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    TEIXEIRA,MARTINS wows COPIA EXCELENTISSIMO SENHOR PON TOR WH7 NE DIRFITA DA — + VARA CIVEL DA CIRCUNSCRICA a DISTRITO FEDERAL. “Triste exemplo de jornalisuw especulative ¢ de carta do entio Presidente do Supreme fife." (trecho de Tribunal Federal ~ Ministro Joaquim Barbosa ~ Revista Epoca, a respeito de matéria de autoria do Corré Diego Escosteguy, de 25.03.2014 — doc. 10), LUIZ INACIO LULA no RG sob o 0 RED cero II vesidente © domicitiado na de Sdo Bernardo do Campo/SP. CEP] vem. respeitosamente, a presenga de Vossa Exceléncia, por intermédio dos advogados que esta subserevem (doc. 01), propor: A SILVA, brasileiro, casado, inserito com fundamento no art. 1°, ineiso IIL, 5°, ineisos V e X. da Consti igo Federal, nos arts. 1°, in ne, 12, 49, 57 ¢ seguintes, ¢ nos arts. 282 ¢ 461, do Cédigo de Processo Civil a presente AGAO DE REPARACAO DE DANOS MORAIS. pelo rito ordi em face de (1) DIEGO ESCOSTEGUY ZERO, que assina apenas “DIEGO ESCOSTEGUY’, brasileiro, jormalista, Editor-Chefe da revista Epoca, inscrito no CPEMF sob o n° [EEE portador da Cédula de Identidade RG SSP/DF; (2) THIAGO BRONZATTO, brasileiro, jomalista da revista Epoca, Sto P Rio de Janeiro Brasilia Pe Joso Manuel 755 1 andar. Primelro de Marco 23 Con). 1606 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lot Jd Panaista | O1411-00 entra 2000-20 Ted Libertas Con). 1008 TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS qualificagao completa desconhecida; ¢ (3) FILIPE COUTINHG, brasileiro, jornalista da revista Epoea, qualificagdo completa desconhecida, todos com enderego profissional na Faitora Globo/Revista Epoca, localizada na SRTVS, s/n, An. 7, Asa Sul, Brasilia/ DF, CEP 70340-000, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos. —I PRELIMINARMENTE: DA COMPETENCIA DA CIRCUNSCRICAO ESPECIAL JUDICIARIA DE BRASILIA - DF E preciso esclarecer, preliminarmente, que o E. Tribunal de Justiga do Distrito Federal e Territérios ("TJDFT") jé sedimentou sua competéncia para demandas em que se discute a reparagdo por danos morais decorrentes da veiculagiio de reportagem ofensiva em revista de circulagdo nacional. Nessa linha, em recente decistio (10/06/2015), a Colenda 3° Turma Civel desse TIDFT, ao interpretar o disposto no art. 100, V. “a”, do Cédigo de Processo Civil, assentou que “a matéria considerada ofensiva leve liragem nacional ¢ portanto, the acarretou danos em diversos pontos do territério nacional, inclusive no Distrito Federal” (TIDFT. 3°. Turma Civel, Acérdo n.873643, 20150020083212AGI, Relator: Des. GILBERTO PEREIRA DE OLIVEIRA, DJe 16/06/2015). F prossegue: “Assim, induvidosamente, a Justica do Distrito Federal também ¢ competeme para processar ¢ julgar 4 pretensdo por ele deduzida” (yrifou-se). Registre-se, ainda, que a jurisprudéneia do Colendo Superior Tribunal de Justiga tem firme o entendimento de que deve ser considerado “lugar do ato ‘ou fato” no caso de danos causados por publicagdes jornalisticas ofensivas, para efeito de aplicagio do disposto no citado artigo 100, V, “a” do Codex Processual, deve ser considerado onde o “evemto negativo terd maior repercussiio para si e suas familias” '. 0) H~ No easo de ago de indenizagdo por danos morais causados pela veiculagto de matéria jornalistica em ambito nacional, considera-se "lugar do ato ou fato", para efeito de aplicagdo da regra ‘Sao Paulo Rio de Janeiro Be R.Po.joto Manuel 755.19 andar. Primelro de Margo 23 Con. 1606, SAS Quadra I Bloco M Lote 1 7 Palisa | 1411-001 Centro 20010-904 Ed Libertas Can}. 1009 Tel: 5511 3050-4310 Tol: 3521 3852-8280 ‘Asa Sul | 70070935, Faye 55.11 8061-2523 Tel./Fax: 5 61 3325-9905 ww teseiramartins come TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS No caso em tela, considerando ser o Autor pessoa publica not que exerceu por 02 (dois) mandatos o honroso cargo de Presidente da Repiiblica, nao ha divida de que 0 ato ilicito teve dimensio nacional (e internacional) — até porque oriundo de revista de circulagao nacional — e, também sob essa perspectiva, revela-se adequada a competéncia de um dos insignes Juizos Civeis da Citcunscrigao Especial Judicidria de Brasilia/DF. E, colocando uma pa de cal no assunto, referida competéncia ¢ confirmada no vertente caso até mesmo pela aplicagdo da regra geral prevista no artigo 94, caput, do Cédigo de Processo Civil c.c. 0 art. 94, § 4°, do mesmo Codex, na medida fem que todos og Réus sto residentes e domi sucursal de Brasilia (DF) da revista Fpoca, onde foi elaborada a matéria que embasa a presente agdo (doc. 03). jados em Brasilia (DF) ¢ trabalham na Nesta senda, sob qualquer tica que a questio seja analisada, ndio ha duivida sobre a competéncia de um dos insignes Juizos Civeis da Circunscrigao Especial Judicidria de Brasilia para conhecer e julgar a presente ago. DOS FATOS ‘A edigdo n® 882 da revista Epoca, de 04.05.2015 (doc. 03), dedicou a sua capa e 08 (oito) paginas do seu contetido para mal informar os seus leitores e enxovalhar a boa imagem ¢ a honra do Autor. ‘especial e, portanto, preponderante, do art. 100, V, letra "a", do CPC, a localidade em que residem e trabalham as pessoas prejudicadas”. (AgRE no Ax 965.530/RI, Rel. ‘ALDIR PASSARINHO. JUNIOR, QUARTA TURMA, Dle 22/09/2008). (..) (AgRg no Ag 1273184/MG, Rel. Ministro SIDNEL BENETI, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/04/2010, Die 07/05/2010) Sa0 Paulo Rio de Jancieo Bn Pe, Jodo Mamuel 75519 andar —_-R.Primeito de Margo 23 Cony, 1606 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote L J Paulista | 01411-001 Ed. Libertas Con, 1009 Tel: 5511 3060-3310 ‘Asa Sul | 700704805 Fasc 3511 2061-2528 Tel./Fax: 55 61 3325-905 www teneiramartin com.br TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS Sob 0 titulo “LULA, O OPERADOR”, 0s Réus afirmaram que © Ministério Pablico Federal, em 20.04.2015, teria “aberfo” uma investigagao contra 0 AUTOR, para apurar suposto trifico de influéncia, sob a alegagao de que o Autor estaria se valendo de sua influéncia para facilitar negécios da empreiteira Odebrecht com governos estrangeitos, sendo essas obras financiadas pelo Banco Nacional de ?. Desenvolvimento Econémico e Social (“BNDI ‘A reportagem também foi disponibilizada na internet, no. link internacional-sobre-o-ex-presidente-lula.html (doc. 04), Na capa da revista, consta a chamada “exclusive”, em letras garrafais, com 0 — leviano — titulo “Lula: O Operador”, tendo como pano de fundo uma insinuagdo de fotografia de perfil do Autor ¢ as indexagGes para autuagao de uma Representac&o formulada pelo Procurador da Republica Dr. Anselmo Henrique Cordeiro Lopes. Tudo — das chamadas ao texto inserto na capa — foi organizado ¢ plangjado para que a revista tivesse grande repereussio na sociedade. E, de fato, teve. Nao pelos méritos de uma reportagem bem claborada, mas por uma estratégia de usar a mentira como forma de obter indevido destaque, grande divulgagao e venda, Confira-se a capa da revista, tendo como pano de fundo uma mentira: Sa0 Paul Rio de Jancito Brasilia Pe, Joko Manuel 755 19° andar —_-R.Primeiro de Marco 23 Con, 1606 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote 1 J Paulista | O1411-001 Centro 20010-904 Ed, Libertas Conj. 1009 Tel: 3511 3060-3810 Tel: 5521 3852-8280 ‘Asa ul | 70070-585 Fave 55 11 061-2323, Tel./Fax: 35 61 3526-9905 vwvrw fenseitamatins com Br TEIXEIRA,MARTINS, ADVOGADOS A utilizagdo da tatica sensacionalista é evidente. Observa-se que a expresso “Lula, O Operador™ recebeu enorme destaque na primeira pagina — salta aos olhos que o objetivo nio era informar, mas causar clamor piblico tendo como pano de fundo uma mentira, Confira-se: Sto Paulo Rio de Jancieo Brasilia R Manuel ir de § 605 SAS Quadra I Bloco M Lote 1 asta | O1411-0 Cen d, Libertas Can} 1009 1 3060-010 Asa Sul | 7 “Teh. /axe 3561 3125-905 Fac 3 TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS Como sera demonstrado, a matéria esti repleta de falacias ¢ afirmagdes vis, todas — sem excegao de uma sequer — divoreiadas das praticas éticas sensatas do bom jomalismo. O jornalismo praticado pelos Corréus no caso em tela ndo foi apenas ruim; foi rasteiro. sorrateiro ¢ completamente nebuloso — tudo isso aliado a um fervor sensacionalista digno do mais alto reptidio, Pede-se vénia, nesse particular, para observar que a matéria aqui tratada, bem como a formatagao final da revista, foi aprovada ¢ avalizada pelo Corréu steguy, na condig’o de Editor-Chefe da revista Epoca, A esse Corréu Diego também coube, no exercicio do aludido cargo de direedo na revista Epoca, a aprovagdo da versiio final da revista que foi as bancas. Ademais, como constou no proprio Editorial da edigao seguinte da re ‘a Epoca, os Corréus Thiago Bronzatto ¢ Filipe Coutinho realizaram a pretensa matéria por determinagiio do Corréu Diego Escosteguy. Pede-se vénia para destacar 0 seguinte trecho do Editorial da Edigdo n° 883 da revista Epoca — que inclusive repetiu a informagdo errnea de que existiria investigagao contra 0 Autor (doc. 05): “Jornalistas so, antes de indo, contadores de historias. Publicar um documento mostrando que um ex-presidente brasileiro é objeto de investigagao é, em si, relevante. Mas ndio basta. E necessdirio narrar, em detalhes, a histéria que esté por tas do documento. Para cumprir essa tarefa, 0 editor-chefe da revista, Diego Escosteguy, ¢ 0 diretor da sucursal de Brasilia, Luiz Alberto Weber, escalaram os repdrteres Thiago Bronzatto e Filipe Coutinho.” (destacou-se). Nao ha davida, portanto, de que o Corréu Diego Escosteguy também concorreu para a pratica dos ilicitos aqui expostos. Nesse contexto, verifica-se que os Corréus, cada qual ao seu modo, extrapolaram — e passaram longe — do dever de informar ¢ promoveram, como S20 Paulo Rio de Janeiro Brasilia R.Pe, foto Manul 755.1 andar, Primeizo de Margo 23 Cony. 1605 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote 1 J Paulista | O1411-001 Centro 20010-904 a. Libertas Conj. 1009 Tel: 89 11 3060-3310 Tol: 5821 3852-6280 ‘Asa Sul | 70070-955, Fare 55 11 061-2323, “Tol, /Faxs 35 61 3525.9008 vwvew cinemas com be TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS ja dito, descabidos ¢ reprovaveis juizos de valor sobre 0 Autor e, ainda, fizeram afirmagdes mentirosas sobre a sua trajetoria politica, conduta ¢ identidade. Imputaram ao Autor a pratica de conduta criminosa, sem um fiapo sequer de prova. Sendo, vejamos. A MANIPULACAO DOS FATOS E FALACIAS DOS CORREUS Em 20.04.2015, uma Representagio formulada pelo Procurador da Repiblica Dr. Anselmo Henrique Cordeiro Lopes foi distribuida para a Procuradora da Repiiblica Dr’ Mirella de Carvalho Aguiar, atuante no 1° Oficio do Nicleo de Combate & Corrupgdio da Procuradoria da Repiblica do Distrito Federal. Essa representagio estava lastreada, fundamentalmente, em um recorte do joral “O Globo”, ‘© mesmo grupo econdmico que edita a revista Epoca. Em 2 — sem que a Procuradora tivesse exercido a primeira anslise sobre a pertinéncia ¢ cabimente de instauracio de uma Noticia de Fato — 0 Réu Thiago Bronzatto, em claro exereicio de vidéncia, solicitou cépia da citada Representagio. A partir dessas c6pias, os Réus promoveram toda a sorte de a boa manipulagdes e insimuagdes a respeito do Autor, no dnico intento de The avi imagem ¢ honra. Com efvito, salta aos olhos que, quando da publicagio da pretensa matéria, sequer © primeiro despacho da Procuradora titular havia sido exarado — 0 primeiro despacho interlocutério promovide pela Procuradora titular ocorreu somente em 18.05.2015, muito apés a publicacio da matéria. a0 Paulo Rio de Janeieo Brasilia R.Pe, Jodo Manuel 755 19° andar, Primeino de Marco 2} Con. 1606 SAS Quadra 1 Bloco M Lote 1 Ja Paulista | 0111-001 ‘Centra | 20010-908 Ed. Libertas Con} 1009 3511 30603810, ‘Asa Sul | 70070535 Fan 5311 9051-2323, ‘Teh. /Faxc 3561 3925.9005 TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS Ou seja: somente a partir de 18 © que o procedimente foi convertido em Noticia de Fato Até entfo, havia uma simples Representacio, que — sem que haja qualquer tipo de juizo sobre o cabimento e pertinéncia da investigagio dos fatos pode ser feita por qualquer pessoa por meio de Portal do Cidadio (disponivel no seguinte link: http://aplicativos.per.mpf.mp.br/ouvidoria/portal/index.html). Isso bem demonstra a gravidade dos fatos aqui narrados: os Réus — de forma maliciosa — a partir de uma mera Representacio, que sequer hay sido recebida pela Procuradora titular, afirmaram taxativamente que haveria em curso uma “investigacio”. Logo na primeira pagina da reportagem ja ha a seguinte desinformagio ao lado da Representagdo elaborada pelo Procurador Anselmo Lopes: “Investigacdo aberta pelo Ministério Piblico Federal no dia 20 de abrif® (destacou-se). Salta aos olhos que os Réus utilizaram a data da distribuicao ido deflagrada uma da Representacio para afirmar que naquela data havia investigacao! Essa primeira leviandade dos Réus ¢ apenas uma demonstragao da forma inescrupulosa como a reportagem em questio foi claborada; ha inimeros erros fi ¢ propositadas distorgdes. Mas no € sé. Nao satisfeitos, os REUS ainda se valeram de fotos do AUTOR a0 lado de chefes de Estado, como o Presidente da Repiiblica Dominicana DANILO Mepina, o Presidente de Gana JOHN DRAMANI MAHAMA e 0 Presidente da Venezuela, Sto Paul Rio de Janeiro Br R.Pe, Joso Manuel 755 19 andar. Primeizo de Marco 23 Cony. 1606 '5AS Quadra 1 Bloco M Lote 1 Ja Paulista | O1411-001 2010-904 Ed, Libertas Con, 1009 “Tel 5511 3060-3910 138528280 ‘Aa Sul | 7007085 Fa 55 11 1061-2023, Tel./Fax: 55 61 34265905 TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS res a crerem que o Autor teria HuGo CHAVEZ. com @ pretexto de induzir os ligagdes proximas, obscuras e reprovaiveis com os referidos chefes de Estado. A todo momento siio utilizados recursos graficos para chamar a atengio € palavras de efeito — como “Operador” — para trazer todo o destaque m e honra do Autor na mesma proporeiio, possivel para a matéria ¢ macular a imag Confira-se: alll Ta ios editorais divulgados pelo Grupo Globo. Os princi completamente ignorados pelos Réus. definem sensacionalismo como a “deformacdo da realidade de modo a causar escdndalo ¢ explorar sentimentos ¢ emocdes com 0 objetivo de atrair uma audiéncia maior” Existe alguma divida de que a matéria aludida se valeu dessa pritica? Ou seja, diante do quadro acima apresentado, existe alguma diivida de que os Corréus promoveram a deformagaio da realidade para explorar sentimentos e emogbes com 0 intuito de atrair maior audiéneia? http://e1_globo.com/principios-editoriais-do-grupo-ylobo.himl Sao Paulo “Rio de Janeiro Basilia 55 19'andar —_ Primeiro de Marco 28 Con}, 1606 '5AS Quadra I Bloco M Lote 1 Centro} 20010-904 Ed. Libertas Conj. 1009 8280 Asa Sul Tel./Fax: 55 61 33269 TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS Existe alguma duivida de que afirmar que 0 Autor é investigado, quando, na verdade, havia apenas uma Representaydo pendente de andlise, configura ‘deformagdo da realidade"? te alguma diivida de que ao tratar 0 Autor como “gperador”, Ie sem qualquer prova ou investigagao — e muito menos uma decisio judici ta, em letras destacar essa inverdade durante toda a reportagem e na capa da rev garrafais, os Cortéus tiveram por objetivo “causar escdndalo ¢ explorar sentimentos emoges com o objetivo de atrair audiéncia maior”? Ora, é consabido que @ terme *Operador” configura juizo de valor imensamente pejorativo, inexoravelmente associado a praticas criminosas. Os Corréus — por sua propria conta — julgaram ¢ condenaram o ‘Autor tendo como base uma paupérrima Representagdo, que sequer possui elementos probat6rios fidedignos ¢ minimamente coneretos. Essa fragilidad e ¢ inconsisténcia da propria Representagtio acima referida, alias, foi admitida ¢ reconhecida pela propria Procuradora da Republica titular do feito, a qual, ao exarar o primeiro despacho nos autos, em 18.05.2015, escreveu tos eram “parcos” (doc. 07): textualmente que os elementos contidos nos “.. as parcos elementos contides nos autos = narrativas do representante ¢ da imprensa desprovidos de suporte probatério suficiente = no autorizam a instauracdo de imediato de investigacdo formal em desfavor do representado (...)" (destacou-se). Ora, veja-se bem o absurdo a que chegaram os Réus: 0 Orgao. legitimado pelo recebimento ou niio da Representacio ¢, se fosse o caso, conducio do procedimento — ».g. 0 Paiblico — ainda nem havia recebido a Representacio ¢ instaurado a Noticia de Fato quando os Réus jd haviam inclusive “condenado” o Autor, atribuindo-the a pecha de “operador”, ‘sto Paulo Rio de Janeiro Brasilia Pe, Jodo Manuel 755.1% andar Primeizo de Marco 23 Cony. 1606 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote 1 J Paulista | O1411-001 ‘Centro | 20010-904 i, Libertas Cor, 1008 Tel: 5511 3060-9310 5 2m Asa Sul | 70070-935 Fax: 53 11 3061-2323, Tel./Fax: 35 61 3826.9905, TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS |A verdade & que o Autor possui 40 (quarenta) anos de vida piiblica; participou ¢ auxiliou nos momentos politicos mais relevantes do Pais a0 longo dessas 04 (quatro) décadas ¢ jamais teve uma macula no seu comportamento que pudesse justificar a afirmagao de que seria “operador” de atos ilicitos. Outrossim, apés deixar a Presidéncia da Republica com recorde de avaliagdo positiva (mais de 80%), o Autor jamais mudou sua identidade para se tornar um lobista, muito menos com a conotagao vil que 0 Réu sugere no texto ora tratado. Mais uma vez os Corréus Thiago Bronzatto ¢ Filipe Coutinho recorreram a juizo de valor rasteiro ¢ inapropriado ao bom jornalismo, uma vez que desprovido de qualquer elemento de suporte. ‘A configuragao do ilicito ¢ 0 dever de reparagao sio indiscutiveis, senflo, vejamos. —Vv— DO DEVER DE REPARACAO IV.1. Do areabougo normativo. ‘A Constituigo Federal nfio deixa divida de que um dos fundamentos da Replica Federativa do Brasil é a protegao @ dignidade da pessoa humana’ “ArtI". A Repiblica Federativa do Brasil, formada pela unido indissoliivel dos Estados e Municipios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrdtico de Direito e tem como fundamentos. fo) UL — 3 dignidade da pessoa humana’ (desiacou-se). Rio de Janeieo Brasilia R.Pe, Joao Manuel 735 19° andar —_R Primeito de Margo 3 Cony. 1606 SAS Quad | Bloco M Lote 1 Paulista | O1411-001 Centro | 20010-908 Libertas Con}. 1009 Tel: 35 11 30603310 ‘Tok: 3521 3852-8280 ‘Asa Sul | 70070535 Fax: 55 11 3061-2323, ‘Toh. / Fax: 55 61 3326-9905 u TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS Em complementagao a esse preceito fundamental, os incisos V ¢ X, do art. 5°, da Constituigo Federal, estabelecem, como garantia fundamental, a ito de reparagdo por danos morais: protecdo a honra ¢ 4 imagem e. ainda. assegura o “4ri.5® Todos sio iguais perame a lei, sem distingdo de qualquer ‘irangeiros residentes no Pais a inviolabilidade do direito a vida, & liberdade, @ igualdade, natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos es! Gi seguranca e @ propriedade, nos termos seguini bd ¥ = € assegurado 0 () X = sdo invioléveis a intimidade, a imagem das pessoas, assegurado o dir ‘material ou moral decorrente de sua violacdo A legislago federal, em harmonia com a prevé diversas disposiges que disciplinam a protegio & imagem Confiram-se os seguintes dispositivos daquele Codex: “Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaca, ou a lesio, a direito da personalidade, ¢ reclamar perdas ¢ danos, sem prejui sancdes previstas em lei” (destacou-se). “art 17, Q nome da pessoa ndo pode ser empregado por autrem em publicacBes ou representacdes que a exponham ao despreza (destacou- piiblico, ainda quando ndo haja intencdo difamatoria se). requerimento do interessado, adotaré as prov tes: direito de resposta, proporcional ao agravo, lém da indenizacdo pelo dano material, moral vida privada, a honra ¢ 10 a indenizacdo pelo dani (destacou-se). Lex Fundamentalis, ¢ a honra da pessoa. “Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolével, ¢ 0 juiz, a ‘idéncias: necessdrias para impedir ou fazer cessar ato contrério a esta norma. “Art, 186. Aquele que, por acto ou omissdo voluntiria, negligéncia ou imprudéncia, violar direito ¢ causar dano a outrem, ainda que * (destacou-se). exclusivamente moral, comete ato ilici Também no Codigo Civil € possivel verificar a regra geral que estabelece o dever de reparagao a todo aquele que pratica ato ilicito: Sto Paul Rio de Janeiro Pe, Joao Manuel 755.19 andar, Primeizo de Marco 28 Cony. 1606 sa Jd Paulista | O1411-001 (Centro | 20010-904 Tel. 55 13060-3310 ‘Tol: 3521 3852-8280 Fave 85 11 3061-2323, r www tonetamantins com br Brasilia \ Quadra 1 Bloco M Lote1 Bd, Libertas Con). 1008 Asa Sal | 70070935 fe Fax: 5561 3326-9905 Sis o de oulras TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS “ant. 927. Aquele que, por ato ilicito (arts. 186 ¢ 187), causar dano @ outrem, fica obrigado a repard-lo, Emerge, com nitidez, dos dispositivos constitucionais ¢ legais acima transcritos, que o ordenamento juridico pétrio consagra, de forma clara ¢ inequivoca, a protegio ao nome, & imagem, A honra ¢ aos demais direitos da personalidade. Direito brasileiro buscou, com esses instrumentos normativos, assegurar o dit integridade moral, que foi bem definida por JOSE AFONSO DA. SILVA da seguinte forma: “A vida humana nao é apenas um conjunto de elementos materiais. Integram-na, outrossim, valores imateriais, como os morais. A Constituigo empresta muita importdncia & moral como valor ético- social da pessoa e da familia, que se impOe ao respeito dos meios de comunicagdo social (art, 221, IV). Ela, mais que as outras, realgou 0 valor da moral individual, tornando-a mesmo um bem indenizével (art. 5°, Ve X). A moral individual sintetiza a honra da pessoa, 0 bom nome, a boa fama, 4 reputacdo que integram a vida humana como dimensio imaterial. Ela ¢ seus componente atributos sem os quais a pessoa fica reduzida a uma condicéo animal de pequena significacdo, Dai por que 0 respeite d integridade moral do individuo assume feicdo de direito fundamental. Por isso é que 0 Direito Penal utela a calinia, a difamagao e a injtria” (in Curso de Dir Constitucional Positive, Malheiros, 2002, p. 200 — grifos naio constam do original). Por isso mesmo, para SAVATIER, dano moral "é qualquer sofrimento humano que ndo & causado por uma perda pecumidria, ¢ abrange todo atemado & repuacto da vitima, & sua autoridade legitima, ao seu pudor, d sua seguranca ¢ tranqitilidade, go seu amor préprio estético, @ integridade de sua oll, n° 525, in inteligéncia, a suas afeicdes, etc". (Traité de La Responsabilité Ci |, Editora Forense, RJ, 1989 ~ grifos Caio Mario da Silva Pereira, Responsabilidade Ci rio constam do original). Sto Pavlo Rio de Janeiro Brasilia R.Pe, Jogo Manuel 735 1% andar, Primelto de Margo 23 Con, 1606 'SAS Quadra 1 Bloco M Lote 1 Paulista | 01411-001 Centro 20010-208 Ed, Libertas Con, 1009 Tel: 5511 3060-3910 Tel: 3521 3852.8280 Asa Sil | 70070-988 Fave $511 M51-2828, Tel./Fax 3561 3326 9905, ww teueiramartins.com.br TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS E estreme de ditvida, portanto, que o Poder Judicidrio deve acima referidos, a integridade moral todos os instrumentos norm: assegurar, com de todo ¢ qualquer ci IV.2. Do entendimento jurisprudencial sobre os danos morais advindos de publicagées em veiculos de imprensa ¢ da conotacdo do termo “Operador”. De acordo com a jurisprudéncia do Colendo Superior Tribunal de Justiga, € passivel de reparagio por danos morais a publicagao que atribui a pritica de atos ilicitos a pessoas piblicas, sobretudo aquelas “gue tém pretensdes politicas, gue. ‘para terem sucesso nas urnas, dependem da boa imagem publica perante seus eleitores” RECURSO ESPECIAL. AC4O DE COMPENSACAO POR DANOS MORAIS. PUBLICACOES EM BLOG DE JORNALISTA. CONTEUDO OFENSIVO. — RESPONSABILIDADE CIVIL LIBERDADE DE IMPRENSA. ABUSOS OU EXCESSOS. ARTIGOS ANALISADOS: ARTS. 186, 187 ¢ 927 DO CODIGO CIVIL 1. omissis 2. Discussdo acerca da potencialidade ofensiva de publicagaes em blog de jornalista, que sponta envolvimento de ex-senador da Repiiblica ‘com atividades ilicitas, além de atribuir-Ihe as qualificagdes de ‘mentiroso, palife, corrupto, pervertido, depravado, velhaco, pusildnime, covarde. 3. omissis 4. Em se tratando de questdes politicas, e de pessoa piiblica, como 0 é um Senador da Repiiblica, & natural que haja exposigdo a opinido e critica dos cidaddos, da imprensa. Contudo, néo hd como se tolerar que essa critica desvie para ofensas pessoais. O exercicio da critica, bem como @ direito & liberdade de expressdo no pode ser usade como (pretexto para alos irresponsiveis, como os xingamentos, porque isso ‘pode implicar méicula de dificil reparacdo @ imagem de outras pessoas - 0 que é agravado para aguelas que tém pretensdes politicas, que, para terem sucesso nas urnas, dependem da boa imagem publica perante seus eleitores. 5. do contrério do que entenderam o Juizo de primeiro grau ¢ 9 Tribunal de origem, convém ndo esquecer que pessoas piiblicas ¢ a0 Paulo Rio de Janeiro Brasilia R.Pe, Jato Manuel 735 19° andar Primeiro de Margo 2 Con, 1606 SAS Quadea 1 Bloco M Lote 1 Paulista | (1411-001 Centro 20010-904 Ed. Libertas Con}. 