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PSCC EVE YP FV UP PU TUTE UT UES Prof. Faw wove Pseda ~ Doo» Universidade Federal Fluminense DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELETRICA. SUBESTACOES .. ~ (TEE 04087) (1 VOLUME) (A PROF. FRANCISCO SALGADO CARVALHO r » ¥ » , PEPE ETS CIT ewww www wee APRESENTACAO O aprendizado do “assunto” Subestagdes inclui o estudo de uma grande variedade de t6picos, Na vida profissional, depois de formado, dificilmente um engenheiro eletricista lidaré, simultaneamente, com assuntos to variados, assim como teré que fazer durante o periodo que estiver cursando a cadeira de Subestagdes, ministrada do 9° periodo do Curso de Engenharia Elétrica, Entre outros assuntos, deverto ser estudados na Cadeira de Subestagies, na medida em que o tempo disponivel permitir: #Conceitos Gerais de Subestagies; ‘#Diagramas Elétricos, ¢Diagramas Unifilares; +Coordenagao de Isolamento; Matha de Terra; ‘#Servigos Auxiliare’; ‘#CAlculo de Distancias de Isolamento no Ar; ‘¢Dimensionamento de Isoladores; #Sobretensdes; +Noodes de Protepao de Sistemas Elétricos; + Automagdo de Subestagées; #Desenvolvimento do arranjo fisico de subestagées. Um bom rendimento, no decorrer do curso, s6 seré conseguido com uma boa organizagéio da matéria a ser ministrada. Esta apostila é um guia da matéria a ser apresentada, mas no constitui todo 0 curso, Assim, € importante que o aluno entenda que o seu bom aproveitamento sé seré conseguido com uma combinagio de fatores que inclue: a) Estudo do material contido nesta apostila e, eventualmente, em outras referéncias indicadas ao longo do curso; b) Freqiiéncia as aulas, nas quais o material contido na apostila sera complementado; ©) Solugtio dos varios trabalos de casa, Estes trabalhos serio coordenados com 0 material apresentado através dos dois recursos acima descrilos, Prof. Francisco Salgado Carvalho Niteréi—Rio de Janeiro Margo - 2000 TOR P TV PP E e e PPFPE TT VVeVewwwwwwwwwe: Pees EE SUMARIO CAPITULO 1 SUBESTACOES — CONCEITOS GERAIS 1 Introdugdo ... 0... e cece eee ere es 2. Equipamentos Componentes e suas FungSes 3. Simbolos Utilizados na Elaboragao de Unifilares 4. tapas do Projeto de uma Subestagdo.........-. 5. feito das Condigdes Ambientais.........0..0.0000e cee creteeees 10 CAPITULO 2 : SUBESTACOES — DIAGRAMAS ELETRICOS ee ea 1. Diagramas Blétricos . .. 2. Diagrama Unifilar . Ltt Diagram Toler ee Meet neste te eee 16 4, Diagrama Esqueméticos (ou Funcionais) .. . 5. Diagrama Construtivos ... 0.00000 cee cece eeceeeeec ee teeeeeeeees 19 6. Normas para Execugdio de Diagramas....00.0000000seeeeseeeeeee 20 Apéndice A Niimeros Indicadores de Fungtio de Dispositivos Empregaclos em Protegao e Controle (Nomenclatura ASA — American Standard Association) . . CAPITULO 3 Hi SUBESTAGOES ~ DIAGRAMAS UNIFILARES BASICOS .........-.----27 1. Diagramas Unifilares BASICOS ......06 6606s 0 ccc eeeteeeeetee eee ees 28 2. Barramento Simples . 3. Barramento Principal e Auxiliar 4. Barramento Duplo .....--. 5. Barramentoem Anel.........+-.+ - 36 6. Barramento Disjuntor e Meio........- Barramento Dois Disjuntores .......6..664+ See Beta) Resumo da Comparagfo dos Diagramas Unifilares Basicos..... CAPITULO 4 7 SUBESTAGOES ~ COORDENAGAO DE ISOLAMENTO..... 1. Introdugo . .. ’ » y ’ ¥ » ’ » » » , 2. Coneeitos BASICOS o.oo eee ee tteeees bettered » > 3. Classificago da Tsolagto . 46 } 4. Ensaios Dielétricos..........6ecceccecceeeeeeeeeeees veeeee AT > 5. Niveis de Isolamento Normalizados . 50 > . > 6. Selego de Para-Raios 22.2.6... ccececeeeeee eect eeeeeeeeeeeees 50 } 7. Margens de Seguranga 55 Pp 8. Exemplos Praticos de Coordenagdo de Isolamento.......6..06050204 55 Pp > Apéndice A > Sobretens®es—Conecitos Basicos ........-.60.seeeeseeeee Eso: Pp Apéndice B r Selegiio de Para-Raios de Oxido de Zinco 0... 6.-0ee ese ever ener eee 63 , p CAPITULO 5 SUBESTACOES — MALHA DE TERRA ....-. 0000 00000ceeeeeeeeeeeeed 70 1. Tntrodugio.... eas tesstrnseieicfeeireteeiccaot ea nN 2. Proteglio Contra Contatos Indiretos.........66scsessveeseeeeeeeeee 1 3. Choque Bliétrico 0.0. eee eee ceeeeeeeeeeneecceseeeeetenenerees 1 4, Influéncia do Valor da Corrente Elétrica.....2.. 22.20 ee eee eeeeee 72 5. Corrente Maxima Admitida pelo Corpo Humano . 4 6. Tensto de Toque (ou de Contato) 7. Tenstio de Toque Maxima... 8. Tensio de Passo. . 9. Tensio de Passo Maxima......... 10. . Corregdo do Potencial de Toque ¢ de Passo Maximo Admissivel devido 7 r p e 7 is m is a * : s a a x » Raed eae ae ae Ade heen taltolataiain ie & Colocagao de Brita na Superficie . 11, Medida de Potencial de Toque... 12. Medida de Potencial de Passo . Apéndice A CAleulo da Malha de Terra Apéndice B Medigio de Resistividade do Solo ‘Apéndice C Estratificagdio do Solo ¢ Determinagdo da Resistividade Aparente do Solo ARES oo, Sqepaneliy Eminithadiny tin ove TebsTaes « CAPITULO 6 : i SUBESTAGOES - SERVIGOS AUXILIARES EM CORRENTE CONTINUA 103 1. Introdugiio.. Pee eer eerete outer Oe 2, Suprimento de Corrente Continua numa Subestago 104 EHH Betoelas Seer ete et ral 107 4. Dimensionamento de Baterias Alealinas ........0+6606++ 4 5. Dimensionamento de Baterias Chumbo Acidas........ 02625-00020 122 6. Carregadores de Baterias 123 ‘Apéndice A Servigos Auxiliares 060006000 eeeeee -125 CAPITULO 7 e SUBESTAGOES — CALCULO DE DISTANCIAS DE ISOLAMENTO NO AR E DIMENSIONAMENTO DE ISOLADORES ....... +--+ 2220206 132 1. Distneias de Tsolamento no Ar... ....... 0000 eeeeeeeeeteeeeeeeee 133 2. Determinagio das Distéincias Minimas no Ar. . 3. Determinagiio da Distancia Fase-Terra..... 002-62 00e eee sete ee eee 137 4, Fatores de “Gap” Encontrados numa Subestago ... 6.666 see eee ee 145 5. Determinagio da Distancia Fase-Fase . 145 6, Dimensionamento de Isoladores ....... . wee eee LAB PIII III TE ewww wwe eee eee ” PP Apéndice A Corregiio para Condigdes Atmosféricas Diferentes das Padronizadas . CAPITULO 8 : SUBESTACOES — PARA-RAIOS . 1. Introdugto 2. Detalhes Construtivos dos Para-Raios ......... Caracteristicas de Protegao dos Para-Raios..........0... 4+ 4. Aspectos Relacionados com a Selego de Para-Raios . 5 Para-Raios de Oxido de Zinco........ 7 ceeeee ee ATS 6. Nommas.. 7. Bibliografia CAPITULO 9 - SUBESTAGOES ~ SOBRETENSOES 9 PARTE 1 ESTUDOS DE SOBRETENSOES — OBIETIVOS E CONCEITOS BASICOS....... erase trees erat 8D 1, Introduglo sees eee Beier 182 2. Coneeitos Basicos os... ceeeeeeeeeseeeeateeteeee 182 3. Bibliografia. 184 PARTE2 __ : SOBRETENSOES TEMPORARIAS .... 1. Introdugo OF Falins para (lemma seeps ei re ee peer cre ated 7 3. Rejeigdio de Carga... 2... ceee Pe oe eee 4, Efeito Ferranti. 193 5. Ressonfincia e Ferro-Ressonancia.....0......ceecceceeveecneeeees 194 CHBSEEEE Us [ctsc (0: SSSPESSTe Arai NCP UnRDEAPE DS ONA FONAPENAPEGAS LOPSUGRPONPEONPEArSt 197 PARTE3 SOBRETENSOES ATMOSFERICAS. 198 FOV ne ee ee es , ry w YS rc As Descargas Atmostféricas ... 3. Efeito das Descargas nos Sistemas de Poténeia ..... 4. Incidéncia de Descargas nas Linhas e Subestagbes......000c000000eeee 209 beer Bibliograhiesi reine eereserseeeeeereeeieeeeeeeregeeeeereeetieertee +213 PARTE4 SOBRETENSOES DE MANOBRA...... 0 cceeeeeeeeee fe Sisal elect tr ia 1. Introdugaio.. 2. Bnergizagfo,e Religamento de Linhas . .. 3. Chaveamento de Capacitores ¢ Reatores .. 4, Aplicagio ¢ Eliminago de Falta... . 229 5. Rejeigdo de Carga... 2... cece eeeeeecseeeeeeeseeeereseeeeeeee 31 6. Bnergizagto de Transformadores -233 7. Outras Operagiies de Manobra Tensiio de Restabelecimento Através do Disjuntor 9. Resumo das Principais Manobras ¢ Valores Tipicos de Sobretensdes ..... 237 LOH Bibliogratier eae ee ae a eee eee reer 237 CAPITULO 10 SUBESTACOES ~ SISTEMAS DE CONTROLE SUPERVISOR E DE AQUISIGAO DE DADOS «0.22. 2..2eeeeeeeeceeeeeeeeeetsttenees ce 2d Oc er : epee nett 045 2. Controle ¢ Supervisfio. .... = 245 3. Canais de Comunicagio Utilizados nos Sistemas SCADA...............247 4, Configuragdes de um Sistema SCADA 5. AUnidade Master... 6 AsUnidades Remotas (RTU)..........222-- aetna = +250 7. Indicago de Status (Posigfo) ......... eee {VRP TPT PE Tw ww eww ww www PoP vey wv ere er ee 10. i 12, 13. Detecgdo de Mudanca Momentnea e Registro de Seqiiéncia de Eventos... 251 Registro das Operagdes (Arquivos Historicos) Aplicagdes Adicionais de um Sistema SCADA . Fatores de Confiabilidade dos Sistemas SCADA ‘Unidades Remotas Computadorizadas Conclusdes oo... 062+ ° a > & < Vv SUBESTAGOES ~ CONCEITOS GERAIS ‘emo RRRRREREK REE MREKE CE PIV III ww www: PPP PPR Tr PT OT Fr VV Dy 1, INTRODUCAO ‘Uma subestagdo & a parte de um sistema de poténcia, concentrada em um dado local, que compreende um conjunto de equipamentos de manobra, de transformagio, de compensagio e outros utilizados para dirigir 0 fluxo de energia e possibilitar a. sua diversificagdo, através de rotas alternativas. A subestagdo permite a instalago de dispositivos de protegao automatica capazes de detectar os diferentes tipos de faltas que ‘ocorrem no sistema e de isolar os trechos onde estas faltas acontecem, 34Skv B4Skv OF Se BYSkY 137Ky sé np sé age SE nen As subestagdes se classificam quanto a: a) Funcdo Subestacio secionadora (também chamada de subestagio de manobra ou de chaveamento) — interliga circuitos de suprimento sob 0 mesmo nivel de tensio, pos itando sua multiplicagao. E também adotada para possibilitar o secionamento de circuitos permitindo sua energizado em trechos sucessivos de menor comprimento. Subestasio transformadora — converte a tenso de suprimento para um nivel maior ou menor. No primeiro caso é chamada de SE transformadora elevadora ¢ no segundo caso de SE transformadora abaixadora. Geralmente, uma subestagao transformadora proxima aos centros de geragdo ¢ uma SE transformadora elevadora. Uma subestago no final de um sistema de transmissio, proxima dos centros de carga, ou de suprimento a uma industria é uma SE transformadora abaixadora, b) Modo de instalacio dos equipamentos em relacio ao meio ambiente Subestacio exterior ou externa — equipamentos instalados a0 tempo ¢ sujeitos as condigies atmosféricas desfavoraveis de temperatura, chuva, poluig&o, vento, ete., as quais desgastam os materiais componentes (exigindo portanto manutengaio mais frequente) e reduzem o isolamento Subestacio interior ou interna — equipamentos instalados 20 abrigo do tempo. Este abrigo pode se constituir de uma edificagdo, de uma cimara subterrinea ou de cubiculos, quando entio a subestagio pode ter a designagao de SE blindada, LOO WV WT wer ww wwe ww wee ee wee ewe ee ee ee ee 2. EQUIPAMENTOS COMPONENTES E SUAS FUNCOES Uma subestago compreende usualmente os seguintes equipamentos (total ou parcialmente): a) —_ Equipamentos de transformagio ‘Transformadores de poténcia, transformadores de corrente e transformadores de potencial (indutivos ou capacitivos). Estes dois ultimos sio também chamados de transformadores de instrumentos. Os transformadores de poténcia (ou de forga) tem por finalidade transferir a energia elétrica de um conjunto de circuitos para outro, elevando ou abaixando o nivel de tensio Os transformadores de instrumentos (corrente ou potencial) tem a finalidade de reduzir 4 corrente ou a tensdo respectivamente a niveis compativeis com os valores de suprimento de relés ¢ medidores. Os transformadores de potencial capacitivos tem uma finalidade adicional que ¢ possibilitar 0 acoplamento do sistema primério (de poténcia) ao sistema de ondas portadoras (cartier ), utilizado com a finalidade de se transmitir sinais para protego e/ou comunicago entre duas subestagoes através das linhas de transmissao. b) —_ Equipamentos para compensacio de reativos Reator derivagto ou série, capacitores derivagdo ou série, compensador sinerono ou compensador estatico, Os reatores derivacdo séo ligados entre o sistema de transmissao e a terra (fase-terra) € objetivam introduzir uma indutancia que compense 0 efeito capacitivo de linhas em vazio ou com carga leve, sendo usados para limitagao de sobretensdes temporérias ou permanentes. Eles podem ser chaveados ou no, dependendo da necessidade de limitar sobretensdes durante, por exemplo, energizagao de linhas ou permanentemente. Os reatores série stio geralmente instalados com o propésito de aumentar a impedancia entre partes do sistema diminuindo o nivel de curto-circuito, Geralmente, sua aplicagiio é bastante reduzida. Os capacitores derivagao, ligados também entre o sistema ¢ a terra (fase-terra), tem por finalidade regular a tenso do sistema, através do fornecimento de poténcia reativa predominantemente em regimes de carga pesada. Normalmente sio chaveados. Os capacitores série aumentam o limite de transmisséo de poténcia ativa de uma linha de transmissao, através da redugdo da reatincia série da linha. Como decorréncia, permitem uma melhor estabilidade do sistema ¢ ainda redug&o do nimero de circuitos em paraielo, Os compensadores sincronos permitem um controle constante da poténcia reativa, podendo fornecer poténcia reativa capacitiva (se superexcitados) ou absorver poténcia reativa indutiva (se subexcitados). No entanto, convém notar que eles contribuem para a OI 9 New ew ew we wee ww eee POPPI EP IEF Ty Pr ry corrente de curto-circuito, apresentam elevada inércia © que pode conduzir a problemas de estabilidade, e, em se tratando de maquinas rotativas requerem manutengiio mais, frequente. Os compensadores estiticos consistem usualmente de uma combinago de reatores derivagio e de capacitores derivacao, ambos chaveados por tiristores. S40 normalmente limitados a classe 72,5 kV, 0 que significa que devem ser ligados a transformador elevador para acoplamento ao sistema, ou eventualmente ao terciétio de um transformador de poténcia, Sao equipamentos modemos, de resposta rapida as necessidades de poténcia reativa do sistema. Um de seus aspectos mais importantes ¢ 0 controle. ©) Equipamentos de manobra Disjuntores e secionadoras. Os disjuntores sd chaves automaticas para operagéio em carga, podendo sua operacao ser manual ou automatic, sendo esta tiltima pela operagao de relés de protegdo. As secionadoras so dispositivos destinados a isolar equipamentos ou zonas de barramentos, ou ainda trechos de linhas de transmissiio. Somente podem ser operados sem carga, muito embora possam ser operados operados sob tensiio. 4) Equipamentos de protecio Para-raios e relés Os para-raios séo constituidos de resistores no lineares e protegem o sistema contra descargas de origem atmosférica e contra surtos de manobra. Os relés tem por finalidade proteger o sistema contra faltas que ocorrem no mesmo, permitindo através da atuagao sobre os disjuntores, a isolagio dos trechos onde as faltas tem origem. ) _ Equipamentos de medigio Constituem os instrumentos destinados a medir grandezas tais como corrente, tensio, frequéncia, poténcia ativa e reative, energia ativa e reativa, temperatura, tempo, etc. f) _Filtro de onda (ou bobina de bloqueio) Equipamentos encontrados nos terminais de entrada das linhas de transmissio nas subestagdes, quando estas linhas utilizam os sinais por onda portadora (carrier) para fins de protego ou comunicagaio entre os seus dois terminais. A finalidade do filtro de onda (ou bobina de bloqueio) é confinar o sinal de onda portadora (de carrier) entre 0s dois terminais da linha, nao permitindo que o mesmo passe para dentro da subestagao. 3, SIMBOLOS UTILIZADOS NA ELABORACAO DE ARES A simbologia a seguir indicada ¢ usualmente empregada na elaboragao de diagramas unifilares, SiMBOLO FUNCAQ 3 — Transformador de dois enrolamentos ae —} £—__ ‘Transformador de trés enrolamentos E a Autotransfrmador ee Transformador de corrente Transformador de potencial indutivo ‘Transformador de potencial capacitive |} pot pa (ou Divisor capacitivo de potencial) @-——_ ‘Maquina sinerona t4 CH ff Capacitor derivacdo > , » » , > » > > > >» > , p , > > > > p p > » » -» > pon —i Reator derivagio 52 Disjuntor 89 ‘i —" —_ Secionadora Sty — Chave de aterramento = Secionadora com lémina de terra POSSESSES EVE KV HW HY \ @ FO PF NF WWW ewww Www we www VI PDIP RII V FHP PH HD —F¥__ Chave fusivel {x} Religador oi Filtro de onda (ou bobina de bloqueio) Linn p. oir Para-raios —X&)}— Relé ou instrumento (X_) Simbolo utilizado para caracterizar a fungao do relé ou instrumento conforme abaixo: 21+ —relé de disténcia 25 - _relé de sincronismo 26 - __relé de temperatura de dleo 27 - rele de subtenstio 37 = rel de subcorrente 43 - —— chave de transferéncia 49 - __relé térmico (imagem térmica) 50 - _relé de sobrecorrente instintaneo 51 - _relé de sobrecorrente temporizado 59 - _relé de sobretensio 63 - __reléde gas (Buchholz) 67 - __relé de sobrecorrente direcional 71 = reléde nivel de dleo 81 = rele frequéncia 8 = —_—_eléde bloqueio 87 - __relé diferencial Wo - — Watimetro Var - —— Varimetro Wh - _ medidor de energia ativa Vath - — medidor de energia reativa Vv - —_Voltimetro A - — Amperimetro F = Frequencimetro PPV PU UE Pew yey , , ae) PI DIIIND 4. ETAPAS DO PROJETO DE UMA SUBESTACAQ projeto de uma subestagao ¢ precedido de estudos do sistema de poténcia que, descritos de maneira simplificada, envolvem os seguintes pontos = Estudos de fluxo de poténcia que definem a capacidade transformadora a ser instalada nos estégios inicial, intermediérios e final, a capacidade de compensagéo reativa (reatores, capacitores e compensadores sincronos ou estaticos), Estes estudos definem também os valores de poténcia que circulario pelos circuitos da subestagio em condigdes normais de operagao do sistema (regime permanente) e, também, em condigdes de emergéncia (por exemplo, uma linha ou um transformador fora de operagao devido a manutengao ou a falhas). = Estabelecimento das condigdes de curto-circuito no sistema (valores méximos ¢ minimos), que permitem o dimensionamento de barramentos, capacidade de imterrupgio de disjuntores, suportabilidade de chaves _secionadoras, transformadores de corrente e outros equipamentos, faixa de atuagao ¢ ajustes de relés, entre outras aplicagdes. - Estudos de estabilidade do sistema que confirmarao os requisitos definidos nos estudos de fluxo de poténcia ou indicario alguma outra necessidade de equipamentos ou configurago da subestagao. + Andlise transitoria do sistema, permitindo estabelecer as condigdes mais desfavoraveis de sobretensdes devidas a manobras ou chaveamento de quaisquer elementos do sistema. Estas manobras (ou chaveamentos) alteram transitériamente 0 estado do sistema ¢ devem ser estudadas, pois terfio importancia na definigéo dos niveis de isolamento dos equipamentos. Entre estas manobras, de forma simplificada, pode-se citar: . energizago de linhas de transmiss&o em vazio religamento de linhas de transmissio em vazio desenergizagao de linhas de transmiss3o em vazio | Tejeigdo de carga _ faltas monofisicas para terra . energizagao de transformadores de poténcia sete A partir desses estudos sio iniciadas entio as atividades relativas ao projeto da subestaco ¢ que podem compreender os pontos abaixo descritos ANTEPROJETO. Consiste no estabelecimento de um arranjo fisico preliminar que possibilite a avaliagtio da area de terreno necesséria 4 implantagao da subestagdo em todas as suas etapas (ou estigios), SELECAO DO TERREN' A partir da area definida no anteprojeto, procede-se a escolha do terreno do terreno mais adequado, optando-se pela alternativa que satisfaga as necessidades indicadas pelo PRP RPP PIO TO PY IVP HPV ee YW we we estudos do sistema. Em linhas gerais, os seguintes critérios devem ser considerados para aescolha do terreno: a) Facilidade de acesso para as linhas de transmissio. A topografia do terreno e as rotas das linhas de transmissao devem ser analisadas. b) Facilidades de acesso para transporte de equipamentos, 0 que significa dizer que so preferiveis as areas proximas a rodovias ou ferrovias ©) Condigdes climéticas, as quais tem influéncia direta no projeto dos equipamentos instalagdes, bem como na drenagem da érea d) Topografia da area, de modo que se possa realizar uma terraplanagem econémica, com o maximo de equilibrio entre volumes de corte e de aterro. ©) Tipo geolégico do terreno, o qual tem influéncia direta no projeto das fundagdes € demais estruturas. Deve-se pois fazer sondagens na area escolhida para a avaliagio correta do tipo de fundagio requerido, se diretas ou indiretas (estacas ou tubulagao). ) Disponibilidade de curso de gua natural, para alimentago dos sistemas de 4gua de servigo e de protego contra ineéndio. 2) Facilidades para obtengao de materiais para construgao civil tais como ferro, areia, brita, cimento, madeira para esquadrias, etc, de forma a minimizar 0 custo da construgdo, se for posssivel hh) Disponibilidade de infra-estrutura hoteleira, hospitalar, escolar ¢ de rede de comunicagées em cidade proxima a area, de forma a se evitar gastos com, por exemplo, uma vila de operarios toda sua infra-estrutura requerida. ESPECTFICACAO DE EQUIPAMENTOS E MATERIAIS Corresponde a definigdo de todas as caracteristicas para a aquisigao de equipamentos, materiais de montagem e construgio, considerando-se as definigdes advindas dos estudos de sistema. PROJETO CIVIL E ARQUITETONICO Compreende os seguintes pontos: - _ Sondagens e estudos geotécnicos e topografia, - ‘Terraplanagem. = Vias internas de circulagdo e arruamento. - _ Fundagées e estaqueamento. a = Estruturas de suporte de barraments'¢quipamentos, = Rede de drenagem de aguas pluvias e leo isolante. = Dutos, canaletas ¢ caixas de passagem. - _Infra-estrutura de edificagdes (casa de controle ¢ de relés, casa do grupo de emergéncia, casa de bombas, guarita, etc.) = Muros e cercas ° Ae IPP OP Pe we wwe ee ve POPPI IH PPP Tr HH DY = Urbanizagio. - __Arquitetura das edificagdes. PROJETO MECANICO ‘Compreende os seguintes pontos - Sistema de agua de servigo e rede de esgotos. - Sistema de captagdo de Agua (e tratamento, se requerido) - Sistema de tratamento de esgotos sanitarios (fossa, estagao elevatoria, etc.) = Sistema de protego contra incéndio, - Sistema de ar comprimido para disjuntores (rede de distribuigdo e central de compressores), se a subestacio possuir disjuntores a ar comprimido, - Sistema de exaustio e ventilagao (sala de baterias, galeria de cabos, etc.) = Sistemas de ar condicionado para salas de controle, de carrier, de relés ¢ outras. - Sistema de movimentagao ¢ igamento de equipamentos. +. Sistema de agua de refrigeragao para transformadores ¢ mAquinas rotativas. = Sistema de tratamento de leo PR ELETRI Compreende os seguintes pontos: - Diagrama unifilar principal. = Arranjo fisieo dos equipamentos, barramentos e estruturas. - _ Plantas de situagao e locagao. - Matha de terra, = Servigos auxiliares em corrente alternada ¢ continua, - _Tluminagdo externa. = Casas de controle ¢ de relés: instalagdo elétrica, locagéo de paingis e quadros de controle, ¢ disposigao de bandejas. - Dutos, canaletas e caixas de passagem, - Sistema de interligagao e fiago de cabos de controle. - Diagramas unifilares, trfilares e esquematicos de controle, protegio € medigao = Sistema de controle supervisério e de aquisigéo de dados, PROJETO DE COMUNICACOES Compreende os seguintes pontos: - Sistema carrier. - Sistema telefSnico. - Sistema de micro-ondas. - Sistema de UHF/VHF. : Sistema de televisio. SUPRIMENTO Di -AMENTOS. MATERIAIS E SERVI ‘Compreende os seguintes pontos principais ewe ee ee ee ee 40 Pré-qualificagio de fabricantes. Licitagao ou concorréncia. Acompanhamento do processo de fabricagao, Ensaios durante a fabricago e recepeao dos equipamentos e materiais. Contratagiio de empresas para servigos de topografia e outros levantamentos, sondagens projeto, consultoria, inspegao ¢ testes, comissionamento, fiscalizagio, construgio, montagem e transporte. CONSTRUCAO E MONTAGEM Compreende os seguintes pontos Construgiio de edificagdes, fundagdes, dutos, canaletas, vias de acesso © terraplanagem. Montagem de estruturas, barramentos, redes de terra, langamento de cabos instalagdo de cubiculos, quadros, painéis e demais equipamentos COMISSIONAMENTO E TESTES FINAIS Compreende os seguintes pontos: 5. Testes ¢ ajustes de cada equipamento individual. Testes e ajustes de grupos de equipamentos funcionalmente interligados. Testes e ajustes de toda a instalaglo, para entrada em operagdo em escala industrial em cardter experimental EFEITO DAS CONDICOES AMBIENTAIS A avaliagdo das condigdes ambientais ou meteorologicas do local de instalagao de uma subestagdio, assim como de todo o sistema de transmissio, é de capital importancia para 0 projeto. As referidas condigdes tem influéncia no estabelecimento dos niveis de isolamento das subestagdes, no projeto mecanico de estruturas, no calculo elétrico ¢ mecanico de estruturas, no célculo elétrico € mecinico de barramentos rigidos ¢ flexiveis, no dimensionamento de isoladores, e na especificagao de equipamentos. {A seguir sto analisados os diversos itens que tem efeito no projeto de uma subestagao, observando-se que 0 levantamento de dados meteorolégicos pode ser efetuado junto a 6rgaios do governo (Agéncia Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, Ministério da ‘Aeronautica, Ministério da Agricultura, Secretarias Estaduais de Agricultura, etc.) ou na auséneia de dados apropriados, podem ser executadas as medigdes que se fizerem necessirias. YENTO. O vento executa pressfio sobre as superficies que Ihe sio transversais, o que resulta em esforgos mecinicos que devem ser considerados no projeto mecinico de estruturas suporte de berramentos e equipamentos, condutores rigidos e flexiveis, isoladores ¢ equipamentos. r , r r r r , r r , r r r r , r r r r , e r r > , , t , , 7 ; : : 7 7 : : : Z 4 Velocidades maximas de até 170 km/h so admitidas para o projeto, considerando um periodo de 30 s ¢ uma recorréncia de 50 anos. A pressfo devida ao vento ¢ calculada segundo a expressio: Py=kV" Onde: Py= presstio do vento (kgfim") V = velocidade do vento na altura de aplicagao na carga K = constante igual a 0,0045 para superficies cilindricas (condutores rigidos e flexiveis). A velocidade do vento € determinada em fungdo da altura a partir da expressio: Val Vso = (H/30)° ‘Onde: Vu = velocidade do vento na altura desejada (km/h) Vso = velocidade do vento a 30 m de altura (km/h) H= altura do barramento (m) A forga transversal, devida & agfio do vento, sobre condutores (rigidos e flexiveis) & dada por: Fy=Py.Sig ou Fy=Pvbeal Onde: Fy = forga transversal devida a ago do vento (kgf) Py = pressio do vento (kgffm?) Sia = area extema transversal do condutor (m?) 4o2= didmetro extetno do condutor (m) 1 = comprimento do condutor (m) TEMPERATURA ‘A temperatura € fator importante no dimensionamento de transformadores e demais equipamentos, os quais tem seus aquecimentos determinados em fungo da temperatura ambiente [VCVVIV IVT rw www www www: v FUR Pe we Pw ey wy O dimensionamento de barramentos também é diretamente associado a temperatura, jé que as flechas nos condutores rigidos ou flexiveis, decorrentes de dilatagdo ou contragaio dos mesmos, terdo influéncia nas dimensdes da subestacao. UMIDADE A umidade relativa do ar, juntamente com a pressio atmosférica, so informagSes valiosas para a determinagao dos niveis de isolamento das subestagSes. PRECIPITACAO PLUVIOMETRICA Valores médios de 1000 a 3000 mm sao usualmente considerados para os indices pluviométricos anuais. Este indice ¢ fator determinante das condigSes de suportabilidade dos isolamentos em 60 Hz sob chuva, bem como do dimensionamento do sistema de drenagem de aguas pluviais da subestacao. DENSIDADE RELATIVA DO AR valor da densidade relativa do ar (6) tem influéncia no céleulo do gradiente critico superficial dos condutores (efeito corona), e normalmente & tomado para célculo 0 valor correspondente a condigdes favoréveis de tempo (tempo bom, sem chuva), 0 qual pode ser, em geral, considerado igual a 0,905 A expresso para cdlculo de 6 € a seguinte 5=(0,392PY(Q73+) pu Onde: P = pressio atmosférica em mm de Hg T= temperatura ambiente em °C. Portanto, a altitude influencia diretamente a densidade relativa do ar, jé que sua formula de céloulo € fungao da pressio INDICE ISOCERAUNICO Este indice permite quantificar a densidade de descargas atmosféricas na regiao onde seri instalada a subestago, Tem influéncia na coordenagao de isolamento da subestagao. RADIACAO SOLAR Este fator tem influéncia no dimensionamento térmico dos condutores (sobretudo rigidos), permitindo determinar a energia absorvida devido a incidéncia de raios solares Usualmente uma radiagao solar de 520 W/m? é considerada nos projetos. LVOVVV VIP TV TTT PoP PP PVP P PP PY Pw ys POLUICAO As condigdes de poluigdo ou contaminagao do meio ambiente afetam a suportabilidade do isolamento externo da subestagio, em relagao a tenséo de freqiiéncia industrial de coperagao continua A relagao entre as condigies de poluigao ¢ os valores das distancias de escoamento dos isoladores é padronizado pela Norma ABNT ~ NBR 8186 ~ Guia de Aplicagaio de Coordenagao de Isolamento, conforme abaixo. NIVEL DE POLUIC) DIST. DE ESCOAMENTO/TENSAO F-T (cnvkV eficaz) Desprezivel a 2,0-2,5 Leve @) 3,0 -3,5 Forte @) 4,0 -5,0 Muito Forte Oy > 60 (1) Areas sem indtistrias e com baixa densidade de casas; éreas com baixa densidade de industrias, mas sujeitas a ventos freqientes e/ou chuves. (2) Areas com indiistrias no produtoras de fumagas poluentes e/ou média densidade de casas; éreas com alta densidade de casas e/ou indastrias, mas sujeitas a ventos freqtientes e/ou chuvas. (3) Areas com alta densidade de industrias ou subirbios de grandes cidades, areas préximas ao mar ou, de algum modo, expostas a constantes ventos provenientes do mar. (4) Areas de moderada extensio, sujeitas a fumagas industriais que produzem espessos depésitos condutivos; areas proximas ao mar e expostas a fortes ventos de origem maritima, 44 CAPITULO 2 SUBESTAGOES — DIAGRAMAS ELETRICOS Heme nme eee eee ee Ahh k A eer rrwww www www wwe eww www SRREETUE CET eT yee 1, DIAGRAMAS ELETRICOS No desenvolvimento do projeto elétrico de uma subestagao, deve-se representar todos os seus componentes de forma a se obter uma visdo global de toda a instalagdo, tanto sob 0 aspecto de disposigao e localizagao no sistema, como de sua fungao e desempenho no interior da propria subestaggo. No projeto elétrico de uma subestagio existem varios pontos importantes que definem a estrutura da mesma. Estes pontos importantes so apresentados aqueles que trabalham com a subestagdo (sejam eles, os projetistas, os executores das obras, os executores das montagens dos equipamentos, os responsiveis pela especificago e da compra dos equipamentos e materiais, os responsaveis pela operago da mesma, etc.) através de desenhos chamados diagramas elétricos. A representagaio grifica de um sistema elétrico de poténcia, feita através dos diagramas elétricos, deve conter 2 maior quantidade possivel de informagdes, com 0 objetivo de representar realmente todos os componentes e suas fungdes especificas Consequentemente, varios sio os diagramas elétricos que se tornaram os mais usuais. 0 objetivo deste capitulo é definir ¢ exemplificar os diagramas elétricos com os quais aqueles que trabalham com a subestagao lidam de maneira mais usual. Estes diagramas elétricos mais usuais sto a) Diagramas unifilares. b) —_Diagramas trifilares. ©) Diagramas esquematicos (ou funcionais). 4) Diagramas construtivos (sinéticos, disposigiio de equipamentos ¢ instrumentos, de interligagdo ou fiagao, etc.) 2, DIAGRAMA UNIFILAR E um diagrama onde representamos o circuito elétrico por uma de suas fases, dai o nome unifilar. Neste diagrama aparecem destacadamente as partes primérias, ou de forga, do sistema (aquelas que se destinam a condugZo da energia, como finalidade principal), assim como as partes secundarias (aquelas que se destinam a protego e medigao), Os diversos equipamentos, tais como, transformadores, reatores, capacitores, secionadoras de passagem ou de aterramento, disjuntores, para-raios, transformadores de potencial e de corrente, filtros de onda (também chamados de bobina de bloqueio), relés, medidores, etc., so representados neste tipo de diagrama. Nao se entra, entretanto, em detalhes da forma de conexdo dos mesmos que so apresentados de uma forma mais quantitativa que qualitativa. Através dos diagramas unifilares entende-se como a subestagto € constituida 4s PP PPT PPO F FEF FV VV I Uw rw ww ww www www 89.2 Figura 2.1 Diagrama unifilar ~ entrada de linha em barramento singelo 3. DIAGRAMA TRIFILAR E a representagiio de um circuito elétrico, tomando em consideragdo suas trés fases, conforme exemplificado na Figura 2.2, sendo importante como subsidio para a elaboragao dos demais esquemas de detalhamento de um determinado projeto diagrama trifilar, além de conter as informagGes basicas do diagrama unifilar, contém muitos outros detalhes, que sero inclusive transportados a outros esquemas, dando uma. excelente idéia de conjunto. Como inconveniente apresenta aquele de ser um desenho com todo o conjunto, nao devendo por esta razao ser usado para trabalhos especificos (Como montagem), mas sim como referéncia para conhecimento dos componentes da subestagao. 4. DIAGRAMAS FE: MATI (OU FUNCIONAIS) A utilidade do diagrama esquemético (ou funcional) mostrar de maneira esquemética como funcionam os equipamentos de protegio, controle ¢ sinalizagio de uma subestagto, Por este diagrama, podemos identificar, por exemplo, todas as restrigdes a0 funcionamento de um disjuntor. Portanto, as condigdes de operagdo so completamente diferentes neste tipo de diagrama, em comparagdo com os outros dois descritos anteriormente. Para um perfeito entendimento destes diagramas, devemos fixar os seguintes conceitos, relativos a0 que se chama contatos auxiliares, que sao basicos para sua construgao: 43 PC Bunt ep seyyun op equy ap epenus — sepium wureseg TT wand : A ARABAAEAAARAABEELABRAEEEEKEELE SD CARR 48 Contato normalmente aberto (ou contato tipo a) Este contato esté sempre aberto, quando o equipamento principal que o governa (relés, chaves secionadoras, disjuntores, etc.) esta desenergizado (nfio atuado ou aberto). Este contato estaré fechado quando o equipamento principal que 0 governa (relés, chaves secionadoras, disjuntores, etc) estiverem energizados (atuados ou fechados) Contato normalmente fechado (ou contato tipo b) Este contato esté sempre fechado, quando o equipamento principal que o governa (relés, chaves secionadoras, disjuntores, etc.) esta desenergizado (niio atuado ou aberto). Este contato estar aberto quando o equipamento principal que o governa (relés, chaves secionadoras, disjuntores, etc.) estiverem energizados (atuados ou fechados). A tensto mais usual para comando é de 125 V corrente continua (125 Vec), conforme pode ser visto na Figura 2.3. Esta figura mostra o diagrama esquemético do comando, protegdio e sinalizagdo do disjuntor de entrada de linha, mostrado na Figura 2.1 Este diagrama funcional mostra que para fechar o disjuntor, € necessério que as duas secionadoras estejam fechadas (89-1 ¢ 89-2), ¢ que o proprio disjuntor esteja aberto. Satisfeitas estas condigdes, se a chave de comando F for acionada a bobina de fechamento do disjuntor 52 recebera comando (para fechamento do disjuntor). Para a abertura do disjuntor, como precaugo, colocamos um contato normalmente aberto do proprio disjuntor para evitar comando a bobina de abertura do disjuntor quando o mesmo ja estiver aberto. Os outros comandos de desligamento so dados pelas secionadoras, que nunca podem abrir antes do disjuntor, e pela protegdo dos relés de sobrecorrente das trés fases. PU VV TV ewww www www www www Fast FASEG FASE > “TT ete b EE ERET 7 | eT TTTTMt 89-2 == i 52 aL sé sz Sz c 52 [oercieae i & ay Poe Figura 2.3 i Diagrama esquemitico do disjuntor de entrada de linha do unifilar da Figura 2.1 | afi oo a FecwaDo AGERTO {Pitorntin) 62 B a a a a a » a a a a » a * » PPV IP TPS eww www PRPS PIP TP YO DY PHD» 5. DIAGRAMAS CONSTRUTIVOS Estes diagramas so auxiliares ¢ muito importantes na montagem da subestagao, durante ‘manutengao e na busca de defeitos durante a operago da subestagao. 5.1 DIAGRAMA DE INTERLIGACAO (OU DE FIACAO) Este diagrama mostra ligagtio dos cabos de comando interligando os equipamentos entre a casa de comando e 0 patio da subestagao, onde os equipamentos se encontram Como os cabos de comando sempre terminam (ou comegam) em réguas de bomes uma listagem, complementando 0 diagrama, indicando onde comega e termina cada ligagao é bastante util. |foraees] case se comondo contram ¢ proteebe / eal | Sora BBSoBooo0 iJe[s[alslelr Figura 2,4 Diagrama de interligagao do unifilar da Figura 2.1 5.2 DIAGRAMA SINOTICO. © diagrama sinotico é a representagéo unifilar, do circuito elétrico da subestagéo, mostrando principalmente os equipamentos de manobra (disjuntor e secionadoras) E utilizado sobre paingis de comando, de maneira a facilitar a ‘operagao do sistema. Ao lado dos equipamentos de manobra encontram-se limpadas (geralmente das cores vermelha ou verde) que sinalizam a posigto (fechado ou aberto) destes equipamentos. A Figura 2.5 mostra, para o unifilar da Figura 2.1, um exemplo de diagrama sindtico 43 ne ee a ee Rea Oa 0 0 LoD @oo © 6 5 +—O—4 Figura 2.5 Diagrama sinético correspondendo a chegada de linha da Figura 2.1 6. | NORMAS PARA EXECUCAO DE DIAGRAMAS Deve-se seguir sempre uma determinada norma (ABNT, ANSI, IEC, etc.) para a execuigio de um diagrama elétrico, tanto no que se refere 4 simbologia, como na técnica de execugdo. Se passamos a fazer parte de uma equipe que trabalha com subestagdes (projeto, operago, montagem, construgio, etc.) devemos observar e aprender o padréo utilizado nos diagramas elétricos e seguir utilizando o mesmo, isto é mantendo o referido padrao. Todos os diagramas devem ser elaborados considerando a instalagdo sem tensio ¢ sem corrente (portanto, desligada), e os aparelhos em sua representago basica. Quaisquer excegdes devem ser indicadas claramente. Os bomes dos equipamentos ¢ aparethos no devem necessariamente fazer parte de todos os diagramas, Finalmente, devemos lembrar que da exatidio de um diagrama elétrico depende diretamente a execugdo correta de uma instalagdo. E necessirio que se conhega as caracteristicas dos equipamentos e aparelhos a serem utilizados para se poder representé-los de forma correta 20 Coe reer ECC COU COC COO errr ACCEL LLC COU E APENDICE A NUMEROS INDICADORES DE FUNCAO DE DISPOSITIVOS EMPREGADOS EM PROTEGAO E CONTROLE (NOMENCLATURA ASA - AMERICAN STANDARD ASSOCIATION) N ‘Transformadores Utilizam-se geralmente: Relé diferencial. b) Yelé de sobrecorrente, C c) Rel de g&s (Relé Buchholz), a) Relé d\ temperatura, C¢ 7.3 Barranentos Utilizan-se geralNentgf c 7.4 Linhas dgftransmissao VD VV OV I oe ee we eee we eee utiljfem-se geralmente: Relé de sobrecorrente, C b) Relé de distancia, c) Relé direcional. NOMEROS INDICADORES DE FUNCAO DE DISPOSITIVOS EMPREGADOS EM CONTROLE ¢ 1. Dispositivo piloto, ou iniciador. 