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ANO III Nº 14
EDITORIAL precisamos
fazer algo,
É Fogo! urgentemen-
te.
Nunca é
D urante o período de estiagem em 2007, tivemos,
talvez, o maior dano florestal de Valença.
Todos os anos, paulatinamente, a falta de zelo, a
d e m a i s
lembrar que
água é vida e
irresponsabilidade, o uso medieval de técnicas agrícolas e hoje já se
a queima para a produção de pastos, têm dizimado nossas guerreia por
matas e 2007 foi o ápice dessa destruição. ela. Os
Tivemos grandes incêndios que arrasaram a Serra dos incêndios
Mascates, o Parque do Açude da Concórdia e a parte da Foto Luiz Francisco e s t ã o
Serra da Concórdia em Juparanã, na EMBRAPA, este o ameaçando a produção de água, pois sem mata não há
pior de todos, fora os vários morros do entorno da cidade e água. Nossos rios sofrem, também, com a poluição pelo
da periferia. lixo, pelo esgoto, pelo desperdício, enfim pelo mau uso
Não podemos mais contemporizar. Ou tomamos que deles fazemos.
medidas enérgicas em relação aos responsáveis (todos Valença vive uma situação delicada em relação a este
sabem que esses incêndios foram provocados) por esses assunto e não estou me referindo a briga pela empresa que
crimes ou vamos tornar o município um grande deserto, vai ou não gerir este recurso, pois este é mais um item do
com muito pasto, pouco boi e as colônias de cupim se problema.
multiplicando. Para encerrar, como foi dito acima sem mata não tem água
Hoje pouco se fala no assunto. Tempo chuvoso, água e alguém conhece rio sem água? Pois é.
"sobrando", umidade lá em cima, porque nos Em tempo: Embora pouca gente saiba o IEF está, não
preocuparmos? É aí que está o problema, deveríamos estar sei de que forma, autuando os responsáveis pelo incêndio
trabalhando, fazendo campanha, esclarecendo, de suas matas (nossas), espero que não haja
principalmente nas propriedades vizinhas às áreas da contemporização e que a lei seja aplicada com rigor.
Serra da Concórdia e da Serra dos Mascates.
Onde estão sendo treinadas as brigadas de incêndio que
tanto foram discutidas no auge das queimadas? Lembram Fazenda Secretário
dos artigos e do falatório? "precisamos formar uma
brigada", precisamos isto, aquilo, etc. cadê? Até hoje nada
foi feito.
O período chuvoso vai passar e depois? Vamos,
O rio Secretário desce, suave e murmurante, a
pequena encosta nas terras da fazenda que leva seu
nome, atravessa o belo bosque e cruza os jardins junto a
novamente, ficar olhando o fogo destruir o que resta?
Vamos tornar a ficar no blá, blá, blá, esperneando e falando grandiosa construção centenária escorrendo ruidosamente
em brigada? por grandes lages de pedra, formando uma cachoeira de
Ainda é tempo, devemos e podemos agir, temos que aproximadamente 30m, depois segue serpeando pelo vale,
cobrar do governo ações preventiva, podemos convocar as servindo a outras fazendas até sumir no horizonte.
pessoas que têm se preocupado com o problema, enfim A fazenda secretário, ou do secretário foi fundada no
início do
século XVIII,
seu primeiro
proprietário foi
o Secretário de
Governo do
Rio de Janeiro,
José Ferreira
Fonte. Não se
tem certeza Fazenda São Bento
se a fazenda Gênesis Tôrres
recebeu este
nome por
causa de seu
cargo ou
por causa
M a r c o
inicial da
colonização no
do rio que Va l e d o R i o
também é Iguaçu, a
secretário. fazenda São
Ou será que Bento originou-
o rio recebeu este nome por causa do secretário? se nas terras
No início do século XIX Laureano Correa e Castro, doadas pela
que viria a se tornar Barão de Campo Belo, adquiriu a Marquesa Ferreira ao mosteiro de São Bento, em 1596.
fazenda e por volta de 1830 iniciou a construção da sede.
