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A destruição provocada por esse tsunami superou todos os tsunamis já vistos na história
recente. Mas, cientificamente, o curso dos eventos seguiu a seqüência básica de um
tsunami típico. Neste artigo, vamos dar uma olhada nas causas, na física envolvida e nos
impactos de um tsunami. Também vamos examinar os esforços dos cientistas para
monitorar e prever tsunamis e evitar desastres como o de 2004.
A freqüência das ondas é medida pelo tempo que leva para que duas ondas consecutivas
cruzem o mesmo ponto. Isso é chamado de período da onda.
As principais diferenças são o tamanho, a velocidade e a origem. Vamos dar uma olhada
no que causa uma onda normal.
As ondas oceânicas são criadas por uma série de fatores (atração gravitacional,
atividade submarina, pressão atmosférica), mas sua origem mais comum é o vento.
Quando o vento sopra sobre uma superfície lisa de água, as moléculas de ar acabam
carregando moléculas de água. O atrito entre o ar e a água comprime a superfície da
água, criando ondulações conhecidas como ondas capilares. As ondas capilares se
movem em círculos. Este movimento circular da água continua verticalmente debaixo
da água, apesar de a potência desse movimento diminuir em águas mais profundas. À
medida que a onda se desloca, mais e mais moléculas de água são reunidas, aumentando
o tamanho e o impulso da onda. A coisa mais importante a saber sobre as ondas é que
elas não representam o movimento da água, mas, ao invés disso, demonstram o
movimento da energia através da água.
O nascimento de um tsunami
As causas mais comuns de tsunamis são os terremotos submarinos. Para compreender
os terremotos submarinos, primeiro é necessário entender as placas tectônicas. A teoria
das placas tectônicas sugere que a litosfera, ou camada superior da Terra, é feita de uma
série de grandes placas. Estas placas constituem os continentes e o fundo do mar. Elas
repousam sobre uma camada viscosa subjacente, chamada astenosfera.
Pense em uma torta cortada em oito fatias. A crosta da torta seria a litosfera e o recheio
quente seria a astenosfera. Na Terra, estas placas estão em movimento constante,
movendo-se umas em relação às outras a uma velocidade de 2,5 a 5 cm por ano. O
movimento ocorre mais intensamente ao longo das linhas de falha (onde a torta é
cortada). Estes movimentos têm a capacidade de produzir terremotos e vulcanismo que,
quando ocorrem no fundo do oceano, são duas causas possíveis de tsunamis.
Formação de um tsunami
Quando duas placas entram em contato em uma região conhecida como limite de placa,
uma mais pesada pode deslizar por baixo de outra mais leve. Isso é chamado de
subducção. A subducção submarina freqüentemente deixa enormes rastros: profundas
trincheiras oceânicas no fundo do mar.
Em alguns casos de subducção, parte do fundo do mar conectado à placa mais leve pode
se romper repentinamente para cima, devido à pressão proveniente da placa que afunda.
Isto resulta em um terremoto. O foco do terremoto é o ponto no interior da Terra no
qual ocorre a ruptura. Depois da ruptura, as rochas se quebram e as primeiras ondas
sísmicas são geradas. O epicentro é o ponto do fundo do mar diretamente acima do
foco.
Quando este pedaço da placa se rompe e dispara toneladas de rochas para cima, com
uma força tremenda, essa energia é transferida para a água, empurrando-a e elevando o
nível do mar. Este é o nascimento de um tsunami. O terremoto que gerou o tsunami de
2004, no Oceano Índico, foi de 9 pontos na escala Richter, um dos maiores já
registrados.