Mas para alm de tudo isto, no podemos deixar de ficar ainda mais
preocupados com o nvel de impostos at agora praticados, quando pensamos
que em 2015, devido ao fim das clusulas de salvaguarda no IMI e ao aumento
expectvel das receitas do Estado com o IRS, sero retirados do rendimento
disponvel das famlias sintrenses muitos mais milhes do que aqueles que
foram subtrados em 2014, o que nos faz temer que, face inexistncia de
investimentos, de apoios sociais relevantes e de incentivos s empresas e s
juntas de freguesia, aqui estejamos, daqui por 1 ano, a debater tudo aquilo que
no foi feito em Sintra, acompanhado de um saldo em caixa que ultrapassar os
70 ou 80 Milhes de Euros.
Senhor Presidente,
Senhoras e Senhores Vereadores,
Impostos elevados em contexto de crise econmica e social, ausncia de
investimento na qualificao do espao pblico, quebra de compromissos com
as juntas de freguesia, ausncia de apoio ao tecido empresarial, ausncia de
polticas de qualificao das condies de trabalho dos colaboradores
municipais e a falta de solidariedade para com as associaes das nossas
comunidades so opes nas quais no nos revemos.
No entanto, a prestao de contas de 2014 exigente do ponto de vista tcnico,
transparente quanto aplicao dos dinheiros pblicos, mesmo se um desastre
quanto s opes polticas.
E no justo equilbrio entre estas posies, em que se por um lado nos
distanciamos quanto estratgia poltica, por outro reconhecemos o rigor e o
cuidado que se viram colocados na sua apresentao, que a deciso pela
absteno na votao encontra expresso.
Esses so, alis, os pressupostos para que o nosso voto nesta matria e em
futuras situaes, v no mesmo sentido.