2, ‘Rel de tempo para partida ou fechamento. 3. Rel€ de verisicagio ou de intertravamento, 4. Contator ou relé principal de comando, 5, Dispositivo de parada. 6. Disjuntor ou contactor de partida. rSSSDPDIVIPRDIP DDG PUVYPYIVI PIV I PY YP Ee we Pe we my EPSIIIFIFIIFIIID3 » 12, 13, 14, 15, 16, 7 18, 19, 20, a. 22, 23, 24, 25. 26. 2 28, 23. 30, 3h 32. Disjuntor de anodo. Desligador dos circuitos de controle, Dispositivo inversor, Comutador de frequéncia, Reservado para aplicago futura, Dispositivo de scbrevelocidade, Dispositivo de velocidade sincrona, Dispositive de sobrevelocidade, Dispositivo igualador de velocidade ou de frequéncia. Reservado para aplicacao futura, Dispositivo para curto-circuito ou descarga, Dispositivo acelerador ou desacelerador. Dispositivo de transic3o entre partida e marcha, Vélvula operada eletricamente, ou dotada de contatos auxiliares, Rel€ de distancia, Disjuntor ou contator equalizasio, Dispositivo de controle de temperatura, Reservado para aplicacio futura, Dispositivo de sincronizacZo ou verificador de sincronismo, Dispositivo térmico de un equipanento. Relé de subtensao, Detetor de chama. Dispositivo de separacho. Relé anunciador, Dispositivo de excitacZo separada, Relé irecional de poténcia, : : ( c C ( YR VF VF FIV TV www ee wwe ewe » C Peer eae reyes», 336 34. 35. 36. 37. 38, 39, 40. a. 42. 434 476 48. 49, 50. Sle 52, 33. 54. 55. 56. 57. ay Chave de posicao, Chave principal de sequéncia. Dispositivo para comando das escovas ou para curto circuitar os ancis, Dispositivo de polaridade. Relé de subcorrente ou subpoténcia, Dispositivo protetor de mancal, Monitor de condi¢ao mecénica, Relé de campo. Disjuntor de campo. Disjuntor ou contator de marcha, Dispositivo manual de transfer€ncia ou selecio, Relé de partida em sequéncia, Monitor de condigo atmosférica, Relé de corrente de sequéncia negativa ou de desequilfbrio das corren tes nas fases, Relé de tensao e sequéncia de fases, Relé de sequéncia incompleta. Relé térmico de mSquina ou transformador, Rel€ de sobrecorrente instantanea, Relé de sobrecorrente temporizado para CA. Disjuntor ou contator para C.A. Relé de excitacao ou de tens&o para gerador C.C, Reservado para aplicacZo futura, Relé de fator de poténcia, Relé de aplicag3o de campo, Dispositivo para ligac&o a terra ou ligagZo em curto. ¢ Goat c FIVIF FV VV TV VPP ew www , Peeve ear eer yand oy 62. 63. 64, 65. 66. 67. 68, 69. 104 The 12. TB. 74. 13. 16. Me 78. 19. 80, al. 82. 83. Rel€ de falta na retificacao, Rel€ de sobretensao, Rel€ de balanco de tensao € corrente, Reservado para aplicag3o. Rel de parada ou de abertura com retardamento, Relé de pressio de flufdos, Relé de protec%o contra faltas para terra. Regulador de m&quina priméria, Relé de operagdes sucessivas ou intermitentes, Relé direcional de sobrecorrente para Css Relé de bloqueio. Dispositivo de controle permissivel, Reostato se operado eletricamente ou dotado de chaves limite, Relé de nivel de lfquido ou de gfs. Disjuntor para C.C, Contator para resistor de carga. Relé de alarme, Dispositivo para mudanga de posi¢3o. Relé de sobrecorrente para 0.C, ‘Transmissor de impulsos. Relé medidor de diferenca de fase. Relé religador para C.As Relé de vazao de 1{quido ou de g&s. Relé de frequéncia, Relé religador para C.C. Relé de selegZo ou transferéncia automatica, ( ( www www ww ww. 84, 85. 86, 87. 88, a3, 90, 2 92, 934 94, Mecanismo acionador. Relé receptor para carrier ou fio piloto. Relé de travaczo (bloqueio). Relé diferencial, Motor ou grupo auxiliar. Chave de linha. Dispositivo regulador, Relé direcional de tensio. Relé direcional de tensao € corrente, Contator modificador da excitacio, Contator ou relé de disparo ou de abertura livre, CAPITULO 3 SUBESTACOES - DIAGRAMAS UNIFILARES BASICOS APRA RER HELE MEEE & a a a a YIVIVV VT VY TTT www wr www www ewww, 2 ee ee ee 4 ~ DIAGRAM, © projeto de ume instalagao @ realizado, com maior facilidade com o auxflio de um diagrema unifilar, que & completado no decorrer do sur gimento ée idéias, at@ que contenha todas as indicagses, assim como os dados téenicos des equipamentos, dos instrumentes © dos dispositivos de protegao. Apresentaremos a seguir os diagramas elétricos claéssicos, mostran do as conveniéneias de cada tipo, bem como as suas particularidades. A partir destes diagramas basicos poderdo sér derivados outros, a fin de atender a uma aplicacao especifica, onde uma solugao classica deixa 2 désejar. A mais simples forma de reunir um certo nimero de circuitos simul taneamente’& ligé-los como ramais de um condutor simples ov barramento. Para aumentar a seguranca, a facilidade de manutencao e 2 flexibi lidadé de operagao dos sistemas de poténcia, varias disposigoes sofre- ram evolugdo através dos anos, resultando em complexos sistemas moder nos. Podemos grupar as formas bisicas em: a) Barramente simples b) Barramento Principal e Auxiliar ¢) Barramento Duplo 4) Barramento em Anel e) Barramento com 1 1/2 Disjuntor £) Barramento,com 2 Disjuntores Veremos que partindo de un diagrama simples para alguns tipos aci. ma, podemos aumentar-lhe a seguranga, 2 facilidade de manutengao e a flexibilidade, introduzindo algumas variantes tais como: secionamento longitudinal, acoplamento de barras e by-pass. 2. Barramento Simples Bo mais tipo de beyramento, sendo suficiente para um Brande nimero de subestagées de distribuicao. A figura 1 mostra o diagrama unifilar de uma subestagzo com ente Singelo. PVVIVV VV VV TV Vw TT ao As principais caracteristicas deste tipo de barramento sao: a.l ~ Bou visibilidade da instalagao; com iste 0 perigo de ma nobra errdneas por parte do operador @ reduzido. a.2- Baixo custo de investimento (representa 88% do custo de uma subestacao idéntica, em 138kV, com barramento duplo). a.3 ~ Reduzida flexibilidade operacional; em casos de manuten- go no berramento ov nas secionadoras associadas 7 bar ta, & necessZrio desligar toda a subestagao. a.4 - No apresenta seguranca contra defeitos no barramento, ja que tais defeitos resultariam na desconexao de todas as fontes de alimentagio pelo sistema de protecao. OBSERVACOES : 1) Pela in dugZo de um secionamento ao longo do barramento deno minado "secionamento longitudinal", sao alcangadas possitilida des adicionais de operagao, limitagdes de distirbios e possibi lidade de divisao da rede. Com este secionamento fice minimi zados os tempos de desligamento dos circuitcs nesmo no caso de um defeito no barramento, sSeprando-se a parte afetada e reli- gando-se o restante. A figura 2 mostra um barramento simples com secionamento longitudinal. 2) 0 sistema que utiliza barramenro simples com secionamento 20 longo do mesmo, pode ser executado utilizando~se um éisjuntor como secionador longitudinal. Assim, odtém-se o chamedo "bar tamento simples com disjuntor de. scoplamento longitudinal” (£i, gura-3). Esta conexio oferece, ao contrario éaquele com secionamento longi PRPRPPRPIRPYVIV I Pr Py tudinal, uma conexdo mais simples, £8cil e com possibilidades de separa g#0 das diversas partes sem interrupsio do servigo (com o disjuntor © Perado manualmente ou autonaticanente através dos dispositivos de prote $30). Uma instalag’o com esse tipo de execugio basice dete ine uma maior liberdade de movimento no que se refere as diversas possibilida - des éa operasio. 30 |—\_pp }—~—p . -}—-\—p-/ a me : Lv 4 eg [“4#. - [oS . ne 7 Pi a eq 3 2 8 ce w ml fa 2 ieee et }—N pp Ans foe ARAMA MRA RRMA REO Owe Orewa ee- PP VIII TT www eww wwe ww www www ’ PREP TF Uy Pee ev Pv BL Normalmente, em instalagoes de médie tenszo (até 34,5 kV) de gran de porte, ha necessidade de se secionar os barramentos por causa da pre senga de altas correntes’ de curto-cireuito. Essa separagao @ perfeiramente possfvei quando se dispde de um disjuntor de acoplamento longitudinal. A utilizacgao de bobinas limita doras de corrente (o que também seria uma solucao) @ preferida quando se trate de instelagoesexistentes e que devem ser ampliadas; normalmen- te essa ampliacao causa o aumento execessivo das correntes de curto,tor nando-se necessaria sua limitagao. 3 Barramento Principal e Auxiliar . 0 esquema denominado de "barramento principale auxiliar" (ou “principal e transferéncia", ou ainda "operago ¢ transferéncia") - consta de um barramento simples ao qual foram adicionadas facili- dades para livre manobra de qualquer disjuntor sem desligamento do circuits correspondente. Os encargas da protegio sao transferidos ao disjuntor de acoplamento de barras ("bus tie breaker") (ou anarre)- juntor de transferencia ov ainda digjuncor de Isto requ@r a2 adicao de uma secionedora de transferéncia para cada circuito, de um segundo berraments ¢ do disjuntor de acople mento com suas respectivas secionadoras (Fig. 4). Os transformadores de. corrente dewem:Ser colocados no lado do alimentador (apés a chave ce linha) tai como indicado nos alinente dores Ae B da Fig, 4. Com isto consegue-se que eles permenecam em servico mesmo durante a utilizagao do disjuntor de transferén- cia. Deste modo, a atuagao da protecao do alimentador pode ser facilmente comutada para o disjuntor de transfer@ncia. No caso da urilizagao de TC's de bucha (TC's instalados nas bu chas dos disjuntores - caso de disjuntores a grande volume de leo), tal como indicado nos alimentadores Ce D éa Fig, 4 em ca so de uma operacio de transferéncia, h& necessidade de se trans— ferir também toda a.prote¢Zo pera os TC's do disjuntor de acopla~ zadoe nestes casos). 32 AUXILIAR PRINCIPAL FIGURA 4 A ARR RRR ehh hhane aaédeaa * acteristicas principais: Liberdade de escolhe das ligacdes para manobras e+2 - Divisio racional de todos os circuitos em dois grupos pa ta limitagZo dos disturbiog e para melhor flexibilidade operacional permitindo perfeita divisao de cargas. ¢.3 - Manutengao de um dos barramentos sen interrupco do for necimento de energia. Por'esta razo -¢ bastante usado VuvVVVV VV Vw Tw ' ‘ / oman, : em-locais onde ¢ grande a contaminagao dos isoladores. A figura 5 mostra o esquema de barranento dupic. Neste tipo de esquema @ ainda possivel a utilizagao de chave de by-pass nos disjuntores, figura 6, que passam assim a serem substi tufdes pelo disjuntor entre as duas barrag. Este ‘esquema sé permite o byvpass de um disjuntor de cada vez e passa ento a se ceracterizar co VuvvwVy po principal e auxiliar. Na figura 6 2 barra’l, durante © by-pass de qualquer dos dis juntores, passa a funcionar como barra auxiliar. Outro esquema mais elaborado, porém derivado do de barra dupla, vVVWY gPrevé o emprego de mais ‘uma chave secionadora, figura 7, permitindo as sim nao s5 by-pass de cada disjuntor mas também a escolha da barra a s Ser usada como auxiliar ou “de transferéncia, este esquema & wostrado na wfigura 7. PRPe ee eee ee we ee Barramento Duplo ss » » » » » » , ) ’ » , ’ » » , > » > > » , i » » » r » » ed BARRA { BARRA 2 « a FIGURA 5 BARRA 4 BARRA 2 T ea) I ] FIGURA 6 BARRA ¢ BARRA 2 {2 FIGURA 7 i 34 > » , > » > > » > > > » > p p p p > p Pp Pp p p p ee ee BS 5 Barramento em Anel Tem como caracteristicas principais: a.1) Um disjuntor pode ser retirado de servico para Wanutencao sem prejudicar o funcionamento normal da instalagao. 4.2) Ndo se consegue divisdo de carga como no caso de barramen to multiplo. 4.3) Pouca “visibilidade" da instalagao. 4.4). Todos os equipamentos devem ser dimensionados para a maior corrente do anel. 4.5) Construgdo dispendiosa e dificil ampliagio. No esquema em anel no existe o relé diferencial de barra, uma vez que os relés de linha servem para proteger a secao de barramento entre os disjuntores. 0 esquema deve ainda prever uma cheve secionado- Ya na entrada da linha de tal modo que o anel possa ser fechado mesmo com a retirada de servigo de uma das linhas. Se os relés de linha forem de dist@ncia com@lementos direc: mais e restrigfo de potencial, @ importante que a fonte de potencial se j# locelizada no lade do anel de tal modo que o relé continue 2 operar mesmo quando a linha for desconectade da barra. © principal argumento contra 2 utilizecdo do esquema em anel @ gue quando um curto em uma segunda linha ocorre, estando um dos disjun- tores j@ em manutengao, a fonte pode ser separada da carga. Esta ocor- réncia @ minimizada limitando o-niimero dé circuitos por anel. A fig. 6 apresenta um ‘circuito em anel com quatro linhas e quatro disjuntores. eZ os aia Ne SPV IV ee rw www wee ewe ee we. FoRv eevee eer wee ee Disjuntor e Meio i 36 Tem como caracterist e.l- Para cada dois cireuites exis um disjuntor de reserva, e.2 > pi untores e se fonddoras deven ser especificados p Suportar a corrente de dois circuitos. A operago normal destes esquenes Previ 2 energizacao de ambus as barras @ todos os disjentores fechados. Entretanto eles: podem ser reti rados de servicos sem interrupe3o do £luxo de energia e sem 2 perda dos relés deprotecao. A Figura 9 seguir mostra o esquema de éisjuntor « meio. LF-~ SUV IVP TV TV VV Peewee www. PSP ee eee eee eee ewe ey 7, BaRaancwso dois visjuntores Tem couo caracter{sticas principais: £.1 - Grande seguranga de service pare toda a instalagic. £.2 - Grandes cuscos de invescimentos in 4 figura 10 mostra o esquema de dois disjuntores. FIGURA 10 wwewewwe CUP YU TT ww eww www wee vwrer veep weer e weve ever ea SUMO DA. Tipo de esquema »ARACAO DOS DIA‘ Vantagens Barramento simples Custo mais baixo de todos. ‘Barramento principal a) ce transferéncia b) 9 Barramento duplo a) b ° ‘Barrramento em anel_ a) b ° 4 9 Baixo custo inicial e total Qualquer disjuntor pode ser tirado de servigo para manutengao. ‘Transformadores de " potencial podem ser colocados no barramento Principal” pars” alimentclo dos Alguma flexibilidade operativa, com duas tarras de operagio. Quaisquer das duas barmas podem ser isoladas para manutencao, Disjuntor pode ser prontamente ‘ransferido de uma barra para outra pelo uso do disjuntor de amarre ¢ das secionadoras seletoras. de barramento, ‘custo inicial e total Flexibilidade —operativa para ‘manutencio de disjuntores. ‘Qualquer disjuntor pode ser retirado Para manatengo sem a imterrupgio Requer apenas um disjuniot por sircuit, ‘Nao possui barramento principal, Cada circuito & alimentado por dois disjuntores. ‘Todas as manobras em carga sio feitas com disjuntores. a) Dy 2 a) ° 4 2 a ° ICO Desvantagens Falha no barramento ou em qualquer disjuntor resulta ‘no esligamento de toda a SE. Dificuldade de se executar qualquer manutengéo, Barramento ndo pode ser ampliado sem o desligamento de toda a SE. Pode ser utilizado apenas onde as cargas podem ser desligadas ou tem outro suprimento, Reguet um disjuntor adicional para a fungdo de disjuntor de amare Manobras mais complicadas quando “da manutengao de um disjuntor. Fala no baramento ou em qualquer disjuntor’ resulta ‘no deesligamento de toda a SE, Requer um disjuntor adicional para a fangdo de disjuntor de amarre. Quatro ou cinco secionadoras requeridas por circuito. Operagiio da protegio diferencial de baras pode desligar toda a quando “todos os Gircuitos estiverem ligados a um fegmebammanto. es ae Maior exposicio a barramentos, Falha do disjuntor de linha tira de ‘operagio todos 0s circuites que estiverem operando no mesmo barramento desta linha Falha do disjuntor de amarre tia de ‘operagio toda a subestagio. Se uma fia acontoe durante wm pe manutengio de disjuntor, o anel pode ser separado ‘om duns segies. Esquemas “de protego mais complicados. Se um tinico conjunto de protest € ‘utilizado, a linha precisa ‘ser retirada de operaglo para Falha de disjuntor durante uma falta em um dos circuitos tira de ‘operagdo mais um outro cireuito, Requer transformador de potencial em todas 0s circuitos, uma vez que a sul ‘nfo possui um ponto defimdo referéncia de potencial eR T VP Tw eee www www www. veopr Peeve yee ee ee i RESUMO DA COMPARACA Tipo de esquema Barramento disjuntor emeio Barramento com dois disjuntores a) » °) ® 2 fh a a) » ° 4) ‘Vantagens Maior flexibilidade operativa Allta confiabilidade. Todos os chaveamentos sob carga Sto feitos com disjuntores, dos. dois barramentos ode ser retirado de servigo part ‘manutengdo. Fatha em um barramento nfo Temove qualquer circuito “de servigo, Falha de disjuntor de quaiquer dos disjuntores do lado do barramento, Tetima de servigo apenas um circuito, Operaséio simples, Nenhuma operagio de —desconecgio é requerida para operago normal, Cada circuito tem dois disjuntores ale Flexibilidade operativa para se colocar os circuitos ligados a quer dos dois barramentos. Sratguer dos axjores pode ser retirado de servigo para ‘manutengio, Alta confiabilidade, a) b) a) » Desvantagens ‘Um disjuntor e meio por circuito. Esquemas de proteggo um pouco mais complicades, uma vez que 0 disjuntor do meio deve abrir para falhas em quaisquer dos dois, Circuites associados. Custo mais elevado entre todos os, esquemas de barramento, Pode perder metade dos circuitos or ocasitio de falhas de disjuntores Se 0S circuitos “nao estiverem ligados a ambos os barramentos. 39 | | row a ose 0] ay 2sa pn ify ‘sob goes aorpusdap uote mari joey eno sos ay Sah ats dod wou avons uo ej voneagns 49 3dhy 2) Jo wonsajes sadoxd af sony sobaNgI sion) Auejy“teotmunpyie:y wb 9 384 i 24 Ke says Seth Jo 90S Jee pu HoH Taye soa jo 4g poses unaprnys eet ‘Nowsaa NouvisEas SEIANIONS TWontIDza od YOOKANYH cavaNVIS za Aen nmoeeeenheneonennend CS e¢ med aewaottananernea 04 ‘poy “yeoig are azo se Snax jo squint ‘gm fou eu posuere soyea49 ou 20 "SoU Houesip DHE sh. kueBion299 nog ng 324}0 34} 0 Sq a0 BHO Jp) wo re Suoqe pono waka pe ‘yen aus seg et0dd FLT OLE 4 aia 2sne> we sq tee a Jo ny Sy urewassayearg nao ou Dospsuo> s} sm. sioneous 40 oun sub ‘Nowsaa NoUYisans: aeeneeeeeeesoaeonnnonon ‘ular sp sya naa Sadao om yon ag], 25nq logo Burpeardssye) Kas oy ‘em goon pow ome CLT DL an an an pea asso syn aenop sm 2A TLL OL SUEIMIONG TWORLLDTTE WOH NOONANVH aAVRVIS ree oman Wweattenrererver -moneaqnspat svn funes8 100050) sed szses 0 panedte>u3aq ake SU i apd pu ssBony> Ses 0 agyeaig ‘ona peo] Ae a , FT a)" SEHANIONT TWoRHIDIT YO NOOEANVH CuVaNY:S suduioD jo AMINE LCE TTL ‘Nolssa NoLVsens out eee eo he to be CAPITULO 4 SUBESTACOES — COORDENAGAO DE ISOLAMENTO 43 Peeeeeetegeaeeeeuwe 1. INTRODUCAO Este capitulo tem por finalidade apresentar os procedimentos usados na escolha dos niveis de isolamento dos equipamentos elétricos fornecendo desta forma subsidios 20 planejamento adequado do sistema. Dois fatores sio responséveis pela determinagao das caracteristicas dos isolamentos: as. solicitagses elétricas a que estes equipamentos estardo submetides ¢ 0 compromisso entre a técnica, avaliada pelo seu desempenho, ea economia, medida pelo seu custo. De forma a racionalizar os projetos de engenharia, so elaboradas, por entidades como ABNT, IEC, ANSI, entre outras, normas de especificagao, de procedimento e de aplicagao visando padronizar cada equipamento de modo a atender as necessidades dos usudrios e a capacidade dos fabricantes, Evita-se desta maneira, por parte dos compradores dos equipamentos, a solicitagao de projetos especiais, o que acarretaria custos mais elevados. E importante, neste ponto, entender que o objetivo a ser alcangado 6 a especificagao, e por conseqiéncia a compra, de equipamentos padronizados 2. CONCEITOS BASICOS 2.1 COORDENACAO DE ISOLAMENTO E um conjunto de procedimentos utilizados na seleg&o de equipamentos elétricos, tendo- se em vista as tensdes (ou seja, as solicitagGes elétricas) que podem se manifestar no sistema e levando-se em conta as caracteristicas dos dispositivos de protegio, de modo a reduzir a um nivel econdmico e operacionalmente aceitével a probabilidade de danos ao equipamento e/ou interrupgées do fornecimento de energia, causadas por aquelas tensdes. Resumindo, 0 objetivo é fazer com que 0 comportamento do sistema, do ponto de vista das solicitagdes elétricas que podem acontecer, seja tal que equipamentos padronizados sejam aplicaveis ao referido sistema. 