Você está na página 1de 8

Coleo de Nariz (Giulliano Freitas)

Personagens:
*Vnia
*Rbia
*Flora
*Suaz
*Raposa
*Rainha Negra
*Toupeira
*Bibliotecrio
*Figurantes (Fotgrafo, Comerciante, Msico)
*Guardas
Cena 01 O Livro dos Sonhos
Vnia (entra desolada): O mundo simplesmente me impressiona. Basta
olhar para cada pessoa e sempre estarei certa. Somos todos diferentes, mas
belos. (passam pessoas de um lado para o outro ao som de uma msica,
Vnia os observa) Preciso de um livro para relaxar. Essa rotina acaba com
nossas vidas! (sai, entra bibliotecrio, em seguida Vnia entra) Ol, ser que
poderia me ajudar?
Bibliotecrio: Claro, o que deseja?
Vnia: Quero um livro bom, mas um livro bem diferente, algo que algum
jamais leu. No sei se voc tem um livro assim.
Bibliotecrio: Falando assim, tem um livro que pertenceu ao dono dessa
biblioteca, ele me pediu para que eu desse o livro para algum que
realmente quisesse. Vejo que o seu caso. Espere (procura o livro e entrega
a Vnia) Aqui est.
Vnia: Deixe me ver o ttulo, A magi... ( interrompida pelo bibliotecrio)
Bibliotecrio: No, no leia! Deve guardar todas as informaes do livro
para voc, faa bom proveito.
Vnia: Quando devo trazer?
Bibliotecrio: Nunca. O livro agora seu.
Vnia: Mas... ( interrompida novamente)
Bibliotecrio: Sem mais nem menos. Leia e esquece que viu essa
biblioteca. Tchau!
Vnia: Ok, tchau! (sai)
Bibliotecrio (para o pblico): Ai, como ela lerda! (sai)
Vnia (entrando com o livro nas mos): Finalmente um lugar bom para ler
esse livro. No agento mais tanta ansiedade para l-lo. (Vnia comea a ler
o livro, aps alguns minutos dorme).
Flora (com Suaz): Suaz, veja s, tem uma humana entre ns!
Suaz: Eu nem tinha percebido. Precisamos chamar ajuda.
Flora: No! Est maluca? Se fizermos isso iro avisar para o jornal da
cidade e todos ficaro malucos.
Suaz: Verdade, todos aqui morrem de medo de humanos.
Flora: No medo sua bobinha. Voc sabe muito bem que o nariz de um
humano supervalioso para a malvada Rbia.
Suaz: Ai, no podemos avisar a ningum. Se aquela bruxa fica sabendo ela
acaba com essa coitada.
Flora: Precisamos acord-la. (Flora cutuca Vnia, que logo acorda) Ei, no
tenha medo.
Vnia: Ai, onde estou?
Suaz: Seja bem-vinda a Vila dos Sonhos!
Vnia (observando as duas, pega um graveto que estava ao seu lado):
Saiam de perto de mim, bichos estranhos!

Suaz: Ichi, j vi que essa da vai dar trabalho.