1009 Tel: 3511 3050-3310 Tel: 5521 3852-6280 ‘Asa Sul | 700705 Fax: 5511 3061-2323 Tel /Fax: 35 61 3326-5905, www texeamartins come TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS notérias no deixam, sé por isso, de ter 9 resguarde de direitos da personalidade, 6. Caracterizada a ocorrincia do ato ilicito, que se traduz no ato de aribuir a alguém qualificacées pejorativas ¢ xingamentos, dos danos ‘morais ¢ do nexo de causalidade, ¢ de ser reformado 9 acérdio recorrido para julgar procedente 9 pedide de compensacho por danos morais, 7. Recurso especial provido”. (STJ, 3°. Turma, REsp 1328914/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, julgado em 11/03/2014, De 24/03/2014 - destacou-se). Na mesma toada, a jurisprudéncia daquela Corte Superior, refere- se a “Operador” para se referir a réus em agdes penais que “comandam esquemas criminosos”, conforme se pode inferir dos seguintes julzados: “RECURSO ESPECIAL. PENAL. CRIME CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL. G STAO FRAUDULENTA. ART. 4.°. CAPUT, DA LEI N.° 7.492/86. MOLDURA FATICA QUE NAO SE ADEQUA FORMALMENTE AO TIPO PE! ‘MANIPULACAO DE PRECOS” E USO DE “PRATICAS NAO-EQUITATIVAS” EM OPERAGOES NA BOLSA DE VALORES. CONDUTAS QUE NAO SE CARACTERIZAM COMO ATOS DE GESTAO, ADMINISTRACAO OU GERENCIA. 'URSO NAO CONHECIDO. 1A fraude, no émbito da compreensdo do tipo penal previsto no art. 4°, da Lei n 7492/86, compreende a agao realizada de mé-fé, com intuito de enganar, iludir, produzindo resultado nao amparado pelo ‘ordenamento juridico através de expedientes ardilosos. A gesi@io fraudulenia se configura pela agdo do agente de praticar atos de idirecdo, administracdo ou geréncia, mediante 0 emprego de ardis ¢ artificios, com 0 intuito de obter vantagem indevida (HC 95.515/RJ, Rel ‘Ministra ELLEN GRACIE, PRIMEIRA TURMA, DJe 30/9/2008). 2. O inguérito da Comissdo de Valores Mobilidrios, bem como seus esclarecimentos posteriores, impuam aos recorridos, como gereme & diretor responsdvel da Correiora Zaluski, de permitirem, por omissaio dolosa, que se desenrolasse um esquema comandado pelo operador Ricardo Luiz Robini Pinto, no qual ocorria a “manipulacdo de precos” e 0 uso de “priticas ndo-equitativas” em operagdes na Bolsa de Valores, que geraram prejuizos para investidores instinucionais, notadamente para Fundos de Pensdes 3. As condutas imputadas aos réus ndo se enquadram na seara da pratica de fraudes, ardis ou artificios, em atos de gestdo, administragao Sto Paulo Rio de Janeiro Brasilia Pe. Jo Manuel 755 19¢andar—_R Primeio de Marco 23 Cor 1606, SAS Quadra Bloco M Lote 1 Jd Paulista | 0141-001 Cento) 2000-504 Ed, Liberlas Con) 1008 Tel: 551130603310 Tel: $521 8524200 Asa Sal | 7007.85 Fax 55 1 3061-283 Tel/Fax 5561 359505 TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS on geréncia da instituigdo financeira, com potencial de prejudicar a satide financeira da instituigao. 4, Recurso especial denegado™. (STJ, REsp n° 717.447/RS, Sexta Turma, Relator Min. Nefi Cordeiro, Julgado em 03/02/2015, destacou-se) “HABEAS CORPUS. IMPETRACAO ORIGINARIA. SUBSTITUICAO AO RECURSO ORDINARIO. IMPOSSIBILIDADE. RESPEITO AO SISTEMA RECURSAL PREVISTO NA CARTA MAGNA. N4O CONHECIMENTO. bod 2. No caso dos autos, 0 Ministério Piiblico ajuizou 2 (duas) agdes penais distintas, uma delas - a que se refere ao presente mandamus - instaurada contra os Hideres ¢ prineipais operadores do esquema criminoso na parte relacionada ao Municipio de Sdo Jodo do Paraiso, e a segunda apresentada apenas contra os servidores piiblicos que teriam participado dos crimes ta? (STI. HC n° 259.177/MG, Quinta Turma, Relator Min. Jorge Mussi, Julgado em 16/09/2014, destacou-se) “HABEAS CORPUS OPERACAO FURACAO”, VASTO ACERVO DE ELEMENTOS INDICIARIOS QUE APONTAM PARA A EXISTENCIA DE ORGANIZACAO CRIMINOSA VOLTADA 4 EXPLORACAO DE JOGOS ILEGAIS. O GRUPO, PARA A MANUTENCAO DA ‘ATIVIDADE. ILICIVA, COMETIA INUMEROS OUTROS CRIMES. REITERACAO E AUDACIA, AFRONTA AS INSTITUIGOES ESTATAIS. PRISAO PREVENTIVA SOBEJAMENTE FUNDAMENTADA NA NECESSIDADE DE GARANTIA DA ORDEM PUBLICA. bo) 2. Segundo a demincia, cemenas de méquinas do jogo ilegal pertencentes ao ora Paciente e seu irmdo foram apreendidas ¢ depois recuperadas, em tese, por meio de decisoes judiciais “compradas”, com a efetiva participagio do Paciente no esquema de corrupgdo de autoridades ptblicas para manter a atividade ilicita, cabendo-lhe, inclusive, o recothimento de dinheiro das casas de bingo e operadoras de maquinas para posterior repasse aos operadores do esquema de propinas. Conforme apurado nas investigagdes, 86 no imovel apelidado de “prea”, situado na Tijuca, efetivamente foram encontrados cerca de cinco milhoes de reais atrés de uma parede falsa. Na agéo penal em tela, Sto Palo Rio de Janeizo Brasilia Pe. Jogo Manuel 755 19° andar Primero de Margo 25 Cony, 1606 SAS Quadra 1 Bloco M Lote 1 1 Panlista | 1411-001 Centro 20010-904 Ed. Libertas Con} 1009 Tel: 3521 3852-9280 ‘Asa Sul | 70070-935 Fase 5511 3061-2828 Tel./Fax: 35 61 326.9905, eww leneiramarting combr 1s TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS é acusado da pritica do crime de formacdo de quadritha ¢ corrupeio ative OS (STI, HC n° 86.134/RJ; Quinta Turma, Relatora Min. Laurita Vaz, Julgado em 29/09/2009, destacou-se) “RECURSO ORDINARIO HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. CRIMES CONTRA O SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL E FORMACAO DE QUADRILHA, TRANCAMENTO DA ACAO PENAL. INEPCIA DA DENUNCIA. IMPROCEDENCIA. CRIME SOCIETARIO. ATIPICIDADE DA CONDUTA E AUSENCIA DE JUSTA CAUSA N. i EVIDENCIADAS DE PLANO, NECESSIDADE DE ANALISE DO CONJUNTO FATICO-PROBA TORIO. VIA ELEITA INADEQUADA. 1. A deniincia descreve, de forma clara e objetiva, os elementos necessévios di instauragdo da agdo penal, em atengio ao que dispoe 0 art. 41 do Cédigo de Processo Penal. Apresenta, para tanto, com respaldo nos varios laudos periciaiy ¢ relatérios apresentados pelo Banco Central ¢ Receita Federal, indicios da participagdo do Paciente ‘no esquema de remessa ilicita de dinheiros para o exterior, a ponto de figurar como um dos co-réus na acdo penal, por ter, na qualidade de Diretor & Presidente do Banco Integracién, participado como um dos principais operadores do esquema criminoso 2. Nos crimes societérios & dispensdvel a descrigdo minuciosa e individualizada da conduta de cada acusado, bastando, para tanto, que a exordial narre a condita delituosa de forma a possibilitar 0 exercicio da ampla defesa 3. 0 acolhimento das alegagoes defensivas de auséncia de elemento ‘material indicidrio, apto a justificar a pretensdo punitiva da dentincia, bem como da atipicidade da conduta, ensejam, necessariamente, um exame acurado do conjunto fitico e, também, de ampla producao de provas, o que € incabivel na via estreita do habeas corpus. Precedentes do STJ. 4. Recurso desprovido™. (STI. RHC n 18.776/PR, Quinta Turma, Relatora Min. Laurita Vaz, Julgado em 13/02/2007, destacou-se) Com isso, bem se constata que os Réus, a0 utilizarem o termo “Operador™, buscaram associar o Autor a pratica ilicita, tachando-o de organizador de riticas delituosas — 0 que niio é verdadeiro. Sto Paulo Rio de Janeiro Brasilia Pe, jodo Manvel 755 1% andar. Primeiro le Mango 23 Con}. 1606 ‘SAS Quadra I Bloc M Lote 1 J Paulista | 01411-001, Centro| 20010-904 ad, Libertas Con). 1008 Tel: 55 1 3060-3310 ‘Tol: 53521 3852-8280 ‘Asa Sul | 70070935, Fae 55 11 9061-2335, Tel./Fax: 55 61 326.9905, vw tneiamartins com.be v TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS Nesse passo, merece registro que todos os julgados do Colendo Superior Tribunal de Justiga — érgo de cispide do Poder Judiciario para dizer o Direito Federal — assentam como dever de qualquer jomalista ou meio de comunicagao a observincia do dever de veracidade, A inobservancia desse dever, propositadamente ou por desleixo, gera © dever de reparagiio por danos morais. E 0 que se verifica, exemplificativamente, no julgado abaixo: "DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. MATERIA JORNALISTICA. CONTEUDO OFENSIVO, LIBERDADE DE IMPRENSA. LIMITES. DISPOSTIVOS LEGAIS ANALISADOS: 5° E 220 DA CP’88 E186 E927 DO CC/02, 1. omissis: 2. Recurso especial em que se discute os limites da liberdade de imprensa 3. O direito a informacdo néo elimina as garantias individuais, ‘porém encontra nelas os seus limites, devendo atentar ao dever de veracidade, ao qual esto vinculados os drgdos de imprensa, pois a falsidade dos dados divulgados manipula em vez de formar a opinido piiblica, bem como ao interesse publico, pois nem toda informacio verdadeira & relevante para o convivio em sociedade, 4. O veiculo de comunicacdo somente se de culpa quando buscar fontes fidedignas, exercendo atividade investigativa, indo as diversas partes interessadas ¢ afastando guaisquer diividas sérias quanto & verossimithanca do que divulgard. ‘5. Hipdtese em julgamento na qual o comportamemto do recorrente extrapolou em muito 9 animus narrandi, tendo por escopo nodal atingir a honra ¢ a imagem do recorrido, com o agravante de se utilizar como subterfitgio informacdes inveridicas, evidenciando, no minimo, displicéncia do jornalista na confirmacdo dos fatos trazidoy pela sua fonte” 6. Recurso especial a que se nega provimento". (REsp n° 1.414.004/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 18/02/2014, DJe de 06/03/2014 — destacou-se). A. jurisprudéneia do Egrégio TJDFT ndo discrepa desse entendimento e tem assentada a impossibilidade de se admitir que “fatos sejam distorcidos ¢ modulados de modo a induzir ilacées que podem ou no serem condizentes com a verdade ¢ afetarem de forma injustificada a intimidade, honra bom nome ¢ reputacéo do alcancado pela declaracdo”: Sia Palo Rio de janeiro Brasilia Be. joao Manvel 73519" andar R Primi le Margo 23 Con} 1606 54S Quadra 1 Bloco M Lote 1 Paulista | O1511-001 Cento) 2000-904 Ed. Libertas Coni. 1009 Tol 5511 304-3310 Asa Sul | 0070-935 fax 9511306: Tel/Fax 35 61 33259905, ww: teseiramarting.com.br fanuel 75519" andar Primero de Ma TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS “CONSTITUCIONAL E CIVIL. ACAQ DE INDENIZACAO POR DANOS _MORAIS. DIREITOS DA PERSONALIDADE. VIOLACAO. ENTREVISTA. VEICULACAO EM REVISTA DE CIRCULACAO NACIONAL. — REPRODUCAO- M SITIO ELETRONICO. RESPONSABILIDADE DO ENTREVISTADO_E EDITOR DA MATERIA. ENUNCIADO SUMULAR 221 DO STI. CONFIRMACAO. SIMPLES NARRATIVA. INSUBSISTENCIA EXCESSO COMETIDO. MACULA A REPUTACAQ E 4 HONRA DA PESSOA ALCANCADA PELA DECLARACAO. INTUITO DIFAMADOR E OFENSIVO. QUALIFICACAO COMO ADULTERA E PROSTITUTA. EXCESSO. LIBERDADE DE IMPRENSA E DIREITO DE INFORMACAO. ABUSO. TRADUGAO EM ATO ILICITO. OFENSA AOS PREDICADOS PESSOAIS DA 4FETADA. RECONHECIMENTO. DANO MORAL. QUALIFICACAO. COMPENSACAO PECUNIARIA MENSURAGCAO. ADEQUAG AO. SENTENCA MANTIDA. 1 - omissis 2 A liberdade de imprensa, como viga de sustentacio do estado democritico de direito, ndo traduz exercicio ilimitado do direito de expressdo, encontrando limites justamente na verdade ¢ uo vespeito aos atributos da personatidade do individuo, obstando que fatos sejam distorcidos ¢ modulados de modo a induzir ilacdes que podem ou ndo serem condizemtes com a verdade ¢ afetarem de forma injustificada a intimidade, honra, bom nome ¢ reputacdo do alcancado pela declaracito, consubstanciando-se abuso de direito, ¢ portanto, ato qualificado como fato gerador do dano moral ante 05 efeitos que irradia (CF, art, 54 WV, V. IX e X). 3 — O enrrevisiador desempenha papel preponderame diante do entrevistado e na difusdo das declaragdes obtidas, porquanto, além de influenciar os rumos da entrevista, & medida que sua conducao, inevitavelmente, pode influenciar de forma decisiva na manifestagdo do entrevisiado, também ostenta 0 dever ético de, ao editar a matéria, ponderar as declaracdes feitas pelo entrevistado, podendo obstar a publicacdo de termos pejorativos que possam lesar, de alguma forma, os atributos da personalidade do referenciade nas confidéncias obtidas. afetando sua honorabilidade ¢ privacidade, 4—A matéria veiculada sob a forma de entrevista em revista de circulagdo nacional que, a guisa de noticiar fato de imeresse piiblico, exorbita na difusdo do reportado, explorando-o com chamadas de capa ilustradas ¢ sobretudo, reproduzindo declaracées injuriosas ¢ adjetivos desabonadores imprecados & pessoa alcancada pela matéria, que restara qualificada como adiiltera e prostituta, ostentando inexordvel propésito difamatorio, transmudando o direito de informacao em instrumento ou escudo para a difusio de ataques a honra ¢ imagem da referenciada, Rio de Janeiro Brass 23 Cony. 1606 SAS Quadra Bloco M Lote 1 Paulista | (1411-001 Centro) 2000-904 Ed. Liberia Con}. 1009 Tele 35 11 30603510 Tel: 55.21 3852-8280 Asa Sul | 70070-935 Fax 53 11 3061-2325, Tel./Fax: 55 61 3325905 TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS desborda os limites da liberdade de imprensa ¢ de informacéo constitucionalmente resguardados, travestindo-se de contetdo difamatorio ¢ qualificando-se como ato 5 — Apreendido que a matéria difundida restara permeada por abuso passivel de ser reprimido por ndo ter guardado conformacio com @ exercicio legitimo do direito a informacto ¢ a liberdade de imprensa, traduzindo, ao invés, abuso ¢ excesso no exercicio desses predicados constitucionalmente tutelados por difundir predicados violadores da moral da pessoa nela nomeada com claro intuito ofensivo, além de consubstanciar ato ilicito, qualifica-se como fato gerador de ofensa & honra, dignidade ¢ reputacdo da pessoa aleancada pelo difundido, ensejando a germinacio do direito que a assiste de obter justa compensacdo pecuniéria pelos danos de natureza moral decorrentes da publicacdo, conforme [he resguarda @ legislador constituinte (CF, art. 5°, X) ¢ 9 legislador subalterno (CC, arts. 186 ¢ 927), 6 — O dano moral, porque afeta diretamente os atributos da personalidade do ofendido, maculando os seus sentimentos ¢ impregnando indelével nédoa na sua existéncia, ame as ofensas que experimentara no que the & mais caro = integridade psicoldgica, dignidade, reputacdo, honra, bom nome, etc. = Se aperfeicoa com a simples ocorréncia do ato ilicito que se qualifica como sua origem genética, ndo reclamando sua qualificacto que do ocorrido tenha derivado qualquer repercussio no patrimonio ‘material do lesado, 7— A mensuracdo da compensacio pecuniéria devida ao atingido por ofensas de natureza moral, conquanto permeada por critérios de cardter eminentemente subjetivo ante o fato de que os direitos da personalidade nao sdo tarifados, deve ser efetivada de forma parcimoniosa ¢ em ponderacto com os principios da proporcionalidade, atentando-se para 4 gravidade dos danos havidos ¢ para 0 comportamento do ofensor, ¢ da razoabilidade, due recomenda que o importe fixado nio seja tio excessive a ponto de ensejar uma alteracdo na situacdo financeira dos envolvidos nem to inexpressive que redunde em uma nova ofensa ao vitimado, devendo ser devidamente sopesado a repercussio que tivera ¢ ilicito em razdo de ter sido praticado através de matéria veiculada em revista de grande alcance ¢ renome nacional”. 8 — Apelagio da primeira ré conhecida e desprovida. Undnime. (Acérdtio n.857445, 20120111265039APC, Relator: TEOFILO CAETANO, Revisor: SIMONE LUCINDO, I* Turma Civel, Data de Julgamento: 04/03/2013, Publicado no DJE: 06/04/2015. Pag.: 123) Sao Paul Rio de Janeiro Brasilia R.Pe.Joto Manuel 755.10 andar Primeizo de Marco 23 Cony. 1606 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote L J Paulista | O1401-001 Fd. Libertas Con}. 1009 Tel. 55 11 3060-9310 ‘Asa Sul | 70070-935, Fax: 5311 061-2225, Tel./Fax: 59 61 3326-9908, TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS © mesmo Sodalicio também tem firme © entendimento de que “aa informar acerca do que ainda nito foi comprovado, julgado, tide como verdadeiro, deve-se utilizar de expresses que facam esse destaque, sob pena de desvirtuar a fungdo precipua de informar dos meios de comunicacio™: “RECURSO ESPECIAL. ACAO DE COMPENSACAO POR DANOS MORAIS, PUBLICAGOES EM BLOG DE JORNALISTA. CONTEUDO — OFENSIVO. —_RESPONSABILIDADE CIVIL. LIBERDADE DE IMPRENSA. ABUSOS OU EXCESSOS. ARTIGOS ANALISADOS: ARTS. 186, 187 927 DO CODIGO CIVIL Oo) 1. omissis. 2, Discussdo acerca da potencialidade ofensiva de publicagdes em blog de jornalista, aponts envolvimento de ex-senador dy Repiblica com atividades ilieitas além de atribuir-the as qualificagdes de mentiroso, patife, corrupto, pervertido, depravado, velhaco, pusilénime, covarde, 3. omissis 4. Em se tratando de questoes politicas, ¢ de pessoa piiblica, como 0 é um Senador da Repiiblica, é natural que haja exposicdo & opinido e critica dos cidadaos, da imprensa, Contudo, néo Ing como se tolerar que essa critica desvie para ofensas pessoais. O exercicio da critica, bem como o direito a liberdade de expressiio ndo pode ser usado como pretexto para datos irresponsiveis, como os Xingamentos, porque isso pode implicar mécula de dificil reparacdo @ imagem de outras pessoas - @ que é agravade para ‘aquelas que tém pretensdes politicas, que, para ferem sucesso nas urnas, dependem da boa imagem piiblica perante seus eleitores. 