2.2 SOLICITACOES ELETRICAS Sio tensdes caracterizadas por uma magnitude, uma duragao e uma probabilidade de ccorréncia. Os seguintes tipos de solicitagdes elétricas (sio também chamadas de solicitagdes dielétricas) podem ser verificados durante a operaco de um equipamento: a) Tensdes a freqiéncia industrial, sob condigdes normais de operagio, isto é que no excedem a tenso maxima do equipamento. b) _ Sobretensdes temporérias ©) Sobretensses de manobra 4) Sobretensdes atmosféricas. No APENDICE A, deste capitulo, sio apresentadas maiores explicagdes sobre as sobretensdes mencionadas na lista acima. Para uma dada solicitagao dielétrica, 0 comportamento da isolagio intema pode ser influenciado pelo seu gran de envelhecimento, e 0 da isolago externa, pelo seu grau de contaminagao atmosférica a4 45 2.3. DISPOSITIVOS DE PROTECAO Sao dispositivos utilizados para controlar a magnitude das sobretensdes, podendo ser de Varios tipos, entre eles os para-raios de resistor nao linear e os centelhadores. A escolha do dispositive apropriado depende de varios fatores, por exemplo, a importancia do ‘equipamento a ser protegido © as consequéncias de uma interrupgio na operacdo. A tensio de descarga dos dispositivos de protegSo ¢ influenciada pela inclina¢do do surto de tensio incidente. 2.4 SUPORTABILIDADE E a propriedade de uma isolagdo de se opor a descargas disruptivas. wv} NA Curya de Suporatuidsas ™\.go Eaurpamento ae Curva Corecterstca ce Descarga ce Cerichasoes LL Figura 4.1 Dispositivos de Protegao versus Suportabilidade dos Equipamentos A Figura 4.1 apresenta, qualitativamente, uma comparago entre a protegio oferecida Pelos dispositivos de protegio e a suportabilidade dos equipamentos 2.5 TENSAO SUPORTAVEL NOMINAL A FREQUENCIA INDUSTRIAL DE CURTA DURACAO. Valor eficaz especificado da tensdo a frequéncia industrial que um equipamento deve suportar em condigdes de ensaio especificadas e durante um periodo de tempo geralmente no superior a 1 minuto. Este valor aparece na terceira coluna da Tabela 4.1 ~Niveis de Isolamento Normalizado para 0,6 < Um < 242 kV. i} » >» > » » » > >» » » » » » » . Vere Cew ww wwwwwwew ew evewwew Se reeruervwwwwvwvwwewwwes 2.6 TENSAQ SUPORTAVEL NOMINAL DE IMPULSO DE MANOBRA. (ATMOSFERICO) Valor de crista especificado de uma tensfio de impuiso de manobra (atmosférico) para © qual nao deve ocorrer descarga disruptiva em uma isolagao submetida a um nimero determinado de aplicagées de impulsos de manobra (atmosférico), de acordo com as Normas de cada equipamento. Este conceito é aplicdvel somente 4 isolagio nfio auto- recuperante (ver definigio no item a seguir) e € normalmente denominada tenséo suportével convencional. No caso de isolag&o auto-recuperante (ver definigdo no item a seguir), admite-se que esta tensdio possa causar descargas disruptivas, desde que a probabilidade de ocorréncia seja inferior a 10%. Nesta situagdo esta tensio é denominada de tensdo suportavel estatistica. A tensdio suportivel a impulso de manobra (atmosférico) é genericamente denominada nivel de isolamento a impulso de manobra (atmosférico). Por exemplo, quando se fala de nivel de isolamento a impulso de manobra (atmosférico) de uma isolago nfo auto- Tecuperante refere-se A tenstio suportével a impulso de manobra (atmosférico) convencional. Quando se fala de nivel de isolamento de uma isolago auto-recuperante refere-se A tenséo suportavel a impulso de manobra (atmosférico) estatistica. ‘Na linguagem corrente dos engenheiros que trabalham com Coordenago de Tsolamento estas duas tensdes suportaveis de impulso (manobra e atmosiérico) sio também chamadas como descrito a seguir. Esta nomenclatura, naturalmente, no faz parte das Normas brasileiras, Foram absorvidas de Normas e publicagdes do exterior, de onde provém a maioria dos fabricantes fornecedores de equipamentos. BSL = tensfio suportavel a impulso de manobra (tanto fiz, estatistica ou convencional) ou nivel de isolamento a impulso de manobra (BSL = basie switching level). BIL= tenstio suportével a impulso de atmosférico (tanto faz, estatistica ou convencional) ou nivel de isolamento a impulso de atmosférico (BIL = basic impulse level), 2.7. TENSAO DISRUPTIVA Valor de tensfio que provoca a falha de uma isolagao sob os efeitos de uma solicitagao dielétrica. Neste caso, a descarga realiza um caminho paralelo & isolago sob teste, reduzindo a tensio (solicitagdo dielétrica acima referida) a um valor quase nulo. Isto acontece & isolagéo sélida, liquida e gasosa, ou a combinago das mesmas, ‘Uma descarga num dielétrico sélido produz perda permanente da rigidez. dielétrica, enquanto que num dielétrico liquide ou gasoso a perda pode ser apenas tempordi 3. CLASSIFICACAO DA ISOLACAO a) Isolagfo Externa (Ve CUT VT Tew ew ww www ewww ewe were SEBS ee ee Py ee ee Distncias em ar e distincias em superficie da isolagdo sélida de um equipamento em contato com o ar atmosférico, sujeitas as solicitagdes dielétricas © aos agentes extemos, tais como umidade, poluig&o, insetos, podendo estar submetidos as intempéries. b) —Tsolaeao Interna Partes internas da isolagdo sélida, liquida ou gasosa de um equipamento, protegidas contra os efeitos das condigdes atmosféricas e de agentes externos (por exemplo) ©) _Isolagio Externa para Interior Isolagio externa abrigada e portanto niio exposta as intempéries. 4) Isolaeio Externa para Exterior Tsolagdo externa ao tempo ¢ portanto exposta as intempéries, ©) _Isolae&o Auto-Recuperante Tsolag4o que recupera integralmente suas propriedades isolantes apés uma descarga disruptiva provocada pela aplicagdo de uma tensio de ensaio. As isolagdes desta espécie so, em regra geral, isolagdes externas f) __Isola¢io Nao Auto-Recuperante Tsolago que perde, ou nfo recupera integralmente, as suas propriedades isolantes, ap6s uma descarga disruptiva provocada pela aplicagao de uma tens&o de ensaio, As isolagdes desta espécie so, em regra geral, isolagdes internas. 4. ENSAIOS DIELETRICOS A finalidade dos ensaios é verificar se um. equipamento esta em conformidade com as tensbes nominais que determinam o seu nivel de isolamento, A escolha dos ensaios varia com a faixa de tensio do equipamento. Para cada tipo de ensaio a ser feito nos diferentes equipamentos, a Norma que padroniza o tratamento a ser dado ao equipamento sob investigagio especificaré os métodos e 08 critérios que permitem afirmar ter ocorrido falhas na isolago durante os ensaios, icos siio considerados: Os seguintes tipos de ensaios dielé a) _ Ensaios 4 freqiiéncia industrial de longa duracao Estes ensaios sto realizados quando se deseja demonstrar a adequago do equipamento com relagio a0 envelhecimento da isolagio intema e a contaminag&o da isolagdo externa, objetivando verificar 0 desempenho sob tensGes operativas a freqiiéncia industrial e sobretensSes temporirias. Isto é motivado pelo fato de que para estes tipos de solicitagbes uma descarga poderé 42 YP eCVV IVT ww www www wwwrwwewwee. ee ee ee ee ed b) a) ser causada pela deteriorago progressiva da isolacdo interna ou por reduges das propriedades isolantes da isolagao externa a devido a condigdes ambientais severas Ensaios a freqiiéncia industrial de curta duracio Estes ensaios so ensaios de tensdes suportiveis, sendo mais utilizados para equipamentos cujas tenses maximas so inferiores a 300 KV. Nestes casos, sta finalidade ¢ verificar o desempenho da isolagio A freqiiéncia industrial e sobretensGes temporétias. Ensaios de impulso de manobra Sto realizados para verificar a suportabilidade dos equipamentos a surtos de manobra. Nestes ensaios é aplicado, segundo regras definidas pelas Normas dos equipamentos sob anélise, o que se chama de impulso de manobra padronizado (ver Figura 4.2) que tem frente de onda de 250 us e 0 tempo até meio valor de 2500 us. fi, = 20948 Ie #200048 ae: dit #2808 80x8 te + 2800 + 18008 aent/iec TENsie SHO, vm 0,5 vm te aS Figura 4.2 Impuiso de manobra 250 x 2500 us padronizado para ensaios em equipamentos Ensaios de impulso atmosférico Sao realizados para verificar a suportabilidade dos equipamentos a surtos de atmosféricos. Da mesma forma que nos ensaios de impulso de manobra, nestes ensaios ¢ aplicado, segundo regras definidas pelas Normas dos equipamertos sob anélise, o que se chama de impulso atmosférico padronizado (ver Figura 4.3) que tem frente de onda de 1,2 his ¢ o tempo até meio valor de 50 ys. A Figura 4.3 apresenta também, além do impulso pleno acima descrito, 0 chamado impulso cortado que é aplicado em alguns tipos de ensaios, 48 49 FRENTE OE ona (nu/ze3) ove ABur/iccsans: Jithe a8 e808 a) Impulso pleno » , » » » ’ » , , , » » » » » » » 2 b) Impulso cortado | Figura 4.3 Impulso atmosférico 1,2 x 50 js padronizado para ensaios em equipamentos SSeeeeeeeewesewe eee. wees ’ ’ , ’ » » » » YS VV IVI ww www www: eoerpERBPVRBVPPYVPYVVYVY » 50 . IVEIS DE ISOLAMENTO NORMALIZADOS Relembrando © que jé foi dito anteriormente, a Coordenacdo de Isolamento é um conjunto de procedimentos utilizados na especificagdo dos niveis de isolamento dos equipamentos elétricos, tendo-se em vista as solicitagdes dielétricas (tensGes) que podem se manifestar no sistema e levando-se em conta as caracteristicas dos dispositivos de protegdo (péira-raios), de modo a reduzir, a um nivel economicamente e operacionalmente aceitavel a probabilidade de danos aos equipamentos e/ou as interrupgdes do fornecimento de energia, causadas por aquelas solicitagdes dielétricas. objetivo, entdo, quando se esti especificando o isolamento dos equipamentos, é escolher niveis de isolamento normalizados, evitando-se a solicitagio de equipamentos com caracteristicas especiais. As Tabelas 4.1 e 4.2, baseadas na Norma ABNT - NBR 6939 ~ Coordenagdo de Isolamento, especificam os niveis de isolamento associados a valores normalizados da maxima tenso para equipamentos. Diversos niveis de isolamento podem existir num mesmo sistema, apropriados para instalagGes situadas em diferentes localizagdes ou até para equipamentos na mesma instalagao. A Tabela 4.1, referida a equipamentos cuja tensio maxima (valor eficaz) é inferior a 242 KV, mostra a combinago recomendada entre um ou mais valores da tensio suportavel nominal a freqiéncia industrial de curta durag%o e da tensdo suportavel nominal de impulso atmosférico para cada tensio méxima do equipamento. Esta tabela é baseada na premissa de que, nestes niveis de tensio dos equipamentos, os surtos atmosféricos governario a selecio dos niveis de isolamento. Para uma mesma tenséio maxima do equipamento, a escolha entre as tensdes suportaveis nominais de impulso atmosférico deve ser feita considerando-se, entre outros fatores, 0 tipo e 0 grau de aterramento do sistema (O fator de aterramento influenciaré, como veremos a seguir, na escolha do péra-raios), A Tabela 4.2, referida a equipamentos cuja tensio maxima (valor eficaz) ¢ igual ou superior a 362 kV, mostra as combinagdes recomendadas da tensio maxima de equipamentos ¢ os dois componentes do nivel de isolamento: tensio suportavel nominal de impulso de manobra ¢ de impulso atmosférico. Esta tabela é baseada na premissa de que, nestes niveis de tensio dos equipamentos, os surtos de manobra governarfo a selegio dos niveis de isolamento 6 SELECAO DEPARA-RAIOS = ( Os péra-raios sto dispositivos de protepdo utilizados para limitar as sobretensdes a valores compativeis com os niveis de isolamento dos equipamentos. Os para-raios no influenciam a operagao do sistema quando este se encontra em regime permanente. S6 “atuam” quando alguma anormalidade caracterizada por uma sobretensio ocorre no sistema, Nesta ocasidio 0 péra-raios estar “protegendo” 08 equipamentos, conforme pode ser visto a seguir. de brie 5 € No caso de péra-raios do tipo convencional (de carboneto de silicio), dos quai te texto, a escolha da tensio nominal do para-raios (coluna 1, da Tabela 4.3) € baseada no SL conhecimento da sobretensdo temporaria maxima que aparece no sistema no ponto onde serd instalado © para-raios, A regra para escolha é: a tensio nominal do para-raios deverd ser igual ow superior A sobretensio temporaria maxima encontrada no sistema, O fator de aterramento, citado acima, ¢ uma medida que indica a sobretensio temporaria maxima. Isto é, conhecido o fator de aterramento conhece-se a sobretensio temporiria e a partir dai pode-se escolher a tensio nominal dos para-raios. A tensio nominal dos ara-raios (Viva) € igual ou maior do que 0 produto do fator de aterramento (Far) pela tensiio fase-terra do sistema. O fator de aterramento (Fax) é definido como a relagdo entre o maior valor eficaz da tensfo fase-terra & freqiiéncia industrial numa fase si, num determinado ponto do sistema, durante uma falta fase-terra (Vro) e a tenso a frequiéneia industrial fase-terra (Vix/\3), no mesmo ponto do sistema com a falta removida. Far= (Vio/Vex) x98 b= MG of iF Voor > F, * Yee (3) e ‘wer 2 Farx (Vew/V3) . Fr 1,4~ sistemas efetivamente aterrados. bee eens = hokecooake Far 2 1,4 ~ sistemas isolados. a ah 2) Contra sobretensdes atmosfiéricas Gy > 40. 2 bat aia Ld Stee (soho O nivel de protegéo de um para-raios contra surtos atmosféricos é considerado como sendo o maior dos trés itens: -tensfo disruptiva maxima de descarga para fiente de onda (kV de pico) (ver coluna 3, da Tabela 4.3), dividida por 1,15. ~tensio disruptiva maxima (kV de pico) para surtos atmosféricos, onda 1,2 x 50 ys (ver coluna 4, da Tabela 4.3). | -tensio residual maxima de descarga (kV de pico) para correntes de 10 kA (equipamentos 0,6 < Um < 242 kV - Tabela 4.1) ou de 20 KA (equipamentos Um > 362 | KV ~ Tabela 4.2) (ver colunas 9 ou 11, da Tabela 4.3, respectivamente), © maior destes valores é tomado como base para aplicaglo da margem de seguranga (definida a seguir). Depois deste passo ser escolhida a tenso suportavel nominal de impulso atmosférico (ver coluna 2, da Tabela 4.1) | b) Contra sobretensdes de manobra Tensio disruptiva méxima (kV de pico) para surtos de manobra (ver coluna 5, da Tabela 4.3) Este valor servird de base para aplicagdo da margem de seguranga, Depois deste passo j seré escolhida @ tenso suportavel nominal de impulso de manobra (ver Tabela 4.2), | 52 Tensio Maxima do Tensdo Suportével Tenstio Suportavel Equipamento Urq Nominal de impuiso Atmost rico Industria! Durante 1 Minuto KV (uBior eficaz) KV Ivalor de crista) RV (valor eficaz) Oe aS eee 4 1a a 0 o Nominal a Frequéncia lain de ee i ee Nota: (11 Esta tensdo sb éaplicivela secundéries de {ransformadores cujos primarios tém tensoes ‘maximas superiores a1 kV Tabela 4.1 Niveis de Isolamento Normalizados para 0,6 kV < Un $242 kV wwwew www wee » » » > » > > > » » » » » » » vy eww -ewservpeseerprerve eevee ey 53 + BE Tenséo Méxima do Tenséo Suportavel Tensto Suportével | Equioamento Um Nominal de Imeulso Nominal ae Imouiso de Marobra Atmosférico KY Walor eficaz! KV Walor de cristal KV ivator de crista) 0 5 850. | 362 1050 | 950 1175 1300 $60 gy rocco SPiieeetias-sseebitinree 1425 1200 | 1080. 1425 550 176. 1560 1300 167 1800 | 1425) 200 ~ 1960 1550 2100 Tabela 4.2 Niveis de Isolamento Normalizados para Um > 362 kV ’ Pee ae ae a ee ee eee ae eas 24 235 338 | 6 | tes] 212] 27] 24a] 206 12 37 a7 32 a ye | 194 | 249] 281} soz] aor] S92 15 465 465 40 30 zas | %2 | 3 | 3 | a5] 40 485 18 585 555 48 465 ev | v9 | a7} as] ae] az] sas 2 65 65 56 555 ais | 337 | 432] aa7] soa! sos] 6s 24 7 74 64 62 36 | ass | 492] sss] sos! ess} fs 27 83 83 7 70 aos | asi | ssa] 62s | sro] 72 | ar 30 92 92 80 78 45 | are | sis] sos] vas] 70 965 36 at it 98 93 s¢ | 57s | 7as| 3 | az) sas] nis 30 120 120 104 101 sas | 625 | 795] 205] 95 | 102 | 25 48 148 148 328 124 we [as] 0 | a | tas | ass 60 170 170 14 198 sa | 9 | 22 | ar [sar | 156 | 100 72 204 204 168 163 woo jas | 346 | tes | azo | tar | aor 78 220, 220 184 7 woo [123 | ise | we | aor | 202 | 2ee 84 237 237 198 19 sis | 183 | 170 | 191 | 205 | 2i7 | os 20 254 254 212 204 yee | 142 | ye | 204 | are | 232 | 209 36 270 270 226 216 fase fis | ise | aie | zoe | ae | 300 108, 304 04 254 245, wr] i70 | are | 2s | 262 | are | 390 120 338 398 282 272 tea [ree | 261 | are | 292 | 300 | Se 132 972 372 209 195 | 207 | 2s2 | aoe | ais | aaa | aoa 14a | 405 405 326, 201s | 206 | 207 | S21 | saa | asa | 430 168 ani 483 381 205 | 263 | 308 | are | aor | 422 | Sto 180 502 521 400 24 | sr | ase | 400 | aze [asa | seo 192 538 559 428 260 | 900 | asz | aor | a57 | ago | S05 228 623 677 508: gos} 35s | 452 | sio | ses | 57s | Gos 240 | 653 718 533 saa | are_| 476 | 535 | sre | 608 | 990 258 703 78 873 gag soe | sts | s7s | ore | 650 | 705 264 ne 792 586 gsr fait | 525 | 505 | 526 | e6s | 200 276 747 24 612 373 | 429 | 50 | ers | 659 | e290 | gas 268 778 e590 640 sea__| ese | 570 | a0 | ces | 720 | ars 300 807 691 665 666 405 | 467 | 05 | 6s | 712 [ 750 | oto 312 836 924 680 603, 422 | 485 | 620 | 600 | 740 | 760 | oes 396 | 1097 1140 ‘350 840. sas | 593 | 772 | esr | os: | gar | 1209 420_| 1085 1200 1005 890 ser__| 63¢_| a9 | a3 | 967 | 1051 | j262 aaa | seo 1265 1055 940 soo | s70 | a6 | 96s fross [are | case 468 | 1195, 1326 1110 992 632 | 707 | 93 | 1018 | 1100 | 371 | jaar 492 | 1247 1985 1185 1045 665 | 742 | 952 | 1070 | 156 | 282 | 1900 sie | 1303 1449 1215 1095 97 | 779 | 100s | var | vate | i2e2 | ers ses | 1408 1872 1330 1200 rez | asr | so | 1226 | aces | a411 | an0 sea | 1465, teaa 1390 1250 7ae | esr | ssas | sare fae | tary | tran ez | ists 1700 1440 1300 sar__| se_[insa_| 1330 | v4a7_| tsar | toes Tabela 4.3 Caracteristicas Protetivas dos (ee Canoes & ar Baa ) Para-raios tipo Alugard Il, da General Electric ss 7, MARGENS DE SEGURANCA Segundo a Norma de Coordenagao de Isolamento, da ABNT, as margens de seguranga (recomendadas) a serem aplicadas sobre os niveis de protegéo dos péra-raios para Posterior escolha dos niveis de isolamento dos equipamentos sao: a) Tensio maxima do equipamento até 242 kV Surtos atmosféricos ~ margem de seguranga de 1,20. b) Tensfio méxima do equipamento acima de 362 kV Surtos de manobra ~ margem de seguranga de 1,15 Surtos atmosféricos — margem de seguranca de 1,25 (deve ser verificado, embora o nivel de isolamento seja escolhido inicialmente a partir do surto de manobra). 8. EXEMPLOS PRATICOS DE COORDENACAO DE ISOLAMENTO a) Exemplo de aplicac&o do método convencional para tensGes até 242 kV eivunsnue te Mt embowte at ocble's ) Definir a tens&o nominal dos pirernios eee eee uma subestagdo de 230 KV para protegio dos equipamentos que serdo instalados nesta subestagao. Definir também 05 nivels de isolamento destes equipamentos, A tensto méxima de operegao da subestagdo 6 242 kV. O fator de aterramento (Far) no ponto do sistema onde se encontra a subestagdo 6 1,35. © resumo da solugio ¢ dos resultados esto apresentados na Tabela 4.4. A seguir serio mostrados todos os passos seguidos no preenchimento da referida tabela Escolha da tensZo nominal dos péra-taios (Vwypr) Fars 1,35 Sobretensdo temporaria = 1,35 x Vir/V3 = 1,35 x 230/13 = 179,26 kV Assim 0 para-raios escolhido foi o de tenso nominal Vypr = 180 kV. Este para-raios apresenta as seguintes caracteristicas de protecio, retiradas de catilogos de fabricantes (Obs: Reler o item 6): -tens&o disruptiva maxima de descarga para frente de onda (kV de crista) (ver coluna 3, da Tabela4.3) igual a S21KV. ( Ob»: S41 /y yy = 453,09«u) V/ -tensdo disruptiva méxima (kV de crista) para surtos atmosféricos, onda 1,2 x 50 jas (ver coluna 4, da Tabela 4.3) igual a 400 kV. V eno residual maxima de descarga (kV de crista) para corrente de 10 KA (ver coluna 9, da Tabela 4,3) igual a 400 kV. aes gee Logo o nivel de protegao a impulso atmosférico deve ser igual a 453,04 kV (S21/1,15) que € 0 maior dos trés niveis acima, (Van ith a pe'pme £4). Escolha dos niveis de isolamento dos equipamentos Assumindo-se uma margem de seguranga minima de 1,20 chega-se a um nivel de isolamento de 543,65 kV. Escolhe-se na Tabela 4.1 a Tensio Impulso Atmosférico normalizada imediatamente superior que é Suportavel Nominal de 750 kV de crista, Uma vez escolhida a tensio de 750 kV, pode-se verificayqual a verdadeira majgem de Protesao conseguida , Neste exemplo a margem obtida é/750/453,04 = 1,65, Seguindo-se a mesma linha na Tabela 4.1, define-se a Tensio ‘Nominal & Freqiiéncia Industrial a ser especificada para os equipamentos que é 325 kV eficaz Dados Bisicos Exemplo 1 Tenso Nominal do Sistema (kV eficaz) 230 ‘Tensiio Maxima do Equipamento (kV eficaz) 242 Fator de Aterramento 1,35 ‘Margem de Seguranga Minima (Surtos atmosféricos) 1,20 | Caracteristicas dos para-raios -Tens&o Nominal (kV eficaz) 180 -Tensao Disruptiva -Frente de Onda (kV de crista) 521 ~Surtos atmosfiéricos (kV de crista) 400 ~Tensdo Residual Maxima para 10 kA (KV de crista) 400 -Nivel de Protecao a Impulso Atmosférico (KV de crista) 453,04 Tens&o Suportavel Nominal de Imp. Atmosf. (kV de crista) (*) 750 Tens&o Suportavel Nominal a Freq. Indust. (kV eficaz) 325 (*) Margem de Protegdo (%) 65 Tabela 4.4 Exemplo de aplicagio do método convencional para tenses até 242 kV 56 i ee ee ee b A) Exemplo de aplicagio do método convencional Para tensdes acima de 362 kV / pipe hone S6O) bs Hye os Si Definir a tens8o nominal dos para-raioiva serem aplicados em uma subestago de 500 kV para protepo dos equipamentos que serio instalados nesta subestagao. Definir também os niveis de isolamento destes equipamentos, A tensio maxima de operagao da subestagao € 550 kV. O fator de aterramento (Fx) no ponto do sistema onde ne encontra O resumo da solugio e dos resultados estao apresentados na Tabela 4,5. A seguir serio ‘mostrados todos os passos seguidos no preenchimentos da referida tabela Escolha da tensfo nominal dos péra-raios Far = 1,40 Sobretensio tempordria = 1,40 x VEF/V3 = 1,40 x SO0/V3 = 404,14 kV Assim o pira-raios escolhido foi 0 de tensio nominal Vase = 420 kV. Este para-raios ‘presenta as seguintes caracteristicas de protegdo, retiradas de catélogos de fabvicanecs > > » » r > > » > » » > > > » » » » » 7 » » » s weorevrrprepeyeep repre Dados Basicos Exemplo 2 Tensio Nominal do Sistema (kV eficaz) 500 Tensio Maxima do Equipamento (kV eficaz) 550 Fator de Aterramento 1,40 Margens de Seguranga Minima | -Surtos de Manobra 115 ~Surtos Atmosféricos 1,25 Caracteristicas dos para-raios ~Tensio Nominal (kV eficaz) 420 -Tenséo Disruptiva ~Surtos de Manobra (kV de crista) 890 | -Frente de Onda (kV de crista) 1200 | -Surtos Atmosféricos (kV de erista) 1005 ~Tensdo Residual Maxima para 20 kA (KV de crista) 1051 -Nivel de Protego a Impulso de Manobra (kV de crista) 890 -Nivel de Protegao a Impulso Atmosférico (kV de crista) 1051 Tensio Suport. Nom, de Imp. de Manobra (KV de erista) (*) 1050 Tensiio Suportavel Nominal de Imp. Atmos. (kV de crista) (**) 1425 (® Margem de Protego para Impulso de Manobra (%) 18 (**) Margem de Protegao para Impulso Atmosférico (%) 35,6 Tabela 4.5 Exemplo de aplicagao do método convencional para tensdes acima de 362 kV oe APENDICE A SOBRETENSOES - CONCEITOS BASICOS 1 Introdugéio. Este capitulo tem nor finalidade apresentar as diversas sobretensdes que podem acorrer em um sistema de ttansmisséo de eneraia eiétrica b ’ r ' , » , , r ’ » » r r Sobtetensdo 6 uma tensdo variével com 0 tempo, Pentre uma fase e tera ou entre feses, cuso valor de cista & P Superior 20 valor de crste da tenso miuma de um Sstema (UmV2/VS ou Um V2 respectivamertel. Do's tipos P se disiinguem: extermas @ internas. A diferenca ene pp ambss depende somente do localzacdo dos eventos que r r r > a , , r , ‘As sobretenstes externas so originadas fora do sistema considerado, sendo sua principal fonte 2s descargas atmosféricas, enquanto que as internas sao Causades por eventos dentro do sistema de poten: si, camo por exemplo manobras de disjuntores ou curtos-cicuitos. Baseada no grau de amortecimento e no tempo de uracdo, pode ser felta uma distincdo entre ts Categorias de sobretenstio: ~ Sobretensies Temporérias ~ Sobretenstes de Manobra ~~ Sobretensies Atmosféricas N&o podem ser estabelecicos limites definidos de transiogo entre estes grupos, uma vez que certos fenémenos podem causar sobretensées que se tenquadrem em uma ou outra classe. Como exemplo, + pode-se citar: ™ a. A energizacdio de uma linha terminade em transtormador dé origem @ uma sobretensio que pode Ser considerada como de manabra ou temporaria, . dependendo do grau de amorecimento das cristas Sucessivas (isto 8, dos parémetros do circuito) 5. Um surto atmosférico transteride através de um trensformador pode produztr, no lado secundério, - ondas de curta duragio similares aquelas devidas 4 operacdo de manobra. 'S Reignicao através dos espacamentos dielétricos de equipamentos de manobra node dar origem & * sobretensées com taxas de crescimento elevadas a _ similares squelas devidas as descargas atmostérces, a 5 5 a 5 60 2 Conceitos Basicos ‘A determinacao das sabretensées que podem ocorrer em um sistema de transmissdo é de fundamental importéncia, uma vez que fornece subsidios para @ coordenacdo de isolamento de linhas e subestacdes, assim como para a especificacdo dos equipamentos. Desta forma, o conhecimento das caracteristicas de cada uma das categorias das sobretensoes, classificadas anteriormente, deve ser a base para a elaboraego de um projeto de um sistema eccnémico que opera de maneits confi 24 ‘Sobretensiio Temporaria Sobretensdo temporaria é uma sobretensao fase-terra u entre fases, em um dado ponto do sistema, oscilatoria Ge Curacdo reiativamente longa e fracamente amortacia uno amortecida, Desta forma, mesmo que as amplitudes cestas sobretens6es sejam inferiores as de outros tipos Ge sobretensdes, elas podem ser determinantes no projeto tanto da isolacdo interna como também da isolacao. extema dos equipamentos. As sobretensbes tempordrias sdo geralmente causadas po: a. Manobras, como por exemplo tejeicao de carga b Faltes, como por exemple curto-circuito monotisico ©. Fenémenos ndo-lineares, como por exemplo ferro-ressonancia d. Eteito Ferranti Podem ser caracterizadas por ~ Amplitude - Em regra geral inferior @ 1.5 pu, — Frequéncia de Oscilacdo - Frequgncia menor, igual ou maior que a fundamental ~ Duracdo Total - Tempo de duracdo superior a dezenas de miissogundos, 2.2 Sobretenséo de Manobra Sobretensio ce manobra 6 uma sobretensdo fase-terra Ou entre fases, em umn cedo ponte do sistema, devido & coeracdo de um equipamento de manobra, falta ou autre | csusa, Cula forma de onda, para fins ce coordenacdo de | isolamento, ¢ similar a onda de impulso de manobra > utiizads para enseio. Tal sobretenséo ¢ em geral fortemente amortecida e de curta durac30. A exoressio “curta duracio" usada nesta definicdo serve para caracterizar esta sobretenséo quanto 20 tempo de frente de onda e o tempo até 0 meio valor. Com bese estes do's parématios, ¢ feita uma distincéo arbitréria entre sobretensto de manobra e atmosférica, Assim, sobretensbes com tempo de frente entre 100 @ 500 ps (que ‘correspondem as frequéncias entre 10 kHz @ 2 kHz! @ com © tempo até o meio Valor da ordem de 2500us, $80 geralmente consideradas como sobretensdes de manobra O propésito desta definicdo é enfatizar que uma dada sobretensio & classificada como de manobra baseada ‘mais na sua forma de onda de que no tipo de fonte que lhe deu origem, A distribuicdo destas sobretensdes ao longo da isolacdo 6 aproximadamente igual aquels devide 8s sobretensbes termporérias, porém nao so repetitivas € ‘somente uma crista, de qualquer polaridade, é normalmente significativa ‘A amplitude e duracéo das sobretenstes de manobra Gependem dos parémetros do sistema, da sua Configuracio e das condiedes em que ele se encontre no. momento da manobra. Desta forma, para um mesmo sistema, a mesma opetacdo pode resultar em valores diferentes para a sobretenséo, Wy yww eww www weer we ee ewe eee Como exemplo de sobretensées de manobra mais comuns, temos energizacio e religamento de linhas e P aplicacao e abertura de fata. » > 2.21 Sobretenséo de Manobra Maxima r E uma sobretenséo de manobra cujo valor de crista onsiderado como 0 maximo que pode ocorrer em determinado ponto do sistema sendo utiizado no método. ‘onvancional de coordenagdo de isolamento, sendo em geval inferior a 4 pu. Entretamto, devido & aleatoriedade de virios eventos, entre eles o instante de fechamento dos pélos de um Gisjuntor, torna-se extremamente diffe prever a maxima sobretensao que iré ccorrer para uma manobra especffica, sendo necesséno recorrer a métodos estatisticos pera escrever 0 comportamento da sobretenso. Como ConseqUéncia deste fato, advém a definicso que se apresenta a seguir: 22.2 — Sobretenséo de Manobra Estatistica VF WI We P ume sobretensio de menobre, aplicade a um equipamento, devido a uma perturbacdo espectfica no sistema (energizaea0, ocorréncia de falta et), cujo valor de crista tem uma probabildade de 2% de ser excedido, » 64 2.3 Sobretenstio Atmosférica Sobretenséo atmasférica ¢ uma sobretensao fase-terra ‘ou entre fases, em um dado ponto do sistema, devide a uma descarga atmosférice ou outre cause, cuja forma de ‘onda pode ser considerada, para fins de coordenacao de ‘solamento, similar @ uma onda de impulso atmostérico normalizads utiizada em ensaios. Tal sobretens&o 6 usualmente de duragdo muito curta e amplitude maxima a ordem de 6 pu A expresso "duracdo muito curta” serve para caracterizar esta sobretensdo com relacdo 20 tempo oe frente de onda e o tempo até o meio valor. Assim, as sobretensées com tempo de frente até 20 us (que Cortespondem &s frequéncias maiores do que 60 kHz) e Tempo até o meio valor de ordem de 80 us so geralmente cconsideradas como surtos atmostéricos. Devido @ forte inclinagao da frente de onda, estas. sobretensdes solicitam mais que as anteriores @ isolacdo longitudinal de enrolamentos indutivos e, devido a sua Curta duraco, uma dada isolago poders suportar uma Solicitagao ligeramente maior. Analogamente as definicdes 2.2.1 e 2.2.2 vistas ~anteriormente, pode-se definir de forma semelhante “Surto Atmostérico Maximo” e “"Surto Atmosférico Estatistico”, A Figure 2.1 sintetiza as caracteristicas dos tr8s tipos de sobretenséo conceituados com respeito & amplitude e tempo total de duracko, ‘Surtos Atmostéricos ‘Surtos de Manobra Sobretenstes Temporsries Figura 2.1. Representacso Esquemética dos Diterentes Tipos de Sobretenséo num Sistema EAT [5] TV Fee eee EYE EYLELEEE a (2) (3) 4) 6 Bibliografia Norme ABNT - NBR 6939 - Coordenagéo de Isolamento, Norma ABNT - NBR 8186 - Guia de Apicacto de Coordenagao de Isolamento Transmission Line Reterence Book - 345V and ‘Above! Second Ecition - EPRI \W. Diesendort- “Insulation Co-ordination in High Voltage Electric Power Systems’: - Butterworth & Co (Publishers) Lid, 1874 Kiaus Ragaller - “Surges in High-Voltage Networks” ~ Plenum Publishing Corporation, 1980 63 APENDICE B SELECAO DE PARA-RAIOS DE OXIDO DE ZINCO l~meeedamodeanconnnne , r , r , , , r » , , , » r , , r r , r r r r r r r r , > eye ey rrr VI, FY IVY SELECAO DE PARA-RAIOS DE OXIDO DE ZINCO (Zn0) Conforme descrito no item 6, 05 pira-raios s4o dispositivos de protegao utilizados para limitar as sobretensdes a valores compativeis com os niveis de isolamento dos ‘equipamentos. Os para-raios ndo influenciam a operagio do sistema quando este se encontra em regime permanente. SO “atuem” quando alguma anormalidade caracterizada por uma sobretens&o ocorre no sistema. Nesta ocasio o para-raios estara “protegendo” os equipamentos. No item 6 foi mostrado como selecionar um para-raios do tipo convencional (para-raios ‘com “gap”, onde os resistores nao lineares so do tipo carboneto de silicio). Neste APENDICE B seré visto como selecionar um pira-raios do tipo éxido de zinco (ZnO), que séo pira-raios mais modemos. Nao possuem “gaps”, como os convencionais estudados anteriormente. Como nao possuem “gaps”, os resistores no lineares esto continuamente ligados o sistema. Em condigdes de regime permanente do sistema a corrente drenada pelos resistores é muito pequena (da ordem de 1 miliampére), nao influenciando a operagao do sistema. No caso dos para-raios do tipo dxido de zinco (ZnO), dos quais trata este APENDICE B, a escolha da tenséo nominal do para-raios (coluna 1, da Tabela 4.6) deve seguir seguinte roteiro: -Deve ser determinada a tensio méxima de operagio do sistema, valor fase-neutro rms. © para-raios a ser escolhido deve apresentar MCOV (Maximum Continuos Operating Voltage ~ coluna 2, da Tabela 4.6) superior d tensfio maxima de operagdio do sistema, -A sobretensto tempordria maxima que aparece no sistema no ponto (subestagao) onde seré instalado o para-raios deve ser conhecida em amplitude e duragio e comparada com a capacidade do péra-raios de suportar sobretensdes temporarias (coluna 3, da Tabela 4.6). O fator de aterramento é uma medida que indica a sobretenso temporéria maxima. Isto , conhecido o fator de aterramento conhece-se a sobretenso temporaria ¢ a partir dai pode-se escolher a tensio nominal dos para-raios. fator de aterramento (Far) & definido como a relago entre o maior valor eficaz da tensio fase-terra a freqiéncia industrial numa fase sé, num determinado ponto do sistema, durante uma falta fase-terra (Vro) ¢ a tensdo 4 freqliéncia industrial fase-terra (Vie/V3), n0 mesmo ponto do sistema com a falta removida. Fars (VrolVin) x3 FyeS an ¢ Ato < Fac kbfo = tlt Fap Sto > Far < 14 ~ sistemas efetivamente aterrados. Far 14~ sistemas isolados. Cy OV ew www wwe we ewe eee eee Pyyvyr yer ve HY V yw Hy Niveis de proteriio de protecio dos pat a) Contra sobretensdes atmosfiricas nivel de protegdo de um para-raios contra surtos atmosféricos € considerado como sendo: -tensio residual mixima de descarga (kV de crista) para correntes de 10 kA (equipamentos 0,6 < Um < 242 kV —Tabela 4.1) ou de 20 kA (equipamentos Um > 362 kV ~ Tabela 4.2) (ver colunas 8 ou 10, da Tabela 4.6, respectivamente) Este valor serviré de base para aplicaglo da margem de seguranga. Depois deste passo sera escolhida a tensio suportavel nominal de impulso atmosférico (ver Tabelas 4.1 € 42). 4) Contra sobretensdes de manobra nivel de protegao de um para-raios contra surtos de manobra € considerado como sendo: -Nivel de protegdo maximo (kV de crista) para surtos de manobra (ver coluna 12, da Tabela 43) = Este valor servird de base para aplicago da margem de seguranga. Depois deste passo sera escolhida a tenso suportavel nominal de impulso de manobra (ver Tabela 4.2), XEMPI PRATIC DE_COO! 14CAO_DE_ISO) RAIOS DE DE ZINCO a) Exemplo de aplicagiio do método conyencional para tensdes até 242 kV Definir a tenso nominal dos para-raios de éxido de zinco a serem aplicados em uma subestagéo de 230 kV para proteso dos equipamentos que serio instalados nesta subestagiio, Definir também os niveis de isolamento destes equipamentos. A tensio maxima de operagio da subestagao € 242 kV. O fator de aterramento (Far) no ponto do sistema onde se encontra a subestagio é 1,70 e a duragdéo maxima da sobretensio temporaria é 1s. O resumo da solugao ¢ dos resultados estdo apresentados na Tabela 4.7. A seguir serio mostrados todos os passos seguidos no preenchimento da referida tabela Escolha da tensao nominal dos para-raios (Ver) ‘Tensdo méxima do sistema = 242/V3 kV = 139,71 kV ‘Vou com este valor na coluna 2, da Tabela 4.6. O primeiro para-raios com MCOV acima é 0 de tensio nominal 172 kV. Devo verificar a sobretenstio tempordria, Far =1,70 1 » ‘Fable 2 - Tranquell XE Station Arrester Characteristic ? @ Q) re a 8 9. TACO EO) ‘Mima Sviching , ‘Maximam ({TOV) Front-of- Maximam Discharge Voltage. ‘Surge Protective ' Continaos | second | Wave at Indicated Impulse Current Level a Indicated Arrester | Operating | Temporary | Protective for an 420 ps Carrent Wave Carrent > Rating Overvalage | Level WV Crea) wv Cres 3 Pao | wo | = >a | « , XY rms), KY Crest) a fica | ca | ta | a kv ka ? sa a 6 7 | us| il as] iss | sa}ise | iss | tos | os ? 69 51 1 wo | ne| we} ts] s67 | x7] as6 | as | aaa | os 1s 6 4s ne | 6s | 14] ag2] 97 | 209] 219 | asa | sz | os , as 69 100 255 36 | 196} 205 | 222 | 235] 2406 | 284 | 171 os > 30 a ha 202 | 206 | 217] 27/245 | 259] 21 | 12 | 189 | os r 10 a 122 uo | 26 | 28| 249} 268 | 283] 206] 29 | 208 | os 2 102 rr yrs | 4 | pel sor] sas] ssa] ase | sia | asz | os » as 127 134 466 340 | 357] 373 | go2| 42a] 4s2 | sos | 312 os r 18 153 m2 sso | a9 | aso} eas | 4a | soo] ss2| 607 | 376 | os r an 179 ua 22 [ase | ata] asa] sas | soa] sso | on | ar | os 2 195 23 ra | 20] ses] 570] 12 | | or2 | a3 | ars | os r 2 220 219 x2 | es | ois] 6e2| 690 | 27] 259 | se | sas | os , x0 ma 364 aap | ots | ss] m1 | 764 | soul ena] 953 | 57 | os r x6 20 ra 1s | m0 | sos] ses | sos | 952] 992] 122] 709 | os x» as “sr nt | x6 | a7] 917 | 925 | 103 | 8 mo | os r 6 365 520 2996s] ot | tos | 19 | ais | 124 2 | os r “a 29 566 369] 402 | aoe | an | ans | ae | 9 43 | os Pa “ « 7 m |u| an | ns | ass | ns 1a | os r o | n we fief fas fae |e fase | ae | ons | os r 6 3 8 180 137 | aaa | 14s | is7 | 64 | 6s | ast | a2 5 2 3s a 193 uz | ass | ise | 69 | 96 J 2 | am | as | os r 50 2 106 > ws | ass | 200 | 213 | 222 22 | im | os r 96 * us 260 19s | 206 | 21 | 227 | 237 | ae | 2m | ae | os r 108 a 126 280 n20 | 220 | 239 | 259 | ase am | 2s | os 7 10 98 12 um aes | 289 | 260 | 285 | 297 av | me | 10 m2 | wr 197 360 as | 286 | a57 | ais | 320 au | a2 | 10 > us | ont 168 387 pe | aor [sis | sae | 382 aor | 22 | 10 we | 6 197 454 as | 360 | 37 | 396 | 13 am | 30 | 10 m | uo 203 467 sss | a70 | see | aoe | aos | asp | aes | 240 | 30 wo |e. 212 “87 wo | 386 [aor | vas | a | ase | sor] an | 10 i | 6 26 20 gs] as | azs | ase | ars | ats | sae | 22 | 10 zs | ass 268 on es | aay | soe | 539 | 561 | sso | ox | 449 > nwo | is es 653 ass | sis | soe | 570 | soe | ois | or | ars | io la 258, 209 103 697 529 | 583 | 574 | 6o9 | 634 | 685 | 721 492 20 4 aa | 2 310 a4 siz | ses | 587 | 023 | oes | oi | 738 | 539 | 20 ns | m as 187 ser} 355 | ois | os2 | 7 | Gor | ™m | ses | 20 r ae | 239 780 303 | aw | 62 | 6x1 | n10 | 723 | 05 | 590 | 20 if gs foe | ae 7” eos | ean | 86 | ose | mas | wo | sn | or | 20 5 so | 2s 3s a eis | 645 | 670 | r10 | 290 | 204 | ar | is | 20 mz | as 308 47 63 | 672 | 657 | 79 | 770 | 295 | srs | oso | 20 p ue | zm 397 ou x | ns | 12 | v7 | ano | sss | on | 90 | 20 i x0 | 292 26 980 rt | 77 | sor | ass | ssi | 920 | wir} m1 | 20 = we | os 47 1017 ra | sos | s27 | 260 | aor | sis | roi | 62 | 20 a | 3s 436 lors ais | sao | sve | is | sus fo | tors | 06 | 20 » wa | as su | iia ast | s92 | ore | 96: | 99s | rox] 1130 | 47 | 20 se | 70 e [ase | nna | as | 122s | a266 | s32s | 1358 | isos | naz | 20 ~ S12 485, 722 11597. 1r77_ | 1228 | 1261 | 1324 | 1367 | 1401 | 1553, 1163 2.0, a Tabela 4.6 a Caracteristicas Protetivas dos Péra-raios de ZO tipo Tranquell, da General Electric a a ” . POV WN OW ee mW ww nw ww ee we we wee ne we wee rR VY ’ pyyyyryy Sobretensiio temporaria = 1,70 x Vep/V3 = 1,70 x 230/N3 = 225,74 kV Assim 0 para-raios escolhido foi o de tensdo nominal Virx = 192 kV. Este para-raios apresenta as seguintes caracteristicas de protegdo, retiradas de catdlogos de fabricantes. -tensio residual maxima de descarga (kV de crista) para corrente de 10 kA (ver coluna 8, da Tabela 4.6) igual a 454 KV. Logo, o nivel de protegao a impulso atmosférico ¢ igual a 454 kV. Escolha dos niveis de isolamento dos equipamentos Assumindo-se uma margem de seguranga minima de 1,20 chega-se a um nivel de isolamento de 54,8 kV. Escolhe-se na Tabela 4.1 a Tensio Suportivel Nominal de Impulso Atmosférico normalizada imediatamente superior que é 750 kV de crista. Uma vez escolhida a tenstio de 750 kV, pode-se verificar qual a verdadeira margem de protegtio conseguida . Neste exemplo a margem obtida € 750/454 = 1,65 Seguindo-se a mesma linha na Tabela 4.1, define-se a Tensio Nominal 4 Freqiiéncia Industrial a ser especificada para os equipamentos que ¢ 325 kV eficaz, | Dados Bésicos Exemplo 1 Tensiio Nominal do Sistema (kV eficaz) 230 Tenséo Mixima do Equipamento (kV eficaz) 242, | Fator de Aterramento 1,70 | Margem de Seguranca Minima (Surtos atmosféricos) 1,20 Caracteristicas dos para-raios de oxido de zinco | -Tensiio Nominal (kV eficaz) 192 | -Tensio Residual Maxima para 10 kA (kV de crista) 454 -Nivel de Protecdo a Impulso Atmosférico (KV de crista) 454 ‘Tens&o Suportével Nominal de Imp. Atmosf, (kV de crista) (*) | 750 Tensdo Suportével Nominal 4 Freq. Indust. (kV eficaz) 325 (*) Margem de Protegio (%) 65,1 Tabela 4.7 ; Exemplo de aplicagao do método convencional para tensdes até 242 kV 6? YO ew ee ee ew t 7 > 'b) Exemplo de aplicagio do método convencional para tensdes acima de 362 kV Definir a tensdo nominal dos para-raios de éxido de zinco a serem aplicados em uma subestagio de 500 kV para protegio dos equipamentos que serio instalados nesta subestagéo. Definir também os niveis de isolamento destes equipamentos. A tensio maxima de operagio da subestagio ¢ 550 kV. O fator de aterramento (Far) no ponto do sistema onde se encontra a subestagao € 1,70 e a duragio maxima da sobretensao temporaria é de 1 s. © resumo da solugio e dos resultados estio apresentados na Tabela 4.8. A seguir serao mostrados todos os passos seguidos no preenchimentos da referida tabela. Escolha da tensio nominal dos para-raios (Ver) ‘Tensio maxima do sistema = 550/N3 kV = 317,54 kV. Vou com este valor na coluna 2, da Tabela 4.6. O primeiro para-raios com MCOV acima é 0 de tenso nominal 396 kV. Devo verificar a sobretensio temporaria. Far = 1,70 Sobretensio temporaria = 1,70 x VFF/V3 = 1,70 x SO0/N3 = 490,74 kV Assim 0 para-raios escolhido foi o de tensio nominal Vypr = 420 kV. Este para-raios apresenta as seguintes caracteristicas de protecdo, retiradas de catélogos de fabricantes, -nivel de protego méximo (KV de crista) para surtos de manobra (ver coluna 12, da Tabela 4.6) igual a 806 kV. O nivel de protegdo a impulso de manobra é o valor acima: 806 kV -tensdo residual maxima de descarga (kV de crista) para corrente de 20 kA (ver coluna 10, da Tabela 4.6) igual a 971 kV. Logo 0 nivel de protecao a impulso atmosférico é igual a 971 kV. Escolha dos niveis de isolamento dos equipamentos Assumindo-se uma margem de segura’ nhinima de 1,15 para surtos de manobra chega-se a um nivel de isolamento de 926,9 kV (806 x 1,15). Escolhe-se na Tabela 4.2 a Tensfo Suportavel Nominal de Impulso de Manobra normalizada imediatamente superior que € 1080 kV, Seguindo-se na Tabela 4.2 pode-se escolher entre dois valores (1300 ou 1425 kV) a Tenso Suportivel Nominal de Impulso Atmosférico. Para se conseguir a margem de seguranga recomendada para surtos atmosféricos (971 x 1,25 = 1213,75 kV) escolhe-se © valor 1300 kV. 68 VO WA oe ee eee ee ee ee Dados Basicos Exemplo 2 ‘Tensio Nominal do Sistema (kV eficaz) 500 Tensdo Maxima do Equipamento (kV eficaz) 550 Fator de Aterramento 1,70 Margens de Seguranga Minima -Surtos de Manobra | 41s | Surtos Atmosféricos | 1,25 Caracteristicas dos para-raios -Tensio Nominal (KV eficaz) 420 | -Tensdo Residual Maxima para 20 kA (kV de erista) om -Nivel de Protegio a Impulso de Manobra (kV de crista) (*) 806 -Nivel de Protego a Impulso Atmosférico (KV de crista) (**) 97 Tens&o Suport. Nom. de Imp. de Manobra (kV de crista) (*) 1050 Tensdo Suportavel Nominal de Imp. Atmosf, (kV de crista) (**) 1300 (*) Margem de Protego para Impulso de Manobra (%) 30,27 (**) Margem de Protegao para Impulso Atmosférico (%) 33,88 Tabela 4.8 Exemplo de aplicacaio do método convencional para tensdes acima de 362 kV 69 POO OR re ee ee ee ee ee PPI FIDO PT HYD Vr He CAPITULO 5 SUBESTACOES — MALHA DE TERRA OF OF OT Owe wee www ee yee PrP Pre rr rerr ere se 1, INTRODUCAO Toda instalagdo elétrica de alta ¢ baixa tensdo, para funcionar com desempenho satisfat6rio e ser suficientemente segura contra riscos de acidentes fatais, deve possuir uum sistema de aterramento dimensionado adequadamente para as condigbes de cada projeto, Os principais objetivos do aterramento si: ‘#Obier uma resisténcia de aterramento a mais baixa possivel, para correntes de falia a terra; Manter os potenciais produzidos pelas correntes de falta dentro de limites de seguranga de modo a nfo causar danos fisicos nas pessoas; ‘Fazer que equipamentos de protego sejam mais sensibilizados ¢ isolem rapidamente as falhas & terra, ‘+Proporcionar um caminho de escoamento das descargas atmosféricas para terra; +Protegao das pessoas contra contatos com partes metilicas da instalagdo energizadas acidentalmente; ‘+Escoar cargas estiticas geradas nas carcagas dos equipamentos, Existem varias maneiras para aterrar um sistema elétrico, que vio desde uma simples haste, passando por placas de formas e tamanhos diversos, chegando as mais complicadas configuragdes de cabos enterrados no solo. Esta ultima maneira de se aterrar uma instalagao elétrica, na sua forma mais completa, constitue a malha de terra, que sera 0 objeto do nosso estudo neste Capitulo 5, uma vez que nossa intengéo é estudar 0 aterramento de subestagdes, 2. PROTECAO CONTRA CONTATOS INDIRETOS © acidente mais comum a que esto submetidas as pessoas que trabalham nas instalagdes elétricas, desempenhando tarefas de manutengio e operagéo, ¢ 0 toque acidental em partes metalicas energizadas, ficando © corpo ligado eletricamente sob tenso entre fase e terra Assim, entende-se por contato indireto aquele que um individuo mantém com uma determinada massa do sistema elétrico que, por falha perdeu a sua isolago e permitiu que este individuo ficasse submetido a uma determinado potencial elétrico. 3. CHOQUE ELETRICO E a perturbagdo de natureza e efeitos diversos que se manifesta no organismo humano quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Os efeitos das perturbacdes variam e dependem de: +Percurso da corrente elétrica pelo corpo; ca PSN OT ITT ITTY TEST TTT TTT TTT Te Cy ewwwwwywww $lntensidade da corrente elétrica, ‘# Tempo de duragdo do choque elétrico, sEspécie da corrente elétrica, ‘4 Freqiiéncia da corrente elétrica, 4 Tensio elétrica; +£stado de umidade da pele; ‘#Condigies orginicas do individuo. ‘As perturbagées no individuo, manifestam-se por #Inibigdo dos centros nervosos, inclusive dos que comandam a respiragao produzindo parada respiratoria. ‘Alteraggo no ritmo cardiaco, podendo produzir fibrilagio ventricular ¢ uma conseqiiente parada cardiaca. ‘@ Queimaduras profundas, produzindo necrose dos. tecidos humanos, ‘#Alteragdes no sangue provocadas por efeitos témicos e eletroliticos da corrente elétrica. Se 0 choque elétrico for devido ao contato direto com a tensio da rede, todas as manifestagdes podem ocorrer. 4, NC) VALOR DA CORRENTE ELETRICA Resumidamente, pode-se dizer que limite de corrente alternada suportada pelo corpo umano é de 25 mA, sendo que na faixa entre 15 e 25 mA o individuo sente dificuldades em soltar 0 objeto energizado. Entre 25 e 80 mA, 0 individuo ¢ acometido de grandes contragdes e asfixia. Acima de 80 mA, até a ordem de grandeza de poucos amperes, 0 individuo sofre graves lesGes musculares e queimaduras, além de asfixia imediata. Acima disto, as queimaduras sfio intensas, 0 sangue soffe 0 processo de eletrolise, a asfixia é imediata e ha necrose dos tecidos. ‘A Tabela 4.1, a seguir, apresenta os efeitos das correntes elétricas (alternadas de 50 a 60 Hz e continua) no corpo humano, sem levar em conta o tempo de duragio do choque ‘A tabela apresenta apenas uma estimativa do efeito da corrente no corpo humano, Na verdade, o valor da corrente elétrica para causar determinado efeito no corpo humano é Inuito variado, Portanto, é dificil fazer uma correlagdo dos efeitos através de equacdes matematicas. 72 33 ‘ouewinyy od103 ou womngtal awua1I03 wp sonayg sop RANeUINSE, TAPPCEL AWNIa oayaansae awivitason : sonva souno ~ ouvanvuvas -} 22804 90 Svan avinosnn YIHOuLY ~ vo | a8 ‘svunavurand | sy 13404 oeserssqrd - at frigraia ovSveaanoau - | ¥sqevo waovssyn -| — sva ovsnauxa | soprs0a cop osossoy — | “SANV 30 oyovireaiasad - | qvroidtidy vd ogNgaNadaa - (oo quaay, waduo ¥o ‘WALIdSOH ~ oydvuldsad -| SINa¥Vd¥ LYON - | 9739) Seanpemyand - | ginayuoD OLNaW vOVIERYD A puonaiiens == 05 wagvssvy -|— givaguyav 7 Varuarassa ¥ outed 5 | teronausay ein 7 4804 OY OaVAaT Os¥9 ovSvarasie ~ = | oore| one aviog tay sunawvav 7 ‘OLNINIOI19@VLSay oySvurldsae ALUON Seta terete eee fasgasodnsut orsesuss - | oo¢-oefe-sz ou wor aqussedy NaN TOaTAOVAST Stroh baeueeey OYSvuldsay ferxtjsy s9aey opod <-- ya sz ouyxoad 08 oj Syusizes veg | ep autwrt-("9) wet | JLY Sh TIAYAOUS S1VKE OLNSKYAS ‘vrongabasnoo yorogt01sta SAREE ovdvau PAR NOOO hh kkk kkk [owe ewww wer www wwe www ewe eee eee ee ee 74 5. CORRENTE MAXIMA ADMITIDA PELO CORPO HUMANO A corrente maxima admitida pelo corpo humano, denominada de méxima corrente de choque, pode ser determinada pela expresso abaixo: Bal gcd a oe Gal ae he Ty = 0,116/VT. (A) a — Sendo: i 0,03 s » » > » ’ > > > > > , » » > , > » r » PERRET T EET er ee wes F2 Veaso = (Reh + 2Rs) x Tey Onde: Ra = resisténcia do corpo humano (considerada igual a 1000 ohms) Ro = resisténcia de contato que pode ser considerada igual a 3p. (p. ~ resistividade superficial do solo), de acordo com a recomendagao da IEEE-80 (Guide for Safety in Substations Grounding-1986) T= corrente de choque pelo corpo humano Rj,Rz ¢ Rs = resisténcias dos trechos de terra considerados A expresso do potencial de passo pode ser escrita da seguinte maneira: Vpasso = (1000 + 6p) x kes A Figura 8.2 mostra 0 potencial de passo devido a um raio que cai no solo. Por esta figura, pode-se ver as linhas equipotenciais, referidas no inicio deste item 8 (Obs: A corrente elétrica quando injetada no solo, através de eletrodos ou diretamente por descarga atmosférica, se dispersa em forma de arcos com o centro no local de penetrago, podendo provocar uma tens de passo). 9. TENSAO DE PASSO MAXIMA. potencial de passo maximo (Vpasso maximo) tolerdvel, para nfo causar danos ao ser humano, é 0 produzido pela corrente maxima de choque (ver item 5). Assim, da expresso final do item 8 obtém-se: Voasso miximo = (1000 + 6p.) x 0,116/VT.) Volts Vpusco miximo = (116 + 0,696p,) /VT. Volts 10, ‘AO DO NCIAL_DE E_DE PASSO ADMISSIVEL DEVIDO A COLOCACAO DE BRITA NA SUPERFICIE. Como a area da subestagdo é a mais perigosa, o solo ¢ revestido por uma camada de brita. Esta confere maior qualidade no nivel de isolamento dos contatos dos pés com 0 solo (ver Figura 10. 1) 000 oe rine de ter Figura 10.1 Solo da Subestagdo com uma Camada de Brita wwe eww www www wwwww ww ww wwwwewe BSSEBEE SEE EU we ew es. 78 Esta camada representa uma estratificago adicional com a camada superficial do solo. Portanto, deve haver uma corregdo no parimetro que contém p, das expressdes de céleulo dos potenciis de toque e de passo maximos, Deve-se fazer uma corregio C, (he, K) no ps= pris = 3000 O.m. ( Carcucar | | O fator de corregfto C; (hs, K) & dado pela expresstio’ PEEP we 4 a K 6, (hg, K) / Sea eoeeteceeteeettt Tet os wet\[t+ (2mbey | Onde: aaP hh, = profundidade (espessura) da brita {m] Caregen Aa K=(p.- pM pup) : ieiiseee dn mba wdt il TAATaLe tag urallng Ps = resistividade aparente da-matha, sem considerar a brita. Ps = Prrita = 3000 Q.m = resistividade da brita C.= 1 se a resistividade da brita for igual a resistividade do solo Assim, as expresses do potencial de toque e de passo méximos, com o fator de corregiio, ficam: C (hy, K) Viogue miximo = (1000 + 1,5 Cs (hs, K) ps) x (0,116/NT.) Volts ‘Voassomisino = (1000 + 6 Cs(hs, K) 9) x 0,116/VT.) Volts 11, MEDIDA DE POTENCIAL DE TOQUE Para determinagiio do potencial de toque, utiliza-se duas placas de cobre ou aluminio, com superficies bem polidas, de dimensdes 10x20 cm e com um terminal proprio para interligago com os terminais do voltimetro. As dimensdes acima simulam a area do pé fumano e, para simular 0 peso, deve-se colocar 80 kg sobre ov». placas{admitindo um peso humano de 80 kg). As placas so colocadas proximas uma da outra. Deve ser usado um voltimetro de alta sensibilidade (alta impedancia interna) e intercalar entre 0s pontos de medigdo ume resisténcia com o valor de 1000 ohms para simular a resisténcia do corpo humano. A seguir, mede-se o potencial entre o solo (placa colocada a Im de distancia do pé da estrutura) ¢ a estrutura metélica no ponto de alcance da mao, com a resisténcia inserida entre estes dois pontos (ver Figura 11.1). Deve-se efetuar a medida em todos os quadrantes do solo, com relagdo a estrutura, ¢ verificar se os pontos da estrutura, onde se aplica o voltimetro estdo limpos, livres de pinturas, éxidos, ete. Para a extrapolagdo desse valor de tensio, devido corrente aplicada 20 solo, para valores referidos 4 maxima corrente de curto-circuito fase-terra, pode-se considerar ee ee BSESES ESSE BU Ee wD ee 73 extrapolago linear, supondo que a tetra mantenha as caracteristicas resistivas invaridveis para altas correntes. Exemplo: Se para 5A o potencial de toque é 10V, para uma corrente de curto de 1000A, ovalor de Viegse 6 2000V (ver Figura 14.2). Na pritica, os valores medidos devem ser menores do que os valores determinados pelos limites de seguranga. SL tov horea lw “= law ae Figura 14.1 Medida de Potencial de Toque oe wo00e Figura 14.2 Extrapolagao do Potencial de Toque UV ee TT ew www www www ww wwe ew. POSS ee oe Ree ee eee 30 12, MEDIDA DE POTENCIAL DE PASSO. Para a medida do potencial de passo, so utilizados duas placas de cobre ou aluminio, como descrito no item anterior, que serio colocadas no solo espagadas de 1 metro Devera ser aplicado um peso de 40 kg a cada placa para simular o peso do corpo hhumano e inserir entre os dois pontos uma resisténcia de 1000 ohms (ver Figura 12.1) O potencial obtido, medido com voltimetro de alta impedancia interna, devera ser extrapolado para valores de corrente de curto-circuito fase-terra, como ja foi explicado no item anterior. Na pratica, também deve-se ter valores medidos abaixo dos valores especificados pelos limites de seguranga. Figura 12.1 Medida de Potencial de Passo 84 APENDICE A CALCULO DA MALHA DE TERRA PO AARAARARAAADRSAAASLAAAKRBAAABABAS 116 eee entanmnaeeen LY OVP Pw ww wwe www eww www www eww we eee Pee Pe ee wee 1. INTRODUCAO Neste Apéndice A serio vistos os passos necessérios para o dimensionamento da malha de terra de uma subestagdo. Resumidamente, pode-se dizer que dimensionar uma malha de terra ¢ verificar se os potenciais que surgem na superficie, quando da ocorréncia do maximo defeito a terra, séo inferiores aos méximos potenciais de passo e toque que uma pessoa pode suportar sem softer danos fisicos. Além disso deve ser dimensionado 0 condutor da malha, de forma a suportar os esforgos mecanicos e térmicos a que estardo sujeitos ao longo de sua vida util. E fundamental, também, levar-se em conta que a resisténcia de terra da malha deve ser compativel para sensibilizar a protego contra falhas a terra, isto é, nfo deve ter um valor muito elevado, Deve-se ressaltar que 0 dimensionamento de uma malha de terra ¢ um processo iterativo, Parte-se de uma malha inicial e verifica-se se os potenciais, na superficie quando do maximo defeito & terra, so inferiores aos maximos valores suportaveis por um ser humano. Caso a condig&io se verifique, parte-se para o detalhamento da malha, Caso contririo, modifica-se 0 projeto da malha de terra até se estabelecer as condigdes exigidas. 2 DADOQS_NECE: (OS PARA _O PROJETO DE UMA HA DE TERRA : ake ue ag Quando da elaboragio do projeto da malha da subestagéo, necessério que se conhega alguns dados, nos quais se basearé o projeto. Estes dados sao obtidos através de procedimentos (estudos, medigdes de campo, ete.) realizados antecipadamente. a) Fazer no local da construgéo da matha de terra as medigdes de resistividade do solo (utilizando-se, por exemplo, o método de Wenner ~ descrito no Apéndice B), com finalidade de se obter a estratificago do solo ; b) — Conhecer a resistividade superficial do solo (p,), geralmente brita molhada (p, = 3000 ohms). Para melhor entendimento do uso deste dado reler item 10, deste Capitulo 5; ©) Corrente de curto-circuito méxima fase-terra na subestagdo para a qual estara se projetando a malha de terra; 4) Tempo de eliminagio do defeito fase-terra pela protegiio contra fathas & terra; ) Area da matha de terra a ser projetada, 3. ESTRATIFICACAO DO SOLO ‘Com as medidas de campo de resistividade feitas no local da subestago, utilizando-se, por exemplo, o método de Wenner ~ descrito'no Apéndice B, chega-se a um modelo de solo estratificado, que permite o céleulo da resistividade aparente. 