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‘SuMARIO Introdusio MONUMENTO EMONUMENTO HISTORICO Capito 1 ‘Art gregaclssca e humanidadesantgas Restos antigose humanitas medieval ‘Afase“antghizante” do Quattocento Capitulo 1 [A POCA Dos ANTIQUARIOS — ‘Antiidades nacionsis Gaxco ‘Advento da imagem Tunis CContervacio eal econsereagokconogrifica Capitulo 1 A REVOLUGKO FRANCESA ‘Tombamentado patriménio ‘Vandalsmo e conserva: interpretagSes € its seerndirios Valores Capitals V [A CONSAGRACKA no MONUMENT HISTERICO, (1820-1960) (© cenceito de monument histirico ems mesma alr cognitive valor aria Presarag rmdtia:optorex, 0 abandano « @ ‘allo daarte Revol Inara: frotera do irrmadivel aL 35 4 6 67 7 %6 0 95 98 105 16 125 Ls 8 im Bs Pritcas:lgislagioe restauragion 13 (Orie da isla francesa referent aos ‘monuments histércor Ms [A restauracio como disiplina 149 ‘As aporias da restauagto: Ruskin ov Villette Duc 153 ‘A Franca ea Inglaterra 159 Sinteses 163 ira alé de Ruskin de Viele le-Duc, Cano Bota 168 “Alois Reg sma contigo maior 167 Capitulo V AINVENGAO DO PATRIMONIO URBANO 175 ‘A figura memorial 180 ‘A figura hstica: papel propedeutico 182 ‘A figura histérica: papel museal 191 ‘A figura historia, 194 Capitulo VI (© PATRIMONIO HISTORICO NA ERA DA INDUSTRIA CULTURAL 205 De objeto deculto a indistria 206 Nalorizagio 212 Intepracio na vida contempordnea 219 Efeitos perversos 225 CConservacio estratégica 232 -ACCOMPETENCIA DE EDIFICAR 239 (Oesptho do patrindnio a camportamento nares 240 (Os verdadeiras ensejo da sindrome patrimoiat 247 Sairdonarisisma explo patrimonalreclama 252 ANExo 259 REFERENCIAS mistroGRAFICAS 263 fxpice oxomistico 27 A meméria de André Chastel Gostaria de saudar aqui aqueles cuja obra em favor do patrinénio me servi de estimulo para escrever este livro, ‘especialmente Jacques Houle, Raymond Lemaire e Michel Parent. “Agradeco também a Alexandre Melissinos, Mickel Rebut- Sarda Jean Marie Vincent, que fzeram a gentileza de reler Introducio MONUMENTO E MONUMENTO HISTORICO Patrimonio’. Esta bela e antiga palaraestava na origem,ligada as estruturas familiares, econdmicas e juridcas de uma sociedad ‘estivel, enrazada no espagoe no tempo. Requaliicada por divesos adjtivos (genético, natura, histrco, etc.) quefzeram dea um con- eto "ndmade" cla seguehoje uma traetra diferente ereturnbate Patriméniohistrico. A expressio designa um bem destina- do ao usufruto de uma comunidade que se ampliou a dimensées planetérias,constitufdo pela acumulagio continua de uma diver- sidade de objetos que se congregam por seu passido comm: obras « obras-primas das belas-artese das ates aplicada,trabalhos e proditos de todas os saberese savoirfaire dos seres humanos, Em nossa sociedade errante, constantemente transformada pel smobilidade eubiqlidade de seu presente, “patriméni hist6rico" tormou-se uma das palvraschave da ribo miditica Ela remete a uma instituigso ea uma mentalidade ‘A transferncia semintia sofrda pela palavra revelaa opaci- dade da coisa. pateiméniohistrico eas condutas a ee assocodss “encontram-se press em extatos de sigificadas cujas ambigiida- 7s de Boa que € tnt sguedo at dp eso fh” Dlsomare dela lng eae de i 1. Dine ener Deseret nomads, sobs reso Strgen, Ps, eS a8 des e contradigesartculam e desarticulam dois mundos e duas| visbes de mundo ‘0 culta que se rende hoje 20 patrimsnio histérico deve rmerecer de n6s mais do que simples aprovigo. Ele requer um ‘questionsmento, porque se constitu num elemento revelado,ne~ ligenciado mas bilhante, de wma condigio da sociedade ¢ das ‘questées que ela encerra, E desse ponto de vista que abordo 0 tema aqui Entre os bens incomensuriveis e heteregéneos do patrimo: ni histérico,escalho come categoria exemplar aquele qe se re- laciona mais diretamente com a vida de todos, o patriménio histérico representado peas edificacbes. Em outros tempos fax riamos de monumentoshistGricos, mas as duas expresses néo ‘io mais sindnimas. A partir da década de 1960, os monurentos histéricos f no representam sendo parte de uma heranga que ‘ira de crescer com inchs de novos tipos de bens © com © alargamento do quadro cronoligico e dis reas geogrificas no interior das quais esses bens se inscrever, ‘Quando criowse, na Franc, a primeira Comissio dos Mon- _mentds Histricos, erm 1837, as its grandes categoias de monu- ‘mentos hstéricos eram constituidas pelos remanescentes da ‘Antigua, os edifciosreligiosos da [dade Média e alguns case los. Logo depois da Segunda Guerra Mundial o nimero des bens inventariados decuplicara, mas sua natureza ea