gís­ti­ca dos res­pec­ti­va­men­te 22% e 16%,
re­ce­bi­da. O ca­mi­nho in­ver­so con­ In­te­gra­da, di­vi­são do gru­po ata­ca­ de acordo com da­dos do Mi­nis­té­
so­me 20 se­gun­dos. Com isso há dis­ta Mar­tins, de Uber­lân­dia rio dos Trans­por­tes. Segundo a
ganhos de custos.“Podemos, por (MG). Ade­mais, lem­bra Yu­nes, a NTC – As­so­cia­ção Na­cio­nal de
exemplo, in­for­mar ao mo­to­ris­ta mul­ti­mo­da­li­da­de é frea­da pela Trans­por­te de Car­ga, a fro­ta bra­si­
so­bre uma nova car­ga que pre­ci­sa fal­ta de in­ter­câm­bio en­tre os di­fe­ lei­ra de ca­mi­nhões é de 1,1 mi­lhão
ser trans­por­ta­da, de modo a oti­mi­ ren­tes sis­te­mas de trans­por­te. veí­cu­los, com ida­de mé­dia de
zar o fre­te re­tor­no”, ilustra o ger­ Mas há pro­fis­sio­nais que acre­ 13,5 anos, quan­do o ideal é de no
ente de marketing da Autotrac. di­tam na efe­ti­va­ção do trans­por­te má­xi­mo seis anos, já que os cus­
mul­ti­mo­dal e têm su­ges­tões para tos de ma­nu­ten­ção de ca­mi­nhões
Sinais de mudança apressá-la. Uma de­las é mu­dar o mais ve­lhos são ele­va­dos.
Dos 13 000 ter­mi­nais ins­ta­la­dos mo­de­lo de tri­bu­ta­ção fis­cal. “A O nú­me­ro de ca­mi­nho­nei­ros
no Bra­sil pela empresa, a ab­so­lu­ta cada emis­são de do­cu­men­to de au­tô­no­mos é de 350 000. O res­
maio­ria é em­pre­ga­da para evi­tar trans­por­te in­ci­de um tri­bu­to di­fe­ tan­te tra­ba­lha para as apro­xi­ma­
rou­bo ou ou­tros si­nis­tros. “Aqui, ren­te”, lem­bra Os­wal­do Dias Jr., da­men­te 12 000 trans­por­ta­do­ras
o ge­ren­cia­men­to de ris­co é o car­ di­re­tor de ven­das e mar­ke­ting do exis­ten­tes no país. Des­se to­tal,
ro-che­fe”, ava­lia Costa. Mas o Ex­pres­so Ara­ça­tu­ba. Os em­pre­sá­ 95% cor­res­pon­dem a trans­por­ta­
mer­ca­do apre­sen­ta si­nais de rios rei­vin­di­cam também a efe­ti­ do­ras de pe­que­no e mé­dio por­tes,
mu­dan­ça. Não por­que as car­re­tas va­ção do Ope­ra­dor de Trans­por­te que cedo ou tar­de te­rão de ajus­tar-
es­te­jam me­nos su­jei­tas a assaltos, Mul­ti­mo­dal (OTM), pro­fis­sio­nal se aos pa­ta­ma­res tec­no­ló­gi­cos
mas de­vi­do ao au­men­to da im­por­ que po­de­ria aju­dar a pa­dro­ni­zar a cada vez mais avan­ça­dos da lo­gís­
tân­cia do ge­ren­cia­men­to lo­gís­ti­co emis­são de no­tas fis­cais. As­sim, a ti­ca. Para elas, a al­ter­na­ti­va é ser
no trans­por­te de car­gas. A trans­ car­ga po­de­ria tran­si­tar em to­dos en­go­li­das pe­las gi­gan­tes.
por­ta­do­ra Ro­do­viá­rio Mi­che­lon,
por exem­plo, con­tra­tou a Au­tro­ Com órbita baixa, gastos menores
trac só para fins de lo­gís­ti­ca.
Como acon­te­ce nos EUA, A Da­m os Su­d A­mé­r i­c a, em­p re­s a O sis­t e­m a Orb­c omm, que con­
onde os sa­té­li­tes são em­pre­ga­dos li­c en­c ia­d a do sis­t e­m a Orb­c omm su­m iu in­v es­t i­m en­t os de 500
es­pe­cial­men­te para ge­ren­ciar a para a Amé­r i­c a do Sul, vem mi­l hões de dó­l a­r es, pos­s i­b i­l i­t a
in­te­gra­ção en­tre os di­fe­ren­tes in­v es­t in­d o pe­s a­d o para ga­n har co­b er­t u­r a glo­b al a to­d as as 26
mo­dais, o mer­ca­do bra­si­lei­ro aca­ par­t i­c i­p a­ç ão no mer­c a­d o de em­p re­s as li­c en­c ia­d as para seu
mo­n i­t o­r a­m en­t o de car­g as via uso no mun­d o. Além do lo­c a­l i­
ba­rá mu­dan­do o atual per­fil, Cos­
sa­t é­l i­t e. Uma das prin­c i­p ais za­d or GPS, os sa­t é­l i­t es da Orb­
ta acre­di­ta. “Es­ta­mos vi­ven­do um
ca­r ac­t e­r ís­t i­c a dos 36 sa­t é­l i­t es comm têm sis­t e­m as de ras­t rea­
pro­ces­so de in­ver­são”, ele diz. “A
que for­m am este sis­t e­m a é sua men­t o em fre­q uên­c ia VHS.
lo­gís­ti­ca hoje já é vis­ta como um ór­b i­t a re­d u­z i­d a – cer­c a de 800 “So­m os os pri­m ei­ros a ofe­r e­c er
di­fe­ren­cial com­pe­ti­ti­vo”. qui­l ô­m e­t ros de dis­t ân­c ia da Ter­ esse ser­v i­ç o para sa­t é­l i­t es
Mu­d an­ç as significativas, ra, o que traz van­t a­g ens de cus­ co­m er­c iais”, afir­m a Oli­v ier Ter­
po­rém, de­pen­dem de uma gui­na­ to. As an­t e­n as e os ter­m i­n ais rien. Ou­t ro di­f e­r en­c ial do sis­t e­
da na atual dis­tri­bui­ção dos vo­lu­ são me­n o­r es e mais sim­p les, ma Orb­c omm é um ter­m i­n al
mes trans­por­ta­dos por mo­dal. por isso po­d em ser co­l o­c a­d os es­p e­c ial para car­r e­t as re­f ri­g e­r a­
Ape­sar de o Mi­nis­té­rio dos Trans­ di­r e­t a­m en­t e so­b re con­t êi­n e­r es das. Ele in­d i­c a pos­s í­v eis fa­l has
por­tes es­tar im­plan­tan­do es­tra­té­ ou na pró­p ria car­g a. O kit cus­t a no sis­t e­m a de res­f ria­m en­t o,
gias para efe­ti­var a mul­ti­mo­da­li­ cer­c a de 3 000 dó­l a­r es, in­for­m a uma van­t a­g em para trans­p or­t a­
Oli­v ier Ter­r ien, di­r e­t or de mar­k e­ do­r as que tra­b a­l ham com a
da­de – como a cons­tru­ção de
ting da em­p re­s a. in­d ús­t ria da car­n e.
hi­dro­vias li­gan­do o Nor­te e o

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Display
Yoki de rou­pa nova para o novo mi­lê­nio
Apro­vei­tan­do as fes­tas de
fim de ano, a Yoki re­no­vou
as em­ba­la­gens das Fa­ro­fas
Pron­tas e da Len­ti­lha. As
fa­ro­fas de mi­lho, de man­

Para não
dio­ca e sua­ve são acon­di­
cio­na­das em em­ba­la­gens
des­per­di­çar la­mi­na­das e me­ta­li­za­das,
com de­se­nhos alu­si­vos às
Ma­nei­ras efi­ca­zes para fes­tas. A em­ba­la­gem da
ge­rar eco­no­mia e ob­ter Len­ti­lha Yoki tam­bém é
re­sul­ta­dos fi­nan­cei­ros de­co­ra­da lem­bran­do a pas­
po­si­ti­vos, em 125 ca­ses sa­gem para o ano 2000.
de em­pre­sas. Esse é o
tema do li­vro Per­da$ e
Ga­nho$ - Pe­que­nas idé-
Par­ma­lat re­for­mu­la em­ba­la­gens
ias para eco­no­mi­zar A Par­ma­lat está mu­dan­do a caju em em­ba­la­
gran­des so­mas, de Allyn es­tra­té­gia de ex­po­si­ção da gens lon­ga vida
Free­man, que a Edi­to­ra mar­ca, re­for­çan­do a per­so­ de um li­tro e 200
Fu­tu­ra está co­lo­can­do no na­li­da­de de cada pro­du­to a ml, e os su­cos
mer­ca­do. O au­tor apre­ par­tir das re­fe­rên­cias do con­cen­tra­dos
sen­ta so­lu­ções que seg­men­to. ago­ra tam­bém
po­dem ser ra­pi­da­men­te Para a li­nha de chás, fo­ram têm os sa­bo­res
uti­li­za­das, para em­pre­sas cria­das em­ba­la­gens em de cajá e ace­ro­la
de qual­quer por­te, como la­tas e cai­xi­nhas Te­tra Pak, em gar­ra­fas de
as para evi­tar gas­tos inú­
fotos: divulgação

com co­res vi­bran­tes e a vi­dro de 500ml.


