O documento é uma carta dirigida às mães dos sacerdotes e seminaristas, agradecendo-lhes pelo seu papel na formação espiritual dos futuros sacerdotes. Reconhece que as mães desempenham um papel único na vocação sacerdotal dos seus filhos e encoraja-as a continuar a orar e oferecer sacrifícios por eles. Pede também que intercedam pelos sacerdotes já ordenados.
O documento é uma carta dirigida às mães dos sacerdotes e seminaristas, agradecendo-lhes pelo seu papel na formação espiritual dos futuros sacerdotes. Reconhece que as mães desempenham um papel único na vocação sacerdotal dos seus filhos e encoraja-as a continuar a orar e oferecer sacrifícios por eles. Pede também que intercedam pelos sacerdotes já ordenados.
O documento é uma carta dirigida às mães dos sacerdotes e seminaristas, agradecendo-lhes pelo seu papel na formação espiritual dos futuros sacerdotes. Reconhece que as mães desempenham um papel único na vocação sacerdotal dos seus filhos e encoraja-as a continuar a orar e oferecer sacrifícios por eles. Pede também que intercedam pelos sacerdotes já ordenados.
MATERNIDADE E PATERNIDADE ESPIRITUAL DE SACERDOTES E SEMINARISTAS
Causa nostraeLetitiae Causa da nossa alegria!
O Povo cristo sempre venerou, com profunda gratido, a Bem-aventurada Virgem Maria, contemplando nela a causa de toda nossa verdadeira alegria. Na verdade, aceitando a Palavra Eterna no seu ventre imaculado, Maria Santssima deu luz o Sumo e Eterno Sacerdote, Jesus Cristo, nico Salvador do mundo. NEle, o prprio Deus veio ao encontro do homem, tirou-o do pecado e deu-lhe a vida eterna, ou seja, a sua prpria vida. De forma semelhante, toda a Igreja olha, com admirao e profunda gratido, para todas as mes dos sacerdotes e daqueles que, tendo recebido essa vocao altssima, iniciaram o caminho de formao, e com profunda alegria que a elas me dirijo. Os filhos que acolheram e educaram foram, de facto, escolhidos por Cristo desde toda a eternidade, para se tornarem seus amigos predilectos e, assim, instrumento vivo e indispensvel da Sua presena no mundo. Por meio do Sacramento da Ordem, a vida dos sacerdotes definitivamente tomada por Jesus e imersa nEle, de tal forma que o prprio Jesus que passa e opera entre os homens. Este mistrio to grande, que o sacerdote tambm chamado alter Christus um outro Cristo". A sua pobre humanidade, de facto, elevada, pela potncia do Esprito Santo, a uma nova e mais alta unio com a Pessoa de Jesus, agora lugar de encontro com o Filho de Deus, encarnado, morto e ressuscitado. Quando cada sacerdote ensina a f da Igreja, de facto, Cristo que, nele, fala ao Povo. Quando prudentemente, guia os fiis a ele confiados, Cristo que apascenta as prprias ovelhas. Quando celebra os Sacramentos, de modo eminente a Santssima Eucaristia, Cristo que, por meio dos seus ministros, opera a Salvao do homem e se faz realmente presente no mundo. A vocao sacerdotal, normalmente, tem na famlia, no amor dos pais e na primeira educao da f, aquele terreno frtil no qual a disponibilidade vontade de Deus pode enraizar-se e tirar o indispensvel alimento. Ao mesmo tempo, cada vocao representa, tambm pela mesma famlia na qual surge, uma novidade irredutvel, que foge dos parmetros humanos e chama a todos, sempre, para a converso. Nesta novidade que Cristo opera na vida daqueles que escolheu e chamou, todos os familiares e as pessoas mais prximas esto envolvidos. Mas
certamente nica e especial a participao que dada viver me do sacerdote.
nicos e especiais so, de facto, os consolos espirituais, que derivam do facto de ter levado no seu ventreaquele que se tornou ministro de Cristo. Toda a me, de facto, s pode alegrar-se ao ver a vida do prprio filho, no somente repleta, mas cheia de uma especialssima predileco divina que abraa e transforma-se pela eternidade. Se, aparentemente, em virtude da vocao e da ordenao, se produz uma "distncia" inesperada, em relao vida do filho, misteriosamente mais radical de toda outra separao natural, na realidade a experincia de dois mil anos da Igreja ensina que a me recebe o filho sacerdote de um modo totalmente novo e inesperado, tanto que foi chamada a reconhecer no fruto do prprio ventre, por vontade de Deus, um pai chamado a gerar e acompanhar para a vida eterna uma multido de irmos. Cada me de um sacerdote misteriosamente filha do seu filho. Poder exercer com ele uma nova maternidade, na discreta, mas eficaz e inestimavelmente preciosa, aproximao da orao e da oferta da prpria existncia pelo ministrio do filho. Esta nova paternidade, para a qual o seminarista se prepara, que dada ao sacerdote e da qual todo o povo santo de Deus beneficia, tem necessidade de ser acompanhada pela orao assdua e pelo sacrifcio pessoal, para que a liberdade de aderir vontade divina seja continuamente renovada e fortificada, de tal forma que os sacerdotes jamais se cansem na batalha quotidiana da f e unam, sempre mais totalmente, a prpria vida ao Sacrifcio de Cristo Senhor. Tal obra de autntico apoio, sempre necessria na vida da Igreja, muito urgente hoje, sobretudo no nosso Ocidente secularizado, que espera e pede um novo e radical anncio de Cristo, e as mes dos sacerdotes e dos seminaristas representam um verdadeiro exrcito que, da terra, eleva ao cu oraes e ofertas e, ainda do cu intercede para que toda a graa seja derramada na vida dos sagrados pastores. Por esta razo, desejo com todo o corao encorajar e agradecer especialmente a todas as mes dos sacerdotes e dos seminaristas e juntamente com elas a todas as mulheres, consagradas e leigas, que acolheram, tambm o convite que receberam no Ano Sacerdotal, o dom da maternidade espiritual dos que so chamados ao ministrio sacerdotal, oferecendo a prpria vida, orao e os prprios sofrimentos e lutas, como puras e verdadeiras alegrias, pela fidelidade e santificao dos ministros de Deus, tornando-se assim participantes, de modo especial, da maternidade da Santa Igreja, que tem o seu modelo e a sua realizao na divina maternidade de Maria Santssima. Uma prece especial seja, finalmente, elevada aos cus, por aquelas mes que, j chamadas desta vida, contemplam agora plenamente o esplendor do
Sacerdcio de Cristo, do qual os seus filhos se tornaram participantes, e
intercedem por eles de modo nico e, misteriosamente, muito mais eficaz. Juntamente com os melhores votos de um novo ano de graa, de corao, concedo a todos e a cada um a mais carinhosa bno, implorando para vs, da Santssima Virgem Maria, Me de Deus e dos sacerdotes, o dom de uma sempre mais radical identificao com Ele, discpula perfeita e Filha do seu Filho.
01 de Janeiro de 2013 Solenidade da Maternidade da Virgem Santa Maria