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Curso de Mestrado em Pedagogia do E-Learning

Concepção e Avaliação em e-Learning

Actividade 4

Síntese, em trabalho colaborativo do texto:

HAMMOND, Michael (2005) “A review of recent papers on online discussion in teaching and

learning in higher education” Journal of Asynchronous Learning Networks. http://www.sloan-


c.org/jaln/pdfs/v9n3_hammo

Luís Miguel Rodrigues


Maria de Lurdes Martins
Rosalina Simão Nunes
Teresa Fernandes

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Síntese do texto

1ª parte - Rosalina

Objectivo do artigo:

Proceder a uma revisão sistemática de uma amostragem bem definida da literatura de forma a
contribuir para uma visão mais detalhada do papel desempenhado pela discussão online assíncrona
no ensino superior, relacionando-a com os modelos de desenvolvimento do currículo, perspectivas
teóricas sobre o ensino e aprendizagem, as evidências que suportam a utilização de discussão
online assíncrona, e as condições sob as quais os alunos são mais propensos a participar.

Amostra e critérios de selecção

Foram seleccionados sete revistas internacionais para fornecer uma perspectiva sobre a evolução da
discussão online assíncrona, particularmente aquelas que se baseiam no Reino Unido e E.U.. Seis
destas revistas são consideradas as mais influentes no Reino Unido, no âmbito da investigação
sobre informação e comunicação (TIC); a sétima, Journal of Asynchronous Learning Networks, foi
escolhida devido à sua preocupação com a especificidade do trabalho em rede assíncrono e da
grande cobertura dada às iniciativas sobre o assunto nos EUA.

• Journal of Asynchronous Learning Networks


• British Journal of Educational Technology
• Computers and Education
• Education, Communication and Information
• Education and Information Technologies
• Journal of Computer-Assisted Learning
• Technology, Pedagogy and Education

Critérios para identificar artigos relevantes nos sete periódicos

• Os estudos de caso, normalmente um estudo de caso de um determinado curso


• Com base nas instituições de ensino superior e organizado pelo pessoal docente
• Focada na discussão online assíncrona, embora, em muitos casos, de discussão online
• Direccionada para o ensino e aprendizagem
• Publicados entre 2000 e 2004, para proporcionar uma actualizada e consistente visão dos
factos

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Categorização dos artigos

Cada artigo foi categorizada atendendo à Revista onde estava publicado, a área disciplinar, país no
qual estudo foi realizado, e o software utilizado.

Embora ainda fortemente influenciado pelas iniciativas de formação de professores norte-


americanos e britânicos, a amostra abrangeu diversas áreas de estudo (Tabela 1) e foram baseadas
em diferentes países (Tabela 2).

Tabela 1

Contexto Frequência Contexto Frequência


Formação inicial Saúde e
15 4
de professores Medicina
Literatura
Informática 12 2
inglesa
Educação 11 Psicologia 2
Negócios e
5 Astronomia 1
Economia
Tecnologia Estudos
5 1
educacional ambientais
Desenvolvimento
e gestão dos
4 Direito 1
recursos
humanos

Tabela 2

Local Frequência Local Frequência


Reino Nova
19 2
Unido Zelândia

E.U.A 17 Tailândia 2
Austrália 7 Áustria 1
Canáda 5 Brasil 1
Hong
Finlândia 2 1
Kong
Holanda 2 Irlanda 1
Israel 2

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Temas e questões essenciais

O Design do Currículo

• Qual é o papel da discussão online assíncrona no projecto do curso?


• Como é que o debate é estruturado (por exemplo, baseado em tarefas de grupo, discussão
aberta, com formato do seminário formal)?
• Qual é o papel do professor?
• Como as contribuições são avaliadas?
• Que conteúdo é acessado?

Pressupostos teóricos sobre ensino e aprendizagem

• Que as teorias de ensino e aprendizagem sustentam o trabalho (por exemplo, comunidade


de prática, o construtivismo social)?

Alegações da discussão online assíncrona no âmbito do Estudo de Caso

• Como é que, afinal, os fóruns suportam a aprendizagem?


• Quão forte são alegações?
• Quais são os principais benefícios relatados?

Condições

• Quais são as condições fundamentais que no âmbito da de discussão online assíncrona,


contribuem para o aprendizado do aluno?
• Quais são as limitações dos alunos?

2ª parte - Luís

A. Desenho Curricular

Houve dificuldade em atribuir categorias, devido à falta de uniformidade nas actividades.

