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EXEMPLAR Nº
GNR
LISBOA
25FEV03
NEP/GNR – 9.03CIC

Assunto: SECÇÃO DE INVESTIGAÇÃO CRIMINAL DO GRUPO TERRITORIAL


(SIC GTer)

SITUAÇÃO

a. Decorreram mais de dois anos desde a entrada em vigor da Lei nº 21/2000, de 10 de


Agosto – Organização da Investigação Criminal (LOIC), e da elaboração do Plano
Estratégico para a Investigação Criminal e Análise de Informação Criminal da Guarda,
estabelecendo, este último, a formação de especialistas, a aquisição de meios técnicos
e a adaptação da estrutura orgânica como eixos a serem seguidos para o
desenvolvimento sustentado da actividade de prevenção e investigação criminal na
Guarda Nacional Republicana, de acordo com as competências que a Lei lhe atribui.

b. Visando perseguir tais objectivos, em Despacho de 21Jan03, o Comandante-Geral


estabeleceu a estrutura de investigação criminal da Guarda (para a componente
territorial), nas suas três vertentes: investigação criminal operativa, criminalística e
análise de informação criminal táctica.

c. Nos termos do mesmo Despacho, foram atribuídas as competências genéricas dos


órgãos dos diversos escalões de Comando e estabelecidos os respectivos quadros
orgânicos. Estabeleceu ainda que a implementação da estrutura de investigação
criminal será promovida com base em critérios de prioridade, disponibilidade de
recursos e habilitação específica do pessoal para o exercício da actividade, mediante
propostas da Chefia de Investigação Criminal.
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d. A NEP/GNR 9.02CIC, de 14Fev03, veio regular o funcionamento das Secções de


Investigação Criminal das Brigadas Territoriais.

e. Nos Comandos dos Grupos Territoriais a estrutura contempla Secções de Investigação


Criminal, para as quais já se encontram habilitados e indigitados os respectivos
Chefes.

f. Anexo A (ORGÂNICA DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL – COMPONENTE


TERRITORIAL).

FINALIDADE

Estabelecer as normas gerais reguladoras do funcionamento da Secção de Investigação


Criminal do Grupo Territorial (SIC GTer) e dos órgãos que a constituem, bem como da
sua integração no Comando da Subunidade e do relacionamento com outros órgãos e com
os Destacamentos.

ORGANIZAÇÃO

a. Estrutura

(1) A SIC GTer é constituída pela Chefia da Secção, pela Subsecção de Investigação
Criminal (SSIC), pelo Núcleo de Apoio Técnico (NAT) e pelo Núcleo de
Tratamento de Informação Criminal (NTIC). A SSIC articula-se em Chefia da
Subsecção, Núcleo de Apoio Operativo (NAO), Núcleo de Investigação de Crimes
de Droga (NICD), Núcleo de Investigação de Crimes Ambientais (NICA) e Núcleo
Mulher-Menor (NMUME);

(2) Anexo B (ORGANOGRAMA DA SIC GTer).


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b. Recursos humanos

(1) De acordo com a classificação dos GTer, já difundida ao dispositivo, a SIC GTer é
constituída pelo efectivo a seguir discriminado:
(a) GTer Zona Um – 32 militares (2 Oficiais, 9 Sargentos e 21 Praças);
(b) GTer Zona Dois – 27 militares (2 Oficiais, 8 Sargentos e 17 Praças);
(c) GTer Zona Três – 22 militares (2 Oficiais, 8 Sargentos e 12 Praças).

