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Ori
o o
entador: Prof Dr Cláudio Eduardo
de Oliveira Cavalcanti
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Maceió
2005
SUMÁRIO
RESUMO ____________________________________________________ 4
ABSTRACT __________________________________________________ 6
INTRODUÇÃO ________________________________________________ 7
OBJETIVOS __________________________________________________ 12
RESULTADOS_________________________________________________14
DISCUSSÃO___________________________________________________17
CONCLUSÃO__________________________________________________21
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RESUMO
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ABSTRACT
Introduction: the “field cancerization” theory affirms that the mucosa of the
different anatomic regions exposed for the same carcinogenic agent answer
simultaneously to the attack; and not only the tumor´s site. And second the
tumor arises from the same field exposed by the carcinogens, around the
primary tumor.This theory was proposed to explain the development of multiple
primary tumors and locally recurrent cancer. The observation that squamous
cell carcinoma (SCC),basal cell carcinoma (BCC), malignant melanoma(MM)
and cutaneous adnexal neoplasms(CAN) may occur on multiple areas supports
this theory. Purpose: to demonstrate evidence of “field cancerization” across
the analyses of multiple skin tumors (CBC,CEC,MM,CAN), of probable
different origin, diagnosed simultaneously in the same patient. Method: it was
realized one retrospective study with 1035 records between January 2003 to
November 2005.In this records was analysed 22 patients bearer of multiple
epithelial tumors (BCC,SCC,MM,CAN) across of the analyses of charts and
histopatologic exams, diagnosed in the Hospital Universitário de Alagoas-
HU/UFAL, Santa Casa de Misericórdia de Maceió and Hospital UNIMED. It was
analysed the tumor’s site and the histopatologic kind, presence of the
premalignant lesions of the skin. The analyses in microscopic optic was realized
in hematoxylin and eosin stained examined for several pathologists. It was
realized simple observation by frequency of the results. There isn’t comparative
between the patterns, no existing statistics analyses. Results: In 20 cases was
met BCC and SCC simultaneously in the same pacient in different anatomic
regions( face, neck and chest).In 1 case was met BCC and MM simultaneously
in the same pacient in left leg. In 1 case was met BCC ,SCC and MM
simultaneously in the same pacient in front parietal region.Conclusion: the
diagnose of multiple tumors of histologic different in the same patient suggest
evidence of “field cancerization” in the sun burned skin. Needs studies with
immunohistochemical markes for confirmation of the results.
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Key-word: Câncer diagnosis, basal cell carcinoma, squamous cell carcinoma,
malignant melanoma, cutaneous adnexal neoplasms, actinic keratosis.
Introdução
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alteração é considerada a "assinatura" dos raios UV no DNA (UV signature).A
mutação no p53 está presente em torno de 56% dos CBC, mesmo nas
pequenas lesões iniciais. A "UV signature" pode ser encontrada em 65%
desses casos. Nos casos de CBC esporádicos com mutação do gene PTCH há
“UV signature” é observada em apenas 41% dos casos. A menor incidência de
“UV signature” no PTCH do que no p53 sugere que outros eventos
mutagênicos que não a incidência de raios UVB devem estar causando
também a inativação do PTCH e desencadeando carcinogênese de CBC.Esses
dados são consistentes com estudos epidemiológicos que demonstraram pobre
correlação entre dose de raios UV e incidência de CBC, diferentemente da
correlação entre a dose de raios UV e a incidência de CEC.
