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INTRODUÇÃO
O projeto “Araçuaí: de UTI Educacional a Cidade Educativa” foi implantado e implementado desde
2004 com objetivo de elevar o nível de aprendizagem das crianças e adolescentes do município. O
projeto é uma parceria entre o CPCD (Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento) e a Petrobrás: o
primeiro oferece a sua experiência educacional e metodológica e o segundo, apoio financeiro.
Atualmente, o projeto atende a 656 crianças e adolescentes em sete núcleos (Araçuaí - zona urbana,
Bois, Gema, Irmã Maria Gema, José Gonçalves, Malhada Preta e Olinto Ramalho), com a participação
de 64 Mães Cuidadoras e 52 Agentes Comunitários de Educação.
Durante dois anos, trabalhamos dentro das escolas, adaptando os saberes, fazeres e desejos da
comunidade, para ensinar as crianças a ler, escrever e fazer as quatro operações. Após essa fase,
investimos na “Cidade Educativa”, que é a etapa de consolidação do projeto.
O projeto “Araçuaí: de UTI Educacional a Cidade Educativa” é resultado de muitas discussões, entre
críticas e elogios. Alguns professores não concordam e não apóiam a idéia. Mas, em compensação, a
comunidade inteira participa e é uma de nossas principais parcerias, desfrutando, junto com os
envolvidos, dos avanços e conquistas.
As reuniões com as comunidades participantes foram realizadas com o objetivo de esclarecer sobre os
procedimentos da nova fase e para a reorganização das equipes (Mães Cuidadoras e Agentes
Comunitários de Educação) que atuaram anteriormente.
Algumas alterações ocorreram nas equipes: pessoas que saíram porque mudaram da comunidade ou
conseguiram outro emprego e outras que passaram a se integrar à equipe. Isso se fez necessário
diante da demanda local.
Número de pessoas/comunidade:
- Núcleo de Araçuaí: 32
- Núcleo dos Bois: 14
- Núcleo Córrego da Velha: 16
- Núcleo Irmã Maria Gema: 20
- Núcleo José Gonçalves: 17
- Núcleo Malhada Preta: 12
- Núcleo Olinto Ramalho: 20
• Pesquisa na comunidade
Para atender à demanda de sete bairros da cidade de Araçuaí, a equipe decidiu começar fazendo uma
pesquisa de diagnóstico, buscando conhecer melhor a história do local, sua gente, seus costumes e
sonhos.
Os bairros Arraial, Nova Esperança, Piabanha, Pedregulho e Corredor ficam afastados do centro da
cidade e neles se concentram as crianças que participam do projeto. Conhecer melhor esses bairros foi
uma experiência que nos permitiu descobrir o quanto nós podemos aprender com as pessoas e o
quanto elas podem contribuir com o trabalho. As realidades são, em alguns aspectos, muito peculiares
e em outros se mostram similares.
Na rua de “Baixo” e no “Beco da Sola”, a pesquisa se caracterizou pelo resgate cultural e elevação da
auto-estima das pessoas. Elas têm realidades semelhantes, pois são duas ruas praticamente
“esquecidas” pela administração pública e pelo desinteresse das pessoas, marcadas pelo tráfico de
drogas e pela prostituição. Ao mesmo tempo, são ruas de patrimônio histórico e de pessoas que ainda
sonham com mudanças. Essa descoberta foi fundamental para perceber que o rótulo de “pessoas
desinteressadas” não é real.
• Exposição
O trabalho de pesquisa realizado na cidade de Araçuaí foi mostrado nos próprios bairros, com a
confecção de livros que retratam a história do povo, mostras de fotografias antigas e atuais e de
desenhos.
Na noite da exposição, a população pôde conhecer os trabalhos de artesanato dos artistas locais, ver
peças de teatro, ouvir cantorias, rodas de versos e batuques, além de assistir a um filme. Todos esses
instrumentos de trabalho são utilizados para promover aprendizagem, participação, integração e
harmonia.
O trabalho com a tinta de terra sempre surpreende as pessoas. Embora a experiência faça parte das
tecnologias de aprendizagem das comunidades, ainda assim continua despertando fascínio entre elas.
As oficinas realizadas nas ruas de Baixo e do Beco da Sola (na cidade) reuniram uma roda de crianças
para confeccionar cartões. Primeiro, discutiu-se a origem da matéria-prima, de onde vem, o porquê
das cores, o modo de preparo e a utilização. Depois, o resultado: os cartões feitos pelas crianças
retratavam sentimentos, sonhos e alegria.
• Música
A oficina de música realizada pela equipe da cidade de Santo André (SP) trouxe novidade: a “ciranda”,
cantada e dançada de forma descontraída, alegre e bonita. Educadores de vários núcleos, dos
projetos “Ser Criança” e “Fabriqueta” participaram da atividade. Foi uma oportunidade de troca de
conhecimento e entrosamento entre pessoas de diferentes comunidades e que fazem o mesmo
trabalho.
