Você está na página 1de 6

Cantigas de Caboclo

Rutemberg da Silva Luz - Omo Nl Em


(Caboclo 7 Flechas)

I
Abrass de angol, como tempo que lele,
abrass de angol, como tempo que lala

II
Sindorer au cauiza, sindorer, ele sangue real,
se ele filho, eu sou neto da Jurema, sindorer au cauiza.

III
Caboclo flecheiro,
tu s a nao do Brasil,
tu s a nao brasileira, Caboclo,
das cores da nossa bandeira,

das cores do nosso Brasil.

Se o verde a esperana,
o amarelo desespero,
o azul traz a liberdade,
dos Caboclos brasileiros.

Se meu pai brasileiro,


minha me brasileira,
brasileiro, oque que eu sou ?
sou brasileiro imperador!

IV
Mar encheu, Mar vazou,
de longe, bem longe,
eu avistei arara,
com sua casinha, coberta de sap,
seu arco e sua flecha,
e sua cabaa de mel.

V
Eu no tenho medo de nadar no mar,
eu s tenho medo da barca virar. ( 2x )
Se a barca virar,
chamarei todos os Caboclos,
pare me ajudar.

VI
Seu 7 flechas, quem chamou foi eu.
A ona deu um berro,
com o grito que voc deu.

VII
Tava lhe chamando, lhe chamando e,
tava lhe chamando, lhe chamando l.

VIII
Saia Caboclo, sai da macaia,
saia do meio da samambaia. ( 2x )
Enchimenta de Caboclo samambaia.
samambaia, samambaia. ( 2x )

IX
E Reree rere, rere rere rea
e rere, Caboclo Sete Flechas no cong ( 2X )
Sarav seu Sete Flechas, ele o rei das matas
a sua bodoca atira paranga, sua flecha mata, oi rerere. (2X)

X
Deus salve casa santa, ee
aonde Deus fez sua morada,
onde mora os calisbento, ee

e hostia consagrada, ei.

Com dez meses de nascido,


a minha me me abandonou,
me jogou nas folhas secas da jurema,
foi Ians que me criou.

A estrela Dalva minha guia,


que alumeia o mundo sem parar,
que alumeia as matas virgens,
e a cidade do Jurem.
Ele um cabocinho,
ele caador,
ele rei da mata,
ele caador.

XI
a, a, a, Suto da Mata,
deixa esse Caboclo passar,
Suto da Mata.

XII
Eu atirei, eu atirei e niguem viu,
s a Jurema quem sabe,
aonde a flecha caiu.

XIII
A Jurem, a Jurema,
sua flecha caiu certeira, Jurema,
l pra dentro do congar.

XIV
O lirio e sussema so duas flores cherosas,
o lirio chera a sussena, e a sussena chera rosa.

XVI
Deus salve s guas claras de Oxum,
por onde Ogun de rond passou,
Deus salve essa casa santa,
pos sou bom filho de Oxossi Mutalamb.

XVII
Oh caador na beira do caminho,
oh, no me mate essa coral listrada.
Se ela abandonou sua xpana, oh caador,
foi no romper da madrugada.

XVIII
Eu vim aqui lhe ver,
saber da sua sade,
meu cavalo empacou na ladeira,
eu quis subir mas no pude.

XIX
Na vaquejada eu fui infeliz,
eu cai, quebrei a perna, sarav quem quis.
Na vaquejada eu fui infeliz,
eu cai, quebrei o brao, sarav foi quem quis.
Na vaquejada eu fui infeliz,
eu cai, quebrei o pescoo, sarav foi quem quis.
Na vaquejada eu fui feliz,
eu cai, fiquei em p, sarav que quis.

XX
Sambei, sambei,
trs dias na Lapa, trs dias na Lapa,
na Lapa do Bom Jesus.

Você também pode gostar