Flora: Poxa Suaz, tenha compreenso pela garota. Humanos devem ser
bem tratados aqui e ela mal conhece esse lugar (olha para Vnia) Benzim,
pode contar com a nossa ajuda, no mordemos no!
Suaz: Prazer (leva a mo para ser cumprimentada) Me chamo Suaz (Vnia
ainda assustada pega na mo de Suaz) e essa tola, minha irm, ela se
chama Flora.
Flora: Fui eu quem quis te ajudar!
Vnia: M...Muito obrigada por tudo. Me desculpem pelo meu jeito.
Suaz: Natural.
Flora: Superficial.
Suaz (cutucando Flora): Ei, sua burra, voc tinha que dizer supernatural.
Flora: Ai, d na mesma!
Vnia: Eu no entendo... Como foi que vim parar aqui? S me lembro de
estar lendo um livro e de repente...
Suaz: Ela leu o livro encantado!
Flora: Ela leu o livro encantado!
Suaz: Se voc leu este livro e veio parar aqui, quer dizer que voc tem uma
misso a cumprir nesta Vila.
Vnia: O que exatamente?
Suaz: Isso voc tem que descobrir.
Flora: Sozinha.
Vnia: No podem me ajudar de alguma forma?
Flora: Querida, acabamos de salvar a sua vida. O que mais quer?
Suaz: Deixe de ser grossa, Flora. Podemos te ajudar no que precisar. s
pedir.
Vnia: Vou aproveitar a sua boa vontade. Poderia me apresentar essa Vila
melhor?
Suaz: Concerteza!
Flora: Agora vou me animar e tentar ser boazinha!
Vnia: Vai ter que se esforar bastante, hein.
Flora(rindo ironicamente): Engraadinha.
Suaz: Venha, tenho que te mostrar algum muito especial!
Vnia: Tudo bem! (saem)
Cena 02 A Sopa da Sabedoria
Suaz (entrando com Vnia e Flora) Venha, por aqui. Ali est quem eu tanto
queria te mostrar.
Vnia: Uma raposa? Espera, ela t tomando sopa de colher!
Flora: Por que o espanto?
Vnia: Isso no muito comum no meu mundo.
Suaz: Logo voc vai adorar ela, venha (chega perto da Raposa) Ol Raposa,
tudo bem?
Raposa: Ol Suaz, voc e sua grande simpatia. Estou bem e como est
Flora?
Suaz: Pergunte a ela pessoalmente.
Flora: Ol Dona Raposa. Estou bem.
Raposa: Vejo que trouxeram uma amiga. Qual o nome dela?
Vnia: O...Ol. Sou Vnia.
Raposa (examinando Vnia): Uma humana. Raramente vem uma dessas
por aqui. S vi uma em toda minha vida e agora voc.
Vnia: Vejo que admiram muito os humanos por aqui.
Raposa: O nariz de um humano vale muito mais que ouro.
Vnia: Voc no vai querer o meu, n?

Raposa: Se voc deixar eu pegar o seu, no haveria problemas no ?


Flora (vendo que Vnia estava com medo): E vamos tomar sopa!
Suaz: As sopas das raposas so uma das comida mais gostosas, s elas tem
o dom de preparar com um toque especial.
Flora: Estou morrendo de fome (todos sentam-se e comeam a beber a
sopa).
Raposa: No fique com medo querida, eu estava brincando.
Vnia: Ufa! Por um minuto achei que realmente iria querer meu nariz, mas
afinal, porque o nariz de um humano to valioso?
Raposa: O nariz de um humano traz tudo que desejar. D a voc dois
desejos.
Vnia: Mas, apenas um nariz, no tem magia.
Raposa: No na mo de um humano. O nariz s pode realizar desejos aos
seres dessa vila, somos mgicos.
Vnia: Mas, porque os seres tem o nariz de um humano como um smbolo
para realizar os desejos que quiserem?
Raposa: uma histria complicada. H muito tempo, aqui mesmo nessa
vila, uma bruxa... ( interrompida por Flora).
Flora: Que se chama Rbia.
Raposa: Sim, Rbia. Ela precisava fazer um feitio que realizava qualquer
desejo e para que pudesse ficar concludo, precisava de um pedao de um
corpo humano. Sua ambio era tanta que acabou retirando o nariz de seu
filho, que era um dos nicos humanos dessa vila. O nico que vi, sem ser
voc. Seu filho logo morreu e Rbia tinha o feitio pronto, mas com a dor da
perda, esqueceu do feitio e uma toupeira acabou pegando um frasco que
continha o feitio.
Suaz: A toupeira sabia que aquele era um feitio de pedidos e desejou que
se tornasse rica. O desejo foi concebido.
Flora: Como o feitio se alastrou pela vila, qualquer pessoa que tiver um
nariz humano...
Suaz: Pode fazer seu pedido e o ver atendido.
Raposa: por isso que no queremos que Rbia saiba que tem um humano
entre ns. Se ela souber logo ir querer o seu nariz para desejar que o filho
volte.
Vnia: uma histria complicada.
Suaz: No h complicaes. O fato que ela matou o prprio filho e agora o
quer de volta.
Raposa: No se pode chorar pelo leite derramado.
Flora: Precisamos proteger voc dessa bruxa.
Raposa: J vou deixando bem claro, ela uma pessoa muito cruel e faria
tudo por seu nariz. Ela j matou muitos seres dessa vila pensando que eram
humanos.
Suaz: Ela tem uma Coleo de Nariz.
Flora: Nenhum deles serve para o desejo dela. Apenas... O seu!
Vnia: Minha cabea est revirada, preciso descansar.
Suaz: Tudo bem, vamos embora!
Flora: Raposa, a sopa estava uma delcia, muito obrigada.
Raposa: No tem de que. Podem vir sempre que quiserem. Tchau (vai
saindo)
Flora e Suaz: Tchau! (sai do lado oposto da Raposa)
Vnia (chegando com a mo na cabea com Flora e Suaz): Me desculpem
por ter tirado vocs de l.
Suaz: Tudo bem, vimos que voc ficou desconcertada.

