Trabalho para a disciplina de Teoria da História da Universidade Federal de Santa Caterina.
O trabalho traça um comparativo entre a dialética formulada por Hegel, pensada através da corrente histórica e filosófica elaborada pelo mesmo, o Idealismo. Assim explicitando as diferenças com o Materialismo Histórico Dialético elaborado por Karl Marx
Título original
Comparação entre a Dialética Hegeliana e a Dialética de Marx
Trabalho para a disciplina de Teoria da História da Universidade Federal de Santa Caterina.
O trabalho traça um comparativo entre a dialética formulada por Hegel, pensada através da corrente histórica e filosófica elaborada pelo mesmo, o Idealismo. Assim explicitando as diferenças com o Materialismo Histórico Dialético elaborado por Karl Marx
Trabalho para a disciplina de Teoria da História da Universidade Federal de Santa Caterina.
O trabalho traça um comparativo entre a dialética formulada por Hegel, pensada através da corrente histórica e filosófica elaborada pelo mesmo, o Idealismo. Assim explicitando as diferenças com o Materialismo Histórico Dialético elaborado por Karl Marx
Sendo a dialtica o princpio motor da filosofia de Hegel, ir Marx fazer uso da
dialtica para desenvolver metodologicamente sua filosofia materialista,
contrapondo assim ao idealismo dialtico de Hegel. Entendendo que Marx coloca Hegel com os ps no cho ao formular a teoria do materialismo histrico, tirando a teoria de Hegel do plano Ideal para o material. a dialtica de Hegel desce do cu terra, sua dialtica vai da terra ao cu. A crtica de Marx vai partir principalmente do materialismo de Feuerbach, que o influenciou muito na formao de seu pensamento e a crtica ao Idealismo hegeliano Crtica ao materialismo humanista feuerbachiano (Marx) Dialtica hegeliana A dialtica o movimento contraditrio dentro de unidades que a cada nova etapa nega e supera a etapa anterior, num fluxo contnuo de superao-renovao. Movimento dialtico: A tese poder ser entendida como o momento da afirmao; a anttese o momento da negao da afirmao, gerando a tenso que origina a sntese, o ltimo momento que corresponde negao da negao, ou seja, o resultado da anttese anterior, no qual suspende a oposio entre a tese e a anttese. Categorias sintetizadas por Hegel: o ser-em-si, o ser-a, o ser-para-si e o ser-em-sipara-si. Do abstrato concretude; do Esprito Abstrato para o Esprito concreto. Esse primeiro momento, da Idia, representa a interioridade e subjetividade, isto , a Idia em si, ou, o ser em si. O segundo momento a exteriorizao da Idia e a negao do primeiro momento. Esse segundo momento de exteriorizao dado na Natureza. a idia em estado de objetivao. p 4 Hegel trata na sua lgica Idia, Razo e Esprito como sinnimos. Embora no seja tema de investigao aqui, foi fundamental na crtica do jovem Marx a Hegel como tambm para sua concepo materialista da histria a filosofia de Feuerbach, que atravs do materialismo rebateu o sistema idealista hegeliano. Mediao um atributo da lgica dialtica Relao entre sujeito e objeto: Hegel: essa relao se coloca no plano abstrato da Razo, da Idia e do Esprito, para depois se estender ao plano da objetivao, atingindo a Razo Absoluta, cuja realizao objetiva se d por meio do Estado.; A conscincia o ser, o sujeito. O ser objeto; elemento mediador a essncia; sujeito produto da razo; Hegel faz do sujeito conscincia e do ser objeto; Natureza exteriorizao do ser Feuerbach: O homem o ncleo da unidade entre o ser e o pensar; no h e no pode haver pensamento independente do homem, quer dizer, do ser real, material; inverso na relao entre ser e pensar; no possui elemento mediador - A unidade entre o ser e o pensar ocorre em Feuerbach pela simples razo de que o homem um ser material e que de sua natureza a faculdade de pensar.; O princpio materialista do pensamento de Feuerbach se coloca no sentido de considerar o homem como ser real, como ser vivente, em sua existncia concreta e no ideal.; remete a essncia do homem natureza; no d valor a dialtica hegeliana Marx: Absoro do materialismo de Feuerbach; elemento mediador a prxis; sujeito fruto das condies materiais; O materialismo de Marx sai das entranhas do materialismo de Feuerbach, mas com uma nova roupagem, pelo seu carter histrico-concreto. Enquanto Feuerbach observa no materialismo o carter natural, Marx dar ao seu materialismo um carter histrico. Portanto, o materialismo histrico-dialtico de Marx tem uma base material, centrada no binmio foras produtivas-relaes de produo, que
desenvolveremos mais adiante. Marx sai do campo da filosofia para o campo da
teoria social. A verdade: Hegel: verdade a unio entre essncia e aparncia da coisa, a unio do eu e do tu que nasce da instituio da essncia universal Feuerbach: o homem em sua essncia ou essncia do sujeito Marx: homem real agindo sobre a realidade A superao da alienao , justamente, a superao da abstrao vazia e sem contedo que se instaura no momento da negao da negao, na anttese, como etapa de mediao, passando da reflexo prxis. 11 teses de Marx sobre Feuerbach a realidade, o mundo sensvel s so apreendidos sob a forma de objeto ou intuio, mas no como atividade humana sensvel, enquanto prxis. Ideologia Alem (1845-46) nascimento do materialismo histrico dialtico Feuerbach toma a natureza como referncia e nega o movimento dialtico; faz do homem um conceito abstrato; sociedade conjunto de seres em sua individualidade Marx centra na relao dos sujeitos com suas condies materiais - Para Marx, os seres humanos embora sensveis, so seres concretos reais, fruto das relaes que mantm em sua atividade prtica, produtiva Dir Marx que o que os indivduos so depende no da Razo, mas das condies materiais da produo dos bens necessrios vida. Ou seja, a cada desenvolvimento das foras produtivas, corresponder novas relaes de produo mais avanadas, o que, por sua vez, corresponder mais adiante a um novo momento de reflexo dos indivduos sobre sua essncia, subjetiva e objetiva, o ser e suas condies de existncia. Pensamento dos indivduos condicionados pelas condies materiais, a conscincia subordinada ao ser, ser determina a conscincia (Marx) Feuerbach no relaciona o homem com as condies materiais, pois para ele homem j real, portanto material A correspondncia entre relaes de produo e foras produtivas so fundamentais para o materialismo histrico A dialtica o ncleo racional do materialismo de Marx e Engels, exposto em A Ideologia Alem. A oposio inscrita no sistema hegeliano entre a tese e a anttese, entre a afirmao e a negao, tem em Marx a mediao material, enquanto em Hegel reflexiva, abstrata. A atividade prtica do homem (prxis) supera a oposio entre sujeito e objeto Na produo dos meios de subsistncia os homens indiretamente produzem sua vida material - Assim sendo, segundo Marx, o que os indivduos so depende das condies materiais de sua produo Contrariamente ao modelo hegeliano, esto as idias, as representaes e a conscincia, a princpio, direta e intimamente ligadas atividade material e ao comrcio material dos homens.
DUAYER, M., MEDEIROS, J.L. & PAINCEIRA, J.P. (2000). _Desventuras Filosóficas Na Ciência Econômica Naturalização Da Sociedade Do Capital e Relativismo Ontológico