Foram identificadas três tipos de actividades de discussão on-line:

- Abertura de fóruns em que os participantes contribuíam livremente:

- A discussão foi alimentada através da introdução de um moderador

- Selecção de voluntários para fazer avaliação

- a exigência de enviar uma mensagem pelo menos duas vezes por


mês para ficar registado no fórum

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- Surgiram grandes fóruns, com um número considerável de


mensagens, embora alguns membros participaram pouco

- Fóruns pouco estruturados, nos quais os alunos eram aguardados para executar as tarefas
determinadas em base individual e os resultados pós tarefa para discussão em grupo:

- era proposto aos alunos um caso e era avaliados pela participação e não
pelo desempenho

- era sugerido aos alunos que elaborassem um Web site e posteriormente


havia avaliação pelos pares

- realização seminários on-line baseado em leituras e eventos específicos

- fórum para professores estagiários, sobre a visita a uma escola (Hawkey


[45])

- a experiência anterior foi seguida de um estudo, onde os participantes


comentassem o trabalho uns dos outros (Hawkey [46])

- disponibilização de estruturas de discussão, recorrendo ao convite de


especialistas (Putz e Arnold [42] e Kumari [13])

- disponibilizar e pedir os comentários de leituras específicas (Morse [15])

- embora não haja uma uniformidade na avaliação, há um caso em que os


alunos receberam créditos pela participação (Oliver [16])

- Actividade cooperativa ou tarefa colaborativa baseada em fóruns nos quais era esperado
que alunos trabalhassem em pequenas equipas (Lockhorst et al. [47] e Kear [35])

- alguns estudos foram centrados em casos de inquérito de base (Martinez et al.


[38])

- alguns alunos trabalharam em equipes (geralmente três pessoas) para preparar


um estudo de caso sobre a implementação de uma gestão da informação sistema (Yang e
Tang [23])

- esta iniciativa foi abordada em diversos estudo:

- análise na perspectiva dofeedback dado sobre os sites que outros


alunos tinha concebido (Moreira de Abreu e Quintino Da Silva [44])

- descrição e contraste sobre abordagens abertas e uma altamente


estruturada (Aviv et al. [7])

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B. Pressupostos Teóricos sobre Ensino e Aprendizagem

Os trabalhos destacaram que a interacção é o maior contributo dos fóruns para a aprendizagem

Hiltz et al. [64] centraram a investigação em três âmbitos:

- pesquisa educacional (diferenciar entre ensino e aprendizagem)

- análise dos média (preocupação o impacto dos meios de comunicação sobre os


indivíduos e grupos)

- psicologia social (estudar o comportamento de do indivíduo dentro do grupo)

1. Pesquisa educacional

A principal referência é a da teoria da educação denominada construtivismo social (Collings e


Pearce [26], Hawkey [45], Kear [35], Lindblom-Ylänne e Pihlajamäki [28] , Macdonald e Twining [29],
Mackinnon [60], e Maor [60])

- o construtivismo social foi percebido como a realização de interacções pelos alunos (Yang
e Tang [23] e Angeli et al. [24])

- mas também como termo geral aplicado aos seguintes conceitos relacionados:
tais como grupos de trabalho cooperativo e colaborativo, distância transacional e
comunidade de prática,( MacDonald e Twining [29])

- um conceito frequente, mas menos recorrente, foi a de aprendizagem de


conversação ( Laurillard [66]. Thomas [53])

- Os termos de cooperação e colaboração apareceram com significados fdiferentes:

- distinção entre aprendizagem cooperativa e colaborativa (Curtis e Lawson [10]).

-Cooperativa – uma tarefa dividida pelos elementos do grupo, de forma


independete.

- Colaborativa – os membros da equipe trabalharem juntos para encontar


uma solução

Muitos artigos centraram-se na noção de comunidade e de aprendizagem (Vandergrift [22], Brown


[5], Putz e Arnold [42], Tsui e Ki [64], e van Weert e Piloto [6])

- para significar a presença quer de debate reflexivo, quer de reflexão dentro da


comunidade (Putz [42])

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- para descrever uma comunidade como aquela em que os alunos evoluem nas formas de
interacção mútua (Clarke [57])

- mas há quem considere que uma comunidade deve ter três elementos: a presença
cognitiva, o ensino, e presença social (Lave e Wenger [68] Anderson et al. [3])

2. Análise dos Média

A teoria de análise dos média foi pouco utilizada. Realçou-se:

