Plano de Acção 2009/ 2013 1 Plano de Acção Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos 2009/2013 «É uma urgente necessidade escolar, social e cultural, saber formar e educar leitores» . AGUIAR e SILVA Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas Biblioteca escolar/Centro de Recursos Educativos Plano de Acção 2009/ 2013 1 Introdução Tendo presente o manifesto da UNESCO e as orientações da IFLA «A bibl ioteca escolar proporciona informação e ideias fundamentais para sermos bem suce didos na sociedade actual, baseada na informação e no conhecimento. A biblioteca escolar desenvolve nos alunos competências para a aprendizagem ao longo da vida e estimula a imaginação, permitindo-lhes tornarem-se cidadãos responsáveis. A b iblioteca escolar disponibiliza serviços de aprendizagem, livros e recursos que permitem a todos os membros da comunidade escolar tornarem-se pensadores crítico s e utilizadores efectivos da informação em todos os suportes e meios de comunic ação. A equipa da biblioteca apoia a utilização de livros e outras fontes de inf ormação, desde obras de ficção a obras de referência, impressas ou electrónicas, presenciais ou remotas. Estes recursos complementam e enriquecem os manuais esc olares e os materiais e metodologias de ensino. Está comprovado que quando os bi bliotecários e os professores trabalham em conjunto, os alunos atingem níveis ma is elevados de literacia, de leitura, de aprendizagem, de resolução de problemas e competências no domínio das tecnologias de informação e comunicação. As bibli otecas escolares devem disponibilizar os seus serviços de igual modo a todos os membros da comunidade escolar, independentemente da idade, raça, sexo, religião, nacionalidade, língua e estatuto profissional ou social.» Somos levados a concl uir que BE/CRE tende a afirmar-se, cada vez mais, como uma parte integrante dos recursos pedagógicos oferecidos aos alunos e aos demais agentes educativos nas v ertentes informativa e cultural. Para tanto torna-se imprescindível a colaboraçã o e o envolvimento de todos promovendo a sua integração nos projectos pedagógico s da escola de forma a desenvolver nos alunos a capacidade de aprender de forma autónoma e com sucesso. Feita a avaliação à forma como a BE/CRE se assumiu na es cola no ano transacto, ao plano Anual de Actividades e a uma apreciação dos pont os fortes e fracos estabeleceram-se áreas de intervenção prioritárias e metas a atingir num referencial de quatro anos. Um dos pontos fortes da BE/CRE, apesar de algumas limitações inerentes ao edifíc io em si, é o espaço. Este é amplo, bem iluminado, acolhedor, decorado de forma atractiva, com uma zona de leitura informal agradável. As Zonas de Trabalho estã o bem organizadas e o equipamento existente vai satisfazendo as necessidades. Da í que, este ano, e cada vez mais, tenham sido procurados pela comunidade escolar , tendo aumentado, substancialmente, o número de utilizadores para as diferentes ofertas. Tem servido as exigências dos que a utilizam, mas alguns serviços, nom eadamente a utilização de computadores e o acesso à Internet revelaram-se insufi cientes, pelo que se considera prioritário um investimento neste sector de modo a poder responder às necessidades de informação em constante desenvolvimento. Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas Biblioteca escolar/Centro de Recursos Educativos Plano de Acção 2009/ 2013 2 O Plano Anual de Actividades e os objectivos nele consignados foram, igualmente, considerados pontos fortes, uma vez que, na sua maioria, foram amplamente ating idos. Apesar das muitas actividades de animação da leitura e da utilização da bi blioteca para outras actividades complementares da prática lectiva, sentimos nec essidade de uma maior articulação entre os diferentes professores e a equipa da BE/CRE, no sentido de se definirem estratégias e metodologias comuns que promova m, nos alunos, o desenvolvimento das competências de informação e de comunicação . Esta articulação pressupõe um investimento no domínio da formação de utilizado res, no que se refere quer alunos quer a professores para que uns e outros se ap ropriem deste espaço como uma mais valia no processo de ensino/aprendizagem. A r enovação e o aumento do fundo documental foram, igualmente, avaliados como sendo um ponto forte neste segundo ano de integração da BE/CRE na RBE. O tratamento t écnico documental pode ser considerado como um ponto forte, uma vez que se começ ou do zero, e mesmo assim conseguimos um bom nível de documentos tratados. Os re cursos humanos bem