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Lição 10 27 de fevereiro a 6 de março

Domínio próprio

Sábado à tarde Ano Bíblico: Dt 8–10

VERSO PARA MEMORIZAR: “Mas esmurro o meu corpo e o


reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não
venha eu mesmo a ser desqualificado” (1 Coríntios 9:27).

Leituras para esta semana: Jz 13-16; 1Co 9:24-27; Fp 4:8;


Cl 3:1-10; Hb 12:1, 2; 1Jo 2:15, 16
Embora mencionado por Paulo em último lugar em Gálatas
5:22, 23, o “domínio próprio” (às vezes traduzido por
temperança) seguramente não é o menor dos frutos do Espírito.
Poderia facilmente ser o primeiro, porque desempenha um papel
importante no amadurecimento de outros frutos espirituais.
Pode-se dizer que o domínio próprio é a cola que mantém juntas
todas as outras qualidades. Como outros frutos do Espírito, o
domínio próprio é um dom da graça. Tem sido chamado de
“graça disciplinada”: graça porque é livre, disciplinada porque
existe algo para fazermos.
O domínio próprio pode soar negativo, mas é parte integral da
graça. Se não nos controlarmos – nossos sentimentos, nosso
apetite, nossos impulsos – eles nos controlarão. Assim, ou é o
domínio próprio colocado sob a graça e o poder do Espírito
Santo ou ele será controlado por alguém ou alguma outra coisa.
Em última instância, nós decidimos.

Domingo Ano Bíblico: Dt 11–13


O paradoxo do domínio próprio (Fp 2:12,
13)
Alguns sinônimos do domínio próprio são autodisciplina, força
mental e força de vontade. Esse fruto do Espírito vai muito além
de simplesmente refrear os cristãos para não fazerem o que é
proibido mas inclui nos habilitar para fazer o que é bom.
1. Contra que três pecados nos previne 1 João 2:15, 16?
Como se manifestam em nossa vida se não formos
cuidadosos?
2. Filipenses 4:8 menciona quais devem ser os enfoques
da vida cristã. Quais são eles, e como podem nos
proteger dos perigos mencionados em 1 João 2:15, 16?
Obviamente, existem regras na vida cristã. Existe uma
constante luta contra o próprio eu, contra a carne, contra os
caminhos do mundo. Paulo descreve esse dilema em Romanos
7:15-18, quando fala sobre a luta entre o que ele sabe que
devia fazer e o que era tentado a fazer. Porém, em Romanos
8:1, ele nos dá a resposta: “Portanto, agora, nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não
andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (RC).
Ele está falando de andar no Espírito. Por si mesma, uma vida
sem o Espírito é incapaz de desenvolver o fruto do Espírito.
Embora tenhamos a disposição, Paulo fala por todos nós quando
diz que não temos o poder. A resposta para o dilema de
Romanos 7 não é quando podemos vencer, mas como. E o
como é encontrado pela fé em Jesus. Quando nos rendemos a
Jesus, reivindicamos Sua justiça, e não mais somos
condenados. Quando nos rendemos a Ele e decidimos andar no
Espírito, escolhemos seguir Sua vontade, reivindicando Suas
promessas de vitória. A chave é nos apegarmos às promessas;
é daqui que vem o poder. Não podemos fazer isso sozinhos.
Temos que fazer a escolha consciente de vencer em Seu nome.
A luta é tanto vertical (erguendo-nos em fé) como horizontal
(batalhando contra os clamores da carne). Precisamos fazer as
duas coisas.

Segunda Ano Bíblico: Dt 14–17


José e os resultados imediatos da
justiça
Traído por sua própria família, vendido como escravo, José tinha
motivos muito bons para duvidar do amor e cuidado (e até da
existência) do Deus sobre quem ele havia sido ensinado desde a
infância. Mas não foi isso que ele fez.
3. Qual foi o segredo da vitória de José? Gn 39:7-20
4. Como José foi “recompensado” pela recusa em se
submeter à tentação? Gn 39:20. Ele foi acusado
falsamente e lançado na prisão. É isso o que se consegue
por ser fiel?
Este é um ponto importante a lembrar. Podemos esperar que
nossa determinação de fazer o que é certo, não importando o
custo, signifique que tudo dará certo para nós a curto prazo?
Que dizer de quem perdeu o emprego, o cônjuge, a família e até
a vida porque se recusou a ceder ao pecado? Temos exemplos
assim na Bíblia, e talvez você conheça pessoas que passaram
por algo semelhante. Ou, talvez, você mesmo tenha passado
por isso. No fim, suponha que José tivesse passado o restante
da vida apodrecendo na prisão. O que ele fez ainda teria sido
certo?
5. Qual é a verdadeira recompensa por vivermos de
acordo com a vontade de Deus? Gl 6:8