A análise do espectro das mutações do gene p53 no CBC e no CEC
demonstraram diferenças significativas. No CBC vemos tipicamente mutações
nos codons 177 , 196 e 245 .O codon 177 não está frequentemente mutado em
outros cânceres e aparenta ser específico para CBC;este codon é uma
seqüência que é reparada muito devagar após irradiação UV.A mutação do
codom 278 aparenta ser específica do CEC, ela está mutada também em
outros tipos de câncer de órgão internos , porém numa frequência muito
menor.Nesta seqüência as lesões induzidas por raios UV são normalmente
reparadas entre 24 e 48 horas.Essas diferenças achadas em CBC e CEC
podem ser explicadas de duas formas:uma hipótese é que CEC e CBC derivam
de uma única célula precursora e que mutações diferentes no p53 produzidas
aleatoriamente levariam ao fenótipo CBC ou ao fenótipo CEC.A segunda
hipótese é que CBC e CEC seriam derivados de duas células precursoras
diferentes e que em cada uma delas o p53 exerceria uma ação diferente na
proteção do genoma. O p53 agiria ativando ou inibindo certos genes
específicos na célula precursora do CBC e outros genes na célula precursora
do CEC.Essa segunda teoria é mais provável tendo em vista o fato da mutação
do gene PTCH ser encontrada exclusivamente no CBC ( GIGLIA, 2003).
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Nos tumores de anexo cutâneo ainda não foi evidenciada a presença
de “UV signture” no espectro de suas mutações genéticas.
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A expressão de queratina está intimamente relacionada com a
diferenciação e estruturas teciduais (YOSHIKAWA, 1998). A literatura
(YOSHIKAWA, 1998) já afirma que níveis de K17 são mais altos que níveis de
K16 em tumores foliculares, em comparação com tumores de pele não-
foliculares. Baseado nesses resultados, níveis mais altos de K17 com pouca
expressão de K16 em CBC sugere fortemente que o CBC é um tipo de tumor
folicular. A expressão de K5 e K14 mostra a estratificação da estrutura epitelial
do tumor. A expressão de K1/K10 expressa diferenciação de queratinócitos
suprabasais. Pouca expressão de K5 e K10 em CBC mostra que ele raramente
se diferencia de queratinócitos suprabasais (YOSHIKAWA,1998).
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basoescamoso ou metatípico houve a reação positiva para Ber EP4 e EMA,
havendo predomínio de um ou outro tumor.Outros marcadores
imunohistoquímicos falharam em diferenciar e especificar o carcinoma
basocelular, carcinoma espinocelular e o carcinoma metatípico. Com este
trabalho BER et al. demonstraram que a diferença dos carcinomas basocelular,
espinocelular e basoescamoso pode ser distinguidas imunohistoquímicamente
usando BerEP4 e EMA.
Os adenocarcinomas anexiais cutâneos (AAC) são tumores que se
comportam de maneira agressiva, resultando em metástases precoces. Esses
tumores são classificados de acordo com o grau de diferenciação de suas
células percussoras nos diversos tipos de estruturas anexas da pele, como:
exócrino, apócrino, folicular ou sebáceo (STORM, 2002).
O melanoma maligno é um tumor originado dos melanócitos. O
potencial maligno do MM esta ligada a espessura da infiltração do tumor nas
camadas da pele. Os MM tem uma grande propensão a gerar metástases à
distância.
A exposição aos raios solares tem um papel importante na etiologia
do MM, mas essa relação é mais difícil de explicar do que a relação
estabelecida entre CEC e a exposição aos raios solares.
Através da origem histológica diferente (clones distintos) de tumores
de pele como: O CEC; o CBC; o MM; e o AAC. Procuramos evidenciar o
campo de cancerização.
Essa evidência tem importante implicação clínica já que o “campo de
cancerização” freqüentemente permanece após o tratamento do tumor primário
e pode levar a novos cânceres, designado atualmente pelos clínicos como “um
segundo tumor primário” ou “recorrência local”. (BRAAKHUIS, 2003).
Dessa forma, os tratamentos comumente empregados no câncer
atualmente, como a quimioterapia, a radioterapia e as cirurgias, não seriam
definitivos, e sim paliativos.
A eficácia de novas modalidades terapêuticas que abranjam não só a
lesão desenvolvida, mas todo o epitélio agredido pelo sol, como a
imunoterapia, podem estar indicando o surgimento de uma abordagem mais
completa do tratamento dessas neoplasias. SHUMACK (2003) demostrou que
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o Imiquimod a 5% teve sucesso no tratamento de CBC e ceratose actínica.
Esse conceito pode ser extendido para outras regiões do organismo.