como o seu empenho foram encarados como ponto forte, apesar d e se considerar necessário um reforço, em algumas horas do dia, para apoio e aco mpanhamento dos alunos. Assim, baseando-nos na avaliação feita, partimos para a elaboração de um Plano de Acção que colmate os pontos fracos detectados. Este do cumento incidirá nos pontos, fracos os quais pretendemos melhorar, nos objectivo s definidos não atingidos e nos já em execução, mas em constante desenvolvimento e apresentar-se-ão as linhas orientadoras do trabalho a realizar pela equipa ao longo de quatro anos lectivos. O Plano de Acção O Plano de Acção tem em conta a s orientações e documentos/instrumentos propostos pela RBE: funções, objectivos, domínios de Intervenção, e acções a desenvolver. 1. Funções A biblioteca escolar funciona como um instrumento vital do processo educativo, n ão como uma entidade isolada do programa escolar, mas envolvida no processo de e nsino-aprendizagem. As suas metas podem traduzir-se nas seguintes funções: informativa – fornecer informação fiável, acesso rápido, recuperação e transferê ncia de informação; a biblioteca escolar deverá integrar as redes de informação regionais e nacionais. Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas Biblioteca escolar/Centro de Recursos Educativos Plano de Acção 2009/ 2013 3 educativa – assegurar a educação ao longo da vida, provendo meios e equipamentos e um ambiente favorável à aprendizagem: orientação presencial, selecção e uso d e materiais formativos em competências de informação, sempre através da integraç ão com o ensino na sala de aula; promoção da liberdade intelectual. cultural – melhorar a qualidade de vida mediante a apresentação e apoio a experi ências de natureza estética, orientação na apreciação das artes, encorajamento à criatividade e desenvolvimento de relações humanas positivas. recreativa - suportar e melhorar uma vida rica e equilibrada e encorajar uma ocu pação útil dos tempos livres mediante o fornecimento de informação recreativa, m ateriais e programas de valor recreativo e orientação na utilização dos tempos l ivres. 2. Objectivos 1. Preparar as crianças/jovens para a frequência das Bibliotecas. 2. Desenvolver nos alunos competências e hábitos de trabalho baseados na consult a, tratamento e produção de informação, tais como: seleccionar, analisar, critic ar e utilizar documentos; desenvolver um trabalho de pesquisa ou estudo, individ ualmente ou em grupo, por solicitação do professor ou de sua própria iniciativa; produzir sínteses informativas em diferentes suportes. 3. Proporcionar aos alunos um espaço aberto e facultativo onde poderão encontrar apoio. 4. Facilitar o acesso dos utilizadores à consulta e leitura de livros, jornais e revistas e outro tipo de documentação, procurando, assim, dar resposta às suas necessidades de pesquisa/informação e lazer. 5. Fomentar o gosto pela leitura como instrumento de trabalho, de ocupação de te mpos livres e de prazer, contribuindo para o desenvolvimento cultural dos utiliz adores; 6. Promover condições que permitam a reflexão, o debate, a crítica e o convívio entre autores e leitores; 7. Modernizar/actualizar a biblioteca para que se constitua como um Centro de Re cursos de informação de diversa índole capaz de estimular o trabalho pedagógico; 8. Contribuir activamente para a diversificação de estratégias e métodos educati vos de forma a promover o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças e dos jo vens; 9. Desenvolver o respeito pelo uso da propriedade comum incutindo um espírito de cooperação e de partilha; 10. Facilitar o acesso ao livro através da realização de feiras/mostras do livro ; Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas Biblioteca escolar/Centro de Recursos Educativos Plano de Acção 2009/ 2013 4 11. Facilitar o acesso a outras fontes de informação; 12. Divulgar o fundo documental existente na Biblioteca; 13. Promover actividades de animação/formação em articulação com todos os elemen tos da comunidade educativa e em condições específicas com outros elementos da c omunidade. 