O projeto é atribuído ao major Koeler, que foi encarregado Esta herdeira era a viúva de Cristovão Monteiro, primeiro
pelo imperador da criação do povoado que originou proprietário das sesmarias ofertadas por Estácio de Sá no
Petrópolis, na antiga fazenda do Córrego Seco, e projetou ano de 1565, em terras hoje pertencentes à cidade de
o palácio imperial, hoje Museu Imperial de Petrópolis. Na Duque de Caxias.
segunda metade do século a Secretário chegou a possuir Neste local, os monges Beneditinos fizeram erguer
meio milhão de pés de café e cerca de 350 escravos. Por inicialmente uma capela dedicada a Nossa Senhora das
sua sede
passaram Candeias. No século XVIII, as terras passaram para as
viajantes mãos da irmandade de N. Sra. do Rosário dos Homens
famosos Pretos.
c o m o Com relação à Ordem Monástica dos Beneditinos,
Ribeirole assim se expressa a Revista do Instituto Histórico, vol.
s e o
artista 142, p. 107: "Não sei quem primeiro entre os nossos
V i t o r historiadores identificou aqueles frades brancos franceses
Frond como monges beneditinos e os localizou nas vizinhanças
q u e do rio Iguaçu. Até hoje ninguém levantou dúvidas a
produziu respeito do lugar deste estabelecimento religioso; apenas
uma bela houve leve divergência de opinião sobre a Ordem
imagem
da sede da fazenda, talvez a mais conhecida e apreciada de monástica a que deviam ter pertencido aqueles (frades
todas. brancos), segundo Machado de Assis e Vieira Fazenda, os
O interior do solar é decorado por várias obras do consideravam monges de S. Bernardo, isto é,
pintor catalão José Maria Paneilla y Villaronga, ou cistercienses, enquanto Rocha Pombo, simplesmente os
simplesmente Villaronga, artista que residiu e casou-se teve por beneditinos. Tendo-se a lembrança que os
em Valença e que a partir dos anos 50 abandonou a família cistercienses apenas formam um grande ramo da grande
correndo o vale a pintar e projetar obras que hoje são família monástica de São Bento. Por outro lado, sabe-se
marcas de sua época. Na secretário sua obra mais
destacada é um painel com cerca de 11m de comprimento. que até hoje todos os monges beneditinos que se acham
Depois de passar por vários proprietários a fazenda foi como missionários nas zonas tropicais vestem-se de
adquirida, nos anos 80, pela Sra. Martha Ribeiro de Brito branco".
que desde então vem realizando um belo trabalho de C o m o
restauração desta histórica propriedade. afirmava
A fazenda recebe visitas, orientadas pela Sra. Martha Anchieta:
que nos leva a uma viagem no tempo e além de todo o bom "traziam
gosto da decoração, dos belos móveis de época do interior
do solar, ainda podemos desfrutar do bosque paradisíaco aqueles
e dos jardins que adornam a residência. A caminhada por f r a d e s
suas alamedas floridas, com o fundo musical dos pássaros, brancos os
produz uma sensação indescritível de paz e enlevo que nos meninos
faz perder a noção de tempo e da crua realidade que do gentio
vivemos no dia a dia. vestidos
foto do início dos anos 20 autor não identificado
Texto, Pesquisa e F otos - Luiz Francisco com o seu
rancisco
Foto Luiz F
Casa que pertenceu a Caetano Pentagna fins do séc. XIX início do XX?
Reis
icardo
Foto R
Oficinas da
Central do Brasil
construídas entre
1912/14
Uma das “técnicas” utilizadas para apagar a memória coletiva de uma cidade
Casa que pertenceu ao visconde de Pimentel e foi sede da 1ª Igreja
Presbiteriana em 1910 - obra de Antonio Jannuzzi - demolida em 2002
Fotos de
Solar dos Nogueiras - construido em 1855 - destruído por incêndio 2001 Luiz Francisco
15/02/2003
Foto
Luiz
Franc
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