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Por Sabrina Gledhill
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Assim, o diário de Marcus McCausland, um aspirante da Marinha Britânica, escrito a bordo
do HMS Liffey durante a circum-navegação do mundo realizada pela Esquadra Volante em
1869/70, registra o triste fim de um tenente da Marinha Japonesa. Ainda de acordo com
este diário e os registros da Igreja e do Cemitério dos Ingleses na Bahia, o oficial foi
enterrado na Cidade do Salvador na mesma data.
Como foi que um japonês se juntou à tripulação de um navio britânico? E por que veio
parar na Bahia? Qual a verdadeira causa do desespero que o levou ao suicídio? Para tentar
responder a estas e outras perguntas é preciso começar recontando um pouco da história de
dois impérios na segunda metade do século XIX – o Império Meiji e o Império Britânico.
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Assustado com os sucessos da Companhia de Jesus e outros missionários cristãos na
conversão dos japoneses, o xogum Togukawa Iyemitsu (1623 a 1641) fechou os portos para
o Ocidente em 1635 e expulsou os portugueses em 1639 – uma política chamada s
akok
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Além de barrar a entrada de estrangeiros, o xogunato dos Tokugawa proibiu seus súditos de
saírem do país sem a expressa autorização das autoridades do bak
ufude Edo (Tóquio), o
regime estabelecido por Tokugawa Ieyaso no século XVII. Esta proibição só seria
levantada dois séculos depois. A pena de morte aguardava aqueles que desobedecessem,
mas sempre havia alguma alma intrépida disposta a arriscar-se e conhecer o mundo afora.
Um dos casos mais notáveis aconteceu na última década do século XVII. O médico
Nakajima Chojiro conseguiu fugir do Japão a bordo de um navio batavo e cursar Medicina
Kyoto para Edo (Tóquio) e o poder político passou das mãos do xogum para um pequeno
novo exército adotou o modelo da Prússia, mas a marinha seguiu o exemplo da Inglaterra,
enquanto especialistas estrangeiros levaram seu know-how para o Japão. Foi neste contexto
que dois oficiais da Marinha Japonesa embarcaram na Esquadra Volante com a missão de
adquirir, a todo custo, o domínio da língua inglesa e das técnicas de navegação da Marinha
Britânica. Um deles era o “estudante japonês” de 22 anos cujo nome foi registrado nos
arquivos da Igreja e do Cemitério dos Ingleses da Bahia como “Mayoda” ou “Hyeen,” mas
segundo informações fornecidas à autora por Prof. Dr. Andrew Cobbing em abril de 2006,
Japão: “Segundo os registros japoneses, no quinto mês de 1870, Maeda, junto com Ittsuki
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A princípio, a Esquadra Volante (ver tabela) foi encarregada de uma missão muito
diferente. Os objetivos de sua viagem, que seria a última circum-navegação realizada por
navios ingleses de propulsão mista – vela e vapor – e cascos de madeira, eram “brandir a
bandeira” da Grã Bretanha e demonstrar o poder e a pujança da Marinha Britânica em todos
os mares e oceanos. O objetivo protocolar que a esquadra inglesa e os oficiais japoneses
tinham em comum era o de “promover o avanço e a instrução da arte de navegação”.
Comandados pelo Contra-Almirante Geoffrey T. Hornby, a maioria dos navios que
formavam a esquadra zarpou do porto de Plymouth em 19 de julho de 1869, retornando
para o mesmo em 15 de novembro de 1870 após uma viagem de 53 mil milhas náuticas.
Antes de seguir para o Oriente, a esquadra aportou na Bahia em 2 de agosto de 1869. A
primeira impressão registrada no diário do aspirante Marcus McCausland no dia seguinte
não é de toda ruim: "
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O Imperador Meiji
Vista interna do Cemitério dos Ingleses e a Igreja de Santo Antônio, postal, c. 1900
Tabela
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HMS Liverpool Capitão John.O. Hopkins 35 canhões
HMS Liffey Capitão J.O. Johnson 35 canhões
HMS Endymion Capitão Edward Lacy 31 canhões
HMS Bristol Capitão F. Wilson 31 canhões
HMS Phoebe substituído pelo HMS Bristol na Bahia
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HMS Scylla Capitão Frederick A Herbert
HMS Barrosa Capitão Robert Gibson
HMS Pearl, substituído pelo HMS Barrosa em Yokohama
HMS Charybdis, substituído pelo HMS Scylla na Baía de Esquimalt
HMS Satellite substituído pelo HMS Charybdis em Valparaiso
Fonte: http://www.pbenyon.plus.com/Flying_Squadron/The_Squadron.html
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Andrew Cobbing. Ed. Japan Library, Curzon Press 1998
Biografia
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Nomeprof
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