3. Domínios de Intervenção 3.1- A. Apoio ao desenvolvimento curricular Objectivos Actividades 2009 2010 2010 2011 20112012 2012 2013 A.1 - Apoiar as actividades lectivas de ensino-aprendizagem 1.1. Fazer o levantamento periódico com os docentes das oportunidades de colabor ação com a BE, de acordo com as planificações, os planos curriculares das turmas e os planos de aula, de modo a integrar a utilização da BE/CRE nos tempos lecti vos. X X X X 1.2. Organizar com os docentes o apoio da BE/CRE aos alunos nas diferentes áreas do saber. X X X X 1.3. Produzir, em colaboração com os docentes, materiais didácticos, fichas de t rabalho, guiões de apoio à pesquisa, auxiliares para a produção de trabalhos imp ressos, digitais e multimédia, e outros documentos de apoio. X X X X 1.4. Organizar, em colaboração com os docentes, dossiers temáticos e outros mate riais para tratamento de temas transversais ao currículo. X X X X 1.5. Criar instrumentos de registo para o trabalho colaborativo com os docentes. X X X X A.2 - Promoção das Literacias da Informação, Tecnológica e Digital 1.1. Melhorar e divulgar junto da comunidade o Guia do Utilizador da BE/CRE. X X X X 1.2. Promover actividades de formação de utilizadores que clarifiquem as formas como está organizada a BE/CRE e como são rentabilizados os diferentes recursos e serviços. X x X X 1.3. Promover, de acordo com as possibilidades de transporte, a visita periódica dos alunos das escolas do Agrupamento à BE/CRE. X X X X 1.4. Produção e divulgação de materiais informativos de apoio à formação de util izadores. X X X X 1.5. Elaboração de um modelo de pesquisa de informação a ser usado pela escola. X X X X 1.6. Produção de documentos informativos e de apoio à adequada utilização da Int ernet (guiões de pesquisa, grelhas de avaliação de sites, … X X X X Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas Biblioteca escolar/Centro de Recursos Educativos Plano de Acção 2009/ 2013 5 Consideramos uma prioridade a produção de materiais auxiliares: dossiers com f ichas de trabalho e soluções, bem como textos de apoio para várias disciplinas. A formação de utilizadores deverá, no nosso entender, ser uma área prioritária de intervenção nos próximosanos, de modo a que um maior número de utentes possa utilizar a biblioteca de forma autónoma. Consideramos a literacia da informação como uma área a apostar de forma mais r egular e coerente, nomeadamente na produção de materiais para o efeito e formaçã o dos utentes. 1.7. Editar e difundir materiais de interesse relacionados com a literacia da in formação X X X X 1.8. Promover a auto-formação, a formação inter-pares e a hetero-formação dos do centes em competências de informação. X X X X 3.2- B. Leitura e Literacia A realização de diversas actividades conducentes à promoção do livro e da leit ura tem sido e continuará a ser uma das nossas prioridades, pois consideramos ser a forma de fo rmar jovens leitores para toda a vida. Objectivos Actividades 2009 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 B.1 - Promover e animar a leitura 1.1. Conceber em articulação com os docentes um programa planeado, coerente e sistemático de fomento das competências de leitura e escrit a e do prazer e hábitos de leitura, que integre o PE do Agrupamento e articular este programa com as actividades a desenvolver no âmbito do PNL. X X X X 1.2.Elaborar Guias de leitura segundo diferentes critérios, (temas, autores, gén eros, …) X X X X 1.3.Planear a vinda de escritores e ilustradores à BE/CRE. X X X X 1.4. Preparar, desenvolver e avaliar actividades diversas de animação à leitura (Feiras do Livro, Concursos; Livro/Autor do mês, Ateliers de escrita e ilustraçã o de histórias, Oficinas de leitura, Horas do conto, Dramatizações, …) X X X X 1.5. Promoção de actividades que envolvam a família na área da leitura. X X X X 1. 6. Incentivo à leitura informativa, articulando com os departamentos curricul ares no desenvolvimento de actividades de ensino-aprendizagem ou em projectos qu e incentivem à leitura. X X X X Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas Biblioteca escolar/Centro de Recursos Educativos Plano de Acção 2009/ 2013 6 3.2- C. Projectos, parcerias e actividades livres e de abertura à comunidade 3.2- D. Gestão da BE Objectivos Actividades 2009 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 D.1 - Articulação da BE com Escola/Agrupamento. Acesso e Serviços prestados pela BE. 1.1 Apresentar e divulgar amplamente o Plano de Acção da BE na escola e comunida de X X X X 1.2.Actualizar o regimento da BE/CRE. X X X X 1.3 Actualizar o Manual de Procedimentos/Politica de Desenvolvimento da Colecção . X X X X 1.4 Actualizar os instrumentos de recolha e registo sistemático de dados para av aliação das actividades/frequência da BE/CRE. X X X X 1.5 Manter dossiers organizados com toda a documentação existente da BE. X X X X D.2 - 1.1 Manter a equipa da BE/CRE e uma equipa de apoio. X X X X Objectivos Actividades 2009 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 C.1 - Apoio a actividades