A forma de trabalhar a música com as crianças, resgatando as melodias e versos, foi discutida e
avaliada pelo grupo. Conclui-se que a música é para ser cantada e interpretada, trazendo a magia
das histórias para as pessoas. Cantar tem que “fazer sentido” e não simplesmente cantar por cantar.
A oficina de cerâmica iniciou-se com uma apresentação: Renata, coordenadora dessa atividade,
contou histórias que relatam como surgiu a argila e mostrou algumas curiosidades feitas com esse
material.
O texto “Mãos de Vento, Olhos de Dentro” foi a inspiração para que, de olhos vendados, as pessoas
pudessem moldar e fazer a sua criação com argila. A técnica de preparação do barro é muito
importante para a produção das peças. O interessante é que muitos que diziam “não levar jeito”
conseguiram fazer coisas incríveis. Concluída a oficina, as peças produzidas foram deixadas no
Fabriqueta.
• Mala de histórias
Essa oficina trouxe para o grupo o resgate das histórias contadas por nossos pais. Foram feitos
exercícios das técnicas de contação de histórias, aprimorando as experiências anteriores dos
educadores. O grupo teve a oportunidade de integrar e discutir sobre essa influência na
aprendizagem.
• Folia do Livro
Apenas uma “Folia do Livro” aconteceu este ano na cidade, mas os núcleos rurais já estão se
preparando para a realização de novas folias.
Os moradores dos bairros onde os Agentes Comunitários de Educação e Mães Cuidadoras atuam
estavam com saudade das noites descontraídas, com cantorias, batuques, teatros e folias. Como todos
estavam empolgados com a primeira folia do ano, a volta dos livros para a comunidade foi recebida
com muita alegria. Nem a chuva que ameaçava cair impediu que ela acontecesse.
As pessoas se juntaram para ornamentar o espaço de onde sairia a folia. Música e teatro foram
ensaiados. As músicas estão na “boca do povo”. O grupo trouxe para a abertura o teatro baseado no
livro “O circo”. Crianças e público fizeram parte do espetáculo e se deliciaram com as histórias de
magia, conhecimento e informação.
A primeira sessão de cinema em Araçuaí estreou junto com a exposição nos bairros. O cinema tem
reunido as pessoas à noite como um encontro de amigos. A comunidade deixa de lado a novela para
buscar novos conhecimentos, boa prosa e relacionamentos.
A data prevista para o início do Cinema Itinerante nos núcleos era 21 de abril e, de acordo com o
planejamento, os demais serão atendidos na seqüência.
• Clube do Vídeo
Este ano pretende-se investir mais na formação e crescimento das pessoas, para que elas sejam
verdadeiras protagonistas do trabalho. O Clube do Vídeo é um pretexto para isso. Todos os grupos
vão se reunir (de acordo com a disponibilidade das pessoas) para as sessões de cinema.
A cada sessão, um grupo fica responsável pela atividade, trazendo propostas de dinâmicas, discussões
e debates sobre os temas retratados nos filmes. O importante é promover um ambiente de integração,
harmonia e participação.
A primeira atividade na zona rural foi a mobilização das pessoas para iniciar o trabalho com as
reuniões. As capacitações, feitas com o intuito de motivar, aprimorar e revigorar o grupo, foram
realizadas e em seguida serão programadas as atividades com as crianças e comunidades.
Realizamos também um mapeamento destinado a expor os pontos luminosos das comunidades. Cada
participante pontuou as coisas boas que existem em sua comunidade, como rios, benzedeiras,
parteiras, igrejas, contadores de histórias e fonte de renda.
De acordo com o mapeamento, foi elaborado o planejamento das atividades que serão realizadas
com as crianças e a comunidade. As Mães Cuidadoras e Agentes Comunitários de Educação foram
distribuídos, de forma a atender o maior número possível de crianças.
Algumas dificuldades foram detectadas ao longo do trabalho: distância entre uma comunidade e outra
ou o fato de uma comunidade ter que se encontrar em dois ou três pontos diferentes, em função da
• Bornal de Jogos
A atividade mais utilizada é o Bornal de Jogos. Brincando com jogos como “Pontuoteca”, “O Tombo”,
“Fera é Fera”, “Rapidinho” e “Construindo a Caixa”, as crianças aprendem matemática e conhecem o
alfabeto de forma descontraída e lúdica.
Elas desenvolvem o raciocínio lógico e aprender matemática torna-se tão fácil quanto manusear um
“dado”. As crianças da fase introdutória conhecem até o número seis, pois essa é a numeração dos
dados que usam nos jogos. É possível perceber que o uso de material concreto facilita a
aprendizagem, que avança gradativamente à medida que as crianças se exercitam nos jogos.
Em alguns lugares, as atividades acontecem com todas as crianças juntas (desde a fase introdutória até
a 5ª série). Aproveitamos esse momento para ensinar jogos como “Fera é Fera” e o “Tombo”, pois as
crianças que estão mais avançadas auxiliam as outras, tornando o ambiente harmonioso e facilitando
a aprendizagem.
• Banco do livro
A equipe participou de uma oficina de música promovida pela equipe de Santo André (SP), atividade
que contribuiu com o processo de formação da equipe para aprimorar a prática educativa.
Eles trouxeram para cá a ciranda, cantada e dançada de forma bem descontraída, alegre e bonita. Foi
também uma oportunidade de troca de conhecimento e entrosamento entre pessoas de diferentes
comunidades que desenvolvem o mesmo trabalho.
A forma de trabalhar a música com as crianças, resgatando as canções, os versos, foi discutida e
avaliada pelo grupo. Chegou-se à opinião consensual de que a música deve ser cantada, interpretada
O “Banco do Livro” propõe diversas atividades que podem ser realizadas com a comunidade, como as
rodas de viola e contação de histórias, que estimulam a criatividade dos Agentes Comunitários de
Educação e das Mães Cuidadoras.
“A oficina foi muito interessante, pois tivemos a oportunidade de conhecer as meninas da zona rural,
que fazem o mesmo trabalho que a gente. Houve uma troca de conhecimentos. As cirandas cantadas
foram alegres e principalmente discutidas. Todas as músicas e brincadeiras eram discutidas na roda e
colocadas dentro do trabalho junto com as crianças.”
José Vander e Cleber Ribeiro
Agentes Comunitários de Educação
• Outras atividades
Utilizamos a argila para construir letras, números e nomes com as crianças. Desenvolvemos ainda a
modelagem de algumas peças, permitindo que, a partir disso, elas possam criar frases.
As crianças colocam a “mão na massa” literalmente, criando-se um clima de puro prazer e alegria.
Alguns querem adivinhar a letra que o outro está fazendo antes mesmo de terminar. O legal é que
algumas crianças mais velhas ajudam as pequenas, trabalhando também a coordenação motora.
Os recortes de jornais e revistas são utilizados pelas crianças para montar cartazes com figuras e
nomes que elas acham interessantes. Cada criança trabalha conforme o seu nível de aprendizagem:
algumas recortam o alfabeto e sílabas, enquanto outras formam palavras e frases.
Outras atividades bastante utilizadas são os Bornais de Livros e as Algibeiras, nas quais trabalhamos
de forma variada: recortamos as sílabas retiradas de jornais e formamos as palavras mais bonitas dos
livros, fazemos desenhos, criamos outras histórias e discutimos sobre o que aprendemos com cada
livro.
Na comunidade “Tesouras”, por exemplo, um grupo está se encontrando e se revezando nas casas
para fazer a “espiral de ervas e cheiro verde”, aproveitando o tempo de chuvas, que é ideal para o
plantio. No “Córrego do Piauí”, as mulheres têm um encontro marcado para experimentar uma receita
de doce de coco.
GERENCIAMENTO DO PROJETO
O projeto “Araçuaí: de UTI Educacional a Cidade Educativa” está sob a coordenação geral do CPCD,
que é responsável pela metodologia, planejamento e execução. Cada um dos sete núcleos é
coordenado por cinco educadores, que acompanham as equipes, planejam e avaliam o trabalho.
As famílias são, em sua maioria, as nossas parceiras. Ainda existem famílias que representam um
desafio para a equipe, pois não acompanham a aprendizagem dos filhos. Outras também não se
empenham nesse desejo.
Nessa fase, as escolas ainda não são nossas parceiras. O compromisso do CPCD é exclusivamente
com as comunidades e entidades que nelas atuam. No Núcleo Córrego da Velha, por exemplo, a
Creche e a Brinquedoteca, mantidas pela Associar, apóiam o trabalho e estimulam a participação das
pessoas. Muitas atividades são realizadas conjuntamente em espaços cedidos por essas entidades.
No núcleo, as associações das comunidades apóiam o projeto, cedendo espaços físicos disponíveis
para a realização das diversas atividades. Na comunidade dos Bois, por exemplo, a Associação de
Moradores contribui nesse aspecto. Outras instituições, como a Associar, são parceiras nas
comunidades em que atuam. Incentivam a participação dos moradores nas oficinas promovidas pelo
projeto e se dispõem a buscar soluções conjuntas para os problemas apresentados em cada
comunidade.
• Índices qualitativos
• Índices quantitativos
Banco do Livro
Atendimento 53
Livros doados /recebidos 85
Trocas realizadas 225
Visitas/mês 37
Títulos no acervo 3.148
Livros no acervo 10.889
N º de comunidades
Núcleos N º de crianças freqüentes
atendidas por núcleo
Araçuaí (zona urbana) 130 7
Bois 88 05
Córrego da Velha 56 05
Irmã Maria Gema 110 10
Malhada Preta 68 08
Olinto Ramalho 143 10
José Gonçalves 145 11
Total 740 56
BREVE SÍNTESE
É importante conhecer o lugar onde o trabalho se realiza, ou seja, conhecer a realidade das crianças e
de suas famílias, obter informações sobre seus costumes e valores e integrá-las, garantindo, assim,
uma educação de qualidade.
Fazer do município de Araçuaí uma cidade educativa é um desafio para toda a equipe. As
capacitações propiciaram momentos de reflexão sobre a visão que as comunidades têm de si mesmas
e como cada uma poderá contribuir ao perceber que, se suas competências e habilidades forem
usadas em prol dessa realização, serão os instrumentos da transformação social.