(2) Anexo C (QUADRO ORGÂNICO DA SIC GTer).

c. Prioridades na implementação dos órgãos

Estando os NAT em actividade desde Fevereiro de 2002, sem prejuízo dos critérios
referidos em 1. c., a implementação dos órgãos da SIC GTer, mesmo que parcial em
relação ao QO, obedecerá à seguinte ordem de prioridades (previsão):
1ª - Prioridade – Chefia da SIC GTer
2ª - Prioridade – Núcleo de Investigação de Crimes de Droga (NICD)
3ª - Prioridade – Núcleo Mulher-Menor (NMUME)
4ª - Prioridade – Núcleo de Tratamento de Informação Criminal (NTIC)
5ª- Prioridade – Núcleo de Apoio Operativo (NAO)
6ª - Prioridade – Chefia da Subsecção
O Núcleo de Investigação de Crimes Ambientais (NICA) é provido pelo SEPNA.

4. COMPETÊNCIAS

a. As competências da SIC GTer são as que a seguir são atribuídas aos órgãos que a
constituem e ao respectivo Chefe.

Dos órgãos da SIC GTer

(1) Da Chefia

(a) Satisfazer as necessidades próprias e assegurar o funcionamento dos órgãos da


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Secção;
(b) Coadjuvar o Comando e promover o controlo técnico de toda a actividade de
investigação criminal desenvolvida pela Subunidade;
(c) Encaminhar para a Secção de Operações e Informações da Subunidade as
informações, resultantes da análise de informação criminal, que possam ser
relevantes para a actividade de apoio à decisão;
(d) Apresentar estudos e propostas no âmbito da investigação criminal em geral e
da organização e desenvolvimento da actividade ao nível da GTer em
particular;
(e) Difundir instruções relativas à actividade;
(f) Administrar os meios colocados à sua responsabilidade e organizar o controlo
de existências;
(g) Registar, tratar, encaminhar e arquivar o expediente da Secção;
(h) Outras que, directa ou indirectamente relacionadas com a investigação
criminal, lhe venham a ser atribuídas.

(2) Da Subsecção de Investigação Criminal (SSIC)

(a) Da Chefia da SSIC

1. Promover as actividades relacionadas com a chefia da Subsecção,


designadamente o controlo legal e a administração das acções de
investigação;
2. Assumir a chefia das acções mais complexas ou críticas;
3. Outras que, directa ou indirectamente relacionadas com a investigação
criminal operativa, lhe venham a ser atribuídas.

(b) Do Núcleo de Apoio Operativo (NAO)

1. Satisfazer os pedidos dos Destacamentos e dos demais órgãos da SIC GTer


no âmbito da investigação criminal operativa, designadamente as actividades
de vigilância e seguimento e de captação de som e imagem (que exijam
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especiais meios técnicos);


2. Outras que, directa ou indirectamente relacionadas com a investigação
criminal operativa, lhe venham a ser atribuídas.

(c) Do Núcleo de Investigação de Crimes de Droga (NICD)

1. Proceder à investigação dos crimes de droga e à elaboração dos inquéritos


que tenham sido avocados pelo Comandante da Subunidade;
2. Outras que, directa ou indirectamente relacionadas com a investigação
criminal operativa, lhe venham a ser atribuídas.

(d) Do Núcleo de Investigação de Crimes Ambientais (NICA)

Promover, sob a dupla dependência técnica da Chefia da SIC BTer e do


SEPNA, a investigação dos ilícitos criminais no âmbito do ambiente.

(e) Do Núcleo Mulher – Menor (NMUME)

1. Levar a efeito a investigação dos crimes relacionados a problemática das


mulheres e dos menores enquanto vítimas e promover as acções de apoio
que, para cada caso, for considerado necessário e passível de ser efectuado;
2. Outras que, directa ou indirectamente relacionadas com a investigação
criminal operativa, lhe venham a ser atribuídas.

(3) Do Núcleo de Apoio Técnico (NAT)

(a) Realizar as inspecções oculares e o adequado tratamento da prova, em apoio


aos órgãos de investigação criminal operativa da SIC GTer e dos
Destacamentos Territoriais, Fiscais e de Trânsito;

(b) Outras que, directa ou indirectamente relacionadas com a criminalística, lhe


venham a ser atribuídas.
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(4) Do Núcleo de Tratamento de Informação Criminal (NTIC)

(a) Operar o Sistema Integrado de Informação Criminal (SIIC), promovendo a


análise de informação criminal táctica a nível da Subunidade e satisfazendo os
pedidos que, neste âmbito, lhe sejam formulados pelos DTer e pelos demais
órgãos da SIC GTer e pelos Destacamentos Fiscais e de Trânsito;

(b) Outras que, directa ou indirectamente relacionadas com a análise de


informação criminal, lhe venham a ser atribuídas.

c. Do Chefe da SIC GTer

Além das competências da Secção em geral e da Chefia em particular, compete, em


especial, ao Chefe da SIC GTer:
(1) Promover o controlo de toda a actividade desenvolvida pelos militares da SIC
GTer;
(2) Propor, ao Comandante da Subunidade, planos de controlo técnico da actividade
para todo o GTer;
(3) Promover acções de formação, necessárias à manutenção ou melhoria qualitativa
do desempenho técnico nas actividades de investigação criminal, tendo como
destinatários os militares da SIC GTer e dos demais órgãos do Comando da
Subunidade e dos DTer, particularmente os pertencentes à estrutura da
investigação criminal;
(4) Propor, ao Comandante da Subunidade, a avocação dos inquéritos nos casos em
que esta medida se justifique e prestar informação (parecer técnico) sobre os
pedidos, formulados pelos Comandantes dos DTer, para que os inquéritos sejam
instruídos ao nível do Comando da Subunidade;
(5) Prestar informação (parecer técnico) sobre os pedidos
formulados pelos DTer (eventualmente por outros órgãos) para o empenhamento
do Núcleo de Apoio Operativo, nomeadamente os relacionados com seguimentos e
vigilâncias;
(6) Prestar informação sobre os pedidos dos DTer para desenvolverem acções nas
áreas de responsabilidade de outras Subunidades, de forma a que sejam
promovidas as medidas de coordenação e de apoio que permitam a eficácia e a
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segurança das diligências;


(7) Estabelecer, a nível do GTer, contactos regulares de coordenação com os órgãos da
Magistratura e com outros órgãos da Administração Pública com intervenção em
domínios com interesse para a investigação criminal;
(8) Manter a ligação, nos assuntos de interesse para a investigação criminal, com as
demais Forças e Serviços de Segurança existentes na área de responsabilidade do
GTer, participando, nomeadamente, nas reuniões de coordenação que forem
levadas a efeito;
(9) Promover as acções de coordenação no âmbito do SIIC, propondo ao Comandante
da Subunidade as soluções mais adequadas para cada caso, em concreto;
(10) Encaminhar para a Chefia da SIC BTer todos os assuntos relevantes em matéria
de coordenação entre Órgãos de Polícia Criminal (OPC) e com órgãos de
investigação criminal de outras Unidades, para conveniente análise e oportuna
tomada das medidas que se impuserem;
(11) Emitir parecer sobre todos os assuntos que afectem ou estejam relacionados com
a actividade e o empenhamento de militares da estrutura de investigação criminal,
nomeadamente os relativos ao planeamento de operações a desencadear pela
Subunidade ou, nos casos em que isso se justifique, durante o decorrer das
mesmas.

5. DEPENDÊNCIA

a. Orgânica

A SIC GTer depende directamente do Comandante da Subunidade, constituindo-se


como um órgão do Comando do GTer.

b. Técnica

A SIC GTer depende tecnicamente da SIC BTer, sendo esta relação de autoridade
promovida através do relacionamento institucional entre os Chefes destes órgãos. A
dependência do NICA em relação à Chefia da SIC GTer inclui, designadamente, o
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controlo técnico e o controlo administrativo dos inquéritos relativos aos crimes.

c. Funcional

Nos termos da Lei, a SIC GTer (tal como a Guarda, globalmente considerada) actua no
processo sob a direcção e na dependência funcional da autoridade judiciária
competente.