Terça Ano Bíblico: Dt 18–20

Sansão e os frutos do fracasso


Em Juízes 13–16, a Bíblia nos dá a história de Sansão. Tanto
quanto o tempo permitir, leia essa história, tendo em mente a
ideia do domínio próprio e temperança. Neste exemplo de
Sansão, existem lições bastante poderosas que podemos
aprender. Foi trágico que alguém com tantos dons e tantas
promessas fosse desviado tão facilmente.
“Em seu perigo, Sansão tinha a mesma fonte de força que tinha
José. Ele podia escolher fazer o que era direito ou o errado
como lhe agradasse. Mas, em vez de se apegar à força de Deus,
ele permitiu que as paixões selvagens de sua natureza tivessem
pleno controle. Os poderes da razão foram pervertidos, a
moralidade, corrompida. Deus havia chamado Sansão para uma
posição de grande responsabilidade, honra e utilidade; mas ele
precisava aprender a governar aprendendo primeiramente a
obedecer às leis de Deus. José era um agente moral livre. O
bem e o mal estavam diante dele. Ele podia escolher o caminho
da pureza, santidade e honra, ou o caminho da imoralidade e
degradação. Ele escolheu o certo, e Deus o aprovou. Sansão,
sob tentações semelhantes, trazidas sobre si por ele mesmo,
deu rédeas soltas à paixão. O caminho em que ele entrou, ele
verificou que terminava em vergonha, desastre e morte. Que
contraste com a história de José!” (Ellen G. White, The SDA
Bible Commentary, v. 2, p. 1007).
6. Considerando o que sabemos sobre Sansão, que
importante mensagem e advertência encontramos a seu
respeito? Jz 13:24, 25
Apesar de sua grande promessa, Sansão permitiu que suas
paixões e lascívia vencessem todo o bem. Quem não sofreu com
a realidade desse conflito? O grande conflito não é só um
símbolo; descreve a batalha entre Cristo e Satanás que é
travada, não apenas como um conflito cósmico nos céus, mas
igualmente em todo ser humano. Embora Cristo haja aberto o
caminho para todos compartilharem Sua vitória, a batalha pelo
nosso coração e nossa carne está sendo travada, realmente, em
nosso coração e nossa carne. Certo, Cristo venceu tudo por nós.
Mas temos que escolher reivindicar Sua vitória a todo tempo e,
pelas escolhas que fazemos, decidir por um lado ou outro no
grande conflito.

Você está experimentando a realidade do grande conflito em


seu próprio coração e carne? Que escolhas você está fazendo?
O que essas escolhas lhe dizem a respeito de qual lado você
realmente está?

Quarta Ano Bíblico: Dt 21–23


A longa corrida de Paulo
“Vocês não sabem que de todos os que correm no estádio,
apenas um ganha o prêmio? Corram de tal modo que alcancem
o prêmio. Todos os que competem nos jogos se submetem a um
treinamento rigoroso, para obter uma coroa que logo perece;
mas nós o fazemos para ganhar uma coroa que dura para
sempre. Sendo assim, não corro como quem corre sem alvo, e
não luto como quem esmurra o ar. Mas esmurro o meu corpo e
faço dele meu escravo, para que, depois de ter pregado aos
outros, eu mesmo não venha a ser reprovado” (1Co 9:24-27,
NVI).
Leia cuidadosamente e em oração estas palavras de Paulo aos
coríntios. Note quanto ele fala de si mesmo e suas lutas.
Devemos achar conforto em ver que até mesmo um cristão fiel
como Paulo, um dos verdadeiros gigantes da fé, tinha que lutar
contra o eu, o pecado e a carne. Não estamos sozinhos em
nossa batalha. O Céu vai estar cheio de pessoas que
conheceram os clamores da carne.
A partir dos textos acima, responda às perguntas a seguir:
7. Que analogia (comparação) Paulo usa para nos ajudar
a entender a batalha contra o eu e o pecado com que
todos nós combatemos? Quais são as diferenças
importantes entre a analogia e a realidade a que ele está
se referindo?
8. Que confiança tinha Paulo a respeito da corrida em que
estava? De onde vinha sua confiança? Por que devemos
ter a mesma confiança?
9. Embora Paulo mostrasse confiança, ele também estava
ciente da possibilidade do fracasso. Como ele descreveu
isso, e qual foi sua solução? Como a resposta de Paulo se
enquadra com o tema desta semana?