4. DETERMINACAQ DA RESISTIVIDADE APARENTE Para um sistema de aterramento, no caso a malha de terra, pode-se determinar uma istividade equivalente homogénea que o sistema de aterramento enxerga. Esta idade ¢ chamada de resistividade aparente e viu-se que ela depende da extratificago do solo ¢ das dimensdes do aterramento. Com estes valores obtidos, determina-se a resistividade aparente do solo para esta malha, Ver maiores detalhes no Apéndice C (Obs. Em nossos exercicios a resistividade aparente sera um dado conhecido). PQ > » » » > > » » » > » > >» > » » » » » » » » a » a » » ¥ POSS PEEP severe S$. DIMENSIONAMENTO DO CONDUTOR DA MALHA DE TERRA © condutor da malha de terra € dimensionado considerando os esforgos mecinicos ¢ térmicos que ele pode suportar. Na pratica utiliza-se, no minimo, o condutor de 35mm’, que suporta os esforgos mecénicos da movimentagdo do solo ¢ dos veiculos que transportam os equipamentos durante a montagem da subestagao. O dimensionamento da segio do condutor da malha é feito utilizando-se a expresso abaixo, valida para cabos de cobre: 1=226535.0 Sendo: Seabee = segao do condutor de cobre da malha de terra em mm? I= corrente de defeito, em Ampéres, através do condutor ‘tuceio = duragdo méxima do defeito em segundos 0, = temperatura ambiente em °C 6q,= temperatura méxima permissivel em °C Para os condutores de cobre, o valor de Omé limitado pelo tipo de conexao adotado. As conexées podem ser do tipo: ‘¢Conexio cavithada com junta de bronze, que é uma conexao tradicional por aperto (presto), cuja temperatura maxima é de Om = 250°C. Sola convencional feita com eletrodo revestido, cuja fusio se dé através do arco elétrico produzido pela maquina de solda. Sua temperatura maxima é de Om = 450°C. ‘Brasagem com liga Foscoper, ¢ uma unido feita usando 0 magarico (oxi-acetileno). Sua temperatura maxima é de 8» = 550°C. (Obs.: Foscoper é uma liga cobre e fésforo, cuja unio ¢ feita por brasagem, vulgarmente conhecida por solda heterdgena). Solda exotérmica, conhecida como aluminotermia, cuja conexio é feita pela fusio dos ingredientes que fardo a ligagio dos condutores. Sua temperatura méxima é de Om = 850°C. 6. POTENCIAIS MAXIMOS A SEREM VERIFICADOS No Capftulo 5 definiu-se o potencial de passo e toque e, também mostrou-se como calcular os potenciais maximos de passo e toque que uma pessoa pode suiportar. Estes potenciais maximos so utilizados como limite dos potenciais que surgem na superficie 33 wevv—VT TV TTT wT Tew ww www www www PUPP EE Pe eee ee do solo sobre a malha que esta sendo projetada, quando da ocorréncia do maior defeito fase-terra. A malha somente podera ser aceita se os seus potenciais de toque ¢ passo estiverem abaixo dos limites calculados pelas expressdes do item 10, do Capitulo 5. Isto é Vioque S Viogie maximo Vpasso S Vossso miximo 7 MALHA INICIAL Como ja foi dito 0 dimensionamento de matha de terra é um processo iterative, que parte de um projeto inicial de malha. A seguir é verificado se os potenciais que surgem na superficie do solo so inferiores aos limites vistos no item 6 e se a resisténcia de aterramento da malha é compativel com a sensibilidade da protecao. As dimensdes da malha séo pré-definidas. Assim, estabelecer um projeto inicial de malha é especificar um espagamento entre os condutores e definir se serdo uitlizadas, junto com a mala, hastes de aterramento, Um espagamento inicial tipico adotado esté entre 5% @ 10% do comprimento dos Tespectivos lados da malha. A Figura 7.1 mostra 0 projeto inicial da malha. io aeuir ia 40 =| Figura 7.1 Projeto Inicial da Matha Todas as formulas, a serem usadas no célculo do dimensionamento da malha de terra, foram deduzidas considerando as submalhas quadradas, isto &, e, = ey. Tendo-se as dimensdes da malha determina-se o nimero de condutores paralelos, ao longo dos lados da matha, pelas expressdes: Na= (ales) +1 No= (bles) +1 by ee ee ee ee ee ee i ee POSED ESP EE UP RP EP PY e gs Escolhe-se um ntimero inteiro de condutores, adequado ao resultado dos célculos acima. O comprimento total dos condutores que formam a malha é dado pela expresso: Leabo = aN» + DN, Se durante o dimensionamento forem introduzidas hastes na malha, deve-se acrescentar seus comprimentos na determinagao do comprimento total de condutores: Lictal = Lesto + Lastes Onde: Leato = comprimento total de condutores da malha Lysses = comprimento total das hastes cravadas na malha 8. RESISTE ATERRAMENTO DA MALHA A resisténcia de aterramento da malha de terra pode, aproximadamente, ser calculada pela formula abaixo. Esta formula leva em conta a profiundidade (h) em que a malha é construida, SWer aig Onde: = resistividade aparente do solo Amana = aX b= area ocupada pela malha (m?) cr h= profiindidade da malha (m), 0,25 < hs 2,5m o Lome ‘Lietai = comprimento total dos cabos e hastes que formam a malha Esta resisténcia representa a resisténcia da malha até o infinito. Deve-se encontrar um valor que preencha as seguintes condigées: a) Raaba < 10 ohms (para subestagdes da classe 15 a 38 kV) b) Rasta <5 ohms (para subestagdes da classe 69 KV e acima) 9. POTENCIAL DE MALHA potencial de matha (Vpan,) & 0 potencial de toque existente na matha de terra que se esta projetando quando da ocorréncia do maximo defeito fase-terra. Pode ser calculado pela expressio: Venaina = (Pa Ken Ki leurto)/Lrctat COW Uwe ewe ewww www wwe we wee eee BSSeeE ee eee ee % Onde Km € definido como o coeficiente de malha, que condensa a influéncia da profundidade da malha, didmetro do condutor e dos espagamentos entre condutores. Seu valor é dado pela expressio. Sendo: h= profundidade da malha (m), 0,25 4) O espacamento entre os eletrodos deve variar de acordo com a série da Tabela 244, > equivalendo a uma medida por ponto para cada distancia considerada , [7 Posigio dos ? etrodos _Resistividade medida Resitvidade méda > Pontos medidos Po Distncia(m) > ry c = , ; > 7 fe r 16 r 2 I > r Tabela2 4 Resistividade Média do Solo obtida através de Medigdes A distancia entre as hastes corresponde a profundidade do solo cuja resistividade se esti medindo, conforme se ilustra na Figura 2.2. Figura2.2 Profundidade do Solo cuja Resistividade se esté medindo Pe Ree eee Pe » ’ » » » > » » » FER PEP FF FUE PVP ewww ©) Para cada espagamento definido entre os eletrodos, ajustar o potenciémetro ¢ 0 multiplicador do Megger até que o galvandmetro do aparelho indique zero, com 0 equipamento ligado f) Se o ponteiro do galvanémetro oscilar insistentemente, isto significa que existe alguma interferéneia que deve ser eliminada ou minimizada, afastando-se, por exemplo, os pontos de medigio g) Devem ser anotadas as condigdes de umidade e temperatura do solo quando da realizag&o das medigdes; bh) 0 valor da resistividade (p) é dado pela equagio abaixo: p=2xnxAxR(Qm) A- distincia entre eletrodos, em m; R- yalor da resisténcia do solo, indicado no potenciémetro do Megger. i) O valor de p obtido através da equagio acima, para cada espagamento entre eletrodos, representa a resistividade do solo akb-e profindidade igual a0 espagamento considerado; meee i) Analisar e tratar os resultados das medigdes, ou seja: ¢calcular a média aritmética dos valores de resistividade do solo para cada espagamento considerado; ¢calcular o desvio de cada medida em relagdéo 4 média aritmética anteriormente determinada; ‘#desprezar todos os valores de resistividade que tenham um desvio superior a 50% em relagao & média, para um grande numero de valores desviados da média, é conveniente repetir as medigdes em campo; A Figura 2.3 ilustra a disposigdo dos eletrodos no plano do terreno e a diregdo em que devem ser realizadas as medigdes de resistividade. WeagESK ao ee *s fa ge lao ic gf ia a reg = 4g S|. Mewions ¢ "9/8 gle Reis os ge a om egg & Wests Figura 2.3 Posigao dos Eletrodos no Terreno para Medigao da Resistividade do Solo 23 LUCVV Vee ewww www wwww ww www wre weve. Pere eevee ve 3. FATORES DE INFLUENCIA DA RESISTIVIDADE DO SOLO A resistividade do solo é fungao de varios fatores que podem variar, dependendo das condigdes a que este esté submetido quando da realizagéo da medigao. a) Composi¢o Quimica A presenga e a quantidade de sais soliiveis e acidos que normalmente se acham agregados ao solo influenciam predominantemente no valor da resistividade deste. E comhecido que, quando ¢ necessario reduzir a resisténcia de uma determinada malha de tema, adicionam-se, adequadamente produtos quimicos ao solo circundante ao eletrodo de terra. Hé varios produtos quimicos, a base de mistura de sais, que, combinados entre sie na presenga de agua, formam’o GEL, langado comercialmente e de grande eficiéncia na redugio da resistividade do solo. Estes compostos tem as seguintes caracteristicas 4s hidroseépicos, dao estabilidade quimica ao solo; ‘¢niio so corrosivos; ‘¢ndo so atacados pelos acidos; ¢sio insoliveis na presenga de égua; ‘418m longa durago (geralmente de 5 a 6 anos). 0 tratamento de solo através da utilizago de sal ¢ carvao vegetal, ainda de largo uso entre alguns instaladores, no apresenta os efeitos esperados, principalmente pela curta- duragdo de sua eficiéncia e também pela agressdo corrosiva atuante nos eletrodos de terra b) Umidade A resistividade do solo e a resisténcia de uma malha de terra sio bastante alteradas quando varia a umidade existente no solo, principalmente quando este valor cai abaixo de 20%. Por este motivo, os eletrodos de terra devem ser implantados a uma profundidade adequada para garantir a necessdria umidade em torno destes. Auutilizagio de uma camada de brita de 100 a 200mm, sobre a area da malha de terra de uma subestagdo construfda ao tempo, bem como o proprio piso das subestagdes, abrigadas, serve para retardar a evaporagdo da agua do solo, além de oferecer uma elevada resistividade, cerca de 3000 O.m, reduzindo o risco de acidentes fatais, durante a ocorréncia de falta entre fase e terra ©) Temperatura A resistividade do solo ¢ a resisténcia de um sistema de aterramento sio bastante afetadas quando a temperatura cai abaixo de OoC. Para temperaturas acima deste valor, a resistividade do solo e a resisténcia de aterramento se reduzem. As correntes de curto-circuito fase-terra de valor elevado podem ocasionar a ebuli¢ao da gua do solo em torno do eletrodo, diminuindo a umidade e elevando a temperatura no local, prejudicando o desempenho do sistema de aterramento. ay » » » > » » > , » » » » , » » » > > , > > » p » > > > a » » » » » ~ » » » n » » n APENDICE C ESTRATIFICACAO DO SOLO E DETERMINACAO DA RESISTIVIDADE APARENTE DO SOLO 95 VV Tw ww we www www ww ewww eee eee PEP U PP ev Pye ew 96 1. INTRODUCAO Para que se possa determinar a resistividade aparente dos solos € necessario que se adote uma das técnicas disponiveis de modelagem, O solo é constituido, em geral, por varias camadas horizontais com formagao geolégica diferente, sendo, por esta razio, modelado em camadas estratificadas, conforme se mostra na Figura 1.1 Figura 1.1 Corte de Solo Estratificado em Varias Camadas Para o projeto de uma malha de terra pode-se adotar diversos formas da modelagem da ‘stratificagio do solo, a partir das quais pode-se obter a resistividade aparente. Neste trabalho, para fins didéticos, seré apresentada a modelagem de estratificago do solo em duas camadas, conforme definida na Figura 1.2. O processo de medigéo da resistividade do solo, apresentado ito Apéndice B, forece os elementos necessérios para a determinagio da resistividade aparente do mesmo. 4 29 eonada oo alo te Figura 1.2 Solo Estratificado em duas Camadas 2, RESISTIVIDADE APARENTE Um solo com varias camadas apresenta resistividade diferente para cada tipo de sistema de aterramento. A passagem da corrente elétrica do sistema de aterramento para o solo depende: » » » > » » » » > » » » , ’ » > > > > > » » » > Pr r p . cee eee Eee ye ey OF +Da composigao do solo com suas respectivas camadas; +Da geometria do sistema de aterramento; Do tamanho do sistema de aterramento. Entretanto, & possivel calcular-se uma resistividade, chamada aparente, que é a resistividade vista pelo sistema de aterramento em integrago com 0 solo. Colocando-se um sistema de aterramento com a mesma geometria em solos distintos, ele terd resistencias elétricas diferentes. Isto se da porque a resistividade que o solo apresenta a este aterramento é diferente. A resisténcia elétrica de um sistema de aterramento depende fandamentalmente da: ‘+Resistividade aparente que o solo apresenta para este determinado aterramento; ¢Geometria e da forma como o sistema de aterramento esta enterrado no solo. Assim, genericamente, para qualquer sistema de aterramento, tem-se: Raserramento = Ps. fg) Onde: Racramesto=> Resisténcia elétrica do sistema de aterramento Pa => Resistividade aparente f(g) = Fungo que depende da geometria do sistema e da forma de colocago no solo Para melhor entendimento da expresso acima, é necessario que se entenda 0 conceito de resistividade aparente. Isto pode ser feito através da seguinte comparagio: a) Colocar um sistema de aterramento em um solo de varias camadas. Sua resisténcia sera dada por. Racrramenso = Ps. f(g) b) Colocar o mesmo sistema de aterramento em posigdo idéntica a anterior em um solo homogéneo, tal que a resisténcia elétrica seja a mesma. Isto &: Reerramento = Pr: f(8) Onde py = resistividade do solo homogéneo. ‘Tgualando-se as duas titimas expressdes: Pa. f(g) = Pr. Hg) “Pa Pn PIV I TTT ww www www www www ww wee SEeewP eee eee 98 Portanto, pela expresso acima, pode-se definir a resistividade aparente (p,) de um sistema de aterramento instalado em um solo n&o homogéneo, como sendo a resistividade de um solo homogéneo que produza o mesmo efeito 3. REDUCAO DE CAMADAS Um solo de muitas camadas deve ser reduzido a um solo equivalente de duas camadas, conforme mostrado na Figura 3.1. O procedimento de redugio utiliza as formulas abaixo que transformam diretamente o solo em duas camadas equivalentes. dj +d,+dy+.4d Pana Ga Pro Pa Ps pn dg =4 +4, +4, +..44,-3'4, Onde: di = Espessura da i-ésima camada Reaictividada i => Espessura da i-ésima camada n=> Numero de camadas reduzidas suPeRFicie 00 pew 8 Figura 3.1 Solo Equivalente com Duas Camadas IVI I SV Vw www www wwe ww ee ee ee ee ee 99 4. CQEFICIENTE DE PENETRACAO (a) 0 coeficiente de penetragdo («) indica 0 grau de penetracdo das correntes escoadas pelo aterramento no solo equivalente. E dado por: ‘Onde: 1 = raio do anel equivalente do sistema de aterramento considerado ‘No caso de uma matha de terra: Onde: ‘A=> Area abrangida pelo aterramento D => Maior dimens&o do aterramento (no caso de uma malha de terra de uma subestagao a maior dimensao é a diagonal), 5. COEFICIENTE DE DIVERGENCIA (8) Para solo de duas camadas, este ooeficiente é definido pela relag&o entre a resi da ultima camada e a resistividade da primeira camada equivalente. 6. RESISTIVIDADE APARENTE PARA SOLO COM DUAS CAMADAS Com 0 coeficiente de penetragao (a) e 0 coeficiente de divergéncia (B) obtidos, pode-se determinar a resistividade aparente (p,) do aterramento especificado em relago ao solo de duas camadas, Usando as curvas da Figura 6.1, onde (a) é 0 eixo das abcissas ¢ (B) é a.curva correspondente, obtém-se 0 valor de N no eixo das ordenadas. Assim, entio 400 ---aenane neem eee eee ee supewre, seng op ojog vied ojuaredy apepiansisoy ap vam 19 windy Figura 6.6.1: Curva de Resistividade Aparente » > » > » > » i} » » , >» » > > » r >» > , > p » i » a PUSS UP eee ee ev 404 7. METODOS DE ESTRATIFICACAO DO SOLO Conforme foi dito no item 1, deste APENDICE C, existem varios métodos de ‘modelagem do solo em camadas estratificadas, Entre outros, pode-se citar: ‘@Métodos de Estratificagao do Solo de Duas Camadas ‘Método de duas camadas usando curvas; ‘*Métodos de duas camadas usando técnicas de otimizagaio; Método simplificado para estratificacdo do solo de duas camadas. # Métodos de Estratificagio do Solo de Varias Camadas Método de Pirson; ‘Método Grafico de Yokogawa. Neste trabalho, para fins didéticos, com a finalidade de se entender a utilizagio dos dados colhidos através das mediges de campo (Método de Wenner, descrito no APENDICE B), ser apresentado como se faz a estratificagao do solo em duas camadas uitilizando o método simplificado, acima listado. O objetivo principal é que se entenda o trabalho necessario para se calcular a resistividade aparente do solo da subestagdo onde set implantada a malha de terra. A seqiténcia deste trabalho, que corresponde a etapa inicial do projeto da malha de terra, é *Medigdes de campo; ‘*Estratificagio do solo (utilizando-se um dos métodos disponiveis na literatura), *Caloulo da resistividade aparente (p,). 8 METODO SIMPLIFICADO PARA ESTRATIFICACA SOLO DUAS CAMADAS Este método ofereceri resultados razodveis somente quando o solo puder ser considerado estratificével em duas camadas ¢ a curva p(a) x a tiver uma das formas tipicas indicadas na Figura 8.1 abaixo, com uma considerdvel tendéncia de saturago assintotica nos extremos e paralela ao eixo das abscissas. oa war Figura 8,1 Curvas pa) x a para Solo de Duas Camadas OOS 9 WW ww ww ww ww www wwww we www www. ee ee ee ee 402. No método simplificado, uma vez definida a curva de resistividade p(a) x a, obtida pelo Método de Wenner, a seqtiéncia para obtengdo da estratificagtio do solo é a seguinte 1-Tragar a curva p(a) x a, obtida pela medigdo em campo usando o método de Wenner. 2-Prolonger a curva p(a) x a até interceptar o eixo das ordenadas e determinar o valor de pi, isto é, da resistividade da primeira camada do solo. 3-Tracar a assintota no final da curva p(a) x a ¢ prolongé-la até o eixo das ordenadas, 0 que indicaré o valor da resistividade pz da Segunda camada do solo 4-Calcular 0 coeficiente de reflexdo K, através da expresso abaixo: Pay gett Pray pL 5-Com 0 valor de K, obtido no passo 4, determinar o valor de Mg-+) na curva da Figura 8.2. 6-Caleular prey 1 Met 7-Com valor de pie encontrado, entrar na curva de resistividade p(a) x ae determinar a profimndidade “h” da primeira camada do solo. Maen ud ul 1 i 1-9-8 P-bs-a-a-e-t bb aa ak SALA LT Figura 8.2 Curva Mees) versus K SCC eee ee He OU ne Tee emer eee re CAPITULO 6 | [ | | | | Sere SUBESTACOES - ; SERVICOS AUXILIARES EM CORRENTE CONTINUA Los PF TW wT ewe ww www wwe Pee eee ee eee 1. INTRODUCAO Na medida em que aumentam as caracteristicas nominais da tenséo ¢ poténcia das subestagdes, também crescem as necessidades de um suptimento de energia elétrica confiavel e sem interrupgao. Este compromisso € refletido nos requisitos de desempenho especificados para as instalagdes de servigos auxiliares, pois quando elas falham a gerago e a transmissdo de energia elétrica so interrompidas. E necessério que as novas instalagdes sejam mais confiveis, mas que, tanto quanto possivel, nao sejam baseadas em projetos cada vez ‘mais redundantes e, consequentemente, mais onerosos. ‘Uma das formas de se atingir este objetivo de confiabilidade é através do correto dimensionamento dos sistemas de servigos auxiliares. A supervisio das novas instalagdes deve ser abrangente e bem definida. 