Vnia: Aquela raposa muito inteligente. Bem que vocs disseram que ela
muito especial.
Flora: Sim. Agora venha, irei levar voc a minha casa para que descanse.
Suaz: A nossa casa! (saem)
Cena 03 Primeiro Ataque
Suaz: Pode deitar aqui (estica um colchonete) Descanse, vou preparar um
caf.
Vnia: Obrigada.
Flora (olha o pote): O caf acabou quer que eu v comprar?
Suaz: Sim, acho que vou com voc. (saem. Rbia entra cantando)
Rbia: Parece que encontrei um ser humano. Finalmente verei meu filho,
assim que eu fazer meu desejo.
Toupeira (entrando): Tenha certeza que irei te ajudar, madame.
Rbia: Toupeira, querida amiga, desde que voc viu seu desejo atendido,
nunca mais parou de me idolatrar.
Toupeira: Claro, foi graas a seu feitio que me tornei um ser rico! Pena
que tudo acabou.
Rbia: Voc usou o nariz do meu filho! Cadela!
Toupeira: No sou uma cadela. Sou uma toupeira.
Rbia: Ai! Como voc lerdinha. Chega de conversa. Tem uma humana
aqui com um nariz dando sopa.
Flora (entrando): S o ter passando por cima do meu cadver.
Suaz: E do meu, tambm.
Rbia: Ah! Ento vai ser fcil. Toupeira segure-as. (Toupeira pega na mo
das duas)
Suaz: Solte-me sua vaca.
Toupeira: Eu j disse que sou uma toupeira, porque tanto me confundem?
Flora: Vnia, acorde, acorde!
Vnia (acordando): O que foi que houve?
Rbia: Isso! (d um tapa na cabea de Vnia que cai desmaiada)
Toupeira: Muito bem, madame!
Rbia: Cale-se, ningum deve me parabenizar (pega Rbia pelos braos,
levantando-a) Agora, tenho o prmio em mos. Simples, no?
Toupeira: Muito simples (solta Flora e Suaz)
Rbia: No sua burra!
Toupeira: J disse um milho de vezes, sou uma toupeira!
Suaz: Solte Vnia agora ou eu acabo com voc.
Rbia: Foi voc quem pediu (solta Vnia que cai no cho) Fuja, Toupeira!
Tenho contas a acertar com Suaz e Flora.
Toupeira: Sim, madame.
Suaz: Voc mesmo uma idiota! Flora, pegue Vnia.
Flora: Incrdula, como pode ser to m? (pega Vnia, que vai acordando)
Vnia: O que houve?
Suaz: Nada! Fique atrs, assim estar protegida.
Vnia: Tudo bem, mas quem ela?
Flora: Essa a famosa Rbia!
Rbia: Ento a garotinha j sabe quem eu sou?
Suaz: Sim e ela sabe toda sua histria e a maldio que causou nesse reino.
Rbia: Como pode chamar de maldio? um timo feitio que realiza
desejos. Basta ter um nariz humano e isso que vim buscar.
Vnia: No deixe que ela pegue meu nariz, por favor.
Flora: Tenha certeza que iremos te proteger.
Suaz (pulando em cima de Rbia) sua vaca, desnaturada!

Rbia (jogando Suaz): Saia daqui. No vou perder meu tempo com vocs,
mas a prxima vez que eu vier, ser definitiva, virei para buscar o nariz
dessa garota (sai)
Flora: T tudo bem, ela j se foi.
Vnia: No pode ser. Imagine s quantos seres dessa vila passaram por
essa mesma situao para perder o prprio nariz para essa bruxa!
Suaz: Todos esto mortos, agora.
Vnia: Eu vim aqui e no foi atoa. J sei qual minha misso.
Flora: E qual ?
Vnia: Proteger este Reino (saem)
Cena 04 Golpe de Conduta
Vnia (com Flora): Flora, a hora agora. Devo agir, ainda no sei como.
Flora: Precisamos de um plano.
Raposa (passando): Ol, Flora. Ol Vnia. O que esto fazendo por aqui?
Vnia: No foi atoa que vim parar aqui. Sou uma enviada, devo ajud-los a
acabar com essa bruxa. No tem alguma idia?
Raposa: Hoje ser a coroao de Rbia, ela se tornar Rainha. Vocs
podem entrar disfaradas e talvez atac-la.
Vnia: Raposa, voc muito inteligente, obrigada.
Raposa: Mas tomem muito cuidado, se Toupeira souber que so vocs, ela
logo avisar para a Rbia. Tchau, tenho que ir fazer minha sopa, boa sorte
(sai)
Flora: Existe uma srie de coisas que no tem explicao.
Vnia: O que quer dizer com isso?
Flora: Nada, apenas pensei alto.
Vnia: Venha! Precisamos agir.
Flora: Certo (saem)
Rbia (entrando com Toupeira) hoje o grande dia. Preciso estar linda para
receber aquea coroa.
Toupeira: Finalmente ns poderemos mandar nessa gentinha.
Rbia: Ns? No existe ns, apenas eu posso mandar, sua pata de merda.
Toupeira: Sou uma toupeira, ser que nunca estudaram os animais?
Rbia: Cale-se e v buscar minha capa. Ela essencial para minha entrada.
Toupeira: Eu no agento mais! (sai)
Rbia: hoje o grande dia. Um rastro se tornar brao e todas as figuras se
tornaro maiores e superiores, quando Rainha eu for.
Toupeira (trazendo a capa): Aqui est, madame.
Rbia: Muito bem, toupeira, coloque em mim. (coloca) Agora sim, estou
pronta para a cerimnia de coroao. Vamos. (saem)
Vnia: Ser que essa roupa est nos disfarando bem?
Flora: Eu nem sei mais quem eu sou.
Vnia: Flora, cad sua irm?
Flora: Suaz ficar vigiando e nos dar o sinal para podermos entrar na
cerimnia. Ela est com Raposa.
Vnia: Agora venha, vamos nos esconder ali, logo as pessoas chegaro (se
escondem numa moita ali perto. Logo Rbia chega com vrias pessoas)
Rbia: Ol cidados da Vila dos Sonhos, que logo em breve se transformar
na Vila dos Pesadelos (ri)
Toupeira: E eu serei sua prxima conselheira.
Rbia: Como pode uma tola querer me dar conselhos.
Fotgrafo: Rbia ser que posso tirar uma foto sua?
Rbia: Disponha (o fotgrafo tira algumas fotos)
Fotgrafo: Muito obrigado por me honrar com sua foto.

