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O ser humano chamado a ser ele mesmo nas suas relaes.. O homem,
mesmo que queira, no consegue viver sozinho, pois um ser social, que necessita de
convivncia. De contato com outros indivduos para alcanar sua plenitude, sua
autocompreenso e o desenvolvimento da prpria humanidade. Portanto, a unio entre os
homens natural e, por mais que algum queira viver isolado, apresenta sempre a inclinao
para a convivncia com seu igual, para a comunicao.
O pertencimento, ento, inevitavelmente, um desejo dos seres sociais. A
busca de participao em grupos, tribos e comunidades que possibilitem enraizamento e
gerem identidade e referncia social um impulso comum a todos. A partir desse
pertencimento, percebe-se um lugar no mundo, um objetivo de vida, uma misso, talvez,
que torna a vida um fenmeno fundamentado, com um escopo delineado, em vez de uma
existncia vazia, sem rumo, rasa, sem cores e mecnica. Neste caminho, os indivduos humanos,
ento, no so exclusivamente conscientes e autores solitrios e racionais de suas prprias vidas, uma
vez que so guiados, majoritariamente, pelo sentimento de pertencimento aos seus grupos e complexos
sociais, tendo sua individualidade dependente de suas relaes.
Tais grupos aos quais pertencemos e com os quais nos relacionamos nos
influenciam e so influenciados por cada membro que os compem. Essa influncia um
norteador de pensamentos e comportamentos, uma varivel capaz de modificar as
tendncias do ser humano, de transforma-lo, defini-lo.
Nessas relaes com indivduos e grupos ao longo de nossas vidas,
experimentamos uma variedade infinita de sentimentos e emoes que se matizam, o que
serve de fator de aprendizagem e compreenso da interioridade e profundeza do ser humano,
o qual, uma vez que convive, se comunica e dialoga com as prprias sensaes, emoes e
sentimentos, percebe a si prprio como humano, como parte de uma universalidade e ao
mesmo tempo como indivduo destacado, portador de uma histria e caractersticas prprias.
A vida afetiva a dimenso psquica que d vida e sentido s vivncias humanas, que
distingue um ser humano de um autmato, que estimula reflexes e epifanias e diminui a
objetividade. Sem essa afetividade, a mente torna-se vazia, sem experincias ntimas
Bibliografia complementar: