HISTRIA DE OLINTO PEGORARO (PLATO, ARISTTELES E KANT)
FORTALEZA 2015
Olinto inicia o texto considerando a tica da transcendncia em Plato e a
tica da imanncia em Aristteles como alicerces para o nascimento da tica na idade grega. Enquanto Plato considera que as coisas humanas, sensveis, so cpias das coisas ideais, supra-sensveis, Aristteles encontra razes naturais para as coisas, justificando-as em si mesmas. Toda a obra de Plato tem um profundo sentido tico. So trs eixos centrais que comandam a tica platnica: primeiro, a justia na ordem individual e social na prtica da virtude; segundo, a transcendncia do Bem, fundamento seguro e inabalvel da conduta humana e da distino entre o bem e o mal. Por ltimo, as virtudes humanas e a ordem poltica presididas pela justia. A justia lei e fundamento da ordem csmica justa; Plato eleva-se ao supremo Bem e ao mundo das Ideias, fundamento ontolgico do universo belo e ordenado pela lei. Em Plato o comeo da tica est no fim e o fim est no comeo e o meio exato no existe. Para Aristteles: 1) A tica natural, onde toda a sociedade produto natural, alm da individualidade. 2) A tica finalista, ela alcana a finalidade; produz um bem e chega meta. 3) A tica racional, harmoniza os impulsos biolgicos, instintivos e sensitivos pela razo (EN, 10, 7). 4) A heteronomia da tica vem de fora, da natureza, sem escolha, o homem nasce tico por ser um animal inteligente. Mas, suas aes para serem ticas, precisam ser decididas pela liberdade. Kant pensava que a moralidade pode resumir-se num princpio fundamental, a partir do qual se derivam todos os nossos deveres e obrigaes. Chamou a este princpio imperativo categrico. Na Fundamentao da Metafsica dos Costumes (1785) exprimiu-o desta forma: Age apenas segundo aquela mxima que possas ao mesmo tempo desejar que se torne lei universal.. Kant deu igualmente outra formulao do imperativo categrico. Mais adiante, na mesma obra, afirmou que se pode considerar que o princpio moral essencial afirma o seguinte: Age de tal forma que trates a humanidade, na tua pessoa ou na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca apenas como um meio.. No faz sentido, portanto, encarar os seres racionais apenas como um tipo de coisa valiosa entre
outras. Eles so os seres para quem as meras coisa tm valor, e so os seres
cujas aces conscientes tm valor moral. Kant conclui, pois, que o seu valor tem de ser absoluto, e no comparvel com o valor de qualquer outra coisa.