pratcamente a ‘esa. Elesprovinham, em essénca, da arqueolia ed histria da arquitetura erudita, Posteriormente,todis as formas da arte de constr, erudiase populares, urbanas eras, todas as categorias de edifices, pablicose privads,suntuirioseulitiries foram anexa- dls, scb notas denominacbes:arquitetura menor, termo proveniente dla ita para designar a construgSesprivads ndo monuments, fem geral edifcadas sem a cooperacio de arquitetos,arquiteturs semacular, termo inglés para dstinguir os edfcis marcadamente locas; arquitetura industrial das usinas, das estagbes, dos altos- fornos, de inicio reconhecida pelos ingeses Enfim, 0 dominio 2 Si pain el & Ci Spe do patrimonial nio se limita mais ace eificios individ; ele agora ‘compreende or alomerados de eificaes ea mala urbana: glo ‘merados de casas e bireos,aldeiss,cidadesinteirase mesmo con- juntas de cidades, como mostra “a lista” do Patriménio Mundial estabelecida pela Unesco. ‘Att a década de 1960, 0 quadro cronolgico em que se ins- creviam os monumertoshistrcos era, como hoje, praticamente ‘limitada “a montante,coincidindo, nesse aspecto, como da pes- quisa arqueolégica. “A jusante” ele ndo ultrapassava os limites do século XIX. Hoje, os belgaslamentam 0 desaparecimento da Maison ‘du Peuple (1896), obr-prima de Horta, demalida em 1968; e oF franceses, Les Halles, de Baltard, destruido em 1970, apesar dos vigorosos protests qe se levantaram em toda Franca eno mundo Inteiro. Por mais prestigiosas que fassem, esas vozeseram de uma ppequena minoria dante daindiferenca geral. Para aadminstracio € para maioria do pico, os pails suspensos que Napoleso i «e Haussmann haviam constrido tinham apenas wma fungdo trivia, {que no Thesdavaacesso& categoria de monumentos.Além diss, cles pertenciam a ums Epoca famosa por seu mata gosto. Hoje, par teda Paris de Haussrann ests tombada em principio, iatocive aqui por dante, O mesmo sedi coma arguitetura "modern style = tepresentada, na Franga, na virada do século, por Guimard, Lavirotte e pela escol de Nancy —, que foi muito efémera e, por isso, depreciada, ‘Opprépri séculoX fargou as portas do domino patrimonil Provavelmente sriamtombadas eprotegidos, hoje, o Hotel Imperial ‘de Toquio,obraprimade FL Wright (1915), que resistiu aos sismas rnaturas, mas foi demlido em 1968; os ateliés Esders de Peet (1919), demolidos em 1960; asojas de departamentos Schocken (1924)'de Mendelsohn, em Stuttgart, demolidas em 1955; 0 dlispensiriode Louis Kahn, na Fibdéia (1954), demotido er 1973. [Na Franga, uma recém-constitulda comissio do "patriménio do século XX" estabeleces eritris e uma tipologia pare nfo deixar escapar nenhum testemunho historicamente signifieativo, Os pré- prios arquitetos interesam-se pela indicacio de suas obras para rads dei de Wah, Aa » tombamento. Le Corbusier fez que suas obra fossem protegidas stualmente, onze delae esti tombadas ecatore inscritat nm in: ventria suplementar. A mansio Savoye motivo véria campa- ‘has pela restauracio,sendo esta mais dispendiosa que ade muitos ‘monimentos medievais nfm, a nogdo de monumenta histrica eas péticas de con- servacio que Ihe sioassoiadas extravasaram os limites da Euro- ‘onde tiveram origem e onde por muito tempo haviam fcado circunsritas. Everdade que a década de 1870 assstira, no con- texto da abertura Mei discreta entrada do monumento histé- sicono lapdo:paraesse pals, que vivera suas tradgbes no presente, {que nfo conhecia outa histéria endo a dinistien, que nfo conce. bia arte antiga ou moderna Sendo a viva, que no conservava seus ‘monumentos senio mantendo-os sempre novos mediante recons- ‘sf ritual, a assimilago do tempo ocidental passava peo reco- nhecimento de uma histéria universal, pela adogio do museu € pel preservagio dos manuimentos como testemunhos do passa, ‘Namesma época, os Estados Unidos foram 0 primeiosa peo- teger seu patriménio natural, mas pouco se interessavam em con- servaraguele constituldo peas eificacbes,cujaprotegio & recente « comego por levar em conta 35 residncias individ das gran- ds personliddes nacionas. Pr seu lado, a Chia’, que ignorava ees valores, comegou a abrir € a explorarsstematicamente 0 fo de seus monuments histricos a partir da década de 1970. Da primeira Conferéncia Internacional para a Conservagio dos Monumentes istéricos, que aconteceu em Atenas em 19316, 6 participaram europeus. A segunda, em Venera, nono de 1964, contou com a paticipacio de ts patses ndo europe: & Tunisia, (México eo Peru. Quinze sos mais tarde, itenta paises dos cinco

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