• Depoimentos
“Realizar um trabalho como este gera oportunidades e aprendizagens. Torna-se até difícil encontrar
palavras para descrever a quantidade de coisas preciosas que incluímos na nossa bagagem
profissional e pessoal.
Ao falar da proposta do Projeto Cidade Educativa, senti apoio e acolhimento tão grandes como o de
uma criança que há muito tempo estava esquecida num canto, sem colo e sem carinho. É como saciar
a fome de quem quer aprender, ensinar, evoluir e se desenvolver.”
Edilúcia Borges - Coordenadora do
Núcleo José Gonçalves
“As experiências que vivemos na infância é que nos fazem ser o que somos hoje.”
Hélder dos Santos Silva - Agente Comunitário de Educação
Núcleo Olinto Ramalho
“Agora, com o Projeto, nossa comunidade tem mais oportunidade de aprender coisas novas, como
reciclagem e permacultura. Vamos dar um grande passo para construir a nossa cidadania.”
Cléria Gonçalves Gomes - Agente Comunitária de Educação
Núcleo Malhada Preta
“Quando iniciei no Projeto, eu era muito fechada. Hoje converso com todo mundo, estou aprendendo
muitas coisas que estão enriquecendo a minha vida. Quero que o Projeto cresça mais ainda, porque
assim vou ter a oportunidade de crescer junto com ele.”
Flaviana Gonçalves de Sá - Agente Comunitária de Educação
Núcleo Malhada Preta
“Eu gosto muito do Projeto, porque ele traz benefícios para a nossa comunidade. E incentiva as
pessoas a não ficarem esperando as coisas caírem do céu, mostrando que temos que nos juntar e
fazer acontecer.”
Otelina das Graças Gonçalves - Mãe Cuidadora
Núcleo Malhada Preta
“Eu uso a palavra descoberta para avaliar o nosso trabalho, porque, além de descobrir coisas boas e
importantes, nos dá vontade de cada dia aprender mais.”
Jucilene Alves Souza - Agente Comunitária de Educação
Núcleo Olinto Ramalho
“Tudo o que fizemos aqui nesses dias foi e ainda será muito proveitoso, tanto para o trabalho na
comunidade quanto para a nossa vida. Por mais simples que seja a brincadeira, tem sempre uma lição
para nos transmitir.”
Eliane Pinheiro de Souza - Agente Comunitária de Educação
Núcleo Olinto Ramalho
“Espero que o nosso trabalho seja como o texto: que possamos semear sementes que irão dar bons
frutos e que seja de grande importância para todos.”
Marilha Alves de Oliveira - Mãe Cuidadora
Núcleo Olinto Ramalho
“A gente se conscientiza de que sozinho não consegue conquistar nem a metade das metas que
conquistamos quando temos mais pessoas ao nosso lado. Isso é que é trabalhar em conjunto.”
Maria Selma Batista dos Santos - Mãe Cuidadora
Núcleo José Gonçalves
“Cada roda em que estamos juntas aprendemos algo de novo. Levamos coisas boas para a nossa
comunidade: brincadeiras e receitas. É bom sermos unidos e determinados. Assim, faremos melhorias
em nosso lugar.”
Josefina Teixeira Dias - Mãe Cuidadora
Núcleo José Gonçalves
“Na vida, hoje em dia, muitas pessoas passam necessidades, porque não sabem fazer nada junto. Só
pensam em si mesmas. Não enxergam que juntos conquistamos mais coisas. A gente tem que
aprender a ser solidário um com o outro.”
Romilda Teixeira Alves - Mãe Cuidadora
Núcleo José Gonçalves
“No Projeto, as contas de mais e de menos são mais fáceis do que na escola. Aqui eu faço rapidinho e
lá eu demoro a aprender.”
Claudinei da Silva de Souza - 10 anos
Núcleo Olinto Ramalho
“Eu gostei do dia porque, com a brincadeira ‘esconde’, aprendi quanto era 103 + 7. Foi tão bom, que
eu nem queria ir para a minha escola. Queria estudar só aqui.”
Roberto da Silva - 10 anos
Núcleo Olinto Ramalho
“Na época que estudei, eu não achava um livro pra ler. Com o Projeto, as crianças estão podendo ler
muitos livros bonitos.”
Madalena Souza Gomes - Mãe de André
Comunidade N. S. Aparecida
“Eu quero agradecer por vocês darem continuidade ao trabalho e por incluírem a minha filha no
Projeto. Para mim, está sendo muito gratificante e com certeza, mais uma vez, eu sei que é a minha
filha que vai ganhar e sair vitoriosa nisso tudo.”
Ivanete Luiz Vieira - Mãe de Jaciara
Comunidade Lapinha
“Através da leitura, dos jogos e outras atividades, é que a gente percebe a dificuldade que os meninos
têm.”
Nenas de Fátima Ferreirrra - Mãe Cuidadora
Núcleo Gema
“Foi muito bom aprender a escrever o meu nome. Amanhã, quando eu chegar na escola, vou mostrar
pra todo mundo!”