teis de pa­pel: re­ci­cla­gem apli­ca­ção de fru­tas sobre As em­ba­la­gens dos bis­coi­ A li­nha de quei­jos par­me­
de fren­te e ver­so e pi­co­ fun­do de go­tas. As fru­tas tos fo­ram re­for­mu­la­da, com são, mas­car­po­ne e re­quei­
ta­gem, para uti­li­za­ção em des­ta­que tam­bém apa­ o lo­go­ti­po so­bre um fun­do jão ga­nhou o selo de qua­li­
como pro­te­tor de em­ba­ re­cem nos su­cos pron­tos e azul, e com o selo fe­cha-fá­ da­de, com­pos­to pelo sím­bo­
la­gens. O li­vro tem 212 con­cen­tra­dos. O lo­go­ti­po da cil, que ga­nhou a sim­pa­tia lo da em­pre­sa den­tro de um
pá­gi­nas e cus­ta R$ 29,00. San­tàl, que pas­sou a as­si­ dos con­su­mi­do­res, se­gun­ cír­cu­lo com a fra­se em
nar mun­dial­men­te to­dos do An­dréa Cor­go­si­nho, italia­no “Qua­li­tà Par­ma­lat”.
os su­cos da em­pre­sa, ge­ren­te de pro­du­tos da As em­ba­la­gens ga­nha­ram
foi tra­ba­lha­do den­tro Pa­rma­lat. uma nova cara, com tons de
de um box ver­de. A azul mais es­cu­ros para os
li­nha de su­cos pron­tos quei­jos e mais cla­ros para
ga­nhou os sa­bo­res de os re­que­jões.
ba­na­na, ma­ra­cu­já e

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Display
Pra­tos Mag­gi de cara nova
A Nes­tlé re­for­mu­lou uma ras do fun­do. Os pra­tos de
de suas li­nhas de ali­men­ por­ce­la­na bran­ca fo­ram
tos semi pron­tos, a Pra­tos subs­ti­tuí­dos por ver­sões
Mag­gi. Além das mu­dan­ co­lo­ri­das. “Subs­ti­tuí­mos o
ças de vi­sual, fo­ram acres­ let­te­ring por uma ver­são de
cen­ta­das 7 no­vas va­rie­da­ me­lhor lei­tu­ra. Também,
des à li­nha, que ago­ra usa­mos uma man­cha em
con­ta com 14 pro­du­tos, ama­re­lo como fun­do da
en­tre Ar­roz, Pas­ta e gota Mag­gi, para trans­mi­tir
Ma­car­rão. As no­vas em­ba­ mais mo­vi­men­to e ra­pi­dez
la­gens, pro­je­ta­das pela no pre­pa­ro”, con­si­de­ra Luís
B+G De­sig­ners, apre­sen­ta­ Bar­to­lo­mei, de­sig­ner res­
ram mu­dan­ças nas tex­tu­ pon­sá­vel pe­las mu­dan­ças.

Ca­ro­na no su­ces­so da novela das oito


Ki­bon em nova
A Aris­co está lan­çan­do no­vos ato­
ma­ta­dos, ten­do em vis­ta o su­ces­so
em­ba­la­gem
e o con­tex­to da no­ve­la Ter­ra Nos­
tra. Li­cen­cia­da com ex­clu­si­vi­da­de
pela Rede Glo­bo, a em­pre­sa quer
au­men­tar sua par­ti­ci­pa­ção no mer­
ca­do de de­ri­va­dos de to­ma­te com
o ex­tra­to de to­ma­te e o mo­lho re­fo­
ga­do que le­vam a mar­ca da no­ve­la
das oito. Am­bos os pro­du­tos te­rão
dis­tri­bui­ção na­cio­nal e em­ba­la­gens
tra­di­cio­nais – la­tas de aço de 340
gramas para o mo­lho re­fo­ga­do e de
350 gramas para o ex­tra­to, com
ró­tu­lo em pa­pel.

All Day em po­ti­nhos plás­ti­cos


As ge­léias de fru­tas e o doce de lei­ rea­pro­vei­ta­dos e tra­zem de­co­ra­ções
te da li­nha All Day, da San­tis­ta Ali­ ale­gres. O de­sign pro­cu­ra im­pri­mir
men­tos, ga­nha­ram no­vas em­ba­la­ uma nova iden­ti­da­de vi­sual aos pro­
fotos: divulgação

gens es­pe­ciais para con­quis­tar o du­tos, usan­do o ver­de, o azul e o


pú­bli­co in­fan­til. São os po­ti­nhos de ver­me­lho para a di­fe­ren­cia­ção de
plás­ti­co de 230 g, que po­dem ser sa­bo­res. Em sin­to­nia com a nova ima­gem
da Ki­bon, os po­tes de um e dois
li­tros re­ce­be­ram no­vas lu­vas. Mais
so­fis­ti­ca­das e tra­zen­do o sor­ve­te
para o pri­mei­ro pla­no, as em­ba­la­
gens fi­ca­ram mais co­lo­ri­das. Os
fun­dos e os in­gre­dien­tes nos ró­tu­
los aju­dam a si­na­li­zar o sa­bor. O
de­sign das em­ba­la­gens foi de­sen­
vol­vi­do pela R234 Art De­sign.

42 – embalagemmarca • dez 1999/jan 2000


Display
Chá em lata de­co­ra­da
A Leão Jú­nior, lí­der do dual­men­te, di­vi­di­dos em
mer­ca­do na­cio­nal de nove op­ções de sa­bo­res.
chás e fa­bri­can­te do tra­ O ge­ren­te de mar­ke­ting
di­cio­nal Mat­te Leão, está da em­pre­sa, Mar­cel­lo
lan­çan­do a Se­le­ção Es­pe­ Al­mei­da, in­for­ma que o
cial Leão, uma lata de­co­ pro­du­to foi lan­ça­do
ra­da com 90 sa­chês de vi­san­do às ven­das para
chás em­ba­la­dos in­di­vi­ as fes­tas de fi­nal de ano.

Mar­ga­ri­na com Ôme­ga 3


De­pois da onda de lei­tes pri­mei­ra mar­ga­ri­na com o
fotos: divulgação

com Ôme­ga 3 (áci­do gra­ com­po­nen­te. A Mar­ga­ri­


xo po­liin­sa­tu­ra­do que na Vi­gor Ôme­ga Vit­ta tem
fa­vo­re­ce a re­du­ção de tri­ as ver­sões com e sem
gli­ce­rí­deos e da vis­co­si­ sal. Os po­tes plás­ti­cos de
da­de do san­gue), está 250g vêm em um agru­pa­
che­gan­do ao mer­ca­do a dor de pa­pel car­tão.

De­lí­cia de re­quei­jão
A mar­ca De­lí­cia, da San­tis­ta Ali­ de-ven­da. O ró­tu­lo – ama­re­lo na
men­tos, aca­ba de ga­nhar um pro­ ver­são nor­mal e azul na ver­são
du­to mais no­bre que as co­nhe­ci­ light – en­vol­ve todo o copo, dan­do
das mar­ga­ri­nas: o re­quei­jão, nor­ uma apa­rên­cia uni­for­me à em­ba­la­
mal e light. O pro­du­to é acon­di­cio­ gem. A co­mu­ni­ca­ção vi­sual do
na­do em co­pos de vi­dro de 250 novo pro­du­to foi cria­da pela de­sig­
gra­mas, com um for­ma­to di­fe­ren­ ner Malu Guer­ra Si­mões, da Ofi­ci­
cia­do, que dá des­ta­que no pon­to- na d’ De­sign.

SBP agora mata também ba­ra­tas e for­mi­gas


A Clo­rox, que de­tém a mar­ca SBP, Mata Ba­ra­tas e SBP Ma­tox Mata ampliando o guarda-chuvas SBP
lí­der no seg­men­to de ae­ros­sóis, For­mi­gas. Os dois pro­du­tos vão para outros produtos, como o SBP
lan­çou em 1999 o pri­mei­ro in­se­ti­ es­tam­par ago­ Elé­tri­co 12 ho­ras, pas­ti­lhas anti-
ci­da sem chei­ro e de­ci­diu abrir seu ra a mar­ca mos­qui­tos que têm 4 ho­ras a
guar­da-chu­vas para abri­gar mais SBP. A Clo­rox mais de du­ra­ção que as con­ven­
dois pro­du­tos: is­cas SBP Ma­tox tam­bém está cio­nais, segundo a empresa.

44 – embalagemmarca • dez 1999/jan 2000


Display
Al­lied Do­mecq etti lança maionese
para o ano 2000 e complementa linha

A bri­tâ­ni­ca Al­lied Do­mecq está A Etti está en­tran­do no mer­ca­do de


in­ves­tin­do R$ 800 mil na mo­di­fi­ca­ maio­ne­ses com o lan­ça­men­to da
ção dos seus prin­ci­pais pro­du­tos Maio­ne­se Etti em em­ba­la­gem Te­tra
para a co­me­mo­ra­ção do ano 2000. Brik Slim de 500 gra­mas, com­ple­
As mu­dan­ças são fei­tas nos ró­tu­los men­tan­do as li­nhas de con­di­men­tos
e nos es­to­jos das be­bi­das. En­tre e pro­du­tos para sa­la­da da mar­ca. No
ou­tras be­bi­das, a em­pre­sa co­mer­ ver­so da em­ba­la­gem da maio­ne­se, o
cia­li­za os uís­ques Bal­la­nti­ne´s e Tea­ con­su­mi­dor en­con­tra re­cei­tas fá­ceis
cher´s, o li­cor Fran­ge­li­co, o sherry de pre­pa­rar. A em­pre­sa de­ci­diu en­trar
La Ina e o co­nha­que Do­mecq. no mer­ca­do de maio­ne­ses de­pois de
pes­qui­sa do Ins­ti­
tu­to AC Niel­sen
ter mos­trado que
o con­su­mo do
pro­du­to vem
apre­sen­tan­do
Bom e ba­ra­to cres­ci­men­to nos
úl­ti­mos anos. Pas­
A Re­fi­na­ções de Mi­lho Bra­sil, sou de 102 200
além de in­ves­tir em suas tra­di­cio­ to­ne­la­das em
nais li­nhas pre­mium, pas­sou a 1996 para 117 000
apos­tar tam­bém no seg­men­to de to­ne­la­das em
pro­du­tos po­pu­la­res. Para isso, 1998, com pers­
lan­çou a maio­ne­se e o cat­chup pec­ti­va de atingir
Jim­mi, pro­du­tos com pre­ço in­fe­ 120 000 to­ne­la­das
rior ao de lí­de­res de mer­ca­do – em 1999.
como a maio­ne­se Hell­mann’s,
fotos: divulgação

tam­bém fa­bri­ca­da pela RMB.


“Es­ta­mos no­tan­do o cres­ci­men­to
CSN pre­sen­teia com produto nobre
do nú­me­ro de pes­soas que prio­ri­ A CSN está ino­van­do para pre­sen­tear CSN vai dis­tri­buir uma lata de aço,
zam o pre­ço”, ob­ser­va Car­los fun­cio­ná­rios e clien­tes nes­te fim de com ar­ti­gos de Na­tal e uma ca­mi­se­ta
Vi­cen­te, ge­ren­te de pro­du­to da ano. A em­pre­sa está uti­li­zan­do seu com os di­ze­res “Viva o Ano 2000”.
RMB. Ele está se ba­sean­do em pro­du­to mais no­bre, a fo­lha de flan­
um le­van­ta­men­to fei­to pela Niel­ dres (uti­li­za­da para fa­zer em­ba­la­gens
sen, que re­ve­la que 39% das ven­ de lata), para em­ba­lar seus brin­des.
das de maio­ne­se cor­res­pon­dem Para clien­tes, a em­pre­sa vai en­viar
ao fi­lão com­pos­to pe­las mar­cas duas gar­ra­fas de Möet & Chan­don
po­pu­la­res. No caso dos cat­chups, den­tro de uma em­ba­la­gem de aço
o ín­di­ce tam­bém é alto, 37%. Os com li­to­gra­fia do ar­tis­ta plás­ti­co
nú­me­ros ser­vi­ram de aler­ta à Ro­me­ro Bri­to, cu­jos tra­ba­lhos es­tão
em­pre­sa, que in­ves­tiu pe­sa­do pre­sen­tes em ga­le­rias es­pa­lha­das
para am­pliar sua par­ti­ci­pa­ção pelo mun­do. Para os em­pre­ga­dos, a
en­tre os pro­du­tos de pre­ço mais
bai­xo. A maio­ne­se che­ga às pra­
te­lei­ras em em­ba­la­gem Te­tra Pak,
com 490 gra­mas, e o cat­chup em
fras­co plás­ti­co com 400 gra­mas.
O novo de­sign fi­cou a car­go da
agên­cia Ad­ven­to Pro­pa­gan­da.

