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Os meus pais tiveram bom gosto, pois tenho um nome simples “Ana” e
um nome forte “ Cláudia” ambos combinam bem.
Muito antes de Eu nascer, a minha mãe, ainda criança, brincava com as
suas bonecas, que ela própria fazia, com as combinações da minha avó e as
meias do meu avô, às quais dava o nome de Ana Cláudia, às meninas e Ricardo
Alexandre, aos meninos.
Dizia sempre que eram os nomes preferidos e que mais tarde quando
tivesse um filho lhe iria colocar um desses nomes, conforme o sexo.
A minha mãe, Ana Luísa, casou-se com o meu pai, Ricardo Jorge, quando
tinham apenas vinte anos de idade em mil, novecentos e noventa e três.
Ainda muito antes de pensarem ter filhos, a minha mãe dizia que se tivesse
uma menina ia chamar-se Ana Cláudia e se fosse menino Ricardo Alexandre e
nem punha a hipótese de outro nome qualquer. O meu pai também concordou
porque gostava de ambos os nomes, pois um era o seu primeiro nome e o
outro seria o da minha mãe, mas ela nem terá pensado nisso, pois seria
Ricardo, mesmo antes de saber com quem iria casar.
Desde que estivesse de acordo, para a minha mãe tanto fazia o que
pensava.
Passados quatro anos de casados decidiram ter um filho, a minha mãe
engravidou.
Durante as quarenta semanas de gestação a minha mãe fez várias
ecografias e nunca quis saber o sexo, pois os nomes já estavam escolhidos.
Para a minha mãe a cor da roupa pouco importava, vestir-me-ia qualquer cor,
rosa ou azul, fosse menina ou menino.
A onze de Março de mil, novecentos e noventa e oito nasci, Eu do sexo
feminino, morena, de olhos e cabelo muito escuros, com três quilos e
quarenta e oito centímetros.
Daí até entrar na escola, o tempo passou muito depressa.
No meu primeiro dia de aulas em Outubro de dois mil e quatro, estava a
aguardar a entrada calmamente, pois desde os quatro meses que
frequentava o infantário e já não era bem uma novidade.
A novidade seria a professora e os colegas e isso é que me causava
alguma curiosidade.
A professora e a turma que me foi apresentada esteve comigo apenas o
primeiro período, pois no final desse passaram-me para o segundo ano
devido às minhas capacidades. Parece que foi de propósito: a professora do
segundo ano também se chamava Ana, Ana Fonseca, tal como eu e a minha
mãe.
Conheci a turma e no primeiro intervalo juntamo-nos um grupinho a
brincar e conhecermo-nos melhor, quando perguntei o nome a cada uma
delas. Logo comecei a rir, pois estávamos, Eu (Ana Cláudia), a Ana Rosa, a
Ana Sofia e ainda a Ana Beatriz, era uma turma de Anas.
Já dentro da aula, para além de outros colegas, conheci também o
Anacleto.
Esta turma seguiu até ao quarto ano, onde conhecemos a professora
Carla Lume.
Foi um ano muito difícil. A nossa professora tinha cancro no fígado, por
isso teve de se ausentar algumas vezes por períodos não muito curtos e a
nossa turma era dividida pelas outras turmas dos vários anos de
escolaridade, mas, Eu, o Pedro Conceição, a Tatiana e o Anacleto éramos
colocados sempre na outra turma do quarto ano, porque estávamos mais
avançados do que os outros.
A Ana Sofia nesse ano também foi retirada aos seus pais, pois recebia
maus tratos e vivia numa casa sem higiene nenhuma, havia até quem dissesse
que mais parecia uma pocilga.
Teve então que se separar de nós e partiu para um colégio interno para
poder ter uma vida melhor.
Foi também para nós muito difícil a separação, porque para além do seu
grande defeito, teimosa, era uma boa amiga e colega.
Embora fosse para nós um episódio muito triste, acredito que para ela
tenha sido bom sair daquele tão grande sofrimento.
A professora Carla que é madeirense, no final do ano foi para a
Madeira e só de vez em quando vem ao continente fazer tratamentos, mas
já está bem melhor.
Por isso o ano até acabou bem, a professora Carla melhor de saúde, a
Ana Sofia saiu do sofrimento e Eu passei para o quinto ano com boas notas.
Passados dois anos e meio voltei a ver a Ana Sofia numa padaria do
bairro, onde normalmente ia mostrar as malas que a minha mãe faz,
cumprimentamo-nos, mas não tive a coragem de perguntar se já estava com
os seus pais, pois não fosse fazê-la ficar triste.
Senti que ela estava feliz, bem tratada, com bom ar, saudável…
Estava acompanhada por uma senhora que não era nem sua mãe nem sua
avó, pois essas eu conhecia-as, calculei que estivesse ali de passagem a
visitar os pais, mas não me atrevi a perguntar.
Agora… sentada no banco da escola, pensava como seria voltar a ter
idade de quando andava no infantário…
Nessa altura não tinha que estudar e, até, já sabia mais do que era
exigido. Pois tinha apenas dezoito meses quando no infantário fizemos um
magusto e a educadora, Isabel, perguntou a todos os meninos presentes,
com idades compreendidas entre um e cinco anos, de que cor eram as
castanhas, mas nenhum se atreveu a responder, não sei se por vergonha ou
por não saberem.
Respondi eu: _ são castanhas.
_ Castanhas? Perguntou a auxiliar Maria João.
_ Sim, castanhas.
_ Não são castanhas, são verdes. Afirmou ela para ver se eu tinha a
certeza do que dizia.
_ São castanhas, tenho a certeza.
_ E o meu casaco, de que cor é?
_ É castanho. Respondi de imediato.
_ Não, não, também é verde. Voltava ela a negar a cor para ver se eu
estava certa do que dizia.
_ É castanho.
_ Se continuares a dizer que é castanho não comes castanhas.
Com receio que não me desse castanhas para comer disse:
_ Está bem as castanhas são verdes…
Quando me deram as castanhas para comer, logo respondi, em vez do
obrigado:
_ Eu só disse que eram verdes para comer mas as castanhas são de cor
castanha.
A partir daí, começaram a fazer-me várias perguntas sobre cores,
como por exemplo de que cor era o elefante pintado na parede, o morango
na cozinha, a relva do jardim… como respondi acertadamente a todas as
perguntas, chamaram a minha mãe, para lhe dizerem que achavam bem
levar-me a um psicólogo, para testar o meu Q.I., pois não era normal na
minha idade saber as cores todas, mesmo as mais difíceis.
Estava tão entretida a pensar, quando fui interrompida pelas minhas
colegas, Ana Filipa e Ana Catarina.
_ No que estás a pensar? – Perguntaram elas.
_ De como seria bom voltar ao infantário e não ter tanto para estudar.
Assim, elas levaram-me para a sala de convívio e estivemos divertidas
até que tocou para entrar para a aula de português.
Conclusão
História
Que sou Eu
O meu nome
Jéssica
Introdução
História
****
Passado uma semana, já estava farta de ouvir a Kristin.
Quando ela vinha falar comigo virei-me para ela e disse-
lhe que Kiki era nome de cadela e que gozasse comigo à
vontade, que eu só estaria surda para ela. Ela não disse
nada, virou-se e foi-se embora e não disse nada. Nos dias
seguintes ela nunca mais falou comigo.
Assim eu e os meus amigos divertimo-nos por causa da
Kristin.
E eu fiquei no Canadá com os meus amigos e a minha tia
para sempre.
E eles responderam:
- Nós achámos que condizia contigo e também porque é um nome
bonito. – Disse a minha mãe mexendo no seu belo cabelo.
Eu fiquei na mesma. Mas mesmo assim, pelo menos já podia
contar aos meus amigos e familiares porque tinha este nome. Já
não poderia ficar sem resposta.
Até que, quando cheguei á escola, comecei a falar com a minha
amiga Matilde, contando-lhe tudo acerca do meu nome. Ela
costuma ser um pouco mal-educada, pensa que só por ser popular
que manda em tudo e todos e depois respondeu-me:
- Isso é óbvio Patrícia. Qualquer pessoa sabe isso. Pensa lá
comigo, se os teus pais não gostassem não te davam esse nome
pois não!?
Eu já não sabia o que havia de lhe dizer e como de costume, tinha
ficado outra vez sem resposta. Ela continuava a gozar comigo, só
por eu ser a única pessoa da escola a não saber porque é que
tinha este nome.
O assunto começava-se a espalhar pela escola inteira. E então,
passados alguns dias voltei a perguntar aos meus pais a razão
deste nome.
Eles já não sabiam o que haviam de dizer, aliás, o que haveria
para dizer mais.
Mas a verdade é que todas as pessoas que eu conhecia tinham
razões perfeitamente razoáveis, uns porque como o nome era
calmo e a pessoa também identificavam-se um com o outro,
outros porque o nome na família prolongava-se por várias
gerações e isto cada vez mais ia enchendo a minha cabeça.
Até que fui pesquisar a vários sítios e acabei por descobrir que o
meu nome significava que eu poderia ser uma pessoa solitária, por
ser exigente demais com as pessoas, o que não é verdade.
Pois então no dia seguinte, já me sentia mais segura do que dizer
á Matilde. Quando eu lhe contei isto, ela ficou tão furiosa que
nunca mais voltou a gozar comigo.
Finalmente tinha ficado feliz, tinha conseguido “derrotar” a
rapariga mais popular da escola. Foi mesmo fascinante! Depois
toda a escola e os meus pais ficaram contentes comigo e nunca
mais nenhuma pessoa voltou a gozar comigo.