2. IMENT DE CORRENTE CONTINUA NUMA SUBESTACAO 21 Configuragéo A melhor configuragaio a ser usada nos sistemas de alimentagio de corrente continua é a radial, isto é dedicar um alimentador exclusive para cada equipamento, transformador ou maquina/motor. A alimentagao deve sair do barramento de corrente continua e, com uum cabo exclusivo atingir a carga, conforme mostrado na Figura 6.1, abaixo : B MOTOR DA Exemplo: a CD) CHAVE SECIONSDORA Figura 6.1 Circuito Alimentador em Corrente Continua do Motor de uma Chave Secionadora 2.2 Protegiio do Circuito Tanto quanto possivel, os cabos devem ser protegidos por disjuntores em vez de fusiveis, pois os disjuntores servem para manobrar os circuitos. Algumas concessionérias costumam prever nos disjuntores que servem as cargas Principais dois contatos auxiliares, de tal maneira que quando ocorre um destigamento automético, um dos contatos aciona um alarme ou anunciador. Por outro lado, quando o disjuntor é acionado manualmente o outro contato acende uma lampada de sinalizagio No caso de subestagées controladas remotamente, ou mesmo néo atendidas, a sinalizagao ¢ til para indicar que uma situagio anormal esta ocorrendo, Um exemplo deste tipo de sinalizagao pode ser visto na Figura 6.2, na pigina seguinte. E bom ressaltar que o sistema de alimentagdo radial tem vantagens tais como: ‘Facilitar a localizago dos curtos para terra que acontegam nos ramais de alimentago; 104 PPIIIH FT PHI IVI, POV eT Ew Iw ww We ww wwe 105 ¢Facilitar a alimentagio da unidade (equipamento, transformador, méquina/motor) sem, prejudicar a operagao normal das outras + os Duane ov a Areunstin So ‘ tart Boson reg sonre v7 VY 8 ert ohso CONSUMIDOR, AUTO PLAT. CAM Riz TE *E Ccaker ba Garey A) 1+ Barras de Corrente Continua 2- Barras Auxiliares de Sinalizacao 3- Mecanismo Automatico de Desligamento 4- Resistor Série para Discriminar 0 Desligamento 5- Lampada de Sinalizacgio 6- Desligamento Automatico Operado 7- Desligamento Aastamnitiio ABBE 13-7 0. Figura 6.2 Circuito Alimentador em Corrente Continua Mostrando Esquema de Sinalizagao 2.3. Alimentadores de Corrente Continua em Grandes Subestacies Em painéis de corrente continua usados para grandes subestagées pode haver um excesso na utilizagao de disjuntores se for seguida a recomendagao inicial de se destinar um alimentador exclusivo par cada carga, Assim, é de uso corrente agrupar algumas cargas, de mesmas fungdes, em um tinico disjuntor Neste caso 0 alimentador, dimensionado para suportar a corrente de todas as cargas que podem operar simultaneamente, vai até a carga mais préxima com um nico cabo e dai segue para as outras cargas, conforme pode ser visto na Figura 6.3. VV I Eee ee wee PoP POE PT Pre wy ww Dy lesv- cc. MOTOR DA SECIONADORA MOTOR DA SECI- MOTOR ‘DA SECIONADORA SEPARADORA DO DIS- ONADORA SEPARA SEPARADORA DE BY-PASS MUNTOR NO 1 = LADO DORA DO DISJUN D0 DISSUNTOR NO 1 DA FORTE, TOR.No 1 “LADO DA CARGA Figura 6.3 Circuito Alimentador em Corrente Continua com Cargas Agrupadss 2.4 Supervisfio do Isolamento do Sistema de Corrente Continua Devido ao perigo de desligamentos indevidos dos disjuntores em caso de defeitos para a terra das bobinas de disparo, nao é prética corrente aterrar os sistemas de corrente continua nas subestagdes. Algumas vezes, principalmente nas subestagdes mais antigas ou mais simples, é utilizado um dispositivo bem rudimentar que fornece indicago de uma provavel falta para terra, conforme mostrado na Figura 6.4. [l= = =---- === © ©) Figura 6.4 Dispositivo para Indicagdo de Falta a Terra num Sistema de Corrente Continua Este arranjo simples nfo é mais adequado para subestagdes mais modernas ou sofisticadas. Uma assimetria em uma subestagdo nao atendida pode ser detectada alguns dias ou semanas depois de ocorrida, Em subestagdes atendidas, ha tantas coisas a serem 406 Ww ow ww ww ww we ww ww ww ww we we ee w SSSR EER e ee Eee verificadas ¢ registradas que um defeito nas baterias pode ser perfeitamente negligenciado por longo tempo 2.5 Escolha da Tensio de Corrente Continua Em pequenas subestagdes, tensdes de 24, 48 ou mesmo 60 Volts seriam suficientes do ponto de vista das cargas a serem alimentadas. Em grandes subestagdes, devido ao fato de que as distincias entre os painéis de corrente continua e as cargas sao longas, tensdes mais elevadas, tais como 125 ou 250 VCC, so preferidas. Desta forma diminui-se as quedas de tens&o nos circuitos alimentadores. E pratica comum, para se evitar o risco de mau contato devido a poeira, oxidagdo, insetos, corrosio, etc., nao se escolher uma tensGo abaixo de 125 VCC. 2.6 Esquemas de Manobra Nas Figuras 6.5 ¢ 6.6, nas paginas a seguir, esto mostrados esquemas de manobra de servigos auxiliares em corrente continua. Dependendo da importancia da subestagéo os carregadores e as baterias sero duplicados, conforme mostrado na Figura 6.5. 3. BATERIAS 3.1 Introdugio As baterias foram as primeiras fontes de corrente continua. Elas so importantes porque se constituem no tinico meio de armazenagem de quantidades de energia relativamente grandes por um longo periodo de tempo. ‘As baterias, em suas varias formas constituem-se de varias células, cada uma delas tendo materiais que reagem como eletrélito que as cerca, Esta reago produz circulagaio de corrente elétrica em um circuito que conecte as placas da bateria Quando a bateria entrega toda a sua carga ou energia armazenada, a corrente pode ser forgada através dela de modo a restaurar a carga original. Ai se dé o proceso de carga da bateria 3.2 Cronologia Gaston Planté, cientista francés, foi quem pela primeira vez em 1860, construiu um acumulador recarregavel que se caracterizou pela transformagdo reversivel de energia elétrica através da reagio quimica, 20 utilizar placas de chumbo puro como eletrodos e acido sulfirico como eletrolito. Estes acumuladores foram a base dos acumuladores estacionarios Outro francés, Fauré, patenteou em 1881 um acumulador com placas empastadas de 6xido de chumbo, cujo sistema vem sendo utilizado até hoje nos acumuladores de automéveis. Waldemar Jungner, professor sueco, patenteou em 1889 o primeiro acumulador alcalino com eletrodos de niquel-cédmio e eletrélito de hidroxido de potassio. Pouco mais tarde, 40% N08 Thomas Edison nos Estados Unidos desenvolvia também um acumulador alcalino, utilizando eletrodos de niquel-ferro. 40 Vea Sse 480-1209 490-1204 1 3 5 Se to CO hunt: RESENE w°)e3 a caRnesaooR | GARREGADOR 2 [Gaeetnapacennan cx—(a) tov cpg BLtcov 2P°) ce Oy apdjce LEO T WW WW wT W ww T ee t th lasv—-ce Figura 6.5 Sistema de Corrente Continua com Duplicagto de Bateria e de Carregador Poe Peery eee CARREGADOR DE BATERIAS resv-ce Figura 6.6 Sistema de Corrente Continua com apenas uma Bateria ¢ um Carregador Os acumuladores alcalinos causaram, em pouco tempo, uma revolugéo em setores como telecomunicagbes, transporte ferroviério, maritimo, aéreo ¢ outros. A industria de acumuladores, propriamente dita, teve inicio em 1900 com os acumuladores de chumbo Acido © em 1910 com os do tipo alcalino, marcando sua Presenga nos paises de maior avango tecnolégico na época, como Estados Unidos, Suécia, Inglaterra, Alemanha ¢ Franga. Com o passar do tempo, 03 materiais, métodos de fabricagzo @ caracteristicas dos acumuladores foram sendo constantemente aperfeigoados, No Brasil, a fabricagao dos acumuladores de chumbo acido comegou ha cerca de 70 anos, inicialmente com os tipos destinados a industria automobilistica. Apés a II Guerra 5 ee ee ee Pee eevrear eevee r ere ess Mundial, foram fabricados outros tipos de acumuladores de chumbo acido, iniciando-se também a produgao do tipo alcalino A instalagio de baterias em usinas ¢ subestagdes tornou-se ume pratica generalizada e necesséria para que as partes vitais de uma instalagdo continuem funcionando, apesar de uma eventual falta de energia no sistema principal. Sua aplicagao é justificada para melhor assegurar, entre outros, os seguintes servigos 4 Operagio dos equipamentos de protegao; #Comando do acionamento de disjuntores; ¢ Alimentagao das kimpadas de sinalizagio; #Comando de registradores, ¢liuminagao de emergéncia; ¢Telecomunicagses; ¢ Alimentagdo de relégios elétricos; ¢ Alimentagao de compressores de ar; #Telecomandos diversos, 3.3. Processos Quimicos e Tipos de Acumuladores s principais processos reversiveis que ocorrem em um acumulador variam, é légico, com os materiais aplicados na sua construgao. a) Baterias Chumbo Acidas Para os acumuladores denominados chumbo Acido o material ativo so éxidos de chumbo em uma solugio aquosa de dcido sulfiirico, O processo de carga e descarga pode ser interpretado da seguinte maneira _ descarga PbO, + Pb +2H,SO, PbSO, + PbSO, + 2H,0 (© solugéo carga x7 (4) ©) solugdo No estado de carga, as placas contém dxidos de chumbo imersos em solugao de Acido sulfiirico. Na descarga, o ion de sulfato do eletrélito reage com o chumbo das placas, formando sobre elas uma camada de sulfato. ato SEO OP ww ee www ewe ee ee eee we ee ee ee ee) 444 b) Baterias Alcalinas ‘Nos acumuladores alcalinos, que tem como material ativo o hidroxido de niquel e 0 6xido de céidmio e como eletrOlito uma solucdo alcalina de hidroxido de potassio cee tetigaoadecbidecidete-potéssiowgsmea adi¢do de hidréxido de litio em ague destilada, a reagdo carga/descarga é a seguinte: 7 descarga N 2NiO(OH) + Cd + 2H,0 BNi(OH) + Ca(OH) , a Go) © solugao~ carga w oO A solugao de hidroxido de potassio como eletrdlito nfio entra no processo eletroquimico, ‘Age apenas como um condutor extremamente eficiente para os ions e cétions durante areagio, 3.4 Caracteristicas Elétricas 3.4.1 Tens%io Nominal do Equipamento (V,) Geralmente, o equipamento que vai utilizar a corrente continua ¢ especificado para uma dada tensao nominal. As tens6es nominais usuais, dependendo da aplicagao, sio: 12, 24, 48, 60, 125, 220 e 250 Volts. 3.4.2. Tenso Maxima do Equipamento (Visix) Geralmente o equipamento suporta uma tensGo total superior a tenstio nominal. Este maximo permissivel depende das recomendagdes do fabricante ou do usuitio. Usualmente pode atingir valores + 5%, + 10% ou até + 20% acima da tens4o nominal. 3.4.3 Tensio Minima do Equipamento (Vin) Podemos dizer, da mesma forma, que o equipamento pode utilizar uma tensio minima, sem prejuizo de suas fungdes em relagdo a tensdo nominal. Os valores aceitaveis so para ~ 5%, - 10% ou até ~ 20% abaixo da tensiio nominal, dependendo do fabricante do equipamento ou do usuario, 3.4.4 Tensio de Flutuacdo por Elemento (Vz, ) ‘Quando se instala uma bateria, conforme a Figura 6.7, diz-se que a bateria trabalha em regime de flutuagdo. Para se manter a bateria sempre carregada, torna-se necessério alimenté-la com uma tenso superior a 2V por elemento no caso das baterias chumbo fcidas, ¢ saperior a 1,25V no caso das baterias alcalinas. Escolhe-se uma tensio ideal, de acordo com a indicago do fabricante, para que a bateria se mantenha sempre carregada. Esta tensio é denominada tensiio de flutuago, Quanto menor a tensio de flutuagdo, maior seré a vida util da bateria, mas maior tempo seré necessério para carga ¢ maior a possibilidade de no se carregar completamente, ee BS See See EE eB eB Ate Figura 6.7 Ligasio em Paralelo do Carregador e da Bateria (Flutuagio) Com estes dados, geralmente se aceita como tensiio de flutuagio para baterias chumbo écides um valor compreendido entre 2,15 a 2,20 Volts, conforme mostrado na Figura 68, abaixo. A tensio de flutuago para os elementos alcalinos é sempre aceito entre 1,38 a 1,42 Volts. Figura 6.8 i Diagrama de Carga com Tensio Constante num Elemento Chumbo Acido 34.5 Tensio Final de Descarga do Elemento (Va) A capacidade total tebrica de um acumulador nunca pode ser obtida por diversos motivos. 0 eletrdito no difunde dentro dos poros das places com suficiente rapide quando 0s poros so parcialmente fechados A » » » » » » a a » a a n a ® ee ee eee ee ee A resisténcia do material ativo, bem como do eletrélito, aumenta & medida que o elemento vai se descarregando, Finalmente, ndo ¢ pritico descarregar 0 acumulador até que ele atinja a tensfo zero. Assim, & medida que o acumulador se descarrega, a tensio ‘os seus terminais cai lentamente no inicio, e rapidamente no fim da descarga ponto de inflexio da curva de descarga (joeiho da curva) mostra que a capacidade do acumulador esti proxima do seu final, A descarga pode ser continuada levemente além deste ponto, porém somente uma pequena porcentagem da capacidade total sera obtida depois de ultrapassado este ponto da curva, denominado de tensio final. A pratica tem fixado tensOes finais de descarga para diversos tipos de baterias, Os valores so geralmente da ordem de 1,75 a 1,82 V para baterias chumbo acidas e de 0,95 a 1.15 V para baterias alcalinas 3.4.6 Tensio de Equalizago por Elemento (Vas) A carga de equalizagio é uma carga dada em determinados periodos e continuada até a capacidade maxima da bateria ser atingida, E empregada como corretora de uma carga inadequada. Substitui a carga profunda devendo portanto ser aplicada ao menos uma vez or ano. A tensio de equalizagdo por elementos nas baterias chumbo acidas é da ordem de 2,20 a 2,45 Volts. Para os elementos alcalinos o valor utilizado ¢ da ordem de 1,50 a 1,60 Volts. statoreza ons rensoes | stunotos ,| _varores actitos oe Tensio nominal ¢o equi- a ‘12-26-68-60-125-220-250 volts. ~ pamesto _ sixima do. ¥, ¥, + $8 (ov +102 ov + 203) of i . squirsnento Tereio fnine eo Yaa 1,7 Be we) eqetpamento entio de Flaeeagao por | Vay Tees 10) vite lesene® (chat fcide) Tevsie te Flatuagio por |p 10 a> a) wiles elemento (alcatine) i Tensie inside desea |, 100,75 = 1,82) vole 18 do eloneate (choabom feiaoy Tennis Gaal de denen | Vy 105 (95 = 115) wales se de elemento (alcali, 16) Tessie ae equaizagis |W, 2,33 (G20 ~ 25) voles enesto (chant 0) Teonde de cqualizesio | Vay T3350 6) welts or elonentoe (ale Tabela 6.1 Caracteristicas Nominais de um Sistema de Baterias 442 ee eee eee vse eee ee ee ee eee eee ANY 3.5 Caleulo do Namero de Elementos para uma Bateria niimero de elementos de uma bateria é calculado por processos baseados na faixa de variagao da tensio permitida pelo equipamento. Assim, tem-se sempre trés solugdes: solugio: Como Vis deve ser igual an x Vey tem-se o seguinte valor, em nimeros inteiros, para n: 2 solugio: Como a tensdo minima permitida pelo equipamento é igual a n x Via, pode- se escrever: Ymxin Vin 3" solugiio: A tensiio nominal deve ser igual an x Va’ Vv a a, = 3 Va Quando ni=ny-n; a solugto encontrada € a ideal, com o aproveitamento méximo da bateria, Infelizmente 0 que ocorre € se encontrar valores diferentes de n. Deve-se analisar os valores encontrados para as diversas situagdes (carga, flutuagdo ¢ descarga) a fim de se escolher o melhor nimero de elementos. O mimero de elementos que leva a ‘uma menor tensio final conduz a um célculo de bateria de menor capacidade devido ao melhor aproveitamento, ou seja uma solugio mais econémica O mimero de elementos que ultrapasse o valor da tenstio maxima durante a carga, exige um carregador mais complexo, pois necesita redugdo de tensio. Isto representa solugo mais onerosa e menos confidvel. 4, DIMENSIONAMENTO DE BA‘ S ALC. 41 Critérios a) Por questo de confiabilidade, a alimentagdo dos servigos auxiliares de corrente continua da subestagdo seré normalmente feita por um conjunto de duas baterias de acumuladores alealinos e dois carregadores. Sendo duas as baterias, cada qual sera reserva da outra. b) Cada bateria deve ser capaz, por si 56, de atender todo o ciclo de emergéncia da subestagio, ©) Um ciclo de emergéncia tera a duragdio de 5 horas ¢ terd a forma apresentada na Figura 6.9. DOPOD FPF SFFPTIIH FE YH SUDO OU E EYE HU KO KOO errr VD Pr vO Dy a1 4d) Normalmente a tensio dos dispositivos que utilizam corrente continua € 125V, logo a tensdo nominal do sistema de baterias sera considerada 125V. e) Em atendimento as Normas ANSI, os equipamentos alimentados em corrente continua tem desempenho satisfatorio na faixa de tensfo de 90 a 140V. £) A bateria serd constituida de 96 elementos, devendo ser capaz de operar com até 92 ‘elementos no caso de remogao, por defeito ou manutengdo, de | a4 elementos. g) Para operar dentro da faixa estabelecida acima (90 a 140V) seré adotada a tenstio final minima de 1,1V/elemento, considerando as quedas de tensdo internas. No caso mais desfavordvel (92 elementos), ter-se-ia nos terminais da bateria’ sod bo 92 x1,1=102 Volts h) Prevé-se dois carregadores de baterias, cada qual com capacidade e possibilidade de carregar simultaneamente as duas baterias durante os regimes de flutuago e carga profunda. A carga forgada, entretanto, s6 deverd ser aplicada a uma bateria de cada ver, face as altas correntes exigidas. i) Para conversto da poténcia das cargas, que deverio ser alimentadas pela bateria a ser dimensionada, considera-se a tensio média do acumulador (1,2V por elemento), ‘ou seja 115V no total. (Obs.: As cargas, conhecidas em Watts, sfio convertidas para Ampeéres), aioe. 90+140 96x 1,2= 11SV (ou seja, T= =115V) Entao: 0,009 x P Ampéres 4.2 Cielo de Emergéncia Tipico Neste ponto, antes de se conhecer o ciclo de emergéncia tipico, deve-se entender 0 objetivo do trabalho: a bateria vai ser dimensionada (Ampére-hora) para alimentar, em regime de emergéncia, um conjunto de cargas (consideradas vitais para o bom fancionamento da subestacio), em corrente continua, de acordo com os tempos estipulados no ciclo de emergéncia tipico, mostrado na Figura 6.9. ¢ Cargas com 1 minuto de duracio (definirfio o valor de Ii, do trecho A - ver Figura 6.9) a) Disparo simultaneo de todos os disjuntores de uma mesma tensio (escolher 0 setor, apenas um, que mais solicite a bateria) Disjuntores de 500 kV ~ 30 Ampéres/disjuntor Disjuntores de 345 kV - 30 Ampéres/disjuntor Disjuntores de 138 kV - 15 Ampéres/disjuntor oS REPS Pee eee ee ew eh ee POS SPP ESE DP BEEP REE ss b) Oscilégrafos em periodo de gravagao: Oscilbgrafo Hataway ~ 575 watts/oscilbgrafo sCargas com 10 minutos de durac%o (definirio o valor de 12, do trecho B - ver Figura 6.9) a) Operagio do carrier da protecdo de linha (transmissores por linha na transferéncia de disparo ~ transfer trip): 2x 1,6 Ampéres/linha de 500 kV e 1 x 1,6 Ampéres/linha de 345 ¢ 138 kV Obs.: Caso a bateria alimente o carrier de linhas de mais de um setor (500 kV, 345 kV ou 138 kV) nao considerar a transmissao simulténea do transfer trip. Escolher o setor que mais solicite a bateria *Cargas presentes durante todo 0 ciclo de emergéncia, ou seja, com 5 horas de duragio (definirio a corrente 13, do trecho C de 279 minutos, ¢ deverio ser somadas is cargas dos outros trés trechos para completar a definigio dos valores de 11, do trecho A, de 12, do trecho B e de 14, do trecho D — ver Figura 6.9). a) b) 4) Registrador de eventos: Registrador Hataway — 1100 Watts Anunciadores (10% dos pontos acesos e 90% dos pontos apagados): Cada ponto aceso — 62mA. Cada ponto apagado — 6mA. Oscilégrafos em regime continuo de trabalho: Oscilografo Hataway — 335Watts/oscilégrafo Equipamento carrier: Linhas de 500 kV (cada linha tem trés receptores e trés transmissores) 3 receptores = 3 x 0,3 Ampéres = 0,90 Ampéres/linha 3 transmissores = 3 x 0,6 Ampéres = 1,80 Ampéres/linha Linhas de 345 kV (cada linha tem dois receptores e dois transmissores) 2 receptores = 2 x 0,3 Ampéres = 0,60 Ampéres/linha, 2 transmissores = 2 x 0,6 Ampéres = 1,20 Ampéres/linha Tluminagao de emergéncia: Casa de controle — 1200 Watts » y » » y b ‘ » » » » » » b » » » > ’ > » d » , » , > > COW Peewee wr ere At Casa de relés ou de borbas ~ 300 Watts Casa do gerador de emergéncia ~ 60 Watts 1) Painéis de comando, controle e protecao: Painéis de 500 kV - 120 Watts/painel Painéis 345 kV, 138 kV, C.A., C.C., 13,8KV, etc. ~ 50 Watts/painel ‘*Cargas com 10 minutos de duracao ao final do ciclo (definirao o valor de 14, do trecho D - ver Figura 6.9) Fechamento de disjuntores ~ 30 Ampéres CICLO DE EMERGENCIA TfPIco —T LANPERES) 1 Ty A 8 ° 2s c TEMPO(minto) 4 40 ery 10! 300! iad i 14 Figura 6.9 Ciclo de Emergéncia Tipico Considerado para o Dimensionamento de Baterias 4.3 Exemplo de Dimensionamento de Baterias Alcalinas para Subestacdes A seguir, mostra-se um exemplo de dimensionamento de uma bateria alcalina para uma subestagio de poténcia com as caracteristicas abaixo deseritas. Relembrando 0 que jé foi dito no item 4.2: a bateria vai ser dimensionada (Ampére- hora) para alimentar, em regime de emergéncia, um conjunto de cargas (consideradas vitais para 0 bom funcionamento da subestacio), em corrente continua, de acordo com os tempos estipulados no ciclo de emergéncia mostrado na Figura 6.9.

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