6. ACTUAÇÃO E EMPREGO

a. Chefia da Secção

(1) As acções de controlo aos órgãos de investigação criminal dos Destacamentos,


além de superiormente autorizadas, obrigam o Chefe da SIC GTer a prévia
informação aos respectivos Comandantes;

(2) Os relatórios e perícias recebidos de entidades, em resposta a pedidos do NAT, são


também enviados a este órgão, para conhecimento e controlo da actividade;

b. Subsecção de Investigação Criminal (SSIC)

(1) As acções desenvolvidas no terreno pelos Núcleos da SSIC, particularmente as de


grande visibilidade, implicam a coordenação prévia do Chefe da SIC GTer com o
Comandante do Destacamento respectivo, salvo se razões excepcionais o
desaconselharem e for essa a decisão do Comandante da Subunidade;

(2) As necessidades de empenhamento dos Destacamentos em acções desenvolvidas


pela SSIC, designadamente nas situações em que seja previsível especial
perigosidade, deverão ser apresentadas ao Chefe da SIC GTer para o devido
accionamento;
(3) Das resenhas de arguidos, efectuadas pelos Núcleos da SSIC, é enviada cópia ao
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NAT, visando a centralização da informação relativa a esta matéria.

c. Núcleo de Apoio Técnico (NAT)

(1) Os militares do NAT desenvolvem a sua actividade em apoio aos


Núcleos da SSIC e aos Destacamentos (Territoriais, Fiscais e de Trânsito),
deslocando-se ao terreno sempre que forem formulados pedidos de inspecção
ocular;

(2) Os militares do NAT têm a competência e responsabilidade técnicas das


inspecções, embora actuem subordinados aos interesses do investigador que, para
cada caso, for designado.

(3) Os pedidos de relatórios e perícias formulados pelos NAT (via Chefia


da SIC GTer) a entidades internas ou externas, incluem sempre a menção do
escalão de Comando para o qual devem ser enviados os resultados, de forma a
tornar célere a sua inclusão nos inquéritos respectivos.

d. Núcleo de Tratamento de Informação Criminal (NTIC)

(1) Os militares do NTIC desenvolvem a sua actividade no Comando da


Subunidade, devendo os resultados das análises de informação ser comunicados ao
Chefe da SIC GTer, que promoverá as acções julgadas adequadas, nomeadamente
o seu encaminhamento para o escalão de Comando com interesse na matéria, com
indicação, se for o caso, do respectivo órgão de investigação criminal;

(2) Os pedidos para satisfazer as necessidades de obtenção de


notícias/informações, que impliquem o empenhamento da SIC GTer ou dos
Destacamentos, deverão ser apresentados ao Chefe da SIC GTer, para o devido
accionamento ou encaminhamento;
(3) As instruções relativas ao SIIC serão difundidas em documento
próprio.

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7. RECRUTAMENTO E FORMAÇÃO

a. Recrutamento

(1) A afectação de recursos humanos para a SIC GTer é efectuada, por princípio, em
regime de voluntariedade, incidindo, apenas, em militares com habilitação
específica em investigação criminal ou que, logo de seguida ao recrutamento,
obtenham essa qualificação, consoante a vertente para a qual se destinar o
recrutamento;

(2) Os critérios e os parâmetros das acções de recrutamento para os órgãos que


desenvolvem a actividade de investigação criminal são estabelecidos pelo
Comandante-Geral, sob proposta da CIC, após prévia coordenação com a 1ª Rep.

b. Formação

(1) A aceitação de convite para a frequência de cursos de especialização, em


qualquer das vertentes da investigação criminal, implica a aceitação para a
subsequente colocação na actividade, pelo período mínimo estabelecido e nos
termos da NEP/GNR 1.14, ficando, apenas, dependente do adequado perfil
psicológico e do aproveitamento no curso;

(2) Os cursos de habilitação específica para a função são estabelecidos pelo


Comandante – Geral, sob proposta da CIC, após prévia coordenação com a 6ª
Rep/CG, podendo ser ministrados em território nacional ou no estrangeiro.
Complementarmente, serão ministrados cursos, acções de formação ou estágios de
subespecialização, de acordo com as necessidades formativas dos militares para
desenvolverem determinadas actividades investigatórias ou operarem meios que
exijam especial habilitação.

