AVANZI O.; CHIH LY.; MEVES R.; CAFFARO M. F. S.; PELLEGRINI J. H. Cifose torácica e músculos isquiotibiais: correlação estético-funcional. Acta Ortop Bras. 2007; 15(2):93-96.
A presente pesquisa objetivou ratificar a relação entre as disfunções torácicas em aumento da cifose com a contratura dos músculos isquiotibiais (isquiossurais). Tais correlações são importantíssimas para o confirmação de toda a linha de raciocínio das cadeias musculares de Léopold Busquet, a cadeia de flexão, neste caso.
As disfunções torácicas relacionadas pelo autor foram a Doença de Scheuermann (DS) ou cifose juvenil e a Dorso Curvo Postural (DCP), onde a primeira se refere a um processo patológico em deformidade com aumento da curvatura cifótica associada a deformação (acunhamento) dos platôs vertebrais adjacentes, enquanto que a última possui o aumento da cifose, porém sem contraturas musculares adjacentes, com características mais \"flexíveis\", sendo acompanhadas por uma lordose lombar acentuada. As referidas disfunções são avaliadas, de acordo com o estudo, através da flexão anterior do tronco ou com movimento de hiperextensão, o que corrobora com as formas de avaliação do método Busquet, o qual avalia as zonas planas ou de \"quebras\".
Para a comunidade científica, a DS possui uma etiologia obscura desde suposições em relação à necrose vertebral, assim como uma teoria mecânica, a qual reforça os fatores compressivos na coluna vertebral como a principal causa da disfunção. Tal teoria mecânica, se assemelha bastante às idéias do método Busquet, uma vez que são evidências de superprogramações das cadeias musculares \"opostas\" (cadeias de flexão e extensão), o que geraria um vetor resultante de compressão articular (co-contração).
Porém, a elevada freqüência de pacientes com alterações cifóticas e encurtamentos nos músculos isquiossurais, assim como no iliopsoas, tem influenciado os pesquisadores médicos a questionar esta relação, o que nos deixa esperançosos para a prática do tratamento dos pacientes de maneira multiprofissional.
O estudo analisou 38 pacientes jovens (média 15,4 anos), nos quais 20 possuíam DS e 18 eram portadores do DCP. A avaliação foi realizada através do ângulo de Cobb (radiografias torácica em perfil -- padrão angular de normalidade 20 - 45 graus) para verificar a flexibilidade radiográfica, e a medição do ângulo poplíteo para analisar o encurtamento dos isquiossurais.
Quanto aos resultados encontrados, 84,2% dos pacientes analisados (32) apresentaram contratura dos isquiossurais (p<0,001), sendo estatisticamente significante. Além dos achados específicos de cada disfunção, nos quais 85% dos indivíduos com DS e 83,3% com DCP foi constatado a contratura dos isquiossurais. Porém, o estudo não encontrou valores significativos em relação ao aumento da disfunção com maior incidência do \"encurtamento\" muscular. Resultados já encontrados em análises anteriores de Fisk e cols (1984).
Através dos conceitos de compreensão global e integral encontrados na relação contentor x conteúdo do método Busquet, torna-se evidente a justificativa da elevada incidência da contratura dos isquiossurais com disfunção torácica em aumento da cifose, tais como a DS ou DCP, pois integram o que chamamos de cadeia muscular de flexão, sendo assim interligadas por toda continuidade das cadeias. A cadeia de flexão é responsável por todo movimento em flexão das estruturas corporais, com a flexão do tórax responsável pelo aumento da cifose e a tríplice flexão do membro inferior, resultando na contratura dos isquiossurais. A partir do trabalho através do método, podemos solucionar de maneira satisfatória tanto a hipercifose torácica, ou uma possível DS, como a contratura dos isquiossurais.
Randy Marcos
Professor Assistente da Formação Busquet Brasil
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AVANZI O.; CHIH LY.; MEVES R.; CAFFARO M. F. S.; PELLEGRINI J. H. Cifose torácica e músculos isquiotibiais: correlação estético-funcional. Acta Ortop Bras. 2007; 15(2):93-96.