Objetivos
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Casuística e Método
I.Critérios de eleição:
Pacientes com tumores múltiplos simultâneos de pele com
histologias diferentes (CBC, CEC, MM, AAC) ou a presença de lesões pré-
malignas (comprovadas), que sabidamente se diferenciam em tumores,
principalmente a ceratose actínica em carcinoma epidermóide. Para realizar
este estudo forma utilizados os seguintes critérios:
V. Análise estatística:
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Foi realizada observação simples pela freqüência de resultados.
Não houve comparação entre as amostras, não havendo análise estatística
Resultados
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paciente Face Pescoço Tórax Membros
QUADRO 1. Tumores CBC ,CEC,MM e AAC em diferentes regiões anatômicas no mesmo paciente.
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FIGURA 1. tumores múltiplos de pele FIGURA 2. tumores múltiplos de pele
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Discussão
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amostras de tecido embebido em parafina de carcinoma basocelular (n=39),
carcinoma espinocelular (n=23) e carcinoma basoescamoso (n=13) e coraram
imunohistoquimicamente essas amostras usando um painel de anticorpos Ber
EP4 e Antígeno Epitelial de Membrana (EMA) .Todos os CBC coraram
positivamente para Ber EP4, em contraste com o grupo do CEC, no qual
nenhum se corou. A maioria dos CEC (22 de 23) se coraram com o EMA,
nenhum CBC foi evidenciado. Nos casos de carcinoma basoescamoso ou
metatípico houve a reação positiva para Ber EP4 e EMA, havendo predomínio
de um ou outro tumor. Outros marcadores imunohistoquímicos falharam em
diferenciar e especificar o carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e o
carcinoma metatípico. Com este trabalho BER et al. demonstraram que a
diferença dos carcinomas basocelular, espinocelular e basoescamoso pode ser
distinguida imunohistoquímicamente usando BerEP4 e EMA.
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(CARLSON,2001). A primeira fase da carcinogênese (indução ou iniciação),
que ocorre quando uma porção do DNA é permanentemente alterada, seria
evidenciada com marcadores tumorais com métodos imunohistoquímicos. A
segunda fase da carcinogênese (promoção) é evidenciada pelo surgimento de
ceratose actínica entre os tumores de pele. A terceira fase da carcinogênese
(conversão) foi demonstrada através do surgimento de diferentes tipos de
tumor (CBC, CEC, MM, e AAC) no mesmo paciente.
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agiram simultaneamente sobre a pele da face, região cervical, tórax, dorso, e
membros, pois todos esses tecidos apresentaram alterações epiteliais ou
neoplasias. Este achado está de acordo com a teoria do “campo de
cancerização” (SLAUGHTER,1953) que afirma que todos os epitélios agredidos
por um mesmo agente carcinógeno respondem simultaneamente a agressão. A
observação de que CBC, CEC, MM e AAC podem ocorrer em múltiplas áreas
suporta esta teoria (YUESHENG, 2002). Um grande campo de epitélio sofre
alterações neoplásicas devido a um longo tempo de exposição aos raios
solares (UVB) simultaneamente. Este é o mecanismo básico para o
desenvolvimento de tumores primários múltiplos na pele.
Conclusões
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Nesta amostragem ficam evidenciados os tumores múltiplos
primários, simultâneos, com histologias diferentes; assim demonstrando a
lesão gênica simultânea acarretada pelos raios solares nos epitélios agredidos
pelos mesmos. Dessa forma , evidencio-se o campo de cancerização.
Referências Bibliográficas
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1. BEER, TW; SHEPERD, P; THEAKER, JM; Ber EP4 and epithelial
membrane antigen aid distinction of basal cell, squamous cell and
basosquamous carcinomas of the skin. Blacweel science, V. 37, p. 218-
223, 2000.
8. MIZUTAMI,H;OHYANAGI,S;HAYASHI,T;GROVES,RW;SHIMIZU,M.
Functionatrombomodulim expression on epithelial skin tumours as a
diferenciation marker for suprabasal keratinocytes. Br J Dermatol, V.
135, p. 187-93, 1996.
22
suggesting different clonal orign of carcinogenesis. Anticancer Res 23:
3911-3916, 2003.
23
Maceió, 28 de dezembro de 2005.
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