Rbia: E eu declaro iniciada a cerimnia de coroao. Serei coroada pela


atual Rainha Negra.
Rainha Negra (aparecendo): Pena que farei isso com o maior desprazer.
Rbia: Pena que o trono no pertence mais a voc.
Rainha Negra: S estou renunciando meu trono porque no agento mais
viver aqui.
Rbia: E eu sou sua irm. O trono meu.
Toupeira: Rbia sente-se ao trono, a cerimnia j comeou (Rbia anda
elegantemente e se senta)
Rbia: Pode comear a tal cerimnia Rainha Negra, ou melhor, agora s
Negra.
Rainha Negra: Ainda no deixei de ser Rainha, mas vamos logo com isso.
Eu Rainha Negra da Quarta Tvola Redonda Majestorial, coro Rbia Sevrus
como Rainha da Vila dos Sonhos (coloca a coroa na cabea de Rbia)
Rbia: Corrija isso. Agora Vila dos Pesadelos. Ai, como bom ser uma
Rainha.
Vnia (saindo da moita com Raposa, Flora e Suaz): Essa Vila sempre ser a
Vila dos Sonhos. Rainha de quinta.
Rbia: Como ousa interromper minha cerimnia de coroao?
Vnia: Voc no pode se tornar Rainha.
Rbia: E quem vai me impedir?
Vnia: Eu.
Suaz: E mais um grupo de cidados.
Raposa: Que te odeiam.
Flora: Tenha certeza que se depender de ns, Rainha Negra ficar no trono
por muitos anos.
Comerciante: Voc no merece o trono.
Msico: O trono deve ser da Rainha Negra.
Vnia: Est vendo? No somos apenas ns. uma Vila inteira.
Rbia: Como podem me odiar tanto?
Raposa: No dio.
Suaz: nojo.
Flora: Voc foi capaz de matar seu prprio filho.
Vnia: Pra conseguir a merda de um nariz, que no deu em nada.
Rbia: Eu s queria meu feitio completo.
Toupeira: Por sua culpa eu me tornei uma pessoa rude e ambiciosa.
Rbia: Toupeira? At voc se rebelou contra mim?
Raposa: Ela no burra como voc sempre disse, apenas descobriu que
estava fazendo o errado.
Rainha Negra: Devolva-me esta coroa.
Rbia: O que vai fazer com ela?
Rainha Negra: Isso! (coloca a coroa na cabea de Vnia e levanta a mo
dela para o alto) Eu, Rainha Negra declaro Vnia a nova Rainha da Vila dos
Sonhos (todos comemoram)
Vnia: No posso aceitar.
Rainha Negra: Mas, por qu?
Rbia: Por isso. O nariz dela ser meu (pega Vnia pelos braos e sai
correndo. Saem de cena)
Suaz: No deixe que isso acontea. Corram atrs dela. (saem todos de
cena, fica apenas Rainha Negra)
Rainha Negra: Ainda tenho um dever a cumprir (sai)
Cena 05 O Nariz