A presente pesquisa objetivou ratificar a relação entre as disfunções torácicas em aumento da cifose com a contratura dos músculos isquiotibiais (isquiossurais). Tais correlações são importantíssimas para o confirmação de toda a linha de raciocínio das cadeias musculares de Léopold Busquet, a cadeia de flexão, neste caso.
As disfunções torácicas relacionadas pelo autor foram a Doença de Scheuermann (DS) ou cifose juvenil e a Dorso Curvo Postural (DCP), onde a primeira se refere a um processo patológico em deformidade com aumento da curvatura cifótica associada a deformação (acunhamento) dos platôs vertebrais adjacentes, enquanto que a última possui o aumento da cifose, porém sem contraturas musculares adjacentes, com características mais \"flexíveis\", sendo acompanhadas por uma lordose lombar acentuada. As referidas disfunções são avaliadas, de acordo com o estudo, através da flexão anterior do tronco ou com movimento de hiperextensão, o que corrobora com as formas de avaliação do método Busquet, o qual avalia as zonas planas ou de \"quebras\".
Para a comunidade científica, a DS possui uma etiologia obscura desde suposições em relação à necrose vertebral, assim como uma teoria mecânica, a qual reforça os fatores compressivos na coluna vertebral como a principal causa da disfunção. Tal teoria mecânica, se assemelha bastante às idéias do método Busquet, uma vez que são evidências de superprogramações das cadeias musculares \"opostas\" (cadeias de flexão e extensão), o que geraria um vetor resultante de compressão articular (co-contração).
Porém, a elevada freqüência de pacientes com alterações cifóticas e encurtamentos nos músculos isquiossurais, assim como no iliopsoas, tem influenciado os pesquisadores médicos a questionar esta relação, o que nos deixa esperançosos para a prática do tratamento dos pacientes de maneira multiprofissional.
O estudo analisou 38 pacientes jovens (média 15,4 anos), nos quais 20 possuíam DS e 18 eram portadores do DCP. A avaliação foi realizada através do ângulo de Cobb (radiografias torácica em perfil -- padrão angular de normalidade 20 - 45 graus) para verificar a flexibilidade radiográfica, e a medição do ângulo poplíteo para analisar o encurtamento dos isquiossurais.
Quanto aos resultados encontrados, 84,2% dos pacientes analisados (32) apresentaram contratura dos isquiossurais (p<0,001), sendo estatisticamente significante. Além dos achados específicos de cada disfunção, nos quais 85% dos indivíduos com DS e 83,3% com DCP foi constatado a contratura dos isquiossurais. Porém, o estudo não encontrou valores significativos em relação ao aumento da disfunção com maior incidência do \"encurtamento\" muscular. Resultados já encontrados em análises anteriores de Fisk e cols (1984).
Através dos conceitos de compreensão global e integral encontrados na relação contentor x conteúdo do método Busquet, torna-se evidente a justificativa da elevada incidência da contratura dos isquiossurais com disfunção torácica em aumento da cifose, tais como a DS ou DCP, pois integram o que chamamos de cadeia muscular de flexão, sendo assim interligadas por toda continuidade das cadeias. A cadeia de flexão é responsável por todo movimento em flexão das estruturas corporais, com a flexão do tórax responsável pelo aumento da cifose e a tríplice flexão do membro inferior, resultando na contratura dos isquiossurais. A partir do trabalho através do método, podemos solucionar de maneira satisfatória tanto a hipercifose torácica, ou uma possível DS, como a contratura dos isquiossurais.
Randy Marcos
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A presente pesquisa objetivou ratificar a relação entre as disfunções torácicas em aumento da cifose com a contratura dos músculos isquiotibiais (isquiossurais). Tais correlações são importantíssimas para o confirmação de toda a linha de raciocínio das cadeias musculares de Léopold Busquet, a cadeia de flexão, neste caso.
As disfunções torácicas relacionadas pelo autor foram a Doença de Scheuermann (DS) ou cifose juvenil e a Dorso Curvo Postural (DCP), onde a primeira se refere a um processo patológico em deformidade com aumento da curvatura cifótica associada a deformação (acunhamento) dos platôs vertebrais adjacentes, enquanto que a última possui o aumento da cifose, porém sem contraturas musculares adjacentes, com características mais \"flexíveis\", sendo acompanhadas por uma lordose lombar acentuada. As referidas disfunções são avaliadas, de acordo com o estudo, através da flexão anterior do tronco ou com movimento de hiperextensão, o que corrobora com as formas de avaliação do método Busquet, o qual avalia as zonas planas ou de \"quebras\".
