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A noção de tempo é como a noção que temos de amor: parece algo indefinível e algo
simples, sem composição. Mas o amor inclui afeto, sexo, segurança, posse, etc. O que
chamamos de “tempo”, tem a ver com a sucessão e eventos, com a duração desta sucessão,
sem falar da memória dos fatos passados e a imaginação dos eventos futuros.
Um cientista definiu o tempo como uma força externa ao universo, divina ou natural. Mas,
alguém já saiu fora do universo para provar isto?
Temos uma teoria sobre a noção de tempo quando se refere a suas “partes”? O presente, o
passado e o futuro: são noções que se relacionam com nossa perspectiva: chamamos de
presente quando uma sensação está afetando nossa percepção, passado, quando a sensação
já não nos afeta, passou por nós, indo parar no espaço físico atrás de nós ou, ainda, dentro
de nossa memória. Futuro, consiste de todas as sensações que ainda não percebemos. Por
que usamos termos espaciais quando falamos sobre o tempo, “atrás”, “a frente”?
Uma importante objeção que me foi feita foi a seguinte: no cérebro não há dor e a memória
estando no cérebro não sentiria dor. É verdade, não há terminações nervosas lá. Mas, é no
cérebro que a dor é percebida. Quando o braço dói e no cérebro que a dor é percebida.
O que aconteceria à ciência se provamos que o tempo não existe, isto é, se o que chamamos
de tempo é apenas mudanças de lugar no espaço e o que chamamos de duração, for uma
noção subjetiva? Haveriam novas descobertas?