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8. EMPENHAMENTO E PERMANÊNCIA

a. Empenhamento

(1) As funções desempenhadas pelos militares dos órgãos da SIC GTer não são
acumuláveis com quaisquer outras funções orgânicas (regime de exclusividade
funcional), com as seguintes excepções:

(a) O Chefe da Secção poderá acumular com as funções de Chefe da Secção de


Operações e Informações do Grupo, área de actividade que potencia o
conhecimento geral da Subunidade em aspectos relevantes para a actividade de
investigação criminal. Contudo, o regime de acumulação só poderá ser
utilizado nos casos de manifesta necessidade e desde que não prejudique
seriamente o exercício das funções de Chefe da SIC GTer;

(b) Os demais militares poderão acumular funções entre os órgãos da SIC GTer,
desde que isso possa contribuir para a eficácia da Secção, nomeadamente
enquanto o efectivo for reduzido e em situações de grande empenhamento da
Chefia da Secção ou de um ou mais Núcleos.

(2) A nomeação dos militares da SIC GTer para serviços de escala,


designadamente para serviços ordinários e eventuais, é efectuada segundo o regime
estabelecido no Regulamento Geral do Serviço da Guarda (RGSGNR), com as
seguintes singularidades e excepções:

(a) Sem prejuízo da gestão criteriosa das dispensas de serviço dos demais
militares e visando tratar as ocorrências inopinadas, as Praças da Chefia da
Secção e da SSIC constituem uma escala de serviço diário à SIC GTer, das
17H00 às 09H00 do dia seguinte, em turnos de 8 horas ou em turno único,
caso o efectivo a isso obrigue, não sendo nomeáveis para qualquer outra
escala diária. Nos casos de turno único, o militar é dispensado no dia
seguinte;

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(b) As Praças dos NAT integram uma escala de serviço diária nos termos da
Directiva nº 3/02 - D, de 28Jan, mantendo-se no quartel, sem prejuízo da
realização das inspecções oculares e da necessidade de adaptação nos casos de
reduzido efectivo, de acordo com os seguintes horários e meses:
- Das 07 às 22 horas – Julho e Agosto;
- Das 07 às 21 horas – Maio, Junho e Setembro;
- Das 08 às 20 horas – Março, Abril e Outubro;
- Das 08 às 19 horas – Janeiro, Fevereiro, Novembro e Dezembro.
A possibilidade de pernoitar fora do quartel fica dependente da garantia de
comparência neste em tempo útil, em caso de necessidade de actuação
nocturna, e do mérito dos militares.

(c) As Praças dos NTIC não fazem serviços de escala diária.

b. Permanência

(1) Os militares da SIC GTer desempenham as funções em regime de inamovibilidade


funcional por um período de três anos, contados a partir da data da colocação (NEP
1.14);

(2) Os períodos de inamovibilidade poder-se-ão repetir desde que, no termo de cada


período, o militar denote ser voluntário para continuar na actividade e o seu
desempenho seja objecto de uma avaliação positiva;

(3) Durante o período de inamovibilidade, os militares podem requerer colocação em


outras Unidades ou Subunidades. Contudo, dentro desse período, apenas podem
ser transferidos para funções idênticas às que se encontram a desempenhar, de
acordo com as vagas que forem estabelecidas (NEP 1.14);

(4) A permanência dos militares na SIC GTer fica dependente da manutenção do perfil
para a actividade de investigação criminal, podendo ser excluídos, a todo o tempo,
por decisão do Comandante-Geral, sob proposta fundamentada do Comandante da
Unidade.
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9. INSTALAÇÕES E MEIOS MATERIAIS E


