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5 de março
RA: 2030444-5
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................3
4. CONCLUSÃO..............................................................................................26
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................28
3
INTRODUÇÃO
As propostas dos dois autores nos atraíram pela crise do Direito Penal,
na medida em que apresentam novas idéias e soluções, principalmente no que
tange ao garantismo. A tutela das garantias individuais, mesmo após as
4
reformas relatadas por Foucault, não é aplicada mesmo com toda a retórica
constitucional garantista.
1
O autor se atém ao desaparecimento destes espetáculos, onde o corpo era o alvo principal da repressão
penal. O fecho negativo do crime levava a conclusão de que sua intensidade visível não era fator
preponderante na consciência do criminoso, mas tão-somente a certeza da punição.
2
Com o surgimento de movimentos humanistas com base no Iluminismo, veio a necessidade de punir
disciplinarmente pela justificativa da defesa social. Não era mais necessário punir muito, mas sim punir
melhor.
3
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Editora Vozes, 2007. (Tradução
Raquel Ramalhete). p.14.
5
4
CARVALHO, Salo de. Pena e Garantias. Rio de Janeiro: Editora Lúmen Júris, 2003. p. 260
5
FOUCAULT, p. 195
6
Idem, p. 13.
7
Idem. P. 259.
6
[O mais forte não é nunca assaz forte para ser sempre o senhor, se não
transforma essa força em direito e a obediência em dever.]
Os observatórios, por meio da disciplina, fabricam indivíduos, tornando-
se ao mesmo tempo como objetos e como instrumentos de seu exercício. Seu
modelo quase ideal é o acampamento militar, onde o poder de vigilância é
hierarquizado e atua numa microfísica muito bem regulada.
1.2 – DELINQÜÊNCIA
Para Baratta15,
A função psicossocial que atribuem à reação punitiva permite
interpretar como mistificação racionalizante as pretensas funções
preventivas, defensivas e éticas, sobre as quais se baseia a ideologia
da defesa social (princípio da legitimidade) e em geral toda ideologia
penal. Segundo as teorias psicanalíticas da sociedade punitiva a
reação penal ao comportamento delituoso não tem a função de eliminar
ou circunscrever a criminalidade, mas corresponde a mecanismos
psicológicos em face dos quais o desvio criminalizado aparece como
necessário e ineliminável da sociedade.
12
Ibidem.
13
Ibidem.
14
FOUCAULT, p. 212.
15
Op. Cit. BARATTA, p. 50
9
O novo saber científico, ao qual bem atenta Foucault, guiou toda essa
metodologia de controle social pacificada nos Estados modernos e fez surgir a
possibilidade de uma criminologia16 como ciência autônoma, empírica e
interdisciplinar, cujo intuito é o estudo do crime, da pessoa do infrator, da vítima
e do controle social do comportamento delitivo, e que trata de subministrar uma
informação válida, contrastada, sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais
do crime 17.
16
Idem, p.213.
17
PABLOS, Garcia, p. 37
18
LISZT, p.. 47
10
Esse bem comum deve ser tutelado pelo Direito Penal, que assume um
papel normalizador, extrapolando à aplicação da lei num caráter seletivo e
diferenciado, sujeitando os dominados e excluindo os dominantes.
19
LISZT, Franz von. A teoria finalista no Direito Penal. Campinas: LZN Editora, 2005.P. 47
20
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Petrópolis: Editora Vozes, 2007.
(Tradução Raquel Ramalhete). p. 196.
11
21
CADEMARTORI, Sérgio. Estado, Direito e Legitimidade: uma abordagem garantista. Porto Alegre:
Livraria do Advogado, 1999. P.72
14
5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CARVALHO, Salo de. Pena e Garantias. Rio de Janeiro: Editora Lúmen Júris,
2003.
LISZT, Franz von. A teoria finalista no Direito Penal. Campinas: LZN Editora,
2005.
QUEIROZ, Paulo de Souza. Direito Penal: parte geral. São Paulo: Editora
Saraiva, 2006.
16
ZAFARONI, Raúl, Nilo Batista, Alejandro Alagia, Alejandro Slokar. Direito Penal
Brasileiro: primeiro volume – Teoria Geral do Direito Penal. Ed. Revan, 2003.