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Índice:
Alma em Luto:
O Palhaço
Mistérios
O Lírico
O Ilusionista
O Primeiro Panteísta
Desarmonia
Catástase
Necrodulia
Eu
Reações Adversas
A Dádiva
Acabamento
Isomeria
Efígie
Penumbra
Versos Feodérmicos
Labirinto
Verso aos Romanos
Poslúdio
Alma em Flores:
Recreio
Converso
Dilema
À Ma(r)
Divisão
Soneto à Alvorada
Soneto à Saudade
O Carteiro e o Poeta
Sobre o Tempo
Paisagismo
Canção à Alvorada
A Chuva
Uma Mulher...
O Jangadeiro
Intervalos:
Tempos Modernos
A Palavra
Intrusão Indispensável
Provérbio dos 4 Silêncios
Máximas Exílicas
Apresentação
Em videonasofibrofaringoscopia
Me Infiltra a existência à agonia
Do intrínseco amor hematofago e seco.
Julho de 2002
Dilema
O tempo…
O tempo é triste,
É o indivisível solvente absoluto
Que tudo transmuda, transvia, transplanta
Translada o místico significado das coisas
Desnuda, deslaça, desmancha, desfaz...
(Des)solidifica a muralha dos sonhos no país do desejo
O tempo…
O tempo…
O tempo é um passa-tempo,
É o carcereiro do mundo
Costurando sonhos nas nuvens da alma
Insípido e descolorido...
E no cata-vento das horas,
Das ruas, das flores, da vida...
Tudo que sobra é silêncio e saudade
Paisagismo
Foi assim...
O teu cabelo era o Sol que trazia sentido a nau dos meus dias
Que se embebia no mar azul dos teus olhos...
E a lágrima que caia deles, era como um milhão de Tsunamis que
escorriam pela praia do teu rosto, deslizando até o cais da
tua boca...
E dentro de mim uma orquestra inteira explodia em mil
vibrações e cada célula do meu corpo celebrava a vida, regidas
por um único maestro:
—O teu olhar.
Te vejo de longe,
Além desta fonte,
Ao lindo horizonte
Almejo sorrir.
Os mais belos montes...
Sorrindo pra mim,
E mesmo que eu conte
Parecem sem fim.
Te vejo distante,
No sol ofuscante,
E sempre prestante,
Almejo sorrir.
Teu rosto brilhante...
É fogo incessante
Que num só instante
Me pode partir.
Anel transparente,
Eterno indulgente,
Que até o mais carente
Almeja sorrir.
Teu canto imponente...
Não há ser vivente,
Nem alma existente,
Que vai destruir.
A chuva
Passo... Passo...
Como o rio... A rua, a rosa, e a rede
Que eu lanço sobre o mar do meu futuro;
As bolhas triste que lamentam-se no escuro,
E as maresias que descascam as paredes.
Lua,
Alvorada,
Estrela,
Estrada, Rua
Nua,Verdade,
Deletério,
Liberdade,
Mistério.
Bem supremo,
Nau sem remo,
Temperamental
Linha horizontal
De um traço,
Compasso;
O laço profundo
Doma o mundo,
Espaço infinito
Mais que um mito
Atrito, vivência,
Valia, tendência,
Néctar, freqüência,
Gota de oceano,
Anjo desumano,
Astro em formação
Sonho, canção...
Decalque da ilusão,
Sombra destoante
Acorde dissonante,
Sol na escuridão.
Força, fogo,
Jogo e razão,
Portal de marfim,
Rainha do sem fim,
Traje rico e fino,
Sacro, divino;
Doce amor fraterno.
Truque do eterno,
Deusa do destino.
Intrusão Indispensável
I
O infinito não é longe demais pra quem acredita.
II
O único modo de crescer é questionar as suas verdades.
III
Ser feliz nem sempre é estar alegre, a descrença é uma forma de
sorrir
IV
O poeta é o trem, a paixão o maquinista, e quem sabe o vapor a
inspiração.
V
A melhor forma de entender uma verdade é expermenta-la
empiricamente.
VI
Tenho apenas duas certezas nessa existência que me tornam
exuberantemente feliz:
Uma, sou o mais miserável de todos os homens, outra, a certeza
de que eu posso qualquer coisa.
VII
Os Poetas não se fartam de Poesia, mas, a Poesia está farta dos
Poetas
VIII
Poetas e suas fadas não podem fazer mágica alguma, o único
truque deles é a capacidade de sonhar e isso em si já é um
milagre.
IX
O amor é como a luz morta das estrelas que viaja pelo espaço, a
estrela do amor já não existe, mas meus olhos ainda crêem no
seu brilho.
X
Eu sou sincero em dizer que minto, mas sempre minto ao ser
sincero
XI
Perto dos homens e longe da humanidade, revolucionários têm
admiradores, nunca companheiros.
“... O acaso é Inexorável”