Para a comunidade científica, a DS possui uma etiologia obscura desde suposições em relação à necrose vertebral, assim como uma teoria mecânica, a qual reforça os fatores compressivos na coluna vertebral como a principal causa da disfunção. Tal teoria mecânica, se assemelha bastante às idéias do método Busquet, uma vez que são evidências de superprogramações das cadeias musculares \"opostas\" (cadeias de flexão e extensão), o que geraria um vetor resultante de compressão articular (co-contração).
Porém, a elevada freqüência de pacientes com alterações cifóticas e encurtamentos nos músculos isquiossurais, assim como no iliopsoas, tem influenciado os pesquisadores médicos a questionar esta relação, o que nos deixa esperançosos para a prática do tratamento dos pacientes de maneira multiprofissional.
O estudo analisou 38 pacientes jovens (média 15,4 anos), nos quais 20 possuíam DS e 18 eram portadores do DCP. A avaliação foi realizada através do ângulo de Cobb (radiografias torácica em perfil -- padrão angular de normalidade 20 - 45 graus) para verificar a flexibilidade radiográfica, e a medição do ângulo poplíteo para analisar o encurtamento dos isquiossurais.
Quanto aos resultados encontrados, 84,2% dos pacientes analisados (32) apresentaram contratura dos isquiossurais (p<0,001), sendo estatisticamente significante. Além dos achados específicos de cada disfunção, nos quais 85% dos indivíduos com DS e 83,3% com DCP foi constatado a contratura dos isquiossurais. Porém, o estudo não encontrou valores significativos em relação ao aumento da disfunção com maior incidência do \"encurtamento\" muscular. Resultados já encontrados em análises anteriores de Fisk e cols (1984).
Através dos conceitos de compreensão global e integral encontrados na relação contentor x conteúdo do método Busquet, torna-se evidente a justificativa da elevada incidência da contratura dos isquiossurais com disfunção torácica em aumento da cifose, tais como a DS ou DCP, pois integram o que chamamos de cadeia muscular de flexão, sendo assim interligadas por toda continuidade das cadeias. A cadeia de flexão é responsável por todo movimento em flexão das estruturas corporais, com a flexão do tórax responsável pelo aumento da cifose e a tríplice flexão do membro inferior, resultando na contratura dos isquiossurais. A partir do trabalho através do método, podemos solucionar de maneira satisfatória tanto a hipercifose torácica, ou uma possível DS, como a contratura dos isquiossurais.
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PROCESSO DE RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA - CIVIL - PENAL Regula o direito de representao e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, nos casos de abuso de autoridade. O Presidente da Repblica: Fao saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1 O direito de representao e o processo de responsabilidade administrativa civil e penal, contra as autoridades que, no exerccio de suas funes, cometerem abusos, so regulados pela presente Lei. Art. 2 O direito de representao ser exercido por meio de petio: a) dirigida autoridade superior que tiver competncia legal para aplicar, autoridade, civil ou militar culpada, a respectiva sano; b) dirigida ao rgo do Ministrio Pblico que tiver competncia para iniciar processo-crime contra a autoridade culpada. Pargrafo nico. A representao ser feita em duas vias e conter a exposio do fato constitutivo do abuso de autoridade, com todas as suas circunstncias, a qualificao do acusado e o rol de testemunhas, no mximo de trs, se as houver. Art. 3 Constitui abuso de autoridade qualquer atentado: - Vide Smula n 172 e do STJ a) liberdade de locomoo; b) inviolabilidade do domiclio; c) ao sigilo da correspondncia; d) liberdade de conscincia e de crena; e) ao livre exerccio do culto religioso; f) liberdade de associao; g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exerccio do voto; h) ao direito de reunio; i) incolumidade fsica do indivduo; j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exerccio profissional. (Alnea acrescentada pela Lei n 6.657, de 05.06.1979) Art. 4 Constitui tambm abuso de autoridade: - Vide Smula n 172 e do STJ a) ordenar ou executar medida privativa de liberdade individual, sem as formalidades legais ou com abuso de poder; b) submeter pessoa sob sua guarda ou custdia a vexame ou a constrangimento no autorizado em lei; c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a priso ou deteno de qualquer pessoa; d) deixar o juiz de ordenar o relaxamento de priso ou deteno ilegal que lhe seja comunicada; e) levar priso e nela deter quem quer se proponha a prestar fiana, permitida em lei;