Cleiton Nunes da Silva - 6 anos
Núcleo Gema
“O bom de ouvir as histórias de antigamente é que a gente nem imaginava as coisas que aconteciam
com os nossos avós. Eu nem sabia que se faz cobertor com algodão.”
Josilane Lopes da Silva - 14 anos
Núcleo Gema
“Se na nossa comunidade tivesse água, meu sonho se tornaria realidade. Gostaria de fazer uma horta
e trabalhar com essa meninada. Todos iriam contribuir com o que cada um tem, e assim seríamos
mais felizes.”
Vanda Maria de Jesus dos Santos - Mãe Cuidadora
Núcleo Gema
“Com as oficinas, a gente perde o medo e começa a acreditar que somos capazes de fazer tudo o que
quisermos. Nada é impossível!”
Adna Maria Ramos - Agente Comunitária de Educação
Núcleo Gema
Reunimos com a equipe de Mães-cuidadoras e Agentes Comunitários de Educação dos Núcleos Olinto
Ramalho e Córrego da Velha, para conversamos sobre o reinício das atividades do Projeto.
Participaram 36 pessoas.
Os grupos se mostraram entusiasmados com o retorno do trabalho. Para iniciar, fizemos a dinâmica
da “Piscada Fatal”, com objetivo de discutir a especificidade de cada situação que vamos encontrar e
para as quais devemos nos preparar para responder com soluções viáveis.
Algumas pessoas desistiram, por não ter como conciliar o trabalho de casa com o Projeto; outras
desanimaram pela distância, mas se mostraram disponíveis, caso a gente precise delas dentro da
comunidade.
Conversamos sobre a nova proposta de trabalho, na qual vamos pensar a Cidade Educativa com
perspectiva de sustentabilidade. O grupo falou das dificuldades do ano passado e também dos
avanços. Fizemos avaliação e planejamos as atividades, com o objetivo de promover a transformação
social.
No Núcleo Olinto Ramalho, combinamos que a Mãe Cuidadora Gerliane fará parte da equipe, uma
vez que ela era do Núcleo Araçuaí e agora está morando na localidade.
Encerramos a reunião com alguns combinados: data para a capacitação, apoio logístico para o
coordenador e detalhes para a realização da capacitação.
Advete Santana / Helbert Rodrigues
Educadores CPCD
Introdução
A elaboração do Plano de Trabalho e Avaliação (PTA) para 2006 se fez em momentos distintos. A
equipe de coordenação participou de uma capacitação de aprimoramento na construção do PTA,
tendo em vista a sua viabilidade em cada setor e obedecendo a prazos previstos e pontuados. Nas
capacitações com os educadores, esse tema foi o ponto culminante, visto que o projeto prosseguiu
tendo como base o PTA.
A equipe do Núcleo Córrego da Velha é composta por 12 pessoas, entre mães-cuidadoras e Agentes
Comunitários de Educação que atuaram no ano de 2005. A maior dificuldade enfrentada no ano
anterior foi a suspensão e revezamento da coordenação, o que acarretou vários problemas dentro da
equipe, principalmente de relacionamento. Observou-se que as pessoas são duras com elas mesmas e
com os demais participantes.
No Núcleo dos Bois, a equipe é heterogênea, sendo composta por participantes que atuaram em
2005, aspirantes ao trabalho e um que atuou em 2004 e depois evadiu por questões pessoais. É uma
equipe coesa e firmemente comprometida com a causa do Projeto.
Atividades Desenvolvidas
O primeiro momento foi dedicado à avaliação do trabalho anterior, pontuando os pontos negativos e
positivos da equipe e do trabalho.
No Núcleo dos Bois, os pontos positivos foram destacados pela participação incondicional da
comunidade e o avanço obtido no resultado da aprendizagem das crianças e adolescentes. No Núcleo
do Córrego da Velha, destacou-se a participação da comunidade, mas a aprendizagem das crianças
não alcançou índices satisfatórios.
Índices Qualitativos
Índices Quantitativos
Breve Síntese
O convencimento das pessoas sobre a metodologia do trabalho é fundamental para o seu avanço.
Avaliou-se que a prática educativa baseada na realidade nos remeterá à transformação social das
comunidades e à sua sustentabilidade.
Perfil da equipe
As pessoas são simples e enfrentam muitas dificuldades onde moram, sobretudo a falta de transporte,
a pouca oferta de trabalho e a seca. Os maridos têm de viajar para trabalhar no corte de cana em
busca do sustento da família. Às vezes, há falta de água e de sonhos. As jovens têm como única
expectativa arranjar um casamento.
A equipe do Núcleo Malhada Preta é composta por nove pessoas: quatro Agentes Comunitários de
Educação e cinco Mães Cuidadoras. A maioria das jovens foi para Araçuaí estudar, desfalcando a
equipe.