-os atributos dos sistemas de conferência

-a importância de proporcionar o armazenamento permanente de interacções baseadas em


texto

- acessibilidade a qualquer hora e em qualquer lugar

3. Psicologia Social

Também houve poucos trabalhos que abordasse a psicologia social

A distinção social das perspectivas psicológicas tornou-se mais evidente nas discussões sobre a
presença social (Anderson et al. [3])

De realçar a abordagem às redes sociais (Aviv et al. [7], Lockhorst et al. [47], e Chen et al. [49])

A rede social é definida como a visão de diversos actores dentro de uma rede baseada nas
características de coesão, grupos de função, o poder dos actores, o âmbito de influência e de
mediação-

Sobre o papel da rede social referiu-se:

- a dimensão cultural de discussão on-line assíncrona (Biesenbach-Lucas [8] e Morse


[15])

- o feedback dos aprendentes (Morse [15])

- a dimensão cultural de discussão on-line síncrona (Biesenbach-Lucas [8] e Morse


[15])

- estilos de aprendizagem (activos, reflexivos, teóricos e pragmáticos) (Carswell et al.


[25])

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3ª parte- Lurdes

Alegações feitas para discussão assíncrona on-line com estudos de caso

É necessário melhorar a prática do instrutor e a concepção do currículo.

A discussão assíncrona online pode ser muito valiosa para as aprendizagens dos alunos:

- promove a interacção entre alunos;

-apreciada pelos alunos;

- é uma prova da presença dos alunos e de uma aprendizagem interactiva;

- motivação para aprender e para construir conhecimento;

- é desejável para a construção de uma comunidade de aprendentes;

- desenvolvimento de uma comunidade online;

- o armazenamento permanente de mensagens fornece um suporte para reflexão;

- possibilidade de contactar convidados virtuais online;

-a flexibilidade do meio permite criar uma oportunidade de encontro entre alunos e


instrutores;

- desenvolvimento das competências TIC e contribuição das TIC para as aprendizagens;

- permite a web designers estagiários efectuar ensaios de usabilidade dos web sites;

- relevante para a formação profissional.

Condições ideais para discussão assíncrona on-line

A literatura enfatiza vários aspectos,salientando-se os constrangimentos sentidos pelos alunos e


que afectam a sua participação em discussões online:

- a concepção do currículo e o seu reflexo na coesão do grupo;

- as actividades de aprendizagem podem ser calendarizadas, assim como as funções e as


responsabilidades mais explícitas e essas calendarizações podem ser fornecidas por especialistas
convidados;

- a avaliação formativa entre pares é um dos resultados esperados de muitos dos fóruns e
vários escritores passam a discutir o papel da avaliação sumativa;

- os alunos tendem a resumir, em vez de analisar suas contribuições on-line, e sugere-se que a
avaliação da participação pode fornecer aos educandos a motivação para se tornarem mais críticos;

- a importância do contributo da avaliação dos aprendentes para o processo do grupo de


trabalho;

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- avaliar as contribuições poderia aumentar o número de mensagens, mas não


necessariamente o envolvimento do aluno;

- alguns contextos eram mais adequados do que outros para as discussões assíncronas on-
line: alguns autores oferece melhor suporte para aprendizagens conceituais que a aquisição de
competências ou de técnicas;

- a discussão on-line seria menos valorizada se as reuniões face-a-face fossem fáceis de


organizar.

O apoio do instrutor

O papel do instrutor é considerado fundamental nos mais diversos contextos:

- apresentaram uma distinção entre a presença do professor e a presença de ensino, mas


reconheceram o contributo do instrutor do curso mesmo se os alunos assumirem um papel similar
ao dos professores;

- entregues a si próprios, os alunos podem estar relutantes para discordar, contestar ou até
mesmo responder a outros no grupo;

- os instrutores são necessários para sinalizar a sua presença e fornecer apoio administrativo,
pedagógico e afectivo ou pastoral;

- os instrutores são necessários para iniciar e mobilizar interactividade, bem como actividades
que envolvam todos os intervenientes;

- para estas funções, os professores precisam de formas de gravar e analisar a discussão e de


ferramentas fornecidas para os ajudar a fazê-lo;

- os professores, inevitavelmente, utilizam estilos do ensino presencial no ensino online;

- discutiram-se dificuldades no papel do professor: a necessidade de transmitir uma direcção


ao aluno colocava o instrutor perante um dilema, pois também se pretende que os aprendentes
assumam a responsabilidade pela sua própria aprendizagem;

- o professor pode assumir um duplo papel como co-aprendente e como coordenador.