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas,
emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrana no tenha apoio em lei, quer quanto espcie, quer quanto ao seu valor; g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importncia recebida a ttulo de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa; h) o ato lesivo da honra ou do patrimnio de pessoa natural ou jurdica, quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competncia legal; i) prolongar a execuo de priso temporria, de pena ou de medida de segurana, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de liberdade. (Alnea acrescentada pela Lei n 7.960, de 21.12.1989) Art. 5 Considera-se autoridade, para os efeitos desta Lei, quem exerce cargo, emprego ou funo pblica, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem remunerao. Art. 6 O abuso de autoridade sujeitar o seu autor sano administrativa civil e penal. 1 A sano administrativa ser aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistir em: a) advertncia; b) repreenso; c) suspenso do cargo, funo ou posto por prazo de 5 (cinco) a 180 (cento e oitenta) dias, com perda de vencimentos e vantagens; d) destituio de funo; e) demisso; f) demisso, a bem do servio pblico. 2 A sano civil, caso no seja possvel fixar o valor do dano, consistir no pagamento de uma indenizao de quinhentos a dez mil cruzeiros. 3 A sano penal ser aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Cdigo Penal e consistir em: a) multa de cem cruzeiros a cinco mil cruzeiros; b) deteno por 10 (dez) dias a 6 (seis) meses; c) perda do cargo e a inabilitao para o exerccio de qualquer outra funo pblica por prazo at 3 (trs) anos. 4 As penas previstas no pargrafo anterior podero ser aplicadas autnoma ou cumulativamente. 5 Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de qualquer categoria, poder ser cominada a pena autnoma ou acessria, de no poder o acusado exercer funes de natureza policial ou militar no municpio da culpa, por prazo de 1 (um) a 5 (cinco) anos. Art. 7 Recebida a representao em que fr solicitada a aplicao de sano administrativa, a autoridade civil ou militar competente determinar a instaurao de inqurito para apurar o fato. 1 O inqurito administrativo obedecer as normas estabelecidas nas leis municipais, estaduais ou federais, civis ou militares, que estabeleam o respectivo processo. 2 No existindo no municpio, no Estado ou na legislao militar normas reguladoras do inqurito administrativo sero aplicadas supletivamente, as disposies dos artigos 219 a 225 da Lei n 1.711 , de 28 de outubro de 1952 (Estatuto dos Funcionrios Pblicos Civis da Unio).
3 O processo administrativo no poder ser sobrestado para o fim de aguardar a
deciso da ao penal ou civil. Art. 8 A sano aplicada ser anotada na ficha funcional da autoridade civil ou militar. Art. 9 Simultneamente com a representao dirigida autoridade administrativa ou independentemente dela, poder ser promovida, pela vtima do abuso, a responsabilidade civil ou penal ou ambas, da autoridade culpada. Art. 10. Vetado. Art. 11. ao civil sero aplicveis as normas do Cdigo de Processo Civil. Art. 12. A ao penal ser iniciada, independentemente de inqurito policial ou justificao, por denncia do Ministrio Pblico, instruda com a representao da vtima do abuso. Art. 13. Apresentada ao Ministrio Pblico a representao da vtima, aqule, no prazo de quarenta e oito horas, denunciar o ru, desde que o fato narrado constitua abuso de autoridade, e requerer ao Juiz a sua citao, e, bem assim, a designao de audincia de instruo e julgamento. 1 A denncia do Ministrio Pblico ser apresentada em duas vias. Art. 14. Se o ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade houver deixado vestgios o ofendido ou o acusado poder: a) promover a comprovao da existncia de tais vestgios, por meio de duas testemunhas qualificadas; b) requerer ao Juiz, at setenta e duas horas antes da audincia de instruo e julgamento, a designao de um perito para fazer as verificaes necessrias. 1 O perito ou as testemunhas farso o seu relatrio e prestaro seus depoimentos verbalmente, ou o apresentaro por escrito, querendo, na audincia de instruo e julgamento. 2 No caso previsto na letra "a" dste artigo a representao poder conter a indicao de mais duas testemunhas. Art. 15. Se o rgo do Ministrio Pblico, ao invs de apresentar a denncia requerer o arquivamento da representao, o Juiz, no caso de considerar improcedentes as razes invocadas, far remessa da representao ao Procurador-Geral e ste oferecer a denncia, ou designar outro rgo do Ministrio Pblico para oferec-la ou insistir no arquivamento, ao qual s ento dever o Juiz atender. Art. 16. Se o rgo do Ministrio Pblico no oferecer a denncia no prazo fixado nesta Lei, ser admitida ao privada. O rgo do Ministrio Pblico Poder, porm, aditar a queixa, repubi-la e oferecer denncia substitutiva e intervir em todos os trmos do processo, interpor recursos e, a todo tempo, no caso de negligncia do querelante, retomar a ao como parte principal. Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de quarenta e oito horas proferir despacho, recebendo ou rejeitando a denncia. 1 No despacho em que receber a denncia, o Juiz desiguar, desde logo, dia e hora para a audincia de instruo e julgamento, que dever ser realizada, improrrogavelmente, dentro de cinco dias. 2 A citao do ru para se ver processar, at julgamento final e para comparecer andincia de instruo e julgamento, ser feita por mandado sucinto que, ser acompanhado da segunda via da representao e da denncia.
Art. 18. As testemunhas de acusao e defesa podero ser apresentadas em Juzo,
independentemente de intimao. Pargrafo nico. No sero deferidos pedidos de precatria para a audincia ou a intimao de testemunhas ou, salvo o caso previsto no artigo 14, letra "b", requerimentos para a realizao de diligncias, percias ou exames, a no ser que o Juiz, em despacho motivado, considere indispensveis tais providncias. Art. 19. hora marcada, o Juiz mandar que o porteiro dos auditrios ou o oficial de justia declare aberta a audincia, apregoando em seguida o ru, as testemunhas, o perito, o representante do Ministrio Pblico ou o advogado que tenha subscrito a queixa e o advogado ou defensor do ru. Pargrafo nico. A audincia smente deixar de realizar-se se ausente o Juiz. Art. 20. Se at meia hora depois da hora marcada o Juiz no houver comparecido, os presentes podero retirr-se, devendo o ocorrido constar do livro de trmos de audincia. Art. 21. A audincia de instruo e julgamento ser pblica, se contrriamente no dispuser o Juiz, e realizar-se- em dia til, entre dez (10) e dezoito (18) horas, na sede do Juzo ou, excepcionalmente, no local que o Juiz designar. Art. 22. Aberta a audincia o Juiz far a qualificao e o interrogatrio do ru, se estiver presente. Pargrafo nico. No comparecendo o ru nem seu advogado, o Juiz nomear imediatamente defensor para funcionar na audincia e nos ulteriores trmos do processo. Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o Perito, o Juiz dar a palavra sucessivamente, ao Ministrio Pblico ou ao advogado que houver subscrito a queixa e ao advogado ou defensor do ru, pelo prazo de quinze minutos para cada um, prorrogvel por mais dez (10), a critrio do Juiz. Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferir imediatamente a sentena. Art. 25. Do ocorrido na audincia o escrivo lavrar no livro prprio, ditado pelo Juiz , trmo que conter, em resumo , os depoimentos e as alegaes da acusao e da defesa, os requerimentos e, por extenso, os despachos e a sentena. Art. 26. Subscrevero o trmo o Juiz, o representante do Ministrio Pblico ou o advogado que houver subscrito a queixa, o advogado ou defensor do ru e o escrivo. Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte forem difceis e no permitirem a observncia dos prazos fixados nesta Lei, o juiz poder aument-los, sempre motivadamente, at o dbro. Art. 28. Nos casos omissos, sero aplicveis as normas do Cdigo de Processo Penal, sempre que compatveis com o sistema de instruo e julgamento regulado por esta Lei. Pargrafo nico. Das decises, despachos e sentenas, cabero os recursos e apelaes previstas no Cdigo de Processo Penal. Art. 29. Revogam-se as disposices em contrrio. H. Castello Branco-Presidente da Repblica.