O que mais chama a atenção no grupo é a simplicidade e a alegria dos participantes. Apesar de ser
um grupo com um ritmo de trabalho lento, as pessoas são esforçadas e dedicadas ao trabalho. É uma
comunidade em que as pessoas precisam andar muito para buscar água e quase não há plantações.
A principal fonte de renda vem da chapada, na época das frutas, quando as pessoas colhem e
vendem na cidade o que produzem.
Dezoito pessoas participaram da capacitação no Núcleo José Gonçalves, entre elas dois homens. São
pessoas alegres, acolhedoras, dispostas e dedicadas. Têm dificuldade em assimilar os assuntos e
tomar iniciativas, mas são pessoas acostumadas a fazer sacrifícios para ter o que querem. Sendo
assim, para a realização da capacitação, se dispuseram a caminhar cerca de três horas e meia por
dia. Vale lembrar que as chuvas provocaram muitos estragos nas estradas e as comunidades ficaram
isoladas.
Como sempre, as pessoas quase não têm fonte de renda. Os homens trabalham e ganham por dia e é
difícil encontrar quem ofereça emprego. Outros vão trabalhar no garimpo para tentar a sorte. Em
geral, a partir do mês de março, muitos vão para o corte de cana. As famílias sobrevivem
principalmente com o dinheiro dos programas do governo federal.
Atividades Desenvolvidas
Como pretexto para aprofundar a discussão sobre o Projeto “Cidade Educativa”, trabalhamos o texto
“Sementes”. Foi possível fazer uma comparação do texto com o conceito de “transformação social”. A
partir daí, começamos a pensar que ações podem ser desenvolvidas dentro da comunidade, para que
haja essa transformação.
O grupo começou a se identificar com a história, a dar exemplos de comportamentos das pessoas
quando fazem alguma transformação, citando as transformações que o Projeto já conseguiu produzir
nas comunidades.
Realizamos também a dinâmica “Nave, Mina e Comandante” e discutimos como a atividade foi
planejada, quais os avanços conquistados, quais as dificuldades, o porquê delas.
Como é um trabalho em grupo, discutimos sobre nossa função, nosso papel e nosso compromisso. O
que é trabalhar na comunidade, qual a sua importância, como esse trabalho se desdobrará depois.
Conversamos também sobre quem é “mina”, quem é “nave” e quem é “comandante” e, quando essas
situações ocorrem, como devemos conviver com elas.
Foram citadas algumas situações ocorridas no ano passado dentro da comunidade, outras que podem
ainda acontecer. Foi possível rever a nossa postura diante dos problemas: percebemos que, na
maioria das vezes, procuramos caminhos tortuosos, abandonando a idéia de focar os pontos
luminosos.
Conversarmos sobre cada menino considerado “problema”, aquele que é difícil de se entrosar com o
grupo ou que é muito agressivo. Listamos as maneiras que vamos adotar para agir com eles,
Realizamos a dinâmica da tribo e dividimos o grupo em dois. As tribos estavam em guerra pela água e
cada tribo teria que criar seu figurino, sua língua e procurar uma estratégia para se defender da outra.
Durante a discussão nos grupos, foi possível notar como as pessoas são criativas em relação ao uso
dos materiais, utilizando jornais, flechas, plantas e penas para as apresentações.
Nos grupos, notamos ainda as divisões: alguns faziam a língua diferente, outros as roupas, outros os
adereços e havia até aqueles que queriam fazer um ritual para mostrar que eram mais fortes. O
resultado foi a criação e confecção de um dicionário com o significado das palavras criadas pelo
grupo.
Na dinâmica, não houve acordo entre as tribos. Voltamos para a roda e começamos a discutir como
foi o trabalho em grupo e por que não encontramos uma solução. Houve impasse: será que
poderíamos achar uma solução favorável a ambas as partes, mesmo falando línguas diferentes? Este
foi o desafio. Surgiram algumas propostas, como a utilização de gestos, e voltamos a conversar sobre
como trabalhar em grupo, a importância da comunicação, como valorizar e usar os recursos que
temos e como buscar soluções para os obstáculos.
Colocamos duas caixas no meio da roda: uma de prata, para colocar os pontos negativos que não
devem ser repetidos e que depois jogaríamos no rio; a outra era uma caixa de ouro, para guardar as
coisas boas e os elogios que contribuíram para atingir os objetivos do trabalho.
Combinamos que esses pontos positivos seriam utilizados para conseguir a transformação social.
Ressaltamos a importância da valorização do outro, as diversas habilidades do grupo e a busca de
crescimento e aprendizagem coletiva.
Para conhecer e ampliar a discussão sobre o Projeto, fizemos um mapeamento das comunidades.
Dividimos a equipe em comunidades e cada grupo levantou os pontos luminosos de sua comunidade.
No Núcleo Olinto Ramalho, foi possível realizar um trabalho de campo. O grupo entrevistou pessoas
como contadores de histórias e parteiras e depois montou as suas apresentações de acordo com o que
ouviram.
Em outros grupos, realizamos uma dinâmica que se propunha a desempenhar o papel de “agência de
viagem”. Nela, os participantes teriam que convencer outras pessoas a visitarem a sua comunidade.