Quinta Ano Bíblico: Dt 24–25

Como crescer em domínio próprio


10. Em outra ocasião, Paulo novamente se referiu à
analogia da corrida que vimos anteriormente. Quais são
alguns dos “pesos” que estão atrasando sua corrida? Hb
12:1
11. Que regras para viver em santidade Paulo nos
aconselha a seguir? Cl 3:1-10. Como você pode aplicar
essas regras à sua própria vida a fim de conseguir a
vitória sobre o pecado que tão facilmente nos embaraça?
Toda habilidade precisa ser praticada. O domínio próprio não
vem em um só dia. Vem mediante ganhos e perdas, sucessos e
fracassos, conforme tentamos praticá-lo dia após dia. “Combate
o bom combate da fé” (1Tm 6:12); “Não que eu o tenha já
recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para
conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo
Jesus” (Fp 3:12).
Não se ponha constantemente você mesmo em lugares em que
suas fraquezas sejam testadas, onde suas energias mais difíceis
de controlar estejam na linha de tiro da tentação. Devemos
evitar até mesmo a aparência do mal (1Ts 5:22). “Revistam-se
do Senhor Jesus Cristo, e não fiquem premeditando como
satisfazer os desejos da carne” (Rm 13:14, NVI).

Quais são algumas áreas de sua vida em que o domínio próprio


é mais deficiente? Por que às vezes é mais fácil obter a
“vitória” sobre a sobremesa do que obter vitória sobre um
espírito de amargura e ressentimento? Que mudanças você
pode fazer para ter mais domínio próprio?

Sexta Ano Bíblico: Dt 26–28

Estudo adicional
Leia Ellen G. White Patriarcas e Profetas, p. 560-568: “Sansão”.
“A promessa divina a Manoá foi cumprida no tempo devido com
o nascimento de um filho, a quem foi dado o nome de Sansão.
Crescendo o rapaz, tornou-se evidente que possuía
extraordinária força física. Conforme Sansão e seus pais bem
sabiam, entretanto, isto não dependia de seus compactos
músculos, mas sim de sua condição de nazireu, de que o seu
cabelo não cortado era símbolo. Houvesse Sansão obedecido às
ordens divinas tão fielmente como fizeram seus pais, e seu
destino teria sido mais nobre e mais feliz. Mas a associação com
os idólatras o corrompeu. Achando-se a cidade de Zorá próxima
do território dos filisteus, Sansão veio a travar relações
amistosas com eles. Assim, em sua mocidade surgiram
camaradagens cuja influência lhe obscureceu toda a vida. Uma
jovem que habitava na cidade filisteia de Timnate conquistou as
afeições de Sansão, e ele decidiu fazer dela sua esposa. A seus
pais tementes a Deus, que se esforçavam por dissuadi-lo de seu
propósito, sua única resposta era: ‘Ela agrada aos meus olhos’
(Jz 14:3). Os pais finalmente cederam aos seus desejos, e
realizou-se o casamento” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas,
p. 562).
Perguntas para consideração
1. Como o domínio próprio pode se tornar um meio de
fanatismo? Como podemos evitar o perigo de fazer do domínio
próprio uma forma de legalismo?
2. Você conhece alguém que esteja sofrendo por causa dos
princípios; isto é, quando foi tentado, ele demonstrou domínio
próprio como José, e agora está sofrendo algumas
consequências difíceis? Como você pode, como classe ou
pessoalmente, ajudar essa pessoa a superar esse tempo difícil?
Respostas sugestivas:
Pergunta 1: A cobiça da carne, a cobiça dos olhos e o orgulho.
Pergunta 2: Verdade, respeito, justiça, pureza, amabilidade,
honradez.
Pergunta 3: Ter em mente que vivia na presença de Deus.
Pergunta 4: A recompensa pela fidelidade aos homens e a Deus
se recebe mesmo nesta vida e, mais ainda, na futura.
Pergunta 5: A vida eterna.
Pergunta 6: Deus o estava preparando para livrar Israel, mas
ele precisava fazer sua parte.
Pergunta 7: Ele compara a vida cristã a uma competição em que
todos os que alcançam o fim recebem o prêmio.
Pergunta 8: Receber a coroa da vitória. De Deus.
Pergunta 9: Compara com a constante submissão do próprio
corpo às virtudes espirituais.
Pergunta 10: Resposta pessoal.
Pergunta 11: Submissão à vontade e aos planos de Deus,
abandonando tudo aquilo que nos impeça de alcançar a vitória.

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