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Dos Delitos e das Penas, livro escrito por Cesare Beccaria, mostra a
sua percepo sobre o poder e a sociedade. Exps de forma clara o seu
pensamento sobre o desprezo que a maioria humilde da sociedade sofria.
Tem como ponto central a comoo da sociedade. Todavia, no
somente a sociedade que Beccaria queria comover, tinha como objetivo
principal a comoo dos governantes, para que eles pudessem refletir sobre o
sistema de punies que vigorava na poca (sculo XVIII).
perceptvel de se notar que o autor no se conforma com o modo
como as punies eram praticadas e, como conseqncia dessa indignao,
ele se recusa a chamar tais punies de leis.
Esta uma obra em que Cesare faz uma denncia social em favor dos
Direitos Humanos e da razo, se opondo, desta forma, aos preceitos jurdicos
da poca e legislao penal vigente. Faz crticas severas s torturas como
meio para a obteno de provas ou a prpria confisso, aos julgamentos
secretos, s apreenses dos bens do condenado, entre outros tipos de
punies que vigoravam.
No contexto histrico que a sociedade vivia, surge a idia de que as
penas eram uma maneira de vingana coletiva, uma vez que era induzido
aplicao de punies de conseqncias muito superiores e mais terrveis que
os males produzidos pelos delitos. Era desenvolvido a prtica de torturas,
penas de morte, prises desumanas, banimentos, acusaes secretas, entre
outras formas de penas desumanas.
A obra uma forma do autor se manifestar contra as formas de
punies vigentes na poca, tendo como objetivo no somente atingir as
classes mais alta da sociedade, mas tambm toda a populao.
Beccaria destaca trs aspectos muito importante: o interrogatrio, o
juramento e a tortura. Segundo ele, o interrogatrio uma ferramenta utilizada
como uma forma de buscar uma relao do delito com os fatos circunstanciais
que podem se refletir em provas. O juramento to somente uma conduta
criada pelos homens com o objetivo de dar valor palavra da pessoa que
depe. Por fim, a tortura um meio de descobrir se o ru havia cometido
outros delitos.
Para o Autor existem dois tipos de provas, as perfeitas e as imperfeitas.
As provas perfeitas excluem a possibilidade do indivduo no posso ser
culpado, j as provas imperfeitas no excluem essa possibilidade. Defende que
os julgamentos devem ser pblicos, para que toda a sociedade possa saber do
que
est
acontecendo
tambm
participar,
como
uma
forma
de