Nas apresentações, as pessoas começaram a descobrir coisas de sua própria comunidade ou das que
são vizinhas. As moradoras de Banco do Setúbal, por exemplo, não sabiam a razão do nome da
comunidade e descobriram nessa dinâmica.
Munidos de informações sobre o número de famílias, crianças, o que produzem, fazem e sonham,
sentamos e planejamos o trabalho com as crianças, o grupo de produção, o resgate de danças e de
festas tradicionais.
Próximos Passos
Malhada Preta
Nª de Dias de atendimento
Comunidade Educador responsável
Crianças (por semana)
Girau e Guariba 17 Cléria, Maria José e Sidinaila 04
Tesoura 04 Sidinaila 02
Tamburiu 03 Gorete 01
Atolero 04 Gorete 01
TOTAL 81 18
José Gonçalves:
Nª de Dias de atendimento
Comunidade Educador responsável
Crianças (por semana)
Fazenda Velha 30 Beta, Elias e Maurivânio 04
Barreiro 30 Romilda, Jane e Rosiane 04
Salinas 15 Josefina e Mislene 04
José Gonçalves (em cima) 15 Gislene, Íris e Gislete 02
José Gonçalves (em baixo) 10 Gislene, Íris e Gislete 02
Córrego do Capão 05 Selma 01
Córrego do Piauí 06 Selma 01
Pinheiro 10 Selma 01
São Marcos (será dividido em Cida, Lívia e Pedrina
19 01
dois pontos)
TOTAL 164 23
Olinto Ramalho
Nª de Dias de atendimento
Comunidade Educador responsável
Crianças (por semana)
Ponte do Setúbal 17 Eliane e Sirley 03
Deutrude 08 - -
TOTAL 134 28
Introdução
Para dar início ao trabalho, fizemos uma capacitação com as Mães-cuidadoras e os Agentes
Comunitários de Educação. A oficina foi realizada na própria comunidade “Gema”. No primeiro
momento, a equipe se mostrou um pouco tímida e insegura. As pessoas estavam retraídas, não
falavam muito, mas no final começaram a se envolver e a expor suas idéias.
No primeiro dia, foi feita uma contextualização do Projeto em sua fase de “Cidade Educativa”, na qual
foram discutidas as propostas para este ano. Falamos sobre as experiências de trabalho do ano
anterior e das expectativas. Todos estavam felizes com a retomada do trabalho, pois até aquele
momento ainda não haviam tido notícias sobre a sua continuidade ou não.
A formação foi realizada com 21pessoas: três estavam fazendo pela primeira vez e 18 são Mães-
cuidadoras e Agentes Comunitários de Educação. Todas as discussões nos levaram a refletir sobre as
potencialidades de cada um e como aproveitá-las para realizar a Cidade Educativa.
Nos dias que se seguiram, foi feito a mapeamento da comunidade e cada grupo pôde falar dos
pontos luminosos da comunidade. Foi feito o campo de força (pontos positivos e negativos) pessoal e
do trabalho. Nessa dinâmica, percebi que as pessoas têm muita dificuldade em falar sobre o que é
negativo, mostrando-se perdidas, sem saber explicar.
Construímos então um retrato dos sonhos, buscando responder às questões: “O que quero?”, “Quais
as minhas habilidades?”, “O que tenho a oferecer?”. Nessa dinâmica, a equipe participou melhor e
todos falaram dos seus sonhos, do mais simples ao mais difícil.
O ponto mais forte foi o papel que o “Projeto Cidade Educativa” tem na vida dos pais e das crianças e
da necessidade que a comunidade tem em buscar recursos, para que não seja um lugar tão difícil de
se viver, onde não há sequer água.
Algumas propostas foram levantadas para realização ainda este ano, tendo sido elaborado o
planejamento do trabalho de campo. O diagnóstico será realizado com base no modelo anterior,
experimentado pela equipe.
Foram feitas as brincadeiras “Um é pouco, dois é bom, três é demais”, “Cadê o ganso?” e “Eu te
completo”. Cada brincadeira nos levou a refletir e a valorizar o outro e a si mesmo. Discutimos as
questões do trabalho e avaliamos as possibilidades da equipe.
Confecção de livro
A comunidade tem uma variedade de cores de terra que podem ser usadas para confeccionar tintas. A
proposta de fazer uma pesquisa sobre o assunto resultou na confecção de um livro sobre a história da
comunidade, ilustrado com desenhos pintados em tinta produzida pelo grupo.
Teatro
A equipe conseguiu montar cinco livros com as várias histórias recolhidas e depois fizemos a divisão
dos grupos e trocamos os livros, com o objetivo de conhecer o trabalho do outro. Os grupos ficaram
empolgados ao saber que uma outra pessoa faria a interpretação do seu trabalho. Enquanto isso,
trabalhamos a valorização do que é “meu” e do que é “nosso”, o coletivo.
Breve Síntese
Os desafios e as crenças fazem uma ponte com o objetivo que almejamos. O trabalho com o “Projeto
Cidade Educativa” nos possibilita observar o envolvimento das pessoas, sua evolução e sua busca por
avanços.
