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D´URSO PASSA A INTEGRAR COMUNIDADE

DE JURISTAS DE LÍNGUA PORTUGUESA


Fonte: OAB SP http://www.oabsp.org.br/noticias/2010/01/22/5915

O presidente da OAB SP, Luiz Flávio Borges D´Urso, assinou nesta quarta-feira (20/1),
a Ata de Constituição da Comunidade de Juristas de Língua Portuguesa, criada em
dezembro do ano passado na Faculdade de Direito de Lisboa.

Na reunião, Marques da Silva, D´Urso, Paulo Hamilton e Nelson Faria

"Tive o privilégio de assinar a ata de fundação dessa comunidade internacional que


fortalece a cidadania mundial, onde juristas de língua portuguesa de origens diversas
poderão discutir problemas que afligem a cidadania e que aflige também a democracia,
o estado de direito em tantos pontos desse planeta. As questões pertinentes à advocacia
também serão postas especificamente pela OAB SP, onde estaremos suscitando debates
sobre esta nefasta flexibilização do nosso sigilo profissional, das nossas garantias e
prerrogativas. É uma honra integrar essa nova entidade que, certamente, terá uma
valiosa contribuição a dar ao mundo do Direito e à agilização da Justiça”, afirmou,
lembrando a importância de disseminar em escala mundial o conhecimento jurídico de
língua portuguesa. A CJLP congrega oito países de língua portuguesa: Angola, Brasil,
Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé Príncipe e Timor Leste.

Segundo o desembargador Marco Antonio Marques da Silva , do TJ-SP, a nova


entidade tem como proposta unir operadores do Direito e juristas para que possam
trabalhar juntamente com seus governos, os organismos internacionais e as entidades na
busca de um mundo mais humano, mais justo, onde a cidadania seja efetivamente algo
concreto, não só formal. “Os juristas têm compromisso com isso, sejam os advogados,
professores, magistrados, o MP, delegados, procuradores, ou seja, os operadores do
Direito num sentido amplo devem se unir, em especial o chamado mundo lusófano, da
língua portuguesa, de Camões, Fernando Pessoa, Machado de Assis e tantos outros”,
afirmou.

Na avaliação do advogado Nelson Faria de Oliveira, que atua no Brasil e em Portugal e


integra a CJLP , a aproximação dos juristas dos países de língua portuguesa acontece a
partir da própria necessidade da internacionalização. “Nós temos que fortalecer o
mundo lusófono no seu Direito. Na medida em que os juristas de todos esses países se
unam, nós poderemos, de certa forma, ter mais força nos organismos internacionais, seja
na União Européia, na ONU. Nós teremos força suficiente para pressionar as grandes
entidades internacionais no sentido de tomar posições que venham a colaborar com os
países lusófonos por uma melhora, principalmente uma melhora social como um todo,
na medida em que os juristas vão poder utilizar essa força em prol dos seus próprios
povos como um todo, sempre irmanados em função desse laço comum que é a língua
portuguesa”, explica.

Para Paulo Hamilton Siqueira Jr, coordenador do curso de Direito da FMU , a CJLP
vem na esteira do mundo globalizado, da sociedade da informação. “Essa sociedade
vem contribuir com esse mundo, interligando os países de língua portuguesa. Foi
oportuna a indicação como membro fundador do nosso presidente, Luiz Flávio Borges
D’Urso, que tem feito um trabalho excepcional em prol da advocacia. Creio que todos
ganham, os advogados do estado de São Paulo, a magistratura, com essa intenção de
internacionalizar o Direito, que é algo oportuno”, comenta.

A CJLP ainda irá realizar uma Assembléia para definir diretoria, estatuto e inscrição de
membros.“ Estamos numa fase inaugural, na qual estamos primeiro juntando esse
universo de juízes, dos fundadores propriamente ditos, e a segunda etapa será formar as
bases que levem esses conceitos aos demais juristas. Nós não queremos que a CJLP seja
reputada como uma entidade brasileira e portuguesa; a gente quer que todos os países
participem com afinco, por isso pretendemos que cada um dos países tenha a sua gestão,
a sua presidência, e se fortaleça com relação a isso”, explica Nelson.

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