E então, eu aprendi que o que conta não é o que dizem sobre nós,
aliás, só assim é que descobrimos os verdadeiros amigos e
também fiquei a saber que se quisermos muito uma coisa, se
tentarmos, podemos consegui-la, tal como aconteceu comigo. Eu
queria tanto que a Matilde não gozasse mais comigo sobre o
porquê do meu nome, que no final, eu é que saí bem vista.
Patrícia Sofia Almeida Duarte Nº 15 do 7º A
Introdução.
Olá, eu sou a Luana e tenho 12 anos.
Quando a minha mãe estava grávida, dava na televisão uma
novela chamada “O rei do gado”, onde existia uma
personagem chamada Luana.
Os meus pais gostaram do nome, por ser diferente, e
decidiram dar-mo.
Eu gosto do meu nome. É diferente e até gosto quando me
perguntam “Ham? O quê?”.
O meu nome provem do Latim e significa “lua” em Italiano.
Conheço duas pessoas com o meu nome. Uma delas foi da
minha turma e outra era amiga de algumas amigas minhas,
que ma apresentaram.
A história do meu
nome.
Quando fizeram 1500 anos da descoberta do Brasil, a SIC
fez uma reportagem sobre o porquê de dar nomes brasileiros
às crianças portuguesas… convidaram os meus pais a
participar na reportagem e eles aceitaram. Eu não me lembro
de nada (tinha 2 anos), mas não faz mal.
Quando entrei para o jardim-de-infância, logo no primeiro
dia, quando os meus pequenos colegas souberam o meu nome,
ficaram todos a olhar para mim do tipo: “que raio de nome!”.
Mas eu não me importei nem um bocadinho… talvez porque
era muito pequena para perceber porquê. Enfim…
Durante os três anos que passei no jardim-de-infância,
alguns colegas meus (principalmente rapazes) costumavam
gozar com o meu nome, mas eu continuava a não ligar.
Mais à frente, já no 6º ano, um colega meu, o Rui, costumava
gozar a dizer coisas parecidas com: “Luana sempre na Lua”…
era tão parvo que eu ria-me.
Uma vez, no 6º ano, no intervalo entre a aula de
Português/Inglês/História (não me lembro) e Música, eu, o
Rui e a minha melhor amiga Jéssica escondemo-nos por trás
de um “muro” que havia ao lado das casas de banho dos
professores durante o intervalo… nós chamávamos àquilo “A
aventura”.
Por sorte (ou não), apareceu a Dona Lurdes e viu a cabeça do
Rui… nós apressámo-nos a correr para a biblioteca e pegámos
em livros ao acaso para fingir que estávamos a ler… mas
correu tudo horrivelmente mal. O Rui decidiu ser engraçado
e virou o livro de pernas para o ar, o que fez com que, tanto
a Dona Lurdes como a professora que estava na biblioteca
nos apanhasse em flagrante. A Dona Lurdes perguntou-nos
os nomes para fazer queixa de nós e, claro, tivemos que
mentir… a Jéssica disse que se chamava Diana, o Rui que se
chamava Pedro e eu disse que me chamava Sofia. Nem me
lembro de que turma dissemos que éramos…
A verdade é que nunca mais falaram connosco e não nos
metemos em problemas… mas nunca mais arriscámos a fazer
“A aventura”…
Conclusão.
Pensa positivo… a maior parte das vezes as pessoas gozam
connosco por inveja.
É muito mais fácil divertirmo-nos!
Luana Aleixo Nobre nº 10 do 7º A
Eu poderia ficar horas a falar de cada uma delas, o que cada uma (delas)
praia ou a partida para uma aventura. Um dia alguém reparou em mim, uma
Patty convidou-me para o seu 11º aniversário. Foi uma grande festa, com
manhã, o pequeno almoço sem correrias, enfim... tudo aquilo que faz com que
primeiro dia de aulas por todo um conjunto de coisas novas com que nos
alguém com a mesma personalidade que eu, alta e magra como eu, alguém
com uns cabelos castanhos como os meus e com uns olhos da cor castanho
Nas horas de recreio estávamos sempre juntas, no fim das aulas, íamos
passava.
amigas.
A amizade que nos unia houve um dia em que se desvaneceu como um nuvem
de fumo no ar. Hoje, a Danny voltou, mas a Patty nem sequer um “Olá”.
Tenho saudades desses nossos momentos que passamos juntas, dos risos de
uma amiga sempre alegre. Tu, minha amiga Patty, não és somente a
recordação, és uma amiga!
Tanto no passado, neste presente e no futuro, haverá sempre uma Danny e
uma Patty. Cada uma insubstituível. Cada uma minha amiga, à sua maneira.
Desejo de todo o coração que apesar das divergências e das diferenças que