Rbia (entra com Vnia de mos amarradas): Finalmente eu posso pegar o


seu nariz, queridinha.
Vnia: Quero s ver. Voc no tem ajuda de ningum. Logo meus amigos
iro chegar e acabar com voc.
Rbia: Acho bom voc corrigir o que disse. Guardas! (aparecem dois
guardas) Vigiem as portas. A sesso de retirada do nariz ir comear (ri)
Guardas: Sim, senhora (saem)
Rbia: Agora queridinha, ser fcil. Quando eu tiver seu nariz pra mim,
meu filho voltar e eu serei feliz novamente.
Vnia: Se isso o que tanto quer, pegue meu nariz!
Rbia: Ah, que bom, resolveu ficar boazinha, assim que gosto (Rbia
prepara-se para tirar o nariz de Vnia)
Suaz (entrando): Pare de fazer imediatamente o que pretendia.
Rbia: Oh! Como entraram?
Flora: Deveria arrumar guardas mais inteligentes.
Toupeira: Ainda bem que eles ainda me respeitam e no se importaram de
nos deixar entrar.
Rbia: Chega! eu vou tirar esse nariz, nem que eu tenha que morrer
primeiro!
Rainha Negra (chegando): Pare. Se o que tanto quer um nariz humano,
ter o meu.
Suaz: O que? Voc uma humana?
Rainha Negra: Sempre fui. No agento mais essa minha vida. No tem
porque continuar com isso tudo. Se o que tanto quer um nariz, tome o
meu (arranca e entrega para Rbia)
Rbia: (pega o nariz) Ai irmzinha, como voc tola. Agora que no tem
mais seu nariz eu serei feliz realizando meu desejo (ri e sai)
Vnia: Muito obrigada por ter me salvado. Lhe devo essa.
Rainha Negra: No tem de quer.
Suaz: Espere. Voc no morreu. Quando um nariz tirado os humanos
morrem em seguida.
Rainha Negra: E voc acreditou que aquele pedao de borracha era um
nariz de verdade?
Suaz: Poxa Rainha, voc se superou.
Rainha Negra: Obrigada, mas no sou mais Rainha. Lembra que a nova
Rainha Vnia?
Vnia: Poxa vida, havia at me esquecido desse detalhe, mas no posso
aceitar.
Rainha Negra: Como no?
Vnia: Eu no sei o que isso tudo, mas sei que no real. No perteno a
este mundo.
Rainha Negra: Essa da pirou de vez! Tenho que ir faa o que bem
entender com a coroa, mas minhas frias eu no abandono (sai)
Suaz: Ento, o que vai fazer agora?
Vnia: Rena seus amigos e me encontrem aqui daqui uma hora.
Suaz: Tudo Bem! (sai, Vnia sai pelo lado oposto)
Cena 06 Coroa Para as Pessoas Certas
Vnia: Ol Raposa, Ol Suaz e Flora, Ol Toupeira (fazem reverncia)
Todos: Ol, majestade.
Vnia: Por favor, no faam reverncia. Eu no posso ser a Rainha deste
Reino.
Raposa: Ento, quem deve ser?

Vnia: Nada mais justo do que dar a coroa aquele que foi justo. Todos vocs
foram.
Flora: Quer dar a coroa para um de ns?
Vnia: No s a um de vocs, mas a todos que me ajudaram (Vnia mostra
quatro coroas) Coro voc Raposa, pela sua enorme sabedoria, espero que
ajude este Reino a crescer assim como me ajudou (coloca a coroa)
Raposa: Muito agradecida.
Vnia: A voc Toupeira, pela sua audcia e bravura de encarar Rbia, sem
medo. Espero que mostre ao Reino como ser firme (coloca a coroa)
Toupeira: Obrigado.
Vnia: E vocs duas, Flora e Suaz por me mostrarem o que amizade. Fui
muito feliz aqui (coloca a coroa nas duas)
Flora e Suaz: Muito obrigada.
Raposa: Que mal lhe pergunte, mas o que houve com Rbia?
Vnia: O fato de ela ter usado um nariz de borracha fez com que o feitio
revertesse. O pedido era trazer o filho de volta, mas no caso, ela est no to
desejado mundo dos pesadelos.
Toupeira: E foi ela mesma quem queria Pesadelos.
Vnia: Ela no sabia o que um.
Suaz: Agora sabe.
Vnia: Bem, acho que minha misso aqui est completa, preciso partir.
Flora: No v.
Vnia: No posso ficar.
Raposa: Este o momento em que um humano d adeus e jamais volta.
Vnia: Cuidem bem deste Reino. Estaro sempre em meu corao
(desmaia)
Suaz: Ela desmaiou. Vamos buscar ajuda (saem)
Vnia (acordando): Onde esto todos? (Vnia olha em volta, v o livro a sua
frente) Foi uma bela histria.
Contato: amarfeu@hotmail.com

