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  • LIVRO Comentarios-Ao-Codigo-Penal-Militar JORGE CESAR - Parte IV

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    301 CComentiios a0 Césigo Pena Mita - Parte Especial A 143 Diminuio da Pena Parigrafo nico. Os alos prepariros que tenkam velco dive com a exc oft sis om pend ere consi, aa de Ementa: Recurso criminal. Queiva-crime. Representagio. Representagao formulada contra ex-Presideme da Repiblica ¢ dois ex-Ministros de Estado, ‘imputando 0 delito capitulada no art. 142, ine, 1, do CPM, por entender ser ‘prejudicial aos interesses nacionals tratado celebrada com outro Pais, re lativo ao Centro de Lancamento de Alcdmara, Preliminar de incompeténcia acolhida, néo sendo conhecido 0 recurso criminal. Decixao majoritaria, (STM ~ Rec. Crim. 2003.01.007116-0 ~ Rel. Min. Expedito Hermes Rego jranda — J. em 16.09.2003 — DJU 03.11.2003) CONSECUGAG DE NOTICIA, INFORMACAO OU DOCUMENTO PARA FIM OE ESPIONAGEM ‘it. 143. Conseguir, para o fim de espionagem militar, noticia, Informa- ie, cei cle ata soy iloaege vapors Sto jo Brasil. Pena~Reclusdo, de quatro a doze anos, §1°A pona € de reclusdo de dez a vinte anos: |e 0 fato compromete, a preparacao ou eficiéncia bélica do Brasil, ou 6 agente transmit, ou fomace, por qualguer melo, mesmo sem remune-| , a noticia, Informagéo ou documento, 4 autoridade ou pessoal he -se 0 agente, em detrimento da externa do Brasil promove| tu manta no fririo nacional alivdade ou servigodestinado a espo} nagem; Wl ~ se © agente se utiliza, ou contribui para que outrem se utilize, de! melo de comunicagao, para dar indicagao que ponha ou possa pér em| juranga externa do Brasil MODALIDADE CULPOSA {§2 Contribulr culposamente para a execugao do crime: Pena ~ Deteneao, de seis meses a dois anos, no caso do artigo, ou até| {quatro anos, no caso do § 1°, n. 1. ‘O crime em estudo esta previsto no Titulo T— Dos erimes contra a se- guranga externa do pais. Seguranga extema do pais & a defesa da Patria, afeta as Forgas Arma- das (Matinha, Exército © Aerondutica), nos termos do att. 142 da Carta Magna. Da mesma forma, ¢ competéncia privativa da Unido, legistar sobre an 143 Jorge Cesar de Assis 202 defesa territorial, defesa acroespacial, defesa maritima, defesa civil e mobili- zaeao nacional (CP/88, art, 22, XVII) 0 Cédigo revogado possu em seu art. 124 Por sua vez, espionagem, na definigao de Esmeraldino Bandeira, “é 0 ato do individuo que, clandestinamente, colhe ou procura cother dados, infor- macdes ou documentos sobre os segredos politicos ou recursos militares de um Estado para, com a intenedo de causar-Ihe dano, divulgé-los ou comunicé-los «a ontro Estado” (lembrado por Silvio Martins Teixeira — 1946: 245). Para se caracterizar 0 erime militar, néo ¢ exigida a condigo de mili- tar do agente, ou seja, a condigdo de crime militar se deslocou da qualidade do agente para o fim do ato atendendo 0 critério ravione legis. © crime, como explica Silvio Martins Teixeira (1946: 244) consiste sm conseguir, em usar de meios tendentes a obter 0 conhecimento do que é segredo ow do que é reservado ao conhecimento de certo mimero de pessoas no qual 0 agente nio esté incluido, para fim determinado de espionagem militar ispositivo similar, se bem que reduzido, Se o fato vem naturalmente ao conhecimento da pessoa, esta ndo con- segue a noticia, documento ou informagdo. Se 0 agente revela o conheci- mento daquilo cujo sigilo seja do interesse da seguranga externa do Brasil, © crime destoca-se para 0 att, 144 e seu § 1°, O delito em questio requer ainda do agente um especial fim de agir (elemento subjetivo do injusto) traduzido na expressio “para o fim de espio- fpagem militar” § I° trata das hipsteses de 0 delito ser qualificado (estabelece novo, minimo e maximo da pena) nas seguintes hipoteses: 1 Se o agente compromete a preparagio ou eficiéncia bélica do Brasil, ‘ou o agente transmite ou fornece, por qualquer meio, mesmo sem remunera-

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