- Como estimular o cuidado com o - Oficinas de beleza. - Auto-estima elevada. - 1 x/mês - Comunidade e
corpo? - Banho diário. equipe de
- Dentes bem cuidados. trabalho
- Como estimular o cuidado com a - Oficina de produtos de - Saber cuidar de si e dos - 1x/mês - Comunidade e
casa, quintal, rios e comunidade? limpeza e higienização. outros; equipe de
- Bem-estar físico e trabalho
social.
- Como contribuir para o cuidado - Oficinas de - Criar novos hábitos - 1x/mês - Comunidade e
com a saúde? experimentação de alimentares. equipe de
alimentos. trabalho
OBJETIVO: Promover a alfabetização e a transformação social com ações dinâmicas e criativas no Núcleo José Gonçalves
TÉCNICAS,
OBJETO DIMENSÃO PERGUNTAS IMPORTANTES DINÂMICAS E INDICADORES E EVIDÊNCIAS TEMPO E RESPONSÁVEL PÚBLICO ALVO
INSTRUMENTOS
- Quais as técnicas utilizaremos - Bornal de Jogos. - Nª de jogos utilizados. - Semalmente. - Crianças,
para melhorar a aprendizagem? - Bornal de Livro e - Nª de jogos criados. Jovens e
Algibeira. - Leitura e escrita. comunidades do
- Brincadeiras. - Matematização. Núcleo José
- Diagnóstico. - Nª de livros lidos. Gonçalves
- Planejamento. - Inovação.
- Cinema. - Vocabulário ampliado.
- Entrosamento. - 01 Vez por mês.
Alfabetização e - Interpretação de texto. (cinema)
Transformação Aprendizagem - Produção de texto.
Social
promovida - Como podemos utilizar o - Cozinha - Criação de receita. - Semanalmente - Crianças,
conhecimento individual para experimental. - N º de receitas experimentada. Jovens e
gerar aprendizagem? - Grupo de - Troca de experiência. comunidades do
Mulheres. - Uso do alternativo. Núcleo José
- Roda de causos. - Diálogo. Gonçalves
- Satisfação.
- Como discutir sobre o meio - Passeios. - Produção de texto. - Semanalmente - Crianças,
ambiente na aprendizagem? - Oficina de - Desenhos. Jovens e
brinquedo. - Poesia. comunidades do
- Coleta Seletiva. - Uso do alternativo. Núcleo José
- Mural. - Nª de mudas. Gonçalves
- Permacultura. - Nª de espirais e mandalas.
- Reflorestamento. - Alimentação variada.
- Preservação do meio ambiente.
- Margens do rio preservadas.
- Que formas inovadoras e - Teatro. - Alegria. - 01 vez por mês - Crianças,
criativas podemos trabalhar para - Contação de - Histórias criadas. Jovens e
que haja mais avanços na História. - Leitura e escrita. comunidades do
aprendizagem? - Colagem. - Matematização. Núcleo José
Alfabetização e - Argila. - Coordenação motora. Gonçalves
Transformação - Oficina com - Criatividade.
Social Música. - Nª de músicas criadas.
Aprendizagem
promovida - Supermercado - Resgate.
Educativo. - Domínio das quatro operações
OBJETIVO: Contribuir para a Transformação Social visando a auto sustentabilidade da comunidade dos Bois.
- Que atividades irão motivar o - Hortas - Cultivo de hortaliças. - Cuidado: diário - Comunidade
envolvimento comunitário? - Melhor alimentação.
- Mais saúde.
- Menos doenças.
- Oficinas de permacultura - Envolvimento. - 1 x/semana - Comunidade
- Compromisso. - Sr. João
- Respeito;
- Que atividades irão motivar o - Folia do livro - Cuidado com livros. - 2/2 meses - Comunidade,
envolvimento comunitário? - Auto-estima elevada. mães/paicuida
- Alegria. doras, agentes
- Entrosamento. comunitários
- Valorização das de Educação
manifestações culturais.
- Incentivo ao ato de ler.
- Que atividades irão motivar o - Oficinas de beleza - Maior cuidado de si. - 1/x mês - Mães/pai
envolvimento comunitário? - Auto-estima elevada. cuidadores e
- Cooperação agentes
comunitários
de Educação
OBJETIVO: Promover o desenvolvimento social da comunidade através da aprendizagem no Núcleo irmã Maria Gema.
- N º de livros - Crianças,
- Folia do Livro. - Emprestados. adolescentes e
- Nª de folias comunidade - 1 vez / mês
realizadas.
- Produção de texto.
- Conhecimento.
Desenvolvimento - Quais atividades - Alfabetização de jovens e adultos. - Leitura e escrita. - Crianças, - 1 x/ semana
Aprendizagem podem promover a - Conhecimento. adolescentes e
social promovido
aprendizagem e a auto- comunidade
estima nas crianças e
comunidade? - Folia do Livro. - Alegria. - Crianças, - 01 vez por mês
- Número de livros adolescentes e
lidos comunidade
- Participação total da
comunidade