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A segunda edio da Revista Ipseitas traz entrevista com Vladimir Safatle. O professor fala um pouco sobre seu perodo de formao, sobre o mtodo de pesquisa e ensino de filosofia e sobre sua
produo terica nos campos da filosofia da msica, da filosofia da
psicanlise e da teoria das cincias humanas.
A revista conta tambm com artigos de diferentes reas de pesquisa. Juliano Orlandi desenvolve, a partir do conceito de alegoria,
uma reviso crtica do papel dos mitos e da interpretao alegrica
nos dilogos de Plato. Ainda em conversa com a filosofia antiga,
mas j no contexto da filosofia moderna, Raquel Anna Sapunaru
explora a relao do pensamento de Leibniz com a matemtica de
Euclides, abrindo caminho para anlise do conceito de complexo na
obra do filsofo alemo.
Na interseco da filosofia moderna com a filosofia poltica,
Fernando Dias Andrade reinterpreta o captulo III do Tratado Poltico
de Espinosa e desenvolve a noo de estado servil, entendendo-o
como uma consequncia da distoro do estado civil, ocasionado pela
usurpao da coisa pblica.
O personagem Fausto o ponto de partida de Gabriel Salvi Philipson, que analisa caractersticas do cmico, a meio caminho entre
filosofia da arte e teoria literria, presentes no drama Fausto de Goethe e no romance O Mestre e Margarida de Bulgkov.
Em complemento anlise do conceito de determinao da reflexo, publicada na primeira edio da Revista Ipseitas, Christian
Iber elucida o papel dos conceitos de identidade, diferena, diversidade, oposio, contradio e fundamento na lgica dialtica de Hegel.
Gerson Luiz Louzado mostra como a tese, proposta por alguns
intrpretes de Kant, de que as categorias produzem conhecimento ao
ser aplicadas ao prprio sujeito, ignora a distino entre as funes
lgicas do pensamento, as categorias do entendimento e a unidade
da apercepo, o que obscurece a compreenso da maneira como
esses trs momentos do idealismo transcendental convergem no ato
de julgar.
Harley Juliano Mantovani interpreta, no encontro da filosofia
contempornea com a filosofia da arte, as reflexes de Schopenhauer
sobre a msica, apresentando-a menos como imagem conceitual ou
esttica da audio do que como um passo decisivo do filsofo em
direo a uma ontologia da vida.