INFORMÁTICOS

a. Instalações

A SIC GTer deverá ser instalada em local que garanta a funcionalidade dos seus
órgãos. Para o efeito, as instalações deverão funcionar com um único acesso (sem
prejuízo da existência de porta de saída de emergência) e favorecer o adequado sigilo
das matérias e conteúdos manuseados, bem como a segurança dos meios atribuídos à
Secção, incluindo os meios auto.

b. Meios materiais e informáticos

(1) O material de aquartelamento necessário para o funcionamento dos órgãos da


SIC GTer deverá incluir equipamento que favoreça o sigilo e a custódia da prova e
outros documentos, tais como armários, cofres e máquinas destruidoras de papel;

(2) À SIC GTer serão atribuídas viaturas descaracterizadas, destinadas


especialmente às acções de controlo e à actuação dos Núcleos da SSIC, sem
prejuízo da atribuição de viaturas especialmente adaptadas para determinadas
actividades;

(3) Além dos equipamentos informáticos destinados à normal utilização como


escritório electrónico, os órgãos da SIC GTer serão dotados de equipamentos
informáticos necessários para operarem os sistemas e os programas informáticos
específicos das actividades que desenvolvem;

(4) Em serviço, apenas podem ser utilizados materiais do Estado, designadamente


no que respeita a equipamento informático e viaturas, sem prejuízo das situações
em que o dever de disponibilidade, estatutariamente previsto, obrigue um militar,
não se encontrando de serviço, a assumir a sua qualidade de agente de autoridade;

(5) São utilizados os sistemas de reabastecimento em vigor, com as especificidades


que forem superiormente definidas, nomeadamente no que se refere a materiais
consumíveis.
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10. ARMAMENTO E FARDAMENTO

a. Armamento

(1) Em termos funcionais, apenas o Chefe, o Adjunto e os elementos da SSIC e do


NAT necessitam de ter arma distribuída. Os demais militares requisitarão o
armamento que for necessário para cada acção em concreto;

(2) O armamento pessoal e de apoio será do tipo e modelo que vierem a ser
definidos em plano de armamento para a actividade de investigação criminal;

(3) Em serviço, apenas pode ser utilizado armamento do Estado, sem prejuízo das
situações em que o dever de disponibilidade, estatutariamente previsto, obrigue um
militar, não se encontrando de serviço, a assumir a sua qualidade de agente de
autoridade.

b. Fardamento

(1) Atendendo às características do serviço que desempenham, os militares da SSIC,


quando em acções no exterior do aquartelamento e sempre que isso se justifique,
actuam à civil;

(2) Os demais militares actuam de acordo com o plano de uniformes, trajando


civilmente apenas nos casos em que isso seja relevante para o cumprimento de
uma determinada acção, em concreto.

11. REGIME ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO


a. A SIC GTer é apoiada pelos órgãos administrativos do Comando do GTer.

b. Aos militares da SIC GTer é aplicável o regime de suplementos estabelecido por Lei
ou Regulamentos. Os Sargentos e as Praças da SSIC e do NAT usufruem do
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suplemento de patrulha nos mesmos termos dos militares dos Núcleos de Investigação
Criminal, desde que satisfaçam as condições exigidas para estes.

12. SISTEMAS DE RELATÓRIOS E IMPRESSOS

a. Relatórios

(1) A situação e a actividade diária dos militares da SIC GTer é registada, pela Chefia
da SIC GTer, no livro “Relatório Diário” (enquanto não houver outro tipo de
registo mais apropriado);

(2) Todas as actividades externas de investigação são sujeitas a relatório (Relatório de


Diligência Externa), nomeadamente as acções levadas a efeito pela SSIC e pelo
NAT, no âmbito de Inquérito próprio ou em apoio aos Destacamentos;

(3) O Chefe da SIC GTer poderá determinar a elaboração de outros relatórios e


respectivos conteúdos, nomeadamente os relativos à actividade do NTIC;