4ª parte - Teresa

3. Comportamento e atitudes dos alunos


Atributos e responsabilidades dos alunos na discussão on-line assíncrona
- Competências ao nível da utilização das TIC
- Acesso às TIC
- Experiência e compreensão do trabalho de grupo
Vários pesquisadores: Brett, Carswell et al., Galanouli e Collins, Lindblom-Ylänne e Pihlajamäki,
Meyer, Tsui e Ki e Wilson, discutiram os estilos de aprendizagem e a sua influência na participação e
atitudes. A vontade de um aluno para se envolver com outros alunos foi visto como relacionado
com estilo de aprendizagem, a confiança e auto-estima, cultura, e competência linguística.

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Os alunos com fluência em Inglês podem ser prejudicados em fóruns on-line junto com
aqueles (como neste estudo) para quem o Inglês era uma língua adicional ou aqueles que
não tinham fluência em Inglês escrito.
Os alunos ouvintes preferem tomar parte em situações face-a-face.
Os alunos intuitivos podem não ter a mesma facilidade para ambientes baseados em texto
como os alunos reflexivos.
Imagers enviaram mais mensagens.
Os alunos precisavam de ser auto-confiantes se tiverem que fazer contribuições públicas e
permanentes em fóruns, alguns iriam sentir-se ameaçados neste tipo de divulgação,
embora outros aumentassem a sua auto-estima, uma vez superadas as inibições iniciais.
Existe associação entre o nível de actividade de um aluno e a sua confiança com o assunto
em questão e os níveis de actividade tendem a variar, num período de tempo prolongado.
Influência da hierarquia baseada no género e os moderadores têm um papel na
identificação e abordagem dos impedimentos baseados no género.

Noutro ponto de vista,

Galanouli e Collins procuraram compreender a actividade online em termos de défice de


informação entre os alunos e a sua vontade de a ultrapassar, ao invés de em termos de
estilo de aprendizagem ou outras características individuais

Os autores acreditam que ter um mix de estilos de aprendizagem dentro de um grupo é


importante.

4. Software
A discussão da tecnologia era amplamente focada no armazenamento permanente da discussão
continuada, em vez de ser focada nas características de determinados programas.
Questão colocada por alguns pesquisadores:

Será a comunicação baseada em texto adequada para muitos tipos de aprendizagem?

Conclusões:

Necessidade de um acesso confiável e ferramentas fáceis de usar


Benefícios de fóruns de discussão em vez das listas de e-mail
Importância das características de design para o conhecimento de software de fórum

Importância dos sistemas de segmentação necessários para fornecer aos usuários uma
representação visual clara das mensagens.

Os instrutores necessitam de uma maior sensibilização dos padrões ou das rotinas que os
alunos desenvolvem ao aceder aos fóruns.
Por exemplo, Lindblom-Ylänne e Pihlajamäki concluíram, no seu estudo, que os alunos tiveram
dificuldades em enviar anexos – novamente, é necessário que o software seja intuitivo de usar.

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III. CONCLUSÃO
Estes documentos dão indicações úteis sobre a natureza e as alegações de discussão on-line
assíncrona, bem como as condições em que os alunos estão mais propensos a se envolver com os
outros.
A utilização de discussão on-line assíncrona descansa num compromisso entre a interação entre os
alunos e a adesão a uma abordagem construtivista social do ensino e aprendizagem.
A interactividade é vista como sendo capaz de armazenamento permanente do texto, acessível a
qualquer hora em qualquer lugar.
A literatura examina as implicações para o ensino e aprendizagem e uma grande parte rejeita o
determinismo tecnológico ou o romantismo tecnológico.
A maioria das pesquisas descreve a contribuição da tecnologia para o ensino e aprendizagem e
evita associar a utilização da tecnologia aos ganhos económicos da aprendizagem.
Assim, os investigadores relatam frequentemente sobre a percepção dos alunos relativamente
às vantagens e desvantagens na utilização de discussão on-line assíncrono, e não é surpreendente
que estas percepções sejam difíceis de descrever e medir.
Estes artigos tendem a evitar perguntar se a discussão online assíncrona é vantajosa e, em vez disso
tentam identificar as dificuldades em começar e as formas em que a discussão pode ser melhor
conduzida de modo a apoiar a aprendizagem.
A. Vasto consenso sobre "Melhores Prácticas"
Embora a maioria das pesquisas relatadas encorajem a utilização de discussão on-line assíncrona, os
pesquisadores concordam que a participação do aluno não está assegurada.
A literatura tende a concentrar-se na elaboração de currículos e apoio do instrutor como
elementos-chave na promoção do envolvimento do aluno e para tratar o design de software como
muito menos importante.
Nenhum dos artigos afirma que a participação é em si suficiente para assegurar que a
aprendizagem ocorra, mas todos reconhecem que os baixos níveis de interacção e a pouca
evidência de raciocínios complexos na análise de mensagens negam os argumentos para a
utilização de discussão on-line assíncrona, em primeiro lugar.
Um amplo, mas não completo, consenso sobre as condições em que os alunos se envolvem mais
com a discussão online assíncrona é apresentado a seguir:
· Designers de currículo devem promover a avaliação pelos pares formativos; fornecer
avaliação sumativa do processo de crédito e de participação; proporcionar a avaliação
sumativa dos produtos do grupo; fazer trabalho em grupo e aprendizagem baseada em
problemas explícitos de aprendizagem; exigir um nível mínimo de participação, definir as
tarefas formais (por exemplo, discussão de casos, leituras, ou eventos compartilhados
papéis); construir o processo na análise de trabalho em grupo; ajustar a carga de trabalho
para dar tempo para discussão; tornar a aprendizagem conceitual e de raciocínio de ordem
superior, explícita e adequada aos resultados da aprendizagem; construir em aparições de
convidados online, e rodar dentro do grupo.
· Os instrutores devem ter por base a experiência passada, mas apreciar as características
originais do ambiente online; incentivar a crítica e a divergência; desaparecer conforme o
caso; ter uma função administrativa (por exemplo, avisar os alunos de um regime de
avaliação); ter um papel pastoral (por exemplo, identificar e apoiar os não participantes);
estar ciente do seu papel pedagógico (por exemplo, responder se for o caso); sugerir
actividades e funções para gerar debate e assumir a responsabilidade pelo
acompanhamento da natureza e âmbito de discussão e de processos de grupo.

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· Os alunos devem ter conhecimento, experiência e compreensão dos benefícios do


trabalho em grupo; ser confiável e ter algum nível de proficiência em TIC; ter acesso às TIC;
estar pronto para a crítica autoridade do professor; encontrar o estilo preferido de
aprendizagem que se adapte à comunicação baseada de texto; ter proactivamente
escolhido para participar, estar confiante na contribuição para os fóruns e criticar
construtivamente outros pontos de vista, ser proficiente e escritor fluente na língua do
fórum e estar ciente de lacunas de informação e ansioso por ultrapassá-la.
· O software deve permitir o armazenamento permanente e segmentação de mensagens;
o acesso às mensagens deve ser robusto e confiável; ser intuitivo e fácil de usar; oferecer
uma boa representação visual, e permitir que os arquivos sejam facilmente acoplado e
baixados.
B. Instruções para Pesquisa Futura
· Necessidade de desenvolver modelos de currículo.
De modo a facilitar a comparação entre os estudos e um melhor acompanhamento dos
resultados de aprendizagem para a actividade em particular.
· Esclarecer e tomar uma postura mais crítica em relação à interacção entre os alunos.
A interacção ajuda a aprender, e quanto mais interacção, melhores serão os resultados de
aprendizagem. A interacção entre os alunos deve ser vista como um valor educativo de
direito próprio.
· A transferência de abordagens de outras configurações.
Muitos dos estudos de caso são definidos no contexto da formação inicial de professores. O
contexto mais próximo que ocorre com frequência é o da computação, em que os alunos
estão mais propensos a ter um interesse intrínseco ou obrigação de estudar o processo de
colaboração online. No entanto, poucos trabalhos abordam directamente a
transmissibilidade destes para outros contextos, particularmente aqueles nos quais os
alunos podem ter pouco interesse no processo de aprendizagem on-line, por si só.
· Maior sensibilização dos limites dos designers do curso e instrutores quando se tenta
gerar discussão.
Os professores são convidados a identificar, monitorar e abordar os estilos de
aprendizagem, os desequilíbrios de género, questões de organização do material, acesso e
avaliação, e eles têm uma responsabilidade geral de apoio afectivo, administrativa e
pedagógica. O papel do professor é exigente, em particular num contexto em que o
professor tem menos controle do que em situação face-a-face, até porque os alunos
podem facilmente e discretamente retirar a sua presença. Muitos papéis parecem relutantes
em abordar criticamente a responsabilidade dos alunos para participar, as características
dos alunos para quem a discussão online seria mais ou menos um recurso, e, acima de
tudo, a natureza da falta de informação que os alunos são convidados explorar.

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