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ACRDO
Vistos, relatados e discutidos os autos.
Acordam os Desembargadores integrantes da Dcima Sexta
Cmara Cvel do Tribunal de Justia do Estado,
unanimidade, em dar parcial provimento ao primeiro apelo
do Banco, prejudicada a apreciao do segundo apelo.
Custas na forma da lei.
Participaram do julgamento, alm do signatrio, os
eminentes Senhores DES. PAULO AUGUSTO MONTE LOPES
(PRESIDENTE E REVISOR) E DESA. HELENA RUPPENTHAL
CUNHA.
Porto Alegre, 19 de outubro de 2005.
DES. ERGIO ROQUE MENINE,
Relator.
RELATRIO
DES. ERGIO ROQUE MENINE (RELATOR)
e riscos. grifei.
Por sua vez, o pargrafo 3, do mesmo artigo, estabelece
as situaes excludentes da responsabilidade objetiva do
fornecedor de servios quando existe um acidente de
consumo, vejamos:
Art. 14. (...)
(...)
3 O fornecedor de servios s no ser responsabilizado
quando provar:
I - que, tendo prestado o servio, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
Verifica-se, do exame dos autos, que os demandantes ao
apresentares os fatos, anexaram os documentos que
comprovam a retirada dos valores de sua conta-corrente
(fls. 28/46). Tambm anexaram o registro de ocorrncia (fl.
47), bem como solicitao instituio financeira sobre o
ocorrido, tanto que esta procedeu o imediato bloqueio de
todos os cartes referentes a conta-corrente dos autores
(cf. fl. 46).
Incontroverso, portanto, que o banco requerido reconheceu
a existncia de clonagem nos cartes magnticos dos
autores, pois no havia outro motivo para proceder o
mencionado bloqueio.
A rigor, de ressaltar que essa modalidade delitiva
(clonagem de cartes) pblica e notoriamente conhecida,
inclusive com ampla divulgao nos meios de imprensa. Por
maior razo deve o banco estar atento a isso, inclusive
devendo ter equipamentos de segurana, tal como exige a
Lei 7.102/83, art. 2, inc. I.
Dessa forma, tenho que o caso dos autos enquadra-se
perfeitamente no que dispe o artigo 14, do CDC. Somente
seria afastada a responsabilidade objetiva da instituio
financeira se esta provasse a culpa exclusiva do consumidor
ou de terceiro ou mesmo que, prestado o servio, o defeito
inexistiu em conformidade do que dispe o pargrafo 3, do