para
realizar
essa
proeza
nos
quadros
de
uma
economia
competitiva(p.29).
A preocupao com o destino do escravo apenas se manteve na medida
em que o destino da lavoura dependia do trabalho escravo, diz Fernandes.
Ento havia diversos projetos que se preocupavam com uma transio do
trabalho escravo para o trabalho livre. Com a abolio, a preocupao se
centra em formas de indenizao e auxlios para amparar a lavoura em crise.
Sua integrao no mercado de trabalho se d nas reas menos dinmicas em
condies anlogas a escravido incorporando-se a massa de desocupados e
de semi-ocupados da economia de subsistncia (p.31). Ou nas regies mais
dinmicas formava o exrcito de reserva que competia por posies no
mercado de trabalho com a mo-de-obra importada. E os efeitos dessa
concorrncia foram altamente prejudiciais aos antigos escravos, que no
estavam preparados para enfrent-la (p.31).
Na cidade de So Paulo, a integrao do negro a sociedade de classes
ainda mais grave em razo de aspectos singulares da histria paulista. Em
primeiro lugar, a integrao de da economia paulista a economia exportadora
ocorre tardiamente, somente no sculo XIX, com a cafeicultura, quando o
trabalho servil estava em declnio. E, portanto, o ingresso do liberto no mercado
de trabalho paulista se d quando j existe uma dinmica de importao de
trabalhadores europeus. O liberto defrontou-se, ento, com a competio dos
imigrantes que absorveram as melhores oportunidades de trabalho. Quando
Do
Com isso ele conclui que nas reas rurais onde as transformaes eram
mais lentas o negro e o mulato encontravam refugio e facilidade de
acomodao que ele no encontrava nos espaos urbanos, nem setores da
economia cafeeira que possuam maior vitalidade. Se ajuste ou seu
desajustamento esto diretamente relacionados a sua vinculao com a
estrutura da economia e da sociedade (p.82). Portanto, quanto mais exposta a
dinmica dos espaos urbanos maior facilidade para sua adequao. Por isso: