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UNILESTE-MG
O
CURSO DE DIREITO - 1 PERÍODO -
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
UNIDADE 02 – Sociedade e direito. Direito e estado.
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DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução à ciência do direito. 17 ed. São Paulo: Saraiva, 2005, p. 102-103.
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Georges GURVITCH, jurista e sociólogo russo, radicado na França, professor universitário em diversos países da Europa
e nos EEUU, criou a teoria do direito social, fundado na experiência jurídica e inspirado na justiça. Cf. GUSMÃO, Paulo
Dourado de, p. 398.
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As normas jurídicas pertencem à primeira espécie: são aprovadas (sancionadas), ou reconhecidas pelo poder
público e suas sanções são organizadas, institucionalizadas, podendo ser impostas pela força desse mesmo poder,
através de órgãos especializados São características que diferenciam as normas jurídicas das outras normas
sociais.
No Brasil grande parte das normas jurídicas são escritas e podem ser codificadas (temos muitas codificações,
que reúnem normas jurídicas, como o Código Civil, o Código Penal, o Código Tributário Nacional, etc.).
2. Sistemas normativos
Formados por conjuntos de normas sociais (normas de controle social) que têm mesmo objeto e finalidades (ex.
normas que disciplinam as relações de parentesco, muitas do direito, outras não). Muitos desses sistemas
normativos dão origem a instituições sociais (Igreja, família, casamento, propriedade, por exemplo).
9. Direito e economia
Rudolf Stammler5: o direito reduz-se à “forma” de “matéria” econômica.
Karl Marx (“determinismo econômico”): a sociedade possui uma infra-estrutura econômica, constituída pelas
relações de produção; sobre tal base se erguem as superestruturas jurídica e política, Estas são determinadas
pela infra-estrutura econômica. Esse determinismo econômico foi contestado por Max Weber, sob a alegação de
que há sim fatores que exercem influência sobre as estruturas econômicas (agem como determinantes dela).
Como a ética protestante, mais flexível com relação aos juros e lucros, que foi decisiva para o florescimento do
capitalismo (estrutura econômica) em alguns países, onde não predominava o catolicismo. Não se pode negar a
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Rudolf Stammler, jurista e filósofo alemão cuja obra data do início do século XX, preocupou-se com a relação da Economia com o
direito. Perguntando sobre ser logicamente possível a Economia, concluiu que sim, desde que se admitisse a anterioridade do direito, que
definiu como vinculação das pessoas para alcançar sua finalidade. Isso significa que, no seu entendimento, uma ordem econômica só é
possível em uma ordem jurídica, porque só através do direito podem ser impostas formas de vinculação entre pessoas . A empresa,
por exemplo, só é possível recebendo a forma jurídica tornando-se também uma noção jurídica. Cf. GUSMÃO, Paulo Dourado.
Introdução ao estudo do direito, p. 391.
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grande influência da economia (fatos econômicos) sobre o direito. A História nos dá muitos exemplos: crise
econômica de 1929 derrubou a República Velha e instalou a ditadura de Getúlio Vargas, com nova ordem
jurídica; mesma crise conduziu à industrialização, à crise do café e à legislação trabalhista. Guerra entre árabes e
judeus na década de setenta: produção racionada pelos árabes, aumento do preço do petróleo, abalos na
economia mundial e nacional, normas jurídicas surgindo para controlar o preço da gasolina, para disciplinar uso
de automóveis, para congelar preços de bens e serviços que aumentaram com a crise, etc. Contudo, não podemos
esquecer que o direito sofre também a influência de outros fatores, além do econômico.