5. do contrdrio do que entenderam 0 Juizo de primeiro grau € 0 Tribunal de origem, convém ndo esquecer que pessoas piiblicas ¢ notérias nto deixam, sé por isso, de ter 0 resguardo de direitos da personalidade. 6. Caracterizada a ocorréncia do ato ilicito, que se traduz no ato de atribuir a alguém qualificacdes pejorativas ¢ xingamentos, dos danos morais ¢ do nexo de causalidade, é de ser reformado o ‘acérdao recorrido para julgar procedente 9 pedido de compensacdo por danos morais. 7. Recurso especial provido" (STI. 3. Turma, REsp 1328914/DF, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, julgado em 11/03/2014, DJe 24/03/2014 - destacou-se). sto Paulo Rio de J Brasilia R.Pe, Joao Manusl 755.1 andar __R.Primeino de Marco 23 Cony. 1606 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote 1 Je Paulista | O1411-001 Ed, Libertas Con, 1008 ‘Asa Sul | 700 11 3060-3310 Fare 55 11 3061-2323, Tel./Fax 35 61 3325-9908, TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS Como se vé, a jurisprudéncia tanto do Colendo Superior Tribunal de Justiga, como do Egrégio TJDFT, tem assentado. dentre outras coisas, que: (@) A liberdade de comunicagio e¢ de imprensa pressupdem a necessidade de o jornalista e/ou 0 veiculo pautar-se pela verdade: (id) A falsidade nao deve ser tolerada, pois manipula ou invés de formar a opiniio publica; = ii) O jornalista ¢ o veiculo de imprensa devem trabalhar com fontes | fidedignas e elementos concretos, sem descambar para ilagies € | | suposigdes; _ a (iv) Ao trabalhar com afirmagao nio comprovada, cabe ao jornalista ao veiculo de comunicagio, além de muito cuidado, fazer as redobradas ressaly | (v) O jornalista e 0 veiculo de imprensa devem dar oportunidade ao Lexereicio do direito de defesa ¢ a realizacio de esclarecimentos prévios; (vi) © jornalista ¢ 0 veiculo de imprensa nio devem se utilizar de expressdes injuriosas ¢ adjetivos desabonadores. Posto isso, passa-s ‘a analisar 0 caso conereto. Sto Paul Rio de Jane! Brasilia Pe. Jono Manuel 75519 andar. Primeigo de Margo 23 Cony. 1606 ‘SAS Quadra Bloco M Lote 1 Jd Paulista | 0141-001 ‘Centro | 20010-904 i, Libertas Con, 1009 Tel: 3511 3060-3810 Tol: 3521 3852-8280 ‘Asa Sul | 70070.935 Fave $5 11 3051-2823, Tel./Fax: 38 61 3826-9905, inscom.br TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS IV.3. Da indiscutivel pratica de ato ilicito no caso concreto 4 luz do arcabouco normativo ¢ dos precedentes jurisprudenciais sobre a matéria, ‘Como exposto nas linhas acima, os Thiago Bronzatto e Filipe Coutinho subscreveram a matéria publicada pela revista Epoca na qual constam diversas afirmages difamatorias em desfavor do Autor. Os Corréus Thiago Bronzatto ¢ Filipe Coutinho afirmaram — sem qualquer ressalva e, ainda, sem a observancia da realidade fitica —o seguinte: ) 0 Mi formal para apurar a priitica do crime de trafico de istério Pablico Federal teria “aberto” investigagio influéncia praticado Autor; (b) O Autor seria 0 “Operador” de um esquema criminoso, que envolveria verbas do BNDES; (c) teria o Autor assu lentidade de lobista. Os Corréus Thiago Bronzatto e Filipe Coutinho ainda se utilizaram de imagens e recursos grificos para amplificar as afirmagdes contidas na reportagem em questi Finalmente, 0 Corréu Diego Escosteguy, na condieiio de Edi Chef imenso destaque aos textos assinados pelos Corréus Thiago Bronzatto ¢ Filipe Coutinho ., aprovou a matéria e a forma de publicagao na revista, que enaltece e confere ~ além de divulgar a materia em seu Twitter. Sto Paulo Rio de Jane Brasilia R.Pe, Jodo Manuel 7551® andar R, Primeito de Margo 23 Cony, 1606 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote 1 ‘Paulista | O1411-001 Centro 20010-004 ed. Libertas Con, 1009 Tel: 3511 3060-3310 Tel: 5521 3852-8280 ‘Asa Sul | 7007-935, Fax 3511 3061-2828 Tol,/ Fax 35 61 3326-9905, wwvteseiramartins come 23 TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS Cotejando-se esses elementos com os critérios utilizados pela jurisprudéneia para identificagaio da pritica de ato ilicito por jomalista ou empresa de ‘comunicagao, como exposto acima, ¢ possivel chegar ao seguinte resultado: CRITERIOS JURISPRUDENCIAIS SITUACAO CONCRETA a. A liberdade de comunicagio ¢ de imprensa pressupdem a necessidade de o jomalista e/ou o velculo pautar-se pela verdade: ‘A reportagem no se pautou pela verdade: além de fazer referéncia a uma investigagio que nto existia, a reportagem tratou 0 Autor, de forma reprovivel ¢ rasteira, como “operador” de atos ilegais e, ainda, como “lobista”. A reportagem ainda pretendeu colocar em xeque a lisura do Autor ao tratar com autoridades e chefes de Estado. b. A falsidade nao deve ser tolerada, pois manipula ou invés de formar a op: publica; A evidente na manipulagio € reportagem em questiio: existe uma clara tentativa de expor o Autor ao desprezo_piblico e de cunha-lo como }perador” de atos ilegais em prejuizo do BNDES ~ tudo em um evidente atentado 4 sua honra e sua imagem. A reportagem mostra que os Corréus emitiram indevido juizo de valor para convencer (formar opiniio) seus leitores de que o Autor comandava um esquema | 1080. com a utilizagdo de verbas piib ‘e, © jomalista eo veiculo de imprensa devem trabalhar com fontes fidedignas ¢ elementos coneretos, sem descambar para Os Corréus envolveram 0 Autor em uma trama criminosa sem qualquer para elemento —_conereto; tanto, | Sto Paulo, Pe, Jogo Manuel 735 19" andar Paulista | 0141-001 Tel 55 11 3060-3310 Fax: 35 11.3061-2823 Rio de Janeico BR. Primeino ce Margo 23 Con, 1606 Centro) 2000-904 Tel: 5521 3852-4280 Brasilia ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote 1 i. Libertas Cony 1009, 7070-935, 1 3926.9805 ‘wwe tesciramarting come TELXEIRA,MARTINS ADVOGADOS ilagdes € suposigdes: manipularam os fatos para fazer crer que j havia uma investigagao formal ‘em curso perante © Ministério Publico Federal a respeito dos fatos noticiados e, ainda, expuseram o Autor, sem qualquer ressalva, como “operador™ de atos ilegais envolvendo verbas do BNDES, apenas com base em uma investigagdo que sequer existia, @. O jomalista © 0 veiculo de imprensa devem dar oportunidade a0 exereicio do direito de defesa e 4 realizagio de | esclarecimentos prévios; Os Corréus niio permitiram que 0 Autor adequadamente, esclarecimento ou, ainda, que pudesse prestasse, qualquer exercer previamente seu direito de defesa. Nao houve qualquer referéncia & Representagiio do Procurador de Justia Anselmo Lopes ~ base da reportagem — ho contato feito com o Autor, . Ao tabalhar com afirmagao nao comprovada, cabe ao jomalista ¢ a0 veiculo de comunicagio, além de muito cuidado, fazer as redobradas ressalva No caso em tela os Corréus nao tiveram qualquer cuidado; fizeram afirmagoes peremptérias contra a honra ¢ a imagem do Autor na reportagem em questo, sem qualquer ressalva, apenas com base em uma investigagdo que sequer existia: 6 texto foi escrito na forma de dentineia contra 0 Autor ¢ de verdade universal, mesmo sem um fiapo de prova. f. O jormalista eo veiculo de imprensa no devem se utilizar de expresses injuriosas e adjetivos desabonadores Os textos esttio repletos de expressdes injuriosas e adjetivos desabonadores, com a imputagdo de pratica eriminosa sem qualquer ressalva, saltando os olhos Sto Paulo R.Pe, Joao Manuel 755 19" andar ‘Paulista | O1411-001 30603310 302023 Tehs5 Riode Janeiro I. Primeiro de Marco 23 Con 1606, ‘Centro | 20010-914 "M52-8280 Brastlia SAS Quadra I Bloco M Lote 1 Ed, Libertas Con, 1009 ‘Asa Sul | 70070235, Tel./Fax: 5961 33269908 ‘www: teteiramartinscom.br TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS que 0 lermo “Operador™ ¢ repetido diversas vezes na matéria, na capa, na inrernei, nas edigdes posteriores da revista e sempre com enorme destaque. O que se verifica, portanto, é que os textos publicados colidem com as mais bisicas orientagdes dos Tribunais sobre a responsabilidade que jornalismo e a empresa de comunicagao devem observar no exercicio de seu ofici Esses textos veiculam afirmagdes contundentes, sem qualquer ressalva ou reserva, do envolvimento do Autor como “Operador™ de atos ilegais. Ao ‘Autor sequer foi dado o direito de defesa ou a oportunidade de apresentar seus esclarecimentos sobre os temas abordados nos textos. Afora isso, como ja demonstrado acima, 0 Corréu Diego Escosteguy, na condigdo de Editor-Chefe tinha 0 dever de rejeitar a matéria ofensiva € inconsistente subscrita pelos Corréus Thiago Bronzatto ¢ Filipe Coutinho. Mas fez 0 contririo. Prestigiou esses textos ¢ deu amplo destaque na edigdo da revista, idade” que nao existe, vinculando-os @ chamada de capa ¢ a uma suposta “exclusi afinal, no hé um s6 fato concreto que possa dar respaldo ao que foi publicado pela revista, ‘Assim, nao hd davida de que os Corréus violaram os artigos 1°, inciso III, e 5°, incisos V ¢ X, da Constituigdo Federal, os artigos 12, 17 ¢ 21, do Cédigo danos morais ao Autor, in re ipsa. 1, incorrendo na pratiea de atos ilieitos conexos (CC, art, 186) que causaram Os Corréus devem ser condenados, arbitrada por este E. Juizo de acordo com a culpabilidade ¢ a reprovabilidade das suas la qual em quantia Sto Paulo Rio de Janeiro Brasilia Pe, jodo Manel 7551 andar R, Primeizo de Margo 23 Con}-1606 ‘SAS Quadra T Bloco M Lote 1 1 Paulista | O1411-001, Centro| 20910-904 a. Libertas Con, 1008 Tel 5811 3040-3310 ‘Asa Sul | 70070935, Fax 5511 M61-2023, Tel./Fax: 55 61 33259908 swwwtesciramartins combr TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS respectivas condutas e, ainda, a reparar esses danos morais, a luz do disposto no art. 927 do Cédigo Civil. = DA REPERCUSSAO DA MATER! A noticia sensacionalista que traz fatos irreais ¢ transmi falsa realidade aos seus leitores publicada na Revista EPocA, como a propria nota da redago na Edigdo de n° 883 de 11/05/2015 diz, ecoou em escala planetdria [sie(!)] (doe. 05): apeda cic injea um document Um amestigagao do Ministeras Palin Federal aber 00 din 20 de abril solve w exopresiderte Laz Inicio Luks aa Sika, porrsunpita de trai de aenciaanternsesonal Se a encatigng eu efor an suxpeilan MP tem a prerogativa dari a ot mas ngueritos. ue minay em dcmunits 4 histva bus «um pets Mo internacional Po oo, a atiae ole ce valoda ar EPLIC cm prc ‘cov eal plane vr amet ‘yah sites televise ‘Ao reconhecer na Edigo de n° 883 que a repercussio foi planetiria, estamos diante de fatos falsos e distorcidos que repercutiram mundialmente, fatos que foram imputados ao AUTOR pelos REUS de forma maliciosa, Pede-se vénia para destacar o trecho do Editorial da revista Epoca n° 883, em que é destacada, com orgulho, a repercussio mundial da mentira propagada ¢ reiterada, mais uma vez, a falsa afirmagao de que o Autor seria investigado: “Lula é um personagem conhecido internacionalmente, Por isso, a noticia da investigagdo sobre ele, divulgada por EPOCA em primeira mao, ecoou em escala planetdria. Do jornal americano Sto Paulo Rio de Janeiro Brasilia Pe. Jodo Manuel 755 19 andar, Primeiro de Margo 23 Con. 1606 ‘SAS Quadra I Bloco M Lote ‘Paulista | 01411-001 Centro | 20010-904 ai Libertas Conj 1009 Tel: 5511 We0-310 Tel35.21 3852-8280 ‘Asa Sul | 7007-5 Fax 55 11 3061-2523 Tel /Fax: 55 61 326.9905, www. teseiramarting com be n TELXEIRA,MARTINS ADVOGADOS The New York Times ao briténico The Guardian, do espanhol El Pats ao francés Le Monde, passando pelos sites da televisdo BBC e da Agéncia Reuters, todos dedicaram espago a investigagdo sobre Lula.” Mas niio € 86. Apos a publicagdio da revista o Instituto Lula apontou diversos cerros factuais incorridos pela reportagem em questio (doe. 09). A despeito disso, a mentira divulgada de forma sensacionalista na edigdio n° $82 foi reiterada na edigdo n° 888, na coluna Personagem da Semana (doc. 06), em que se observa uma nova mentira, a de que existiria investigagao aberta contra 0 Autor no Parana no ambito da Operagio “Lava-Jato™. Pede-: vénia para destacar 0 infeliz trecho do text “Para ter chance de ganhar em 2018, Lula teré de sobreviver as investigagdes abertas contra ele em Brasilia (trdfico internacional de influéncia em negocios da Odebrecht) e no Parand (petroliio)” Contudo, é piblico, notério ¢ foi diversas vezes divulgado na imprensa (inclusive em nota oficial amplamente divulgada pelo préprio Juiz que gonduz 9 processo da referida Operagio “Lava-Jato” = doc. 08) que 9 ex- presidente Lula nfo & investigado no ambito da Forca Tarefa denominada Operacio Lava Jato = niio sendo admissivel que profissionais de comunicacio realizam tal confusio!!! Em reforgo, destaca-se que 0 proprio Juiz Federal Sérgio Moro, responsdvel por analisar a Operag4o Lava Jato, emitiu nota afirmando que nao ha investigagdes em curso sobre o ex-presidente Lula no dmbito da operagiio. Pede-se vénia para destacar 0 tor da referida nota, que comprova a completa falta de responsabilidade na divulgagao da informagao: Stor, Rio de Janeico Brasitia Pe Joto Manel 735 19andar——_R. Primer de Marco 28 Cony. 1606 AS Quadra 1 Blo MULote 1 J Paulista | 0141-001 Centro) 2010-904 a Libertas Con), 1008 “el: 551 3060-8910 Tels 5521 3852-4280 Asa Sel | O7DS Fax: 5511 3061-2323 Tel Fax: 53 61 3326:905 TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS “A fim de afastar polémicas desnecessdrias, informa-se, por oportuno, que nao existe, perante este Juizo, qualquer investigagdo em curso relativamente a condutas do Exmo. ex- Presidente da Reptiblica Luiz Indcio Lula da Sitva Em sintese, resta comprovado que a forma sensacionalista da divulgagao de informagdo nao veridica teve ampla repercussio, inclusive pela propria revista Epoca — tal comportamento nao pode ser permitido, pois a imprensa deve ser responsdivel e cuidadosa com a sua principal matéria-prima de trabalho, a informagao. Vi DO QUANTUM DEBEATUR Comprovada a enorme repercussiio da matéria e, portanto, do dano softido pelo Autor; passa-se a analisar o valor a ser arbitrado a titulo de indenizagdo pelos danos morais. Os atos ilicitos que servem de base para a presente ago, como ja exposto, decorrem da publicagio de matéria no bojo da revista Epoca que passou a circular em 04.05.2015. A projegdo da matéria foi mundial, conforme a propria edigao seguinte da revista fez. questo de vangloriar. Considerando a grande repercussto que a matéria nfo s6 teve como esti tendo, em situagdes desse jaez, o valor final da condenagao deve ser apurado no curso da demanda, quando sera possivel aferir todas as conseqiiéneias dos atos tos e arbitrado pelo Juiz no momento da prolagio da sentenga, levando-se em consideragao, dentre outros, os seguintes elementos: Sto Paulo Rio de Janeiro Brasilia R.Pe, Jodo Manuel 735 19 andar. Primeiro de Margo 23 Con}, 1606 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote Paulista | 0111-001 Centro| 20010-504 ed, Libertas Conj, 1008 “Tel: 5511 XMO-8H10 ‘Tol: 5521 3852-8280 ‘Asa Sul | 7007-95 Fax 55 11 8061-2325, Tel,/Fax: 55 61 326.9905 TELXEIRA,MARTINS ADVOGADOS (a) 05 Corréus agiram com dolo ou no minimo elevada culpa ao formularem ¢ publicarem matéria com acusagdes gravissimas ao Autor, Ihe imputando a operagdo de um gigantesco esquema de corrupgdo, sem qualquer ressalva e com base em uma mera Representagdo, que sequer havia sido analisada pela Procuradora responsvel pelo recebimento (ou nao) da Representagio; (b) Os Corréus so jomalistas e sabem ou deveriam saber que nao seg regras do bom jornalismo; (c) Os Corréus possuem bom nivel socioeconémico; Nao se desconhece, por outro lado, que, a partir do julgamento do REsp n° 401.358/PB, julgado pela Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiga em 05.03.2009, estabeleceu-se como orientagao de valor de indenizagtio para situagdes desse jaez (publicagao de noticia inveridica) a quantia de RS 22.50.00 (vinte e dois mil quinhentos reais). Dessa forma, em relagao aos Corréus TIAGO BRONZATTO e FILIPE COUTINHO, 0 AUTOR pleitea que cada um deles seja condenado ao pagamento de reparacao pecuniiria em valor a ser prudentemente fixado por este douto Juizo, nfo inferior a RS 22.500,00 (vinte e dois mil e quinhentos reais). Ja em relagio a0 Corréu DIEGO ESCOSTEGUY, 0 AUTOR requer seja a indenizagao fixada em valor a ser pudentemente fixado pelo Juizo, nao inferior a RS 50,000,00 (cingtienta mil reais). Isso se justifica pelo fato de o aludido Corréu ser © Editor-Chefe da revista Epoca, tendo ele, portanto, aprovado a publicagao dos textos em questo ¢, ainda, aprovado a versio final e sensacionalista como 0 hebdomadatio foi as bancas. Além disso, o aludido Corréu promoveu ampla divulgaga0 da reportagem mendaz, notadamente nas redes sociais. Sao Paulo Rio de Janeiro Brasilia R.Pe,joto Manucl 755 1%andar —_R,Primelao de Margo 28 Conj. 1606 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote L ja Paulista | 01411-001 Centro 20010-904 Ed, Libertas Con, 1009 Tel: 3511 3060-3310 Tol: 5521 3852.8280 ‘Asa Sul | 700704895, Fase §5 11 3061-2523 Tel/Fax: 35 61 3325-9905, TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS Registre-se, ainda, que o Corréu Diego Escosteguy jé teve a sua conduta na condigtio de jomalista criticada pelo entdo Presidente do Supremo Tribunal Federal Ministro Joaquim Barbosa. De fato, 0 Dr. Joaquim Barbosa assim se referiu a0 trabalho do Corréu Diego Escosteguy (doc. 10): “Portamo, antes de publicar informagéo dessa natureza, 0 repérter tinha a obrigagdo de tentar ouvir-me sobre o assunto, @ que pouparia a revista de publicar informacao incorreta sobre minha atuacao a frente da Corte i) O autor da matéria nio apresenta elementos que sustentem os adjetivos ‘gratuitos que utiliza. Também desrespeitosa & « mencio aos meus problemas de saiide. Ao afirmar que a dor causou “angiistia ¢ raiva”, 0 jornalista tragou um perfil psicolégico sem apresentar os elementos que the permitiram avaliar o impacto de um problema de saide em uma pessoa com a qual ele nunca havia sequer conversado. bo) TRISTE EXEMPLO DE JORNALISMO ESPECULATIVO E DE MA, FE” (destacou-se) A mesma critica em relagdio ao trabalho do Corréu Diego Escosteguy vale para 0 caso ora trazido a apreciagaio do Poder Judiciatio. ~—Vi— CONCLUSOES E REQUERIMENTOS Diante de todo 0 exposto, requer-se (a) seja recebida ¢ autuada a presente agao; ‘uo Pa Rio de Janeiro Brasilia R. Pe, Joio Manuel 735 19 andar, Primeito de Margo 28 Con. 1606 SAS Quadea 1 Bloco M Lote 1 J Poulista | 0111-001 Centro 20010-904 Ed. Libertas Con}. 