46 – embalagemmarca • dez 1999/jan 2000


EVENTOS 2000

EmbalagemMarca apenas pelo e-mail mdk@sti.com.br pelo tel. (11) 3873-0081 ou pelo
listou os eventos relacionados ao • Eas­tpack: The Po­wer of Pac­ka­ e-mail fce@mfbr.com
mercado de embalagens, não tendo ging – Maior even­to para a Cos­ta • Tec­no­Be­bi­da 2000 – Ter­cei­ra
responsabilidade ou vínculo com a Les­te dos EUA so­bre mer­ca­do de ex­po­si­ção e con­fe­rên­cias in­ter­na­
organização de nenhum deles. As em­ba­la­gens, agre­gan­do má­qui­ cio­nais so­bre tec­no­lo­gia para a
datas estão sujeitas a alterações. nas, equi­pa­men­tos, ma­te­riais e in­dús­tria de be­bi­das na Amé­ri­ca
ser­vi­ços. De 23 a 25 de maio, no La­ti­na. De 2 a 4 de agos­to, no
• IC Pac­ka­ging Tech­no­logy Expo Pennsyl­va­nia Con­ven­tion Cen­ter Pa­vi­lhão Ver­de do Expo Cen­ter
– Pri­mei­ra edi­ção do que pro­me­te (Fi­la­dél­fia, EUA). In­for­ma­ções: Nor­te (SP). In­for­ma­ções: tel. (11)
ser a maior fei­ra asiá­ti­ca de tec­no­ in­quiry@pac­ka­ging.ree­dex­po.com 3873-0081 ou pelo e-mail tecn­
lo­gia em em­ba­la­gem. Será no • Fis­pal 2000 – 16ª edi­ção da Fei­ beb@mfbr.com
Tok­yo Big Sight (Tó­quio, Ja­pão), ra In­ter­na­cio­nal da Ali­men­ta­ção, • Mo­vi­mat 2000 – Fei­ra de lo­gís­ti­
de 19 a 21 de ja­nei­ro. In­for­ma­ apre­sen­tan­do as úl­ti­mas ten­dên­ ca, mo­vi­men­ta­ção, ar­ma­ze­na­gem
ções: ic@ree­dex­po.co.jp cias em tec­no­lo­gia, equi­pa­men­tos e trans­por­te. De 15 a 18 de agos­
• In­ter­phex USA – Maior fei­ra e com­po­nen­tes, ser­vi­ços, in­su­ to, no Pa­vi­lhão Azul do Expo Cen­
mun­dial para o se­tor far­ma­cêu­ti­co, mos e au­to­ma­ção. De 13 a 16 de ter Nor­te (SP). In­for­ma­ções: tel.
com as prin­ci­pais no­vi­da­des tec­ ju­nho no Pa­vi­lhão de Ex­po­si­ções (11) 575-1400 ou pelo e-mail
no­ló­gi­cas e so­lu­ções in­dus­triais. do Par­que Anhem­bi (SP). In­for­ma­ imam@imam.com.br
De 21 a 23 de mar­ço, no Ja­cob K ções: tels. (11) 3758-0996 e (21) • Ex­po­Drink – Fei­ra In­ter­na­cio­nal
Ja­vits Con­ven­tion Cen­ter (Nova 493-5856 ou pelo e-mail fis­pal@ de Be­bi­das. De 30 de agos­to a 1º
York, EUA). In­for­ma­ções: in­quiry@ gru­po­bra­sil­rio.com.br de se­tem­bro no Expo Cen­ter Nor­
in­ter­phex.ree­dex­po.com • Mo­vlog Show – Se­gun­da edi­ção te (SP). In­for­ma­ções: tel. (11) 3063-
• Anu­ga Food Tec – Fei­ra in­ter­na­ da fei­ra in­ter­na­cio­nal de pro­du­tos, 2911 ou pelo e-mail ex­po­drink@
cio­nal de tec­no­lo­gia em ali­men­tos. ser­vi­ços e equi­pa­men­tos para spfei­ras.com.br
De 11 a 15 de abril, na Köln­Mes­se ma­nu­seio, es­to­ca­gem e lo­gís­ti­ca. • Pack Expo Bra­sil 2000 – Fei­ra
(Co­lô­nia, Ale­ma­nha). In­for­ma­ções: De 9 a 12 de maio, no Cen­tro de in­ter­na­cio­nal de em­ba­la­gem, reu­
tel. (11) 535-4799 ou pelo e-mail Ex­po­si­ções Imi­gran­tes, em São nin­do as prin­ci­pais em­pre­sas do
mdk@sti.com.br Pau­lo, SP. In­for­ma­ções: info. mer­ca­do. De 12 a 15 de se­tem­bro
• Bra­sil­pack’2000 – Fei­ra In­ter­na­ mo­vlog@ree­dex­po.com.br no In­ter­na­tio­nal Tra­de Mart (SP).
cio­nal de Em­ba­la­gem, reu­nin­do as • Me­tav – Fei­ra In­ter­na­cio­nal de In­for­ma­ções: tels. (11) 3758-0996
prin­ci­pais em­pre­sas da ca­deia de Ma­nu­fa­tu­ras e Au­to­ma­ção. De 27 ou (21) 493-5856.
em­ba­la­gem, en­va­se em ge­ral, de ju­nho a 1º de ju­lho, na Mes­se • Tech­no­plus 2000 – Fei­ra in­ter­
aca­ba­men­to e ma­té­rias-pri­mas. Dus­sel­dorf (Dus­sel­dorf, Ale­ma­ na­cio­nal de tec­no­lo­gia in­dus­trial.
Será de 24 a 28 de abril, no nha). In­for­ma­ções pelo telefone De 12 a 15 se­tem­bro, no In­ter­na­
Anhem­bi (SP). In­for­ma­ções: (11) (11) 535-4799 ou pelo e-mail tio­nal Tra­de Mart (SP). In­for­ma­
6221-9908/7295-1229 ou pelo mdk@sti.com.br ções: tels. (11) 3758-0996 ou (21)
e-mail info@bra­sil­pack.com.br • FCE Phar­ma 2000 – Quin­ta edi­ 493-5856.
• VFL: International Tra­de Fair ção da ex­po­si­ção de for­ne­ce­do­res • Fei­tin­tas 2000 – Fei­ra da in­dús­
for Lo­gis­tics-Pac­ka­ging, Trans­ de em­ba­la­gens, equi­pa­men­tos, tria de tin­tas, ver­ni­zes e pro­du­tos
port, Sto­ra­ge – Maior fei­ra aus­tría­ ma­té­rias-pri­mas e ser­vi­ços para a cor­re­la­tos. De 13 a 16 de se­tem­
ca co­brin­do to­dos os as­pec­tos de in­dús­tria far­ma­cêu­ti­ca na Amé­ri­ca bro, no In­ter­na­tio­nal Tra­de Mart
trans­por­te, es­to­ca­gem e lo­gís­ti­ca. La­ti­na. De 5 a 7 de ju­lho, no Expo (SP). In­for­ma­ções pelo telefone
A ser rea­li­za­da no Ex­hi­bi­tion Cen­ Cen­ter Nor­te (SP). In­for­ma­ções: (11) 289-5382.
tre Salz­burg (Salz­bur­go, Áus­tria), tel. (11) 3873-0081 ou pelo e-mail • Glass­tec – Fei­ra in­ter­na­cio­nal
de 17 a 20 de maio. In­for­ma­ções: fce@mfbr.com para as in­dús­trias vi­drei­ras, das
info@ree­dex­po.at • HBA South Ame­ri­ca – Ex­po­si­ mais di­ver­sas apli­ca­ções. De 24 a
• Dru­pa 2000 – Maior fei­ra de ção in­ter­na­cio­nal de for­ne­ce­do­res 28 de se­tem­bro, na Mes­se Dus­sel­
ne­gó­cios dos se­to­res grá­fi­co e de para a in­dús­tria cos­mé­ti­ca, em dorf (Dus­sel­dorf, Ale­ma­nha). In­for­
em­ba­la­gem mun­dial, que acon­te­ sua quinta edi­ção, mos­tran­do ma­ções: tel. (11) 535-4799 ou pelo
ce de cin­co em cin­co anos em ma­té­rias-pri­mas, em­ba­la­gens, e-mail mdk@sti.com.br
Dus­sel­dorf, Ale­ma­nha. De 18 a 31 equi­pa­men­tos, ter­cei­ri­za­ção e ser­ • Trans­log­mul­ti­mo­dal – Exi­bi­ção
de maio, na Mes­se­Dus­sel­dorf. vi­ços. De 5 a 7 de ju­lho, no Expo e con­fe­rên­cia para trans­por­te mul­
In­for­ma­ções: tel. (11) 535-4799 ou Cen­ter Nor­te (SP). In­for­ma­ções ti­mo­dal, lo­gís­ti­ca, ser­vi­ços de ven­
Como Encontrar

