1 - Excelência na qualidade
A busca de excelência é uma diferenciação da
empresa e a qualidade é hoje uma das principais
estratégias competitivas nas diversas empresas e nos
diversos setores.
O termo Qualidade vem do latim Qualitas,
considerando-se assim um conjunto de características de
todos os produtos ou serviços com planejamento, praticas
e verificação, visando superar as expectativas das
pessoas envolvidas. Do ponto de vista de diferentes
pessoas, considera-se qualidade um produto bem
elaborado, ou um atendimento eficaz. “Qualidade só é
função para o órgão responsável pela qualidade na
empresa e para as pessoas que neles trabalham. Para os
demais, qualidade é objetivo estratégico”. (CERQUEIRA,
1992. pg.132).
Qualidade é alcançar ou procurar alcançar o
padrão mais alto, em lugar de conter-se com o que é frágil
ou fraudulento, não admitindo-se compromisso com a
segunda classe (MAXIMIANO, 2005)
De acordo com a NBR ISO 9000 (2000), o conceito
de qualidade é descrito como um conjunto de
propriedades e característica de serviços, processo ou
produto, que lhes forneçam a capacidade de satisfazer as
necessidades explicitas ou implícitas das pessoas.
Segundo Maximiano (2005) “qualidade é o
atendimento das especificações previstas, pelos serviços
que são prestados aos clientes”. Significando a aplicação
dos melhores talentos e esforços para produzir os
resultados mais elevados.
A qualidade de um serviço pode ser definida como
o conjunto total das características do marketing, ou
serviços que satisfazem as expectativas dos clientes.
(FEIGENBAUM apud MAXIMIANO, 2005)
Talvez a definição mais simples da qualidade seja
aquela inspirada por Deming (1950). Fornecer boa
qualidade significa "fazer o que é correto e da forma
correta.
A preocupação com a qualidade dos serviços
prestados não é coisa recente; desde a época dos antigos
fenícios e romanos, a qualidade na prestação dos
serviços já era uma preocupação constante, tanto que
foram desenvolvidos padrões de qualidade, métodos e
ferramentas específicas para a execução desses serviços.
2 - Caracterizando os serviços
Costuma-se dizer que os serviços são menos
tangíveis que os bens ou mercadorias, pois sua produção
e consumo ocorrem simultaneamente. Os serviços são
inseparáveis de seus produtores, podendo assim variar
bastante em preço e qualidade.
3 - Conhecendo o cliente
Em linhas gerais, uma empresa prestadora de
serviços pode conhecer seus clientes de duas maneiras:
De forma geral, através do conhecimento dos
padrões e motivações de consumo da clientela. Os
métodos para a obtenção dessas informações podem ser
abrangentes, como pesquisas de mercado, ou mais
restritos, como o preenchimento de questionários pelos
clientes, caixinhas de sugestões, malas-diretas, e-mails
destinados a criticas. Enfim qualquer meio que traga até a
empresa a opinião do cliente sobre os serviços prestados.
De forma individual, através do relacionamento dos
clientes com o pessoal da linha da frente. Os profissionais
que estão em contato direto com os clientes quase
sempre têm uma boa idéia de suas expectativas e
necessidades. (SENAC, 2007)
Tipos de clientes
Cliente decidido - sabe o que quer e tem
conhecimento do produto, já sondou os concorrentes mais
próximos e muitas vezes está pronto para fazer uma
compra imediata.
Dicas para atendê-lo - ouvir mais do que falar; fazer
a venda rapidamente, porem deixar o cliente decidir a
hora do fechamento; não competir em conhecimentos
com o cliente, mas se necessário, dar-lhe novas
informações, realizar demonstrações curtas, usando uma
linguagem técnica; ser prestativo
Cliente indeciso – busca informações que
subsidiem sua decisão de compra e compara as
diferentes condições oferecidas pela concorrência.
Dicas para atendê-lo - fazer perguntas breves para
descobrir o que o cliente está procurando; deixá-lo à
vontade, prontificando-se a atendê-lo; mostrar-lhe
rapidamente as promoções disponíveis; ter à mão todo o
material de apoio à venda, com manuais, panfletos e
folhetos; no momento apropriado, tomar pelo cliente a
decisão da compra.
Cliente confuso – tem uma vaga noção de seus
desejos e necessidades e se mostra indeciso diante de
muitas opções.
Dicas para atendê-lo – fazer perguntas básicas
para descobrir seus desejos e necessidades; limitar desde
logo o número de opções conforme a disponibilidade da
loja e as próprias necessidades do consumidor;
argumentar de forma simples e persuasiva.
Cliente apressado – dá mostras de agitações e
impaciência, consultando muitas vezes o relógio.
Dicas para atendê-lo – ser paciente; atende-lo
como se ele fosse um cliente “decidido”, fazendo demos
trações rápidas e simples; tratá-lo com objetividade e
realizar um rápido fechamento.
Cliente sem pressa – é metódico, raramente
compra por impulso e costuma pensar duas vezes antes
de tomar qualquer decisão.
Dicas para atendê-lo – mostrar calma, paciência e
interesse, limitar o numero de opções para evitar
indecisão; estar preparado para repetir os principais
argumentos de venda, deixar que ele indique o momento
adequado para o fechamento da venda.
Cliente comunicativo – muitas vezes deseja apenas
estabelecer um simples contato social.
Dicas para atendê-lo – agir com cortesia, ouvindo-o
atenciosamente, mas procurando descobrir logo suas
intenções de compra; evitar, educadamente, assuntos não
relacionados com o processo de venda; deixá-lo vender
para si mesmo, incentivando-o a discutir méritos dos
diversos produtos.
Cliente não comunicativo – dificilmente procura
estabelecer qualquer tipo de comunicação verbal.
Dicas para atendê-lo – observar atentamente suas
expressões e gestos; limitar desde logo as opções
disponíveis, com perguntas do tipo “sim” ou “não”;
elaborar um discurso que ele poderia assumir como dele
mesmo.
Cliente atento – costuma prestar muita atenção no
que dizem os funcionários da loja, fazendo-lhes muitas
perguntas.
Dicas para atendê-lo: responder detalhadamente
às suas perguntas, evitando, porém, ser enfadonho;
encaminhá-lo gradualmente para o fechamento da venda.
Cliente desatento – costuma chegar acompanhado
de crianças impacientes ou estar preocupado com algum
outro problema, de modo que é difícil prender sua
atenção.
Dicas para atendê-lo: mostrar paciência; limitar o
número de opções oferecidas e não aprofundadas em
eventuais demonstrações; procurar descobrir logo seus
desejos e necessidades e então concentrar-se numa
escolha e fechar a venda.
Cliente que só diz sim – deseja ser socialmente
aceito e freqüentemente está disposto a gastar algum
dinheiro com quem o recebe bem.
Dicas para atendê-lo - esforçar-se para descobrir
seus verdadeiros desejos e necessidades, evitando
“empurrar” mercadorias, de modo a conquistar sua
confiança e fidelidade; formular uma série de perguntas
do tipo “sim” para conduzir a venda a um fechamento
positivo.
Cliente “estrela” – gosta de atrair as atenções para
si mesmo, freqüentemente fazendo pedidos absurdos e
tentando demonstrar conhecimento do que realmente
possui.
Dicas para atendê-lo - mostrar paciência, não
tomando como pessoais as criticas que ele possa fazer;
dar toda a atenção que ele deseja; evitar discutir ou dar
motivos para tanto; apelar para o seu ego, de modo a
desarmá-lo em suas tentativas de argumentação; procurar
resolver os problemas por ele apresentados.
Cliente negociador – deseja sentir que está
ganhando alguma vantagem extra com a compra.
Dicas para atendê-lo – ser prestativo e mostrar os
benefícios do produto a ser vendido; estar aberto a
negociações, mas não ceder fácil, para evitar
desconfiança.
(SPILLER et al, 2004)
Vendendo promessas
Toda a estratégia global de marketing de um
serviço deve estar centrada na precisa avaliação e no
gerenciamento da expectativa do cliente. Dada a
intangibilidade de um serviço, podemos definir a sua
venda como a “venda de uma promessa”.
É importante compreender o impacto que certas
características dos serviços podem ter nas expectativas
do cliente, antes durante e depois da sua execução.
A venda de um serviço é totalmente baseada na
promessa de que ele irá de fato atender à expectativa do
consumidor. Por isso a empresa de serviços deve sempre
prometer, através da comunicação, da promoção e da
venda, algo realista, compatível com a expectativa do
cliente. (SPILLER et al, 2004)
Ética
A palavra Ética é derivada do grego Ethos, que o
filósofo Aristóteles bem definiu como credibilidade
adquirida por uma pessoa através da sua inteligência,
bom caráter e respeito pelo público.
Pode ser definido ainda como o estudo dos
costumes, caráter, moral ou espírito de uma época
O primeiro movimento pelo qual passou o sistema
econômico brasileiro rumo à modernidade e à busca da
qualidade foi, sem sombra de dúvida, gerado pela entrada
no país das normas da série ISO-9000, voltadas para a
implantação de sistemas da qualidade total nas
empresas.
Mercado, não basta agregar qualidade aos seus
produtos e serviços. Embora esse fator seja primordial e
os clientes cada vez mais exigentes nesse sentido, a
conquista da credibilidade é mais ampla. Ela requer
outros itens componentes do portfólio de uma Empresa e,
certamente, a ética é um desses principais itens.
Acreditamos que brevemente veremos a chegada
da ISO - Ética. Por isso, as empresas precisam preparar-
se para implantar o seu Programa de Ética. (NASH,
BOOKS, 2001).
A dimensão ética relativa aos compromissos
assumidos pela prestadora de serviços é fator decisivo
para a qualidade. Em resumo, a empresa não deve
prometer além daquilo que pode cumprir.
Não custa lembrar que ninguém engana muitas
pessoas por muito tempo. A empresa que,
intencionalmente, não cumpre o que promete está fadada
ao fim, mais cedo ou mais tarde.
É evidente que a questão ética implica a
responsabilidade da empresa sobre os serviços
prestados. A empresa ética, que sela um compromisso
com a qualidade e quer se manter no mercado, precisa
assegurar os direitos do consumidor, bem como reparar
os prejuízos ou os danos decorrentes da prestação de
seus serviços. Entendemos que a dimensão ética permeia
as relações entre cliente e prestadora de serviços é
fundamental. Numa época em que os produtos são
tecnologicamente tão parecidos e os consumidores estão
mais atentos aos seus direitos, às empresas só resta uma
alternativa: manter o cliente satisfeito. Descontentar o
cliente uma vez pode significar perde-lo para sempre.
(SENAC, 2007)