(4) Os relatórios elaborados pelos militares dos diversos órgãos são sempre presentes
ao Chefe da SIC GTer, para análise, tomada de eventuais medidas ou posterior
formulação de propostas ao Comandante da Subunidade;

(5) O Chefe da SIC GTer promove a apresentação ao Comandante da Subunidade dos


relatórios das acções de controlo que tiver efectuado e dos relatórios de actividade
que forem elaborados pelos demais militares da Secção, estes últimos devidamente
informados, segundo os critérios definidos pelo Comandante da Subunidade;
(6) A Chefia da SIC GTer elabora os relatórios periódicos da actividade nos termos
que forem estabelecidos superiormente.

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b. Impressos
Enquanto não forem estabelecidos, pelo Comandante-Geral, os diversos tipos de
impressos para a actividade, são utilizados os que se encontram em vigor, com as
devidas adaptações.

13. SEGURANÇA DE DOCUMENTOS

a. Os documentos e demais informações relativos a matérias sujeitas a investigação são


sempre classificados, estando os militares obrigados ao cumprimento das regras de
segurança e a segredo de justiça.

b. Os documentos e demais informações que incluam nomes de pessoas ou contenham


elementos que permitam a sua identificação são classificados de confidencial.

14. DISPOSIÇÕES FINAIS

a. Avocação de Inquéritos

A avocação de Inquéritos por parte do Comandante da Subunidade assume carácter


excepcional, apenas devendo ocorrer nas situações em que as valências operativas da
SSIC (alicerçadas nos meios especiais e na habilitação específica para os operarem) o
justifiquem ou nos casos em que seja relevante a sobreposição de competências.

b. Despacho de nomeação de investigador de Inquérito

Sem prejuízo da eventual delegação noutra autoridade de polícia criminal (APC), o


despacho de nomeação de militar para proceder a Inquérito é competência do
Comandante da Subunidade, sob proposta nominal do Chefe da SIC GTer.

c. Regime de competências do NICD e do NMUME

(1) O Comandante do GTer, caso a caso e em situações de manifesta


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necessidade, sob proposta do Chefe da SIC GTer, pode atribuir aos


Destacamentos (NIC DTer) a investigação de crimes de droga de menor
complexidade;

(2) O Núcleo Mulher-Menor possui uma competência concorrente com os órgãos


de investigação criminal dos Destacamentos, tratando os casos de maior
complexidade.

d. Relacionamento com os Órgãos de Comunicação Social (OCS)

Atendendo às características do serviço que desempenham, os militares da SIC GTer


não deverão ter visibilidade nos OCS, principalmente naqueles que trabalham
essencialmente a imagem, sem prejuízo das situações em que, por decisão superior,
haja especial interesse para a Instituição em que seja um militar da SIC GTer a
relacionar-se directamente com os OCS.

e. Início de funcionamento da SIC GTer

Embora os NAT já se encontrem em actividade, desde Fevereiro de 2002, a


implementação da SIC GTer considera-se iniciada a partir da data da colocação do
Chefe da Secção, passando a desempenhar as funções que sucessivamente for possível
levar a efeito, de acordo com a progressiva implementação dos seus órgãos.

f. Norma revogatória

São revogadas as anteriores normas internas que sejam contrárias ao conteúdo da


presente NEP
g. Entrada em vigor

A presente NEP entra em vigor na data da sua recepção.

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ANEXOS:
- Anexo A (ORGÂNICA DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL – COMPONENTE
TERRITORIAL)
Anexo B (ORGANOGRAMA DA SIC GTer)
- Anexo C (QUADRO ORGÂNICO DA SIC GTer)

O COMANDANTE-GERAL

RUI ANTUNES TOMÁS


TENENTE-GENERAL

Autenticação

O CHEFE DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL INT.º

ALBANO DA CONCEIÇÃO MARTINS PEREIRA


MAJOR DE INF.ª

DISTRIBUIÇÃO:

Listas: A, B, C, D, E e F.

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