O documento discute a terceira igreja mencionada no Apocalipse: Pérgamo. Alguns membros da igreja em Pérgamo haviam sucumbido à idolatria e obsessão sexual, como era comum na cidade. Apesar disso, Cristo elogia a igreja por sua fidelidade, especialmente diante da morte de um mártir chamado Antipas. Cristo adverte a igreja contra aqueles que toleravam ensinamentos semelhantes aos de Balaão, que levou Israel à idolatria.
O documento discute a terceira igreja mencionada no Apocalipse: Pérgamo. Alguns membros da igreja em Pérgamo haviam sucumbido à idolatria e obsessão sexual, como era comum na cidade. Apesar disso, Cristo elogia a igreja por sua fidelidade, especialmente diante da morte de um mártir chamado Antipas. Cristo adverte a igreja contra aqueles que toleravam ensinamentos semelhantes aos de Balaão, que levou Israel à idolatria.
O documento discute a terceira igreja mencionada no Apocalipse: Pérgamo. Alguns membros da igreja em Pérgamo haviam sucumbido à idolatria e obsessão sexual, como era comum na cidade. Apesar disso, Cristo elogia a igreja por sua fidelidade, especialmente diante da morte de um mártir chamado Antipas. Cristo adverte a igreja contra aqueles que toleravam ensinamentos semelhantes aos de Balaão, que levou Israel à idolatria.
O famoso e falecido literato norte-americano, John Updike, certa vez
escreveu: Sexo como dinheiro s suficiente em excesso. Mas os norte-americanos modernos no so o nico povo obcecado com sexo; ele tem possudo as mentes dos homens por milnios (como vrias pinturas rupestres deixam claro). O mesmo pode ser dito da terceira igreja abordada no Apocalipse de So Joo. Prgamo era como a Braslia da sia. Era a sede do governo Romano na provncia e o centro da adorao imperial. Foi a primeira cidade a erigir um templo ao csar Augusto (assim como a Zeus e ao deus-serpente Esculpio). E, assim como certos setores da igreja hoje, as pessoas na igreja em Prgamo haviam sucumbido idolatria e estavam obcecadas por sexo (o que, com frequncia, vem lado a lado). Nem tudo ia mal, contudo. Joo prefacia a carta do Messias ressurreto e rei desse modo: Estas coisas diz aquele que tem a espada afiada de dois gumes (Apocalipse 2.12), o que se refere s palavras verdadeiras de Cristo que condenam todos aqueles que negam a verdade. H uma guerra pela verdade ocorrendo em Apocalipse a qual, com freqncia, travada com palavras o que no de surpreender, uma vez que a Palavra lidera essa batalha. Cristo elogia a igreja em Prgamo por sua fidelidade mesmo diante do aparentemente incomum incidente de violncia fsica contra certo Antipas, acerca de quem nada mais se sabe. Ele recebe a aprovao definitiva: minha fiel testemunha (v. 13). O mesmo elogio usado acerca do prprio Jesus no captulo 1, versculo 5. Ser que Antipas tambm morreu como mrtir nas mos dos imperialistas? Conheo o lugar em que habitas, Cristo Jesus diz, onde est o trono de Satans (v. 13). Quo apropriado que o Senhor de todas as coisas tenha menosprezado a majestade imperial de Roma dessa maneira. O csar, que ousava aceitar do povo os brados que o
aclamavam como soter (salvador), em gratido por resgatar Roma das
disputas internas e externas, era adorado nessa cidade. Mas h outro rei, isto , Jesus, e somente ele digno do tipo de louvor que era oferecido nos templos de Augusto, Trajano ou Adriano. Assim, o trono de Satans se coloca em direta oposio ao trono celestial na grande batalha pelo senhorio deste mundo, a qual descrita ao longo do Apocalipse. Essa batalha continua hoje, embora seja um pouco mais sutil; ou ser mesmo? Ser que nossos monumentos presidenciais no passam dos limites? Ser que as adulaes de que enchemos os nossos lderes no ultrapassam esses mesmos limites? Ser que a f que colocamos neles como salvadores no est indo longe demais? Certamente, ns sabemos que Jesus Senhor e que eles no so. De qualquer modo, graas a Deus porque, embora recusar-se a adorar csar no primeiro sculo provavelmente significasse a morte, recusar-se a adorar nossos lderes e seus complexos-de-messias, ao menos hoje, no significa. Ns temos relativa liberdade, mesmo se a usamos para nos obcecarmos com dolos e sexo, contra o que a terceira carta de Cristo agora se volta. Em Nmeros 25.1-3 e 31.16, Balao aconselha o Rei Balaque a atrair os israelitas idolatria, incitando-os com mulheres moabitas a participarem das festas sacrificiais pags. Jesus repreende essa igreja por tolerar em seu meio aqueles que recapitulavam a tolice de Balao os nicolatas (ver tambm 2 Pedro 2.15). O nome de Balao significa ele destri o povo; Nicolau significa ele conquista o povo. um paralelo muito contundente. Aparentemente, alguns cristos confusos em Prgamo pensavam que podiam participar das festas cultuais pags, as quais eram uma parte importante da vida social e econmica naqueles dias. A imoralidade sexual que tambm era tolerada em Prgamo, se no defendida, pode ter sido metafrica, como quando o povo de Deus se lanava idolatria (por exemplo, Jeremias 3.7-9). Mas, conhecendo o homem, provavelmente era tambm literal.
Em contraste com as festas idlatras, Jesus promete o man, o
alimento do futuro banquete de Deus. Assim como na aluso a Balao e Balaque, o novo xodo nunca est fora de perspectiva: Cristo est liderando o seu povo pelo deserto e ir proteger o seu remanescente por todo o caminho com a espada de sua boca (Apocalipse 2.16). Portanto, aqueles que no fazem concesses aos dolos e imoralidade sexual recebero uma pedrinha branca, a qual certifica o fato de serem eles nova criao em Cristo e os admite na festa messinica do reino (v. 17). No h dvida hoje de que o sexo em si um deus e tambm que ele no est apenas l fora. Est aqui dentro em nossas igrejas e em nossos coraes. Se havemos de ter Jesus como Senhor sobre essa rea de nossas vidas, ns devemos tomar o cuidado de no cair em um dos dois extremos. Devemos tomar cuidado para no menosprezar a intimidade sexual, como se no fosse um dos grandes dons de Deus para a humanidade. E, o que mais provvel nestes dias, tambm devemos tomar cuidado para no nos deixarmos tornar obcecados com sexo, para no nos rendermos obsesso de nossa cultura com ele, como se tudo o que ele exige devesse ser obedecido, o que reduz o sexo a uma questo de direitos humanos fundamentais ou machismo. Ns precisamos chegar ao ponto de reconhecer a ironia das palavras de Updike: Demais demais.