da in­ter­na­cio­nal e equi­pa­men­tos.
Em se­tem­bro, no In­ter­na­tio­nal Tra­
de Mart (SP), em data a ser con­fir­
N esta se­ção en­con­tram-se, em or­dem al­fa­bé­ti­ca, os nú­me­ros de te­le­fo­ne
das em­pre­sas ci­ta­das nas re­por­ta­gens da pre­sen­te edi­ção. Em­ba­la­gem­
Marc ­ a fica à dis­po­si­ção para outras in­for­ma­ções.
ma­da. In­for­ma­ções: info.trans­log@
3M do Brasil 0800-132333 Ibralog (31) 213-1542
ree­dex­po.com.br
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de­sign. Em se­tem­bro, data a ser Abia (11) 816-5733 Imaje (11) 5563-2344
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se­gun­da edi­ção. Será em ou­tu­bro, Apdesign (51) 331-4579
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Brasilata (11) 3662-4444
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no­vem­bro. In­for­ma­ções adiciona­ Damos SudAmérica
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ma­ções: rtdxbkk@ksc5.th.com (11) 3622-2800 Sunnyvale (11) 822-9300
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equi­pa­men­tos e tec­no­lo­gia para a Fabrima (11) 6465-2528 Tetra Pak (11) 861-2226
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Cen­tre (Bang­kok, Tai­lân­dia). (11) 269-4000
Maiores in­for­ma­ções pelo e-mail Grupo Águia Branca
thai­me­ta­lex@reed­tra­dex.co.th (27) 346-1154 Willett (11) 7295-3261