1009 “Tel: 5511 30408010, Tel: 55:21 3852-8280 ‘Asa Sul | 70070585 Fax: 55.71 3061-2828 Te. / Fax: 55 61 3326-9905 TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS (b) seja determinada a citagio dos Réus residentes nesta Circunscrigdo Judiciéria de Brasilia por carta, no enderego indieado no portico desta petigio, para, querendo, ofertar defesa no prazo de 15 (quinze) dias, consignando-se no mandado as demais adverténeias necessirias; (©) © regular processamento da presente agli, com a produgao de todas as provas em Direito admitidas para corroborar os fatos constitutives, incluindo, mas ndo se limitando as provas: oral, pericial ¢ documental; (d) ao final, seja julgada procedente a presente agao para: (d.1) reconhecer que 0 Corréu Thiago Bronzatto praticou ato ilicito consistente na elaborag3o € publicagao do texto intitulado * Operador”, na edigdo n° 882 da revista Epoca (de 04.05.2015), com vi IIL, © 5° incisos Ve X, da Constituigiio Federal, & os artigos 12, 17 e 21, do Cédigo Civil, causando ao Autor danos morais in re ipsa; como coroldrio, condenar © ul agaio aos artigos 1°, inciso Cortéu Thiago Bronzatto a reparar os danos morais causados ao Autor, em valor a ser prudentemente arbitrado por Vossa Exceléncia, nfo inferior a RS 22.500,00 (vinte ¢ dois mil e quinhentos reais), com a incidéneia de corregao monetétia e juros a partir da pritica do ilicito, nos termos das Stimula n° $4 ¢ 362, ambas do STI: (4.2) reconhecer que o Corréu Filipe Coutinho pr ato ilicito consistente na elaboragao e publicagtio do texto intitulado “Lula: 0 Operador”, na edigdlo n° 882 da revista Epoca (de 04.05.2015), com violagdo aos artigos 1°, inciso Ill, € 5° incisos V e X, da Constituigtio Federal, ¢ os artigos 12, 17 ¢ 21, do Cédigo Civil, eausando ao Autor danos morais in re ipsa: como corolério, condenar Si0 Paulo, Rio de Janeieo Brasilia Pe. Jodo Manvel 7551 andar. Primeiro dle Marco 23 Con}. 1616 '5AS Quadra 1 Bloco M Lote 1 J Paulista | 01S11-007, Centro) 20010-908 a, Libertas Con, 1008 511 060-8010 Tel: 5521 3852-8280 As Sl | 7070-935, Fac 5 Tel./Fax: 3561 3325 9905, TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS Coréu Filipe Coutinho a reparar os danos_morais causados ao Autor, em valor a ser prudentemente arbitrado por Vossa Exceléneia, nfo inferior a R$ 22.500,00 (vinte © dois mil ¢ quinhentos reais), com a incidéncia de corregao monetaria e juros a partir da pratica do ilicito, nos termos das Stimula n? 54 ¢ 362, ambas do STJ; (4.3) reconhecer que o Coréu Diego Escosteguy praticou ato ilicito consistente na aprovacio e anuéneia & publicaglo na edigao n° 882 da revista Epoca (de 04.08.2015) do texto “Lula: 0 Operador”, da autoria de Thiago Bronzatto ¢ Filipe Coutinho, bem como na aprovagao ¢ anuéncia na formatagdo final da revista, com chamada e de capa para esses textos, tudo na condigdo de Fditor-Chefe da revista Epoca, com violagao aos artigos 1°, inciso IIL ¢ 5° incisos V e X, da Constituigao Federal, € 05 artigos 12, 17 e 21, do Cédigo Civ danos morais in re ipsa: como coroldrio, condenar 0 causando ao Autor Corréu Diego Escosteguy a reparar os danos morais causados ao Autor, em valor a ser prudentemente arbitrado por Vossa Exceléncia, ndo inferior a R$ 50,000.00 (cinquenta mil reais), com a ineidéneia de corregao monetétia e juros a partir da pritica do ilfeito, nos termos das Stimula n° 54 ¢ 362, ambas do STI: (d.4) condenar os Corréus, solidariamente, a0 pagamento dos custos para publicaydo da sentenga condenatoria proferida nesta ado na revista Epoca ou outra que venha a substitui-la, no mesmo espago, tamanho © caracteres utilizados para as publicagdes consideradas ilegais ¢ ofensivas; (d.5) condenar todos os Corréus ao pagamento de custas, despesas processuais e honoririos advoe arbitrados em 20% do valor da condenagao. jos, a serem a0 Paulo Rio de Janetro Brasilia Pe. Jodo Manuel 735 19° andar Primeiro de Margo 28 Can. 160 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote 1 Jd Paulista | O1411-001 Centro} 20010-904 dL Libertas Conj. 1009 Tels 95 11 20604510, Tez 5521 3850-9280 ‘Asa Sul | 70070935 Fax, 35 11 061-2328, Tol, Fax: $5.61 3426900 vy eiseeamsartins com.be 3 TEIXEIRA.MARTINS ADVOGADOS Por fim, requer sejam todas as publicagSes atinentes a esta ago realizadas exclusivamente em nome dos advogados ROBERTO TEIXEIRA, inscrito na OAB/DE sob 0 mimero 45.469, ¢ CRISTIANO ZANIN MARTINS, inscrito na ABIDE sob o nimero 32.590, sob pema de nulidade, nos termos do art. 236, § 1°, do Codigo de Processo Civil. Diese a causa o valor de R$ 95.000,00 (noventa ¢ cinco mil reais). Sao os termos em que, pede deferimento, Brasilia - DF, 21 de Agosto de 2015 ROBERTO TEIXEIRA CRISTIANO ZANIN MARTINS: OAB/DF 45.469 OABIDE 32.590 sto Paulo Rio de Janeiro Basilia R.Pe, Jodo Manuel 735 19° andar le Margo 23 Con). 1605 ‘SAS Quadra I Bloco M Lote 1 J Paulista | O1411-001 9 2010-904 Ed, Libertas Con, 1009 Tel 35 11 390608310 Tel: 55 21 3852-8280 “Asa Sul | 70070-938 Fax 3511 461-203, “Tel./Fax 35 61 3326.9905 TEIXEIRA,MARTINS ADVOGADOS ROL DE DOCUMENTOS Doe. 01 = Procuragao / Substabelecimento: Doc. 02 = Comprovante de pagamento das custas iniciais: Doe. 03 = Edigdo n° 882 da revista Epoca (de 04.05.2015); Doe. 04 = Matéria “Lula, o Operador” divulgada na Internet; Doe. 05 = Editorial da Revista Epoca ~ Edigdo n° 883; Doe. 06 = Coluna “Personagem da Semana”, publicada na Edigao n° 888 da Revista Epoca; Doe. 07 = Despacho inaugural proferido pela Procuradora titular, Mirella de Carvalho Aguiar, no qual o proprio Ministério Publico reconhece que ‘so “parcos” os elementos contidos nos autos da Representagao; Doc. 08 = Nota Oficial publicada pelo Juiz Sérgio Fernando Moro na qual é informado que n&o existe investigagdo em curso envolvendo 0 Autor na Operagio “Lava-Jato”; Doc. 09 = Resposta do Instituto Lula a respeito da matéria: As sete mentiras da capa de Epoca sobre Lula; Doe. 1 Noticia extraida do site do Supremo Tribunal Federal, na qual 6 veiculada a Carta de autoria do Ministro Joaquim Barbosa a Revista Epoca, a respeito de matéria de autoria do Réu Diego Escosteguy. S10 Paulo Rio de Janeiro Brasilia De Joao Manuel 7351 andar —_-R-Primeino de Marco 25 Con, 1605 ‘SAS Quadra 1 Bloco M Lote 1 J Paulista | O1411-007, ‘Centro} 20010-905 ad, Libertas Con, 1008 Teli: 5511 3060-3310 Tel :5521 3852-9280 ‘Asa Sul | 70070-985 Fixe 55 11 3061-2323, Tel./Fax 3561 3325-9905 worn tetneicamartins com be 2s (0 pagamento desta GRU Cobranca poderd ser ofetuado em qualquer Banco, ara pagemente vie inormet banking ou calta elatrBnico, utilize a o¢ao pagamento de ttuios, Instrucoes: 4: mprima em impressorajato de tnta.ou laser em quakdade normal cu alta, Nao use mado eeanémico. 2 Unuve papel Aa (210'x 257 mm) € margens minimas & esquerdae & dreta do formulatio. 2. Utlize papel Csada, Nae fasure, no risque, nao fue eno dobre a regide onde se encore o cOsig0 de Pa 3 Sore arent vie Internet banking Qu cata eletrnico,utize a opgdo pagemento de es, Via do Processo TIDET Guia de Custas © Emolumentos / Guia Inicial- 1* Instancia 901-9] 0019000009 02337.675017_00501.757181 § 6535000004639 Tribunal de Justica do Distrito Federal o Territérios 2s108s2015. Yar ERS 465.91. oe poiaeoig _29876760100501787 154:

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