livres, extra-curriculares e de enrique-cimento curric ular. 1.1 Organizar com os docentes o apoio aos alunos em métodos e técnicas de estudo nas horas de Apoio ao Estudo X X X X 1.2 Apoiar a pesquisa, estudo e execução de trabalhos escolares fora do horário lectivo X X X X 1.3 Apoiar as actividades livres de leitura. X X X X C.2 - Projectos e Parcerias 1.1. Estabelecer parcerias com a escola e/ou comunidade para a realização de acç ões da iniciativa da BE/CRE. X X X X 1.2. Dinamizar actividades culturais e de abertura à comunidade. X X X X 1.3. Apoiar a utilização autónoma da BE/CRE como instrumento de lazer e de traba lho independente X X X X Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas Biblioteca escolar/Centro de Recursos Educativos Plano de Acção 2009/ 2013 7 Condições humana e materiais para a prestação de serviços. 1.2.Estabelecer o conteúdo funcional dos elementos da equipa. X X X X 1.3.Estabelecer um horário com os tempos e formas de participação da coordenador a e da restante equipa. X X X X 1.4.Adquirir um PC para consulta do catálogo, documentos inerente ao funcionamen to da BE/CRE e registo da utilização dos diferentes sectores. X X X X 1.5. Adquirir mais estantes para receber fundo documental livro e não livro. X X X X D.3 - Gestão da Colecção/da informação 1.1 Avaliar o acervo. X X X X 1.2 Proceder à conservação e restauro de obras. X X X X 1.3 Realizar o desbaste periódico da colecção do fundo documental. X X X X 1.4 Recolher pedidos e sugestões de aquisição de documentos junto da comunidade educativa. X X X X 1.5 Redigir um plano de aquisições anual com definição de prioridades. X X X X 1.6 Promover a incorporação na BE de materiais produzidos na escola. X X X X 1.7 Manter um livro de registo actualizado. X X X X 1.8 Automatizar o catálogo (a 100%.) X X X X 1.9 Facilitar o acesso à informação e documentação existente mediante um sistema adequado de classificação, indexação, cotação e arrumação em livre acesso. X X X X 1.10 Elaborar listagens da documentação existente na BE/CRE para as diferentes á reas e conteúdos programáticos. X X X X 1.11. Criar um boletim/folha informativa mensal da BE/CRE. X X X X 1.12. Divulgar novidades e recensões de leituras no Jornal ou site da escola. X X X X 1.13. Continuar a promover a exposição de trabalhos realizados pelos alunos. X X X X 1.14. Organizar uma montra regular de materiais de acordo com um tema, personage m, evento. X X X X 1.15 Organizar actividades conducentes à realização de receitas X X X X Agrupamento de Escolas Brás Garcia de Mascarenhas Biblioteca escolar/Centro de Recursos Educativos Plano de Acção 2009/ 2013 8 1.16 Apresentar ao órgão de gestão uma proposta de orçamento devidamente fundame ntada. X X X X 1.17. Solicitar a entidades a oferta de fundo documental. X X X X 1.18. Atribuir cartões de leitor a todos os alunos, docentes e auxiliares. X X X X 1.19. Automatizar o empréstimo domiciliário e para as salas. X X X X 1.20. Organizar a itinerância de fundos documentais entre escolas/bibliotecas do Agrupamento. X X X X D.4 - Promover a avaliação. 1.1.Realização da auto e hetero - avaliação da BE. Criação/aplicação de instrume ntos de recolha e registo de dados para a avaliação dos serviços (inquéritos aos utilizadores, levantamento de dados estatísticos, respostas a questionários). X X X X Conclusão Embora todas as áreas do Plano de Acção sejam de enorme importância na BE/CRE, consideramos, no entanto, que a nossa principal área de intervenção dev erá continuar a ser, prioritariamente, a informatização quase a 100% do acervo. De facto, o catálogo da biblioteca e a sua correcta utilização por parte dos seu s utentes é uma peça fundamental para o bom funcionamento da BE/CRE, de modo, a que esta dê resposta às necessidades da população que serve. Sem catálogo, uma b iblioteca dificilmente atingirá os seus objectivos. Neste sentido, é também noss a intenção apostar mais e melhor na difusão dos recursos e das actividades, dand o, deste modo, uma maior visibilidade à BE/CRE e à sua acção, junto da comunidad e escolar. Consideramos que a possibilidade da BE ser dotada de orçamento própri o, o que até aqui não tem acontecido, seria um factor bastante positivo e facili tador no que respeita à gestão correcta da BE/CRE. O objectivo principal da noss a equipa continuará a ser dinamizar a BE/CRE, tornando-a num espaço vivo, dinâmi co, de convergência de toda a escola, de modo a que toda a comunidade escolar o sinta verdadeiramente como seu. Oliveira do Hospital, 1 de Fevereiro de 2010 A C oordenadora Maria Isabel Ferreira