Você também pode gostar

  • Caracol
    Caracol
    Documento3 páginas
    Caracol
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Caracol
    Caracol
    Documento3 páginas
    Caracol
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • A Amizade
    A Amizade
    Documento2 páginas
    A Amizade
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Albertina
    Albertina
    Documento2 páginas
    Albertina
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Playtime
    Playtime
    Documento1 página
    Playtime
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Piadas Secas
    Piadas Secas
    Documento2 páginas
    Piadas Secas
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Albertina
    Albertina
    Documento2 páginas
    Albertina
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • His Tes Crit
    His Tes Crit
    Documento9 páginas
    His Tes Crit
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Histórias de Amizade
    Histórias de Amizade
    Documento3 páginas
    Histórias de Amizade
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Ando Contigo Por Onde Tu Andares
    Ando Contigo Por Onde Tu Andares
    Documento7 páginas
    Ando Contigo Por Onde Tu Andares
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • MARIA
    MARIA
    Documento1 página
    MARIA
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Histarte 1
    Histarte 1
    Documento7 páginas
    Histarte 1
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Casamento da franga adaptado
    Casamento da franga adaptado
    Documento2 páginas
    Casamento da franga adaptado
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Histarte 1
    Histarte 1
    Documento7 páginas
    Histarte 1
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Ando Contigo Por Onde Tu Andares
    Ando Contigo Por Onde Tu Andares
    Documento7 páginas
    Ando Contigo Por Onde Tu Andares
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • O historiador constrói as suas fontes
    O historiador constrói as suas fontes
    Documento3 páginas
    O historiador constrói as suas fontes
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • ETA - Resumo Materia
    ETA - Resumo Materia
    Documento49 páginas
    ETA - Resumo Materia
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Playtime
    Playtime
    Documento1 página
    Playtime
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Morris Charles Fundamentos Teoria Signos
    Morris Charles Fundamentos Teoria Signos
    Documento50 páginas
    Morris Charles Fundamentos Teoria Signos
    Monica Rivas
    Ainda não há avaliações
  • MUSEOLOGIA Projecto
    MUSEOLOGIA Projecto
    Documento4 páginas
    MUSEOLOGIA Projecto
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Ando Contigo Por Onde Tu Andares
    Ando Contigo Por Onde Tu Andares
    Documento7 páginas
    Ando Contigo Por Onde Tu Andares
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • A Definição Clássica de Sinal
    A Definição Clássica de Sinal
    Documento2 páginas
    A Definição Clássica de Sinal
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Futurismo para Int - Est.lit
    Futurismo para Int - Est.lit
    Documento1 página
    Futurismo para Int - Est.lit
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Existe Uma Literatura Europeia?
    Existe Uma Literatura Europeia?
    Documento4 páginas
    Existe Uma Literatura Europeia?
    Fernando Manuel Barata
    100% (1)
  • Anjus
    Anjus
    Documento1 página
    Anjus
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • ETA - Resumo Materia
    ETA - Resumo Materia
    Documento49 páginas
    ETA - Resumo Materia
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Período Literário
    Período Literário
    Documento3 páginas
    Período Literário
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Dialnet LopoFernandesPacheco 4060214
    Dialnet LopoFernandesPacheco 4060214
    Documento19 páginas
    Dialnet LopoFernandesPacheco 4060214
    Fernando Manuel Barata
    Ainda não há avaliações
  • Italo Calvino PDF
    Italo Calvino PDF
    Documento9 páginas
    Italo Calvino PDF
    Suz Figs
    Ainda não há avaliações