dez 1999/jan 2000 • embalagemmarca – 49


Almanaque
O dia­bo na moda O tor­ce­dor não
Nos ró­tu­los de be­bi­ quer nem sa­ber
das, o dia­bo não dei­
De onde sur­gem
xa por me­nos: está
mar­cas que, em
sem­pre de rou­pa nova.
vez de no­mes, são
Com­pa­re-se como o nú­me­ros? Um
Cujo an­da­va em 1913, exem­plo fa­mo­so,
no li­cor da An­tarc­ti­ca, o do VAT 69, tem
com seu jei­to mo­der­ni­ ori­gem cla­ra: re­fe­
nho atual, apre­sen­ta­do re-se ao nú­me­ro
no drin­que ener­gé­ti­co do bar­ril (“vat”, em in­glês) em que
ho­lan­dês Red De­vil. a des­ti­la­ria do fa­mo­so scotch en­ve­
lhe­cia seu pro­du­to. Se­gun­do os
apre­cia­do­res, o uís­que da­que­le
Yolanda, um sucesso bar­ril ga­nha­va sa­bor es­pe­cial.
No caso da mais po­pu­lar ca­cha­ça
Fiel a seu há­bi­to de ho­me­na­ do Bra­sil, a Pi­ras­su­nun­ga 51, a ori­
gem do nome é fon­te de con­tro­
gear mu­lhe­res dan­do seus
vér­sia en­tre tor­ce­do­res de ti­mes
no­m es a mar­cas de ci­gar­ro, o
de fu­te­bol. Pal­mei­ren­ses afir­mam
fun­d a­dor da Sou­za Cruz, Al­bi­
que a mar­ca foi uma ho­me­na­gem
no Sou­za Cruz, ins­pi­rou-se na
dos fa­bri­can­tes à con­quis­ta da
mo­d e­l o Yo­lan­da D’Alen­car Taça Rio (Tor­neio Mun­dial In­ter­
para lan­çar o Yo­lan­da. Pou­co clu­bes) pelo seu clu­be. O ano era
se sabe da ar­tis­ta, que não 1951, e a vi­tó­ria do Pal­mei­ras
he­s i­t ou em po­sar qua­se nua (so­bre a Ju­ven­tus da Itá­lia, que
para o la­yout do ró­tu­lo do não ti­nha nada com a coi­sa) foi
ci­g ar­ro e se tor­nou um su­ces­so con­si­de­ra­da uma es­pé­cie de vin­
de vendas du­ran­te mais de gan­ça na­cio­nal con­tra a der­ro­ta
vinte anos. Na década de 40, do Bra­sil no Mun­dial de 1950 para
o corpo inteiro da sensual o Uru­guai, no Ma­ra­ca­nã. Os pal­
mei­ren­ses se apóiam no lan­ça­
Yolanda foi substituído pelo
men­to, em 1951, de uma “Ca­ni­nha
rosto de uma loura.
Su­per Es­pe­cial”, a Pal­mei­ras 51.
Era um “pro­du­to ad­qui­ri­do dos

Na prá­ti­ca a teo­ria é ou­tra me­lho­res fa­bri­can­tes de Pi­ras­su­


nun­ga” e en­gar­ra­fa­do por Ir­mãos
Pic­co­lo, de San­ta Cruz das Pal­
A em­ba­la­gem do sa­bo­ te foram mudadas rad­ Década de 20 mei­ras (SP), fir­ma que te­ria sido
ne­te Gessy, lan­ça­do em icalmente. A exceção é com­pra­da pela In­dús­trias Mül­ler
1914, é uma das que a embalagem mais de Be­bi­das, atual dona da mar­ca
mais pas­sa­ram por recente, que remete a Pi­ras­su­nun­ga 51, a mais ven­di­da
mu­dan­ças ao lon­go de uma das primeiras. Década de 40 no Bra­sil e ex­por­ta­da para vá­rios
sua his­tó­ria. Con­tra­ Setenta anos separam paí­ses. A em­pre­sa, que este ano
rian­do a teo­ria de que as duas. Ape­sar dis­so co­me­mo­ra qua­ren­ta anos de fun­
as equi­ties de uma o sa­bo­ne­te Gessy per­ da­ção, con­fir­ma que a mar­ca foi
Década de 60
em­ba­la­gem de­vem ser ma­ne­ce for­te e sau­dá­ ad­qui­ri­da por ela, mas não tem
man­ti­das a todo cus­to, vel no mer­ca­do. Tal­vez re­gis­tro do nome do an­ti­go dono.
co­res, lo­go­mar­ca e Se­ria a Pal­mei­ras 51? Para os pal­
por­que a mar­ca seja
mei­ren­ses vale a ver­são.
ti­po­lo­gia fre­qüen­te­men­ sua prin­ci­pal equity. Embalagem